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CASO 1_MS_PRÁTICA SIMULADA

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO VICTOR DE 
MINAS. 
 
URGENTE 
 
 
 
 
 
 
 
ELETRÔNICOS LIBERTA LTDA., pessoa jurídica de direito 
privado, inscrita no CNPJ nº XXX, com sede localizada a Rua 
XXX, Bairro XXX, Cep.: XXX, no Município de São Victor de 
Minas/XX, representada por seu Sócio-Diretor Ricardo 
Oliveira da Silva, brasileiro, profissão XXX, estado civil XXX, 
inscrito no RG sob o nº XXX, CPF sob o nº XXX, e-mail XXX, 
com endereço a Rua XXX, Bairro XXX, Cep.: XXX, no Município 
de São Victor de Minas/XX, vem a presença de VOSSA 
EXCELÊNCIA, por meio do seu Advogado, infra-assinado, 
impetrar 
 
MANDADO DE SEGURANÇA C/C 
PEDIDO DE LIMINAR 
 
em face do ato emanado pelo SECRETÁRIO DE POSTURAS 
DO MUNICÍPIO, SR. ELIAS CANSADO PEREIRA, brasileiro, 
servidor público municipal, estado civil XXX, inscrito no RG 
sob o nº XXX, incrito no CPF sob o nº XXX, e-mail XXX, com 
endereço a Rua XXX, Bairro XXX, Cep.: XXX, no Município de 
São Victor de Minas/XX, pelos fundamentos jurídicos a seguir 
expostos. 
 
1. BREVE SÍNTESE DOS FATOS 
 
O impetrante é sócio-diretor da empresa ELETRÔNICOS LIBERTA LTDA, sendo 
surpreendido com notificação do Município São Victor de Minas para pagar multa de R$ 
10.000,00 (dez mil reais) e encerrar as atividades empresariais na cidade em um período 
de até 90 (noventa) dias. 
O impetrante, ao ler a notificação, descobre que foi aberto um processo administrativo 
para apurar denúncia de violação ao Decreto Municipal n. 5.678, de 2014, sem lastro em 
prévia lei municipal, que veda a instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros de 
perfil residencial, determinando a aplicação de multa e estabelecendo um prazo de até 90 
(noventa) dias para o encerramento das atividades empresariais no Município. 
Após a abertura do processo e instrução com registro fotográfico, foi proferida decisão, 
pelo Secretário de Posturas do Município, Sr. Elias Cansado Pereira, sem prévia oitiva da 
empresa, determinando a aplicação da multa, no valor indicado, bem como fixando o 
prazo de 90(noventa) dias para o encerramento das atividades empresariais, sob pena de 
interdição e lacre do estabelecimento, na forma do Decreto Municipal. 
 
2. DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA 
 
Diante da inequívoca ilegalidade do ato administrativo, deveria a própria 
Administração Púbica rever seus próprios atos, conforme aduz Súmula 473 do STF, 
senão vejamos: 
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial. 
Diante da situação narrada, percebe-se claramente ato ilícito cometido por servidor 
agindo em nome do Estado. Com efeito o direito aqui pleiteado não é amparado por 
habeas corpus ou habeas data e o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder é 
autoridade pública no exercício de atribuições do Poder Público. Registre-se que o direito 
do impetrante é líquido e certo, comprovado por inúmeras provas documentais. 
Ademais, observa-se ainda que não houve o decurso do prazo de 120 (cento e vinte) dias 
para que este remédio constitucional seja utilizado. 
 
3. DO DIREITO 
 
O referido Decreto Municipal nº 5678/2014, sem lastro em prévia lei municipal não pode 
inovar a ordem jurídica, criando direitos e obrigações, até mesmo porque ninguém é 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (art. 5º, II, CF). 
São princípios fundamentais previstos no art. 5º da Constituição Federal a ampla defesa, 
o contraditório e o devido processo legal. No caso em tela, houve desrespeito de tais 
princípios. O Município criou Decreto municipal sem lastro de prévia Lei Municipal que 
vedava a instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros residenciais. Além disso, 
não oportunizou ao impetrante, em nenhum momento de se defender ou de participar do 
processo administrativo. Trata-se de irregularidade do ato administrativo que deve ser 
revisto sob pena de nulidade. 
A razoabilidade é princípio que se encontra implícito na Constituição Federal, e, no âmbito 
processual, atua como princípio informador do devido processo legal, a fim de que seja 
este utilizado de forma racional e moderada, com vistas à concepção de justiça social. O 
Decreto municipal em questão fere a razoabilidade e a proporcionalidade, visto que as 
exigências, multas, cominações e prazos nele previstos são excessivos, visto que gera altos 
prejuízos absurdos e ainda cobram do impetrante valores desproporcionais. 
 
4. DO PEDIDO LIMINAR 
Em analogia ao artigo 300 do CPC, para deferir uma tutela antecipada é necessário 
demonstrar, cumulativamente, o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo e 
probabilidade de direito. O direito pleiteado de fato existe. 
A probabilidade do direito se verifica pelos fundamentos jurídicos, fatos e provas juntadas, 
que demonstram a ausência de ampla defesa, contraditório, do devido processo legal, 
além da violação da legalidade e da razoabilidade. Demonstrados esses desrespeitos com 
os direitos do impetrante, restam configuradas a probabilidade de direito dessa. 
O perigo de dano está evidenciado pelo fato de a parte autora estar sendo lesada pelo 
Decreto, que causará prejuízos ao impetrante, que afundarão em dívidas simplesmente 
pelo ato ilegal e ilícito da autoridade coatora. 
 
5. DOS PEDIDOS 
 
ISTO POSTO, requer-se a Vossa excelência que: 
I. Defira a medida liminar pleiteada para suspender os efeitos do ato 
administrativo impugnado, nos termos do Art. 7º, inc. III da Lei 12.016/2009, 
determinando ao Impetrado que proceda a suspensão do ato que motivou 
o pedido, qual seja: “a notificação do Município São Victor de Minas para pagar 
multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e encerrar as atividades empresariais na 
cidade em um período de até 90 (noventa) dias.” 
II. Seja concedida a Gratuidade de Justiça nos termos do art. 98 do código de 
processo Civil. 
III. Ao final, conceda a ordem para confirmar a liminar, se deferida, e declarar a 
nulidade do ato administrativo que gerou a notificação de multa e encerramento 
das atividades empresariais do impetrante, bem como determine a nulidade do 
Decreto Municipal. 
IV. Seja o impetrado condenado à sucumbência, em fase de cumprimento de 
sentença, se favorável, nos termos do artigo 85, § 11 do NCPC, aplicado, 
subsidiariamente, à Lei Federal nº 12016/2009. 
 
6. REQUERIMENTOS 
 
I. Determine a intimação da autoridade coatora para, querendo, responder à 
presente demanda, no prazo legal de 10 (dez) dias, conforme artigo 7º, I, da Lei 
12016/2009; 
II. Determine ao impetrado que disponibilize o documento no prazo de 10 (dez) 
dias, pois necessário à prova do alegado nesta inicial, nos termos do artigo 6º , § 
1º da Lei 12016/2009; 
III. Seja juntado documento de posse da autoridade; 
IV. Seja notificado o órgão público impetrado por meio de sua procuradoria de 
representação; 
V. Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome do Advogado 
XXX, OAB XXX. 
 
VALOR DA CAUSA: R$ XXX 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
São Victor de Minas/XX, 21 de fevereiro de 2022. 
 
_______________________ 
Advogado 
OAB XXX 
 
ANEXOS: 
1. Cópia do RG e CPF do Autor 
 
2. Comprovante de residência do Autor 
 
3. Procuração 
 
4. Custas Judiciais 
 
5. Ato impugnado 
 
6. Prova do esgotamento da via administrativa 
 
7. Cópia do processo administrativo na íntegra 
 
8. Prova da tentativa de solução junto ao Impetrado 
 
9. Duas vias completas da inicial para intimação (no processo físico)

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