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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município xxx, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº xxx, com sede na rua xxx, nºxxx, Centro, Município xxx, vem por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na rua xxx, nº xxx, bairro xxx , Cidade/UF, CEP xxx, e com endereço eletrônico xxx, inscrito da OAB /UF sob o número xxx, com telefone xxx, para os fins do artigo 106, do CPC /2015, com fundamento no artigo 5º, LXXI da CRFB/88 e artigo 40, § 4º, CRF B /88, vem impetrar: MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVA em face de ato omissivo do P REFEITO DO MUN IC ÍPIO Y, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir aduzidos I - DOS FATOS Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício. O Sindicato vem promover a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados. II - DOS FUNDAMENTOS A ausência de lei complementar municipal regulamentadora do direito previsto na Constituição Estadual (art. 51, § 4 º, III) , torna inviável o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais que laboram em condições especiais que prejudicam a saúde ou integridade física (atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas), razão pela qual o mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação da pretensão veiculada. O Município tem autonomia para legislar sobre a aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência supletiva (art. 24, § 3 º c/c art. 30, II, da Constituição Federal). A competência legislativa das pessoas políticas para editar normas sobre previdência social, em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, é concorrente (artigo 24, XII da CF), de modo que ausente norma de caráter geral expedida pela União, haverá competência plena do Chefe do Executivo local para a propositura da lei, sem prejuízo da superveniência de Lei Federal a respeito (§ 4 º, artigo 24 da CF). Os artigos supramencionados mostram a competência legislativa de pessoas políticas para legislar em matéria relativa a previdência social, em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, sendo esta concorrente, de modo que inexistente norma de caráter geral expedida pela União haverá competência plena do chefe do executivo local para a propositura da lei . Sabendo-se que esta lei já deveria ter sido proposta e, não tendo sido, incide o impetrado em mora, não resta outra alternativa diversa da busca pela tutela jurisdicional, aplicando por analogia o art 57, caput e parágrafo primeiro da lei 8213/91. III - DOS PEDIDOS Diante do exposto requer: A) a modificação da autoridade coautora para prestar informações; B) a intimação do Ministério Público; C) a procedência do pedido para declarar a omissão normativa com a aplicação analógica do disposto no art 57, caput e parágrafo 1 º da Lei 8.213 /91; D) o regime geral da Previdência Social aos servidores que cumprem as exigências legais sejam conhecidos e providos. IV – DO VALOR DA CAUSA Dá-se o valor da causa em R$1.000,00 para efeitos fiscais. Nestes termos, Pede deferimento Local e data xxx Advogado / OAB xxx EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO (Xxx) MARIA SOUZA, nacionalidade xxx, estado civil xxx, professora, portador da carteira de identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), (xxx), bairro (xxx), cidade (xxx), (UF), (CEP), (endereço eletrônico), vem por meio de seu advogado com endereço profissional (endereço completo), (endereço eletrônico), onde recebe notificações, conforme Artigo 106, I, do Código de Processo Civil, com base no artigo 5º , LXIX, da Constituição Federal, na lei 12.016/09 vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência impetrar: MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR Pelo rito especial, contra ato do Relator da Universidade Federal de (estado), com endereço na Rua (xxx), número (xxx), (bairro), (cidade), (UF), (CEP), (endereço eletrônico), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos: I - JUSTIÇA GRATUITA Com fundamento constitucional no art. 5º, LXXIV, da CRFB/88, e infraconstitucional na Lei nº 1.060/1950, a autora requer a V. Exª a concessão do benefício da gratuidade de justiça, tendo em vista que, em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pela autora desde sua demissão, está desempregada e sem condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo do sustento próprio e de sua família. II - DOS FATOS A Autora, Maria Souza foi atacada em sala de aula por um dos seus alunos, Marcos Silva, que, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota que lhe foi atribuída em uma disciplina do curso de graduação. Nesse instante, com o propósito de repelir a iminente agressão, a professora conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, ela foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, ela foi absolvida, vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que ela já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. III - DOS FUNDAMENTOS III.1 - DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR Presentes os requisitos legais, conforme artigo 5º LXIX, o Mandado de Segurança será concedido para proteger direito líquido e certo, sempre que haja ilegalidade ou com abuso de poder por parte de autoridade. Verifica-se presente o “fumus boni iuris” ante a incontestável necessidade de notificação da autora para defesa em Processo Administrativo Judicial, em virtude do cumprimento do preceito Constitucional contido no artigo 5º LV e artigo 22 da Lei 8.112/90. Corroborada com o fato da autora já ter sido absolvida em esfera criminal, em virtude da excludente de ilicitude em razão da legítima defesa, o que também afasta a demissão em PAD, por força do artigo 132 VII da lei 8.112/90. IV - DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA Conforme o artigo 5º LXIX da Constituição Federal da República Federativa do Brasil e do artigo 1º da lei 12.016/2009 será concedido o Mandado de Segurança para proteger direito líquido e certo, sempre que ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física sofrer violação por parte de autoridade. V - DA TUTELA DE URGÊNCIA O artigo 300 do Novo Código de Processo Civil define como requisitos para antecipação de tutela a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útildo processo. O perigo ou receio de dano irreparável (periculum in mora) resta demonstrado uma vez que a Autora não está percebendo proventos em razão da sua demissão e, por conta disso, passa por dificuldades financeiras. A probabilidade do direito/ verossimilhança das alegações está consubstanciada na nulidade do PAD por ausência de citação, com flagrante violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, capitulados no Art. 5º, LIV e LV da CRB/88 c/c Art. 143 da Lei nº 8.112/90, bem como pel a inobservância do fato de que a sentença penal absolutória transitada em julgado necessariamente vinculará o conteúdo da decisão administrativa, nos termos do Art. 125 e 126 da Lei nº 8.112/90 c/c o Art. 65 do CPP. Logo, em razão dos vícios do PAD, ora apresentados, e do prejuízo/lesão sofrido pela Autora em decorrência de sua demissão, imperiosa é a concessão da presente tutela de urgência, com a determinação da reintegração da Autora ao cargo público, sem prejuízo do direito ao pagamento dos salários atrasados e de todas as vantagens do cargo. VI - DO MÉRITO Primeiramente, o Art. 5º, inciso LIV e LV da CRFB/88 garante o direito ao devido processo legal, ao contraditório e a ampla defesa. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral sã o assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; No mesmo sentido, o Art. 143 c/c 161, §1º da Lei 8.112/90 estabelece que qualquer pro cedimento administrativo destinado à apuração de eventual ato ilícito cometido pelo servidor público, seja sindicância ou PAD, deve assegurar ao acusado a ampla defesa. Vejamos: Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. § 1 O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no praz o de 10 (dez) dias, assegurando-lhe vista do processo na repartição Na situação apresentada, a Autora só foi cientificada, por meio d e publicação em Diário Oficial, após a sua demissão. Tal ato do Poder Público viola os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Na hipótese de absolvição pena l com fundamento em excludente de ilicitude, como a legítima defesa, não há espaço para aplicação do resíduo administrativo (falta residual), vez que constitui uma das hipóteses de mitigação ao princípio da independência entre as instâncias, capitulado no Art. 2º da CF/88. VII - DOS PEDIDOS Requerer que Vossa Excelência: a) a concessão da justiça gratuita em razão das dificuldades financeira enfrentadas pela parte Autora, na forma da Lei nº 1.050/1960; b) a concessão da tutela de urgência para garantir a reintegração da servidora aos quadros funcionais da autarquia federal, até a decisão final, com fulcro no Art. 9º c/c Art. 701 do NCPC; c) a citação do Réu para que, querendo, contestar o feito no prazo de lei; d) a confirmação da tutela de urgência com a anulação do ato que resultou na demissão da servidora e a condenação do Réu à reintegração da servidora aos quadros funcionais da autarquia federal, bem como ao pagamento retroativo de todas as verbas e vantagens do cargo a que a Autora faria jus se em exercício estivesse. e) a produção de provas por todos os meios admitidos em direito e necessários a solução da controvérsia, inclusive a juntada dos documentos anexos; f) a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e aos honorários advocatícios. VIII - DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00. Nestes termos, Pede Deferimento. Local, data Xxx Advogado Xxx OAB/UF Xxx EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NOME DO ADVOGADO, nacionalidade xxx, Estado Civil xxx, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº xxx, endereço eletrônico xxx, endereço profissional na Rua xxx, Cidade/UF xxx, CEP xxx, vem à presença de vossa excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal e nos artigos 647 e 648 do CPP, para impetrar o presente HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM MEDIDA LIMINAR Pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portadora da cédula de identidade nº xxx, inscrita no CPF sob o nº xxx, com endereço eletrônico xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, Cidade/UF xxx, CEP xxx, apontando como autoridade coatora o EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. I - DOS FATOS A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais tem a obrigação de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), divido igualmente. No entanto, a paciente vem enfrentando dificuldades para realocar-se no mercado de trabalho há aproximadamente 1 ano, o que a prejudica na prestação dos alimentos. A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento do valor de pensão estipulado e em razão do inadimplemento, foi ajuizada ação competente para execução de alimentos. Contudo, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão. II - DA LIMINAR Como já é sabido, a concessão de medida liminar fundamenta-se na presença de dois elementos justificantes, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora. O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação imposta por lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três meses e principalmente pelo fato da paciente ter justificado, de modo verídico, a impossibilidade de adimplir sua obrigação alimentar em face de doença e de estar afastada do mercado de trabalho há mais de 1 ano. De outro giro, o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto prisional ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o mesmo não guarda fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os problemas de saúde suportados pela paciente. III - DOS FUNDAMENTOS Ante aos fatos expostos acima, não resta dúvida a necessidade medida que ora se requisita. Conforme disposto no ar. 5º, LXVII da Constituição da República, o habeas corpus se presta a coibir violação da liberdade de locomoção de quem já tenha sofrido ou esteja na iminência de sofrer, o que é o caso em comento. A decisão da autoridade coatora indica não guarda fundamento de validade, senão vejamos. A paciente foi apresentada como parte Ré num processo de execução de alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 meses. Contudo, o art. 911 do CPC leciona que a execução fundada em título executivo extrajudicial em que haja obrigação de pagar, o juiz mandará citar o executado para que faça o pagamento em três dias. A paciente, conforme já relatado acima, não apresenta condições de adimplir o débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a edição do decreto prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º. Assim, o direito da paciente foi violadovez que o § 7º do art. 528, combinado com o art. 911 e corroborado pela súmula 309 do STJ são claros em lecionar que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 últimos meses anteriores ao ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca. SÚMULA 309 : O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo. Assim, por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser executado, vez que incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer- se, dede logo, que seja concedido o presente pedido de habeas corpus para a manutenção da justiça. IV - DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer-se: 1. a concessão da medida liminar para sustar o decreto prisional, determinando-se o recolhimento do mesmo; 2. a notificação da autoridade coatora para que preste informações; 3. a intimação do Ministério Público; 4. a concessão de Habeas Corpus preventivo com posterior expedição de alvará de salvo conduto em favor da paciente; 5. a juntada dos documentos que anexa-se à esta peça processual. V - VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). Nestes termos, pede deferimento. Local, data xxx Advogado/UF xxx AO JUÍZO DE DIREITO DA... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA xxx DO ESTADO xxx. JOANA, brasileira, estado civil xxx, profissão xxx, portadora do RG nº xxx e do CPF nº xxx, portadora de título de eleitor n xxx, endereço eletrônico xxx, residente e domiciliada xxx, nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexo xxx, com escritório xxx, endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento no art. 5º, LXXIII da CRFB/88 e da Lei nº 4717/65, vem ajuizar AÇÃO POPULAR Em face de João, prefeito do Município Beta, da sociedade empresária WW e do Município Beta, com endereço xxx, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. I - DOS FATOS O prefeito municipal João, como parte das iniciativas de modernização que vêm sendo adotadas no plano urbanístico do Município Beta, bem sintetizadas no slogan “Beta rumo ao século XXII”, determinou que sua assessoria realizasse estudos para a promoção de uma ampla reforma dos prédios em que estão instaladas as repartições públicas municipais. Esses prédios, localizados na região central do Município, formam um belo e importante conjunto arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo evolutivo da humanidade reconhecida por diversas organizações nacionais e internacionais, tanto que tombados. A partir desses estudos, foi escolhido o projeto apresentado por um renomado arquiteto modernista, que substituiria as fachadas originais de todos os prédios, as quais passariam a ser compostas por estruturas mesclando vidro e alumínio. Concluída a licitação, o Município Beta, representado pelo prefeito municipal, celebrou contrato administrativo com a sociedade empresária WW, que seria responsável pela realização das obras de reforma, o que foi divulgado em concorrida cerimônia. No dia seguinte à referida divulgação, Joana, cidadã brasileira, atuante líder comunitária e com seus direitos políticos em dia, formulou requerimento administrativo solicitando a anulação do contrato, o qual foi indeferido pelo prefeito municipal João, no mesmo dia em que apresentado, sob o argumento de que a modernização dos prédios indicados fora expressamente prevista na Lei municipal nº XX/2019, que determinara o rompimento com uma tradição que, ao ver da maioria dos munícipes, era responsável pelo atraso civilizatório do Município Beta. Com o objetivo de preservar o patrimônio histórico e cultural descrito acima, para evitar lesão a este importante conjunto arquitetônico, a autora vem em ajuizar a presente Ação Popular. II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS A Ação Popular visa a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, nos termos do art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 e art. 1º da Lei 4717/65. Como o ato praticado pelo prefeito é lesivo ao patrimônio histórico, é cabível a declaração de sua nulidade via ação popular. A justiça de 1º grau a competente para processar e julgar, por se tratar de ação cível, não tendo espaço para as hipóteses de prerrogativas de foro estabelecidas na CRFB/88, a ação será demandada no Juízo Cível (ou da Fazenda Pública) do local que ocorreu o ato lesivo, nos termos do art. 5º da Lei 4717/65. A legitimidade ativa de Joana decorre do fato de ser cidadã, conforme dispõe o Art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB e o Art. 1º, caput, da Lei nº 4.717/65. A legitimidade passiva do prefeito municipal João decorre do fato de ter firmado o contrato administrativo, nos termos do Art. 6º, caput, da Lei nº 4.717/65; a da sociedade empresária WW pelo fato de ter celebrado e ser beneficiária do contrato administrativo, nos termos do art. 6º, caput, da Lei nº 4.717/65; e a do Município Beta, por se almejar anular o contrato administrativo celebrado, nos termos do Art. 6º, § 3º, da Lei nº 4.717/65. A Lei Municipal nº XX/2019 é materialmente inconstitucional por afrontar o dever do Município de proteger os bens de valor histórico, nos termos do art. 23, inciso III, da CRFB/88 e o Art. 30, inciso IX, da CRFB/88, além de violar o dever de impedir a descaracterização dos bens de valor histórico, nos termos do art. 23, inciso IV, da CRFB/88. Uma vez que, sendo que o conjunto urbano de valor histórico, alcançado pelo contrato administrativo, integra o patrimônio cultural brasileiro nos termos do art. 216, inciso V, da CRFB/88. Dessa forma, a inconstitucionalidade da Lei Municipal nº XX/2019 deve ser reconhecida incidentalmente. Em consequência, o contrato administrativo celebrado é considerado nulo, em razão da de sua ilegalidade nos termos do art. 2º, alínea c, e parágrafo único, alínea c, ambos da Lei nº 4.717/65. III - DA TUTELA DE URGÊNCIA A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, § 4º, da Lei 4717/65 e também no art. 300 do CPC/15. O fumus boni iuris decorre da flagrante ofensa à ordem constitucional, o que acarreta a nulidade do ato, e o periculum in mora se configura na iminência de serem causados danos ao patrimônio-histórico. IV - DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, requer-se: a) a concessão da tutela de urgência para determinar a suspensão do contrato, nos termos do art. 5º, § 4º, da Lei nº 4.717/65; b) a procedência do pedido para a declaração de nulidade do contrato; c) a citação dos réus nos endereços acima indicados, nos termos do art. 7º, I, ‘a’, da Lei nº 4.717/65; d) a condenação dos responsáveis ao ressarcimento dos danos causados, nos termos do art. 12 da Lei nº 4.717/65; e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios, nos termos do art. 11 da Lei nº 4.717/65; f) a intimação do Representante do Ministério Público, nos termos do art. 7º, I, ‘a’, da Lei nº 4.717/65 g) a juntada de documentos, nos termos do art. 320 do CPC/15. V - DAS PROVAS Em cumprimento ao art. 319, VI, do CPC/15, requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas. VI - DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC/15, o autor opta pela realização da audiência de conciliação ou de mediação. VII - DO VALOR DA CAUSA Valor da causa de acordo com o art. 292 do CPC/15. Nestes Termos, Pede deferimento. Local e data xxx Advogado xxx OAB nº xxx
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