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PEÇAS DE PRÁTICA SIMULADA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município xxx, 
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº xxx, com sede na rua xxx, 
nºxxx, Centro, Município xxx, vem por intermédio de seu advogado, com 
endereço profissional na rua xxx, nº xxx, bairro xxx , Cidade/UF, CEP xxx, e com 
endereço eletrônico xxx, inscrito da OAB /UF sob o número xxx, com telefone 
xxx, para os fins do artigo 106, do CPC /2015, com fundamento no artigo 5º, LXXI 
da CRFB/88 e artigo 40, § 4º, CRF B /88, vem impetrar: 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVA 
 
em face de ato omissivo do P REFEITO DO MUN IC ÍPIO Y, pelos fatos 
e fundamentos de direito a seguir aduzidos 
 
I - DOS FATOS 
 
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, 
há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, 
submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, 
assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por 
insalubridade. 
Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do 
Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito 
apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à 
aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, 
assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício. 
O Sindicato vem promover a medida judicial cabível para atender aos 
interesses de Teresa e demais associados. 
 
II - DOS FUNDAMENTOS 
 
A ausência de lei complementar municipal regulamentadora do direito 
previsto na Constituição Estadual (art. 51, § 4 º, III) , torna inviável o exercício 
do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais que 
laboram em condições especiais que prejudicam a saúde ou integridade física 
(atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas), razão pela qual o 
mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação da 
pretensão veiculada. 
O Município tem autonomia para legislar sobre a aposentadoria especial 
de seus servidores no exercício da competência supletiva (art. 24, § 3 º c/c art. 
30, II, da Constituição Federal). A competência legislativa das pessoas políticas 
para editar normas sobre previdência social, em especial acerca do regime 
jurídico dos seus servidores públicos, é concorrente (artigo 24, XII da CF), de 
modo que ausente norma de caráter geral expedida pela União, haverá 
competência plena do Chefe do Executivo local para a propositura da lei, sem 
prejuízo da superveniência de Lei Federal a respeito (§ 4 º, artigo 24 da CF). 
Os artigos supramencionados mostram a competência legislativa de 
pessoas políticas para legislar em matéria relativa a previdência social, em 
especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, sendo esta 
concorrente, de modo que inexistente norma de caráter geral expedida pela 
União haverá competência plena do chefe do executivo local para a propositura 
da lei . 
Sabendo-se que esta lei já deveria ter sido proposta e, não tendo sido, 
incide o impetrado em mora, não resta outra alternativa diversa da busca pela 
tutela jurisdicional, aplicando por analogia o art 57, caput e parágrafo primeiro da 
lei 8213/91. 
 
III - DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto requer: 
A) a modificação da autoridade coautora para prestar informações; 
B) a intimação do Ministério Público; 
C) a procedência do pedido para declarar a omissão normativa com a aplicação 
analógica do disposto no art 57, caput e parágrafo 1 º da Lei 8.213 /91; 
D) o regime geral da Previdência Social aos servidores que cumprem as 
exigências legais sejam conhecidos e providos. 
 
IV – DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se o valor da causa em R$1.000,00 para efeitos fiscais. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento 
Local e data xxx 
Advogado / OAB xxx 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) FEDERAL DA 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO (Xxx) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA SOUZA, nacionalidade xxx, estado civil xxx, professora, portador 
da carteira de identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente 
e domiciliado na Rua (xxx), (xxx), bairro (xxx), cidade (xxx), (UF), (CEP), 
(endereço eletrônico), vem por meio de seu advogado com endereço 
profissional (endereço completo), (endereço eletrônico), onde recebe 
notificações, conforme Artigo 106, I, do Código de Processo Civil, com 
base no artigo 5º , LXIX, da Constituição Federal, na lei 12.016/09 vem 
respeitosamente a presença de Vossa Excelência impetrar: 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
Pelo rito especial, contra ato do Relator da Universidade Federal de 
(estado), com endereço na Rua (xxx), número (xxx), (bairro), (cidade), (UF), 
(CEP), (endereço eletrônico), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir 
expostos: 
 
I - JUSTIÇA GRATUITA 
 
Com fundamento constitucional no art. 5º, LXXIV, da CRFB/88, e 
infraconstitucional na Lei nº 1.060/1950, a autora requer a V. Exª a concessão 
do benefício da gratuidade de justiça, tendo em vista que, em razão das 
dificuldades financeiras enfrentadas pela autora desde sua demissão, está 
desempregada e sem condições de arcar com as custas processuais sem 
prejuízo do sustento próprio e de sua família. 
 
II - DOS FATOS 
 
A Autora, Maria Souza foi atacada em sala de aula por um dos seus 
alunos, Marcos Silva, que, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, 
exigiu que ela modificasse sua nota que lhe foi atribuída em uma disciplina do 
curso de graduação. Nesse instante, com o propósito de repelir a iminente 
agressão, a professora conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, 
quebrou um braço. 
Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar 
(PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, 
ela foi denunciada pelo crime de lesão corporal. 
Na esfera criminal, ela foi absolvida, vez que restou provado ter agido em 
legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, 
entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada 
entendeu que ela já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da 
imprensa e de outros servidores. 
Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da 
servidora à pena de demissão. 
 
III - DOS FUNDAMENTOS 
 
III.1 - DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR 
 
Presentes os requisitos legais, conforme artigo 5º LXIX, o Mandado de 
Segurança será concedido para proteger direito líquido e certo, sempre que haja 
ilegalidade ou com abuso de poder por parte de autoridade. 
Verifica-se presente o “fumus boni iuris” ante a incontestável necessidade 
de notificação da autora para defesa em Processo Administrativo Judicial, em 
virtude do cumprimento do preceito Constitucional contido no artigo 5º LV e artigo 
22 da Lei 8.112/90. Corroborada com o fato da autora já ter sido absolvida em 
esfera criminal, em virtude da excludente de ilicitude em razão da legítima 
defesa, o que também afasta a demissão em PAD, por força do artigo 132 VII da 
lei 8.112/90. 
 
IV - DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA 
 
Conforme o artigo 5º LXIX da Constituição Federal da República 
Federativa do Brasil e do artigo 1º da lei 12.016/2009 será concedido o Mandado 
de Segurança para proteger direito líquido e certo, sempre que ilegalmente ou 
com abuso de poder, qualquer pessoa física sofrer violação por parte de 
autoridade. 
 
V - DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
O artigo 300 do Novo Código de Processo Civil define como requisitos 
para antecipação de tutela a probabilidade do direito e o perigo de dano 
ou o risco ao resultado útildo processo. 
O perigo ou receio de dano irreparável (periculum in mora) resta 
demonstrado uma vez que a Autora não está percebendo proventos em razão 
da sua demissão e, por conta disso, passa por dificuldades financeiras. 
A probabilidade do direito/ verossimilhança das alegações está 
consubstanciada na nulidade do PAD por ausência de citação, com flagrante 
violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da 
ampla defesa, capitulados no Art. 5º, LIV e LV da CRB/88 c/c Art. 143 da 
Lei nº 8.112/90, bem como pel a inobservância do fato de que a sentença 
penal absolutória transitada em julgado necessariamente vinculará o 
conteúdo da decisão administrativa, nos termos do Art. 125 e 126 
da Lei nº 8.112/90 c/c o Art. 65 do CPP. 
Logo, em razão dos vícios do PAD, ora apresentados, e do prejuízo/lesão 
sofrido pela Autora em decorrência de sua demissão, imperiosa é a concessão 
da presente tutela de urgência, com a determinação da reintegração da Autora 
ao cargo público, sem prejuízo do direito ao pagamento dos salários atrasados 
e de todas as vantagens do cargo. 
 
VI - DO MÉRITO 
 
Primeiramente, o Art. 5º, inciso LIV e LV da CRFB/88 garante o direito ao 
devido processo legal, ao contraditório e a ampla defesa. 
 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de 
seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral sã o 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes; 
 
No mesmo sentido, o Art. 143 c/c 161, §1º da Lei 8.112/90 estabelece 
que qualquer pro cedimento administrativo destinado à apuração de eventual 
ato ilícito cometido pelo servidor público, seja sindicância ou PAD, deve 
assegurar ao acusado a ampla defesa. Vejamos: 
 
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de 
irregularidade no serviço público é obrigada a promover 
a sua apuração imediata, mediante sindicância ou 
processo administrativo disciplinar, assegurada ao 
acusado ampla defesa. 
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será 
formulada a indiciação do servidor, com a especificação 
dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. 
§ 1 O indiciado será citado por mandado 
expedido pelo presidente da comissão para apresentar 
defesa escrita, no praz o de 10 (dez) dias, 
assegurando-lhe vista do processo na repartição 
 
Na situação apresentada, a Autora só foi cientificada, por meio d e 
publicação em Diário Oficial, após a sua demissão. Tal ato do Poder 
Público viola os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla 
defesa. 
Na hipótese de absolvição pena l com fundamento em excludente 
de ilicitude, como a legítima defesa, não há espaço para aplicação do 
resíduo administrativo (falta residual), vez que constitui uma das hipóteses 
de mitigação ao princípio da independência entre as instâncias, capitulado no 
Art. 2º da CF/88. 
 
VII - DOS PEDIDOS 
 
Requerer que Vossa Excelência: 
 
a) a concessão da justiça gratuita em razão das dificuldades financeira 
enfrentadas pela parte Autora, na forma da Lei nº 1.050/1960; 
b) a concessão da tutela de urgência para garantir a reintegração da servidora 
aos quadros funcionais da autarquia federal, até a decisão final, com fulcro 
no Art. 9º c/c Art. 701 do NCPC; 
c) a citação do Réu para que, querendo, contestar o feito no prazo de lei; 
d) a confirmação da tutela de urgência com a anulação do ato que resultou 
na demissão da servidora e a condenação do Réu à reintegração da 
servidora aos quadros funcionais da autarquia federal, bem como ao 
pagamento retroativo de todas as verbas e vantagens do cargo a que a 
Autora faria jus se em exercício estivesse. 
e) a produção de provas por todos os meios admitidos em direito e 
necessários a solução da controvérsia, inclusive a juntada dos documentos 
anexos; 
f) a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e aos honorários 
advocatícios. 
 
VIII - DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00. 
 
Nestes termos,
 
Pede Deferimento. 
Local, data Xxx 
Advogado Xxx 
OAB/UF Xxx 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO ADVOGADO, nacionalidade xxx, Estado Civil xxx, advogado, 
inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº xxx, endereço eletrônico 
xxx, endereço profissional na Rua xxx, Cidade/UF xxx, CEP xxx, vem à presença 
de vossa excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal e nos 
artigos 647 e 648 do CPP, para impetrar o presente 
 
 
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM MEDIDA LIMINAR 
 
 
Pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade xxx, 
estado civil xxx, profissão xxx, portadora da cédula de identidade nº xxx, inscrita 
no CPF sob o nº xxx, com endereço eletrônico xxx, residente e domiciliado na 
Rua xxx, Cidade/UF xxx, CEP xxx, apontando como autoridade coatora 
o EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA 
CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
I - DOS FATOS 
 
A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais 
tem a obrigação de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (um mil 
reais), divido igualmente. 
No entanto, a paciente vem enfrentando dificuldades para realocar-se no 
mercado de trabalho há aproximadamente 1 ano, o que a prejudica na prestação 
dos alimentos. 
 
A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento 
do valor de pensão estipulado e em razão do inadimplemento, foi ajuizada ação 
competente para execução de alimentos. 
Contudo, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do 
desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão. 
 
II - DA LIMINAR 
 
Como já é sabido, a concessão de medida liminar fundamenta-se na 
presença de dois elementos justificantes, quais sejam, o fumus boni iuris e 
o periculum in mora. 
 
O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação 
imposta por lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três 
meses e principalmente pelo fato da paciente ter justificado, de modo verídico, a 
impossibilidade de adimplir sua obrigação alimentar em face de doença e de 
estar afastada do mercado de trabalho há mais de 1 ano. 
 
De outro giro, o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto 
prisional ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o 
mesmo não guarda fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os 
problemas de saúde suportados pela paciente. 
 
 
III - DOS FUNDAMENTOS 
 
 
Ante aos fatos expostos acima, não resta dúvida a necessidade medida 
que ora se requisita. 
Conforme disposto no ar. 5º, LXVII da Constituição da República, o habeas 
corpus se presta a coibir violação da liberdade de locomoção de quem já tenha 
sofrido ou esteja na iminência de sofrer, o que é o caso em comento. 
A decisão da autoridade coatora indica não guarda fundamento de validade, 
senão vejamos. A paciente foi apresentada como parte Ré num processo de 
execução de alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 meses. 
Contudo, o art. 911 do CPC leciona que a execução fundada em título executivo 
extrajudicial em que haja obrigação de pagar, o juiz mandará citar o executado 
para que faça o pagamento em três dias. 
 
A paciente, conforme já relatado acima, não apresenta condições de 
adimplir o débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a 
edição do decreto prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º. 
Assim, o direito da paciente foi violadovez que o § 7º do art. 528, combinado 
com o art. 911 e corroborado pela súmula 309 do STJ são claros em lecionar 
que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 últimos meses anteriores ao 
ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca. 
 
SÚMULA 309 : O débito alimentar que autoriza a prisão 
civil do alimentante é o que compreende as três 
prestações anteriores à citação e as que vencerem no 
curso do processo. 
 
Assim, por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser 
executado, vez que incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer-
se, dede logo, que seja concedido o presente pedido de habeas corpus para a 
manutenção da justiça. 
 
IV - DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer-se: 
 
1. a concessão da medida liminar para sustar o decreto prisional, 
determinando-se o recolhimento do mesmo; 
2. a notificação da autoridade coatora para que preste informações; 
3. a intimação do Ministério Público; 
4. a concessão de Habeas Corpus preventivo com posterior expedição de 
alvará de salvo conduto em favor da paciente; 
5. a juntada dos documentos que anexa-se à esta peça processual. 
 
V - VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). 
 
Nestes termos, 
 
pede deferimento. 
 
Local, data xxx 
 
Advogado/UF xxx 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA 
xxx DO ESTADO xxx. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOANA, brasileira, estado civil xxx, profissão xxx, portadora do RG nº 
xxx e do CPF nº xxx, portadora de título de eleitor n xxx, endereço eletrônico xxx, 
residente e domiciliada xxx, nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, 
conforme procuração anexo xxx, com escritório xxx, endereço que indica para 
os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento no art. 5º, LXXIII da CRFB/88 e 
da Lei nº 4717/65, vem ajuizar 
 
AÇÃO POPULAR 
 
Em face de João, prefeito do Município Beta, da sociedade empresária 
WW e do Município Beta, com endereço xxx, pelos motivos de fato e de direito 
a seguir aduzidos. 
 
I - DOS FATOS 
 
O prefeito municipal João, como parte das iniciativas de modernização 
que vêm sendo adotadas no plano urbanístico do Município Beta, bem 
sintetizadas no slogan “Beta rumo ao século XXII”, determinou que sua 
assessoria realizasse estudos para a promoção de uma ampla reforma dos 
prédios em que estão instaladas as repartições públicas municipais. Esses 
prédios, localizados na região central do Município, formam um belo e importante 
conjunto arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo 
evolutivo da humanidade reconhecida por diversas organizações nacionais e 
internacionais, tanto que tombados. 
A partir desses estudos, foi escolhido o projeto apresentado por um 
renomado arquiteto modernista, que substituiria as fachadas originais de todos 
os prédios, as quais passariam a ser compostas por estruturas mesclando vidro 
e alumínio. Concluída a licitação, o Município Beta, representado pelo prefeito 
municipal, celebrou contrato administrativo com a sociedade empresária WW, 
que seria responsável pela realização das obras de reforma, o que foi divulgado 
em concorrida cerimônia. 
No dia seguinte à referida divulgação, Joana, cidadã brasileira, atuante 
líder comunitária e com seus direitos políticos em dia, formulou requerimento 
administrativo solicitando a anulação do contrato, o qual foi indeferido pelo 
prefeito municipal João, no mesmo dia em que apresentado, sob o argumento 
de que a modernização dos prédios indicados fora expressamente prevista na 
Lei municipal nº XX/2019, que determinara o rompimento com uma tradição que, 
ao ver da maioria dos munícipes, era responsável pelo atraso civilizatório do 
Município Beta. 
Com o objetivo de preservar o patrimônio histórico e cultural descrito 
acima, para evitar lesão a este importante conjunto arquitetônico, a autora vem 
em ajuizar a presente Ação Popular. 
 
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
A Ação Popular visa a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, nos termos do art. 5º, LXXIII, da 
CRFB/88 e art. 1º da Lei 4717/65. Como o ato praticado pelo prefeito é lesivo ao 
patrimônio histórico, é cabível a declaração de sua nulidade via ação popular. 
A justiça de 1º grau a competente para processar e julgar, por se tratar 
de ação cível, não tendo espaço para as hipóteses de prerrogativas de foro 
estabelecidas na CRFB/88, a ação será demandada no Juízo Cível (ou da 
Fazenda Pública) do local que ocorreu o ato lesivo, nos termos do art. 5º da Lei 
4717/65. 
A legitimidade ativa de Joana decorre do fato de ser cidadã, conforme 
dispõe o Art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB e o Art. 1º, caput, da Lei nº 4.717/65. 
A legitimidade passiva do prefeito municipal João decorre do fato de ter 
firmado o contrato administrativo, nos termos do Art. 6º, caput, da Lei nº 
4.717/65; a da sociedade empresária WW pelo fato de ter celebrado e ser 
beneficiária do contrato administrativo, nos termos do art. 6º, caput, da Lei nº 
4.717/65; e a do Município Beta, por se almejar anular o contrato administrativo 
celebrado, nos termos do Art. 6º, § 3º, da Lei nº 4.717/65. 
A Lei Municipal nº XX/2019 é materialmente inconstitucional por afrontar 
o dever do Município de proteger os bens de valor histórico, nos termos do art. 
23, inciso III, da CRFB/88 e o Art. 30, inciso IX, da CRFB/88, além de violar o 
dever de impedir a descaracterização dos bens de valor histórico, nos termos do 
art. 23, inciso IV, da CRFB/88. Uma vez que, sendo que o conjunto urbano de 
valor histórico, alcançado pelo contrato administrativo, integra o patrimônio 
cultural brasileiro nos termos do art. 216, inciso V, da CRFB/88. 
Dessa forma, a inconstitucionalidade da Lei Municipal nº XX/2019 deve 
ser reconhecida incidentalmente. 
Em consequência, o contrato administrativo celebrado é considerado 
nulo, em razão da de sua ilegalidade nos termos do art. 2º, alínea c, e parágrafo 
único, alínea c, ambos da Lei nº 4.717/65. 
 
III - DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, § 4º, da 
Lei 4717/65 e também no art. 300 do CPC/15. 
O fumus boni iuris decorre da flagrante ofensa à ordem constitucional, o 
que acarreta a nulidade do ato, e o periculum in mora se configura na iminência 
de serem causados danos ao patrimônio-histórico. 
 
IV - DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto, requer-se: 
 
a) a concessão da tutela de urgência para determinar a suspensão do contrato, 
nos termos do art. 5º, § 4º, da Lei nº 4.717/65; 
b) a procedência do pedido para a declaração de nulidade do contrato; 
c) a citação dos réus nos endereços acima indicados, nos termos do art. 7º, I, 
‘a’, da Lei nº 4.717/65; 
d) a condenação dos responsáveis ao ressarcimento dos danos causados, nos 
termos do art. 12 da Lei nº 4.717/65; 
e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios, nos termos 
do art. 11 da Lei nº 4.717/65; 
f) a intimação do Representante do Ministério Público, nos termos do art. 7º, I, 
‘a’, da Lei nº 4.717/65 
g) a juntada de documentos, nos termos do art. 320 do CPC/15. 
 
V - DAS PROVAS 
 
Em cumprimento ao art. 319, VI, do CPC/15, requer a produção de todos 
os meios de provas em direito admitidas. 
 
VI - DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
 
Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC/15, o autor opta pela 
realização da audiência de conciliação ou de mediação. 
 
VII - DO VALOR DA CAUSA 
 
Valor da causa de acordo com o art. 292 do CPC/15. 
 
Nestes Termos, 
 
Pede deferimento. 
Local e data xxx 
Advogado xxx 
OAB nº xxx

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