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Página � de �1 3 FISIOLOGIA - Respiração Cap. 37 - Guyton • Funções relacionadas ao sistema respiratório: - Filtragem - Umidificação (muco produzido por cels. caliciformes e glând. submucosas) - Aquecimento - Condução de ar (ventilação) - Vocalização - Reservatório de sangue (450ml) - Hematose - Funções Metabólicas. (ex.: ECA…) • Principais eventos funcionais da respiração: 1. ventilação pulmonar: movimento do ar para dentro e fora dos alvéolos 2. perfusão pulmonar: passagem do sangue pelos capilares 3. trocas gasosas pulmonares: difusão de O2 e CO2 para entre o sangue e os alvéolos 4. transporte de O2 e CO2 para os / e dos tecidos periféricos; 5. regulação da ventilação Traquéias, Brônquios e Bronquíolos: o ar é distribuído para os pulmões… • Traquéia (primeira via respiratória) • 2 Brônquios principais: esquerdo e direito (vias respiratórias secundárias) - cada divisão posterior dos bronquios é uma geração adicional (existem de 20 a 25 gerações antes do ar chegar aos alvéolos. Obs: Em condicões normais, a maior resistência ao fluxo de ar ocorre nos brôquios, porque apesar de mais calibrosos, estão em quantidade bem menor que a de bronquíolos terminais. Sob condições patológicas, os bronquíolos têm papel mais importante para determinar a resistência no fluxo de ar: 1. eles se ocludem mais facilmente por causa do tamanho reduzido; 2. eles se contraem mais facilmente por terem proporcionalmente mais músculo liso. Respiração normal e tranquila: realizada com o diafragma. Na inspiração, o diafragma se contrai, empurrando as superfícies inferiores dos pulmões para baixo. Durante a expiração, o diafragma relaxa e o recolhimento elástico dos pulmões e da parede torácica comprime os pulmões. Respiração intensa: as forças elásticas não são suficientemente fortes para causar a expiração rápida. A força extra é alcançada principalmente através da contração dos músculos abdominais, que leva os conteúdos abdominais para cima, contra o diafragma. Quando a caixa torácica se eleva, as costelas projetam-se quase inteiramente para fora, de maneira que o esterno também se move para fora e para longe da coluna vertebral, aumentando o diâmetro do tórax, fazendo com que os Pulmões se expandam. - Músculos que elevam a caixa torácica: (músculos da inspiração): Intercostais externos fazem com que as costelas se movam para cima e para fora (alça de balde). Músculos acessórios: esternocleidomastóideos, serrátil anterior e escalenos. - Músculos que deprimem a caixa torácica: (músculos da expiração): Intercostais internos e o reto do abdome. Movimento do ar para dentro e para fora dos pulmões: O ar se desloca de um meio para outro através da diferença de pressão. Sempre vai da região de mais alta pressão para a de mais baixa • Pressão pleural: é de -5cm de água no início da inspiração. É a quantidade de sucção necessária para manter os pulmões em seu volume de repouso. Durante a inspiração, a expansão torácica puxa a superfície dos pulmões com ainda mais força, deixando a pressão pleural ainda mais negativa. • Pressão alveolar: quando a glote está aberta e não há movimento de ar, as pressões em todas as partes da árvore respiratória é 0cm de água. - Durante a inspiração: a pressão nos alvéolos diminui (-1cm de água), o que é suficiente para mover 0,5L de ar para os pulmões nos 2s necessários para a inspiração. - Durante a expiração: a pressão alveolar aumenta (+1cm de água), forçando 0,5L de ar inspirado para fora dos pulmões durante os 2 a 3s da expiração. Página � de �2 3 FISIOLOGIA - Respiração Complacência pulmonar: é a mudança no volume pulmonar para cada mudança de unidade na pressão transpulmonar. (Pressão transpulmonar = diferença entre as pressões pleural e alveolar). A complacência num adulto normal é de 200mL/cm de água. Aumenta com a idade e enfisema. A complacência depende das seguintes forças elásticas: - Forças elásticas dos tecidos pulmonares: fibras de elastina e colágeno - Forças elástica causadas pela tensão superficial da água: 2/3 das forças elásticas totais. Surfactante: As moléculas de água presentes na superfície que reveste os alvéolos se atraem, fazendo com que eles tentem colapsar. O surfactante diminui a tensão da superfície alveolar e com isso reduz o trabalho respiratório ao aumentar a complacência. - Secretado pelas células epiteliais alveolares do tipo II; - reduz a tensão superficial para 1/12 até 1/5 da tensão superficial normal; - quanto menor os alvéolos, maior a tendência de colapsar. Volume e Capacidade Pulmonares: • Volume corrente (Vc): 500ml, é o volume de ar inspirado e expirado a cada respiração normal. • Volume de reserva inspiratória: (VRI) 3.000ml, é o que ainda pode ser inspirado além do volume corrente. • Volume de reserva expiratória: (VRE) 1.100ml, é o que ainda pode ser expirado de forma forçada após uma expiração normal. • Volume residual (VR): 1.200ml, é o volume de ar remanescente nos pulmões depois da expiração forçada. • Capacidade respiratória (CR) = volume corrente + volume de reserva inspiratória = 3.500ml • Capacidade residual funcional (CRF) = reserva respiratória + volume residual = 2.300ml • Capacidade vital (CV): 4.600ml: quantidade máxima que de ar que uma pessoa consegue expelir dos pulmões depois de encher até o máximo. • Capacidade Pulmonar total (CPT) = 5.800ml, capacidade vital + volume residual Espaço Morto: parte do ar que, durante a inspiração, jamais chega às áreas de trocas gasosas, mas sim enche as vias respiratórias. • Espaço morto anatômico: é presente nas vias aéreas condutoras • Espaço morto alveolar: é o ar que, mesmo estando nas porções de troca gasosa, não consegue realizar troca gasosa. (Quase zero em indivíduos normais) • Espaço morto fisiológico: (TOTAL) = espaço morto anatômico + espaço morto alveolar Sistema nervoso simpático: Tem controle fraco sobre os bronquíolos. A ação da Epinefrina e Noroepinefrina ciculantes, liberadas pela glândulas adrenais é que causam dilatação da árvore brônquica. Sistema nervoso parassimpático: fibras nervosas derivadas do nervo vago secretam acetilcolina, que causa constrição leve a moderada. Cap. 38 - Guyton Edema Pulmonar: desenvolve-se da mesma forma que o edema periférico • Insuficiência cardíaca esquerda (ou doença da valva mitral): causa um grande aumento na pressão capilar pulmonar com inundação subsequente dos espaços intersticiais e dos alvéolos. • Dano à membrana capilar pulmonar: causado por infecções ou inalação de substâncias nocivas, produz o vazamento rápido de proteínas plasmáticas e fluido para fora dos capilares/ OBS: quando o fluido intersticial pulmonar aumenta mais de 50%, o edema entra nos alvéolos. Fluido na Cavidade Pleural: • Pequenas quantidades de fluido intersticial transudam continuamente através das membranas pleurais para o espaço pleural. O espaço pleural - entre as pleuras parietal e visceral - é tão estreito que é caracterizado como sendo um “espaço virtual”. Derrame Pleural: é o acúmulo de grandes quantidades de fluido livre no espaço pleural (situação análoga ao edema nos tecidos). As possíveis causas são: - Bloqueio da drenagem linfática na cavidade pleural Página � de �3 3 FISIOLOGIA - Respiração - Insuficiência cardíaca, que gera pressões capilar pulmonar e periférica muito altas, levando ao extravasamento excessivo de fluidos capilares. - Redução da pressão osmótica coloidal do plasma, permite o extravasamento excessivo de fluido dos capilares. - Aumento da permeabilidade capilar, causada por infecções ou outras inflamações das superfícies pleuras, permitindo o acúmulo rápido tanto de proteínas plasmáticas, como de fluido na cavidade pleural. Cap. 41 - Guyton O sistema nervoso ajusta a taxa de ventilação alveolar para manter a pressão de oxigênio do sangue arterial (PO2) e a pressão de dióxido de carbono (PCO2) a níveis relativamente constantes sob uma variedade de condições.e Cap. 42 - Guyton (insuficiência respiratória) Doenças pulmonares podem resultar de ventilação inadequada, anomalias na troca gasosa nos pulmões ou do transporte dos pulmões para o tecido periférico. Para determinar a terapia apropriada para as alterações respiratórias agudas e anormalidades agudas no equilíbrio ácido-base, é preciso realizar exames de: Determinação de PO2, PCO2 e pH do sangue. • Doença Pulmonar Obstrutiva: é caracterizada pela maior resistência ao fluxo de ar e volumes pulmonares elevados. Pacientes assim, têm mais facilidade para respirar a volumes pulmonares altos porque isso aumenta o calibre das vias respiratórias e assim diminui a resistência ao fluxo de ar. - O lumen das vias respiratórias pode estar parcialmente obstruido por secreções excessivas (bronquite crônica), fluido de edema ou aspiração de alimentos ou líquidos. - O músculo liso da parede das vias respiratórias pode estar contraído (asma) ou espessado em virturtude de inflamação e edema (asma, bronquite) ou as glândulas mucosas podem estar hipertrofiadas (bronquite crônica). - Fora das vias respiratórias, a destruição do parênquima pulmonar pode reduzir a tração radial, causando estreitamento das vias respiratórias (enfisema). • Doença Pulmonar Restritiva: pacientes com doença pulmonar restritiva acham mais fácil respirar com volumes pulmonares baixos porque é difícil expandir os pulmões. A expansão dos pulmões pode estar restrita por: - Parênquima pulmonar anormal no qual a fibrose excessiva aumenta a elasticidade pulmonar (tuberculose, asbestose) - Problemas na pleura: pneumotórax, derrame pleural. - Problemas musculares: miastenia grave
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