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Gênero Staphylococcus 1 Gênero Staphylococcus Características gerais do gênero Morfologia → cocos Coloração → gram positivos Arranjo → isolado, aos pares, tétrades e em cachos de uva Temperatura ideal → 20 - 40ºC Colonizam → pele, mucosas (animais e seres humanos), bem como solo, água, plantas e objetos Cerca de 40 espécies Staphylococcus epidermidis → Saprófitos → Faz parte da flora residente da pele, mucosas, vias respiratórias e trato gastrintestinal → Importante agente de bacteremia de origem hospitalar (oncologia e neonatologia) → Associado a infecções como: próteses cardíacas, articulares, vasculares e cateteres intravenosos e peritoneais → Coagulase → negativo (-) → Novobiocina → sensível Staphylococcus saprophyticus → Saprófito → Pode causar infecções urinárias, especialmente em mulheres jovens e sexualmente ativas → Encontrado em região periuretral de homens e mulheres → Coagulase → negativo (-) → Novobiocina → resistente Staphylococcus aureus (foco do resumo) → Mais importante → Patógeno em potencial → Pode ser encontrado na nasofaringe e fossas nasais "Aureus" → dourado Epidemiologia: s. aureus → Colonização persistente (curto período) 20 a 40% dos adultos nas fossas nasais Gênero Staphylococcus 2 → Importante em ambiente hospitalar e nos manipuladores de alimentos → Sobrevivem por longos períodos em superfícies secas Queimaduras e ferimentos abertos → estafilococos vindo de vias aéreas pode infectar Sem exposição ou sem traumatismo? Necessita contato mais íntimo, com um portador assintomático, por ex. Em ambiente hospitalar → frequentes portadores de estafilococos resistente podem gerar infecções epidêmicas Fatores de virulência: s. aureus Toxinas Hemolisina alfa → ação dermonecrosante por via subcutânea → ação letal por via endovenosa Hemolisina beta → Age sobre leucócitos, hemácias e plaquetas → lembrar de "beta hemolíticas" Hemolisina delta → Age sobre leucócitos, hemácias e plaquetas Hemolisina gama → Mais fraca que as outras e até agora não foi bem caracterizada Enzimas Coagulase → Converte o fibrinogênio em fibrina insolúvel → Aglutinação dos estafilococos → Marcador de virulência para Staphylococcus aureus → Camada de fibrina/proteção contra fagocitose → Forma um coágulo sanguíneo ao redor dos patógenos, posteriormente, através da fibrinolisina o coágulo se rompe e libera as bactérias na corrente Catalase → Catalisa a conversão de H2O2 (tóxico) em H2O e O2 → Diferencia o estafilococos de estreptococos Hialuronidase → Hidrolisa ácidos hialurônicos Gênero Staphylococcus 3 → Facilita a disseminação do S. aureus nos tecidos Fibrinolisina → Pode dissolver coágulos de fibrina (estafiloquinase) → Ao dissolver o coágulo de fibrina libera as bactérias na corrente sanguínea Lipases → Hidrolisam lipídios → Sobrevivência dos estafilococos em regiões sebáceas → Infecções cutâneas superficiais ex: furúnculo, carbúnculo Nucleases → Invasividade (disseminação) → Marcador de S. aureus Outros fatores de virulência Leucocidina de Panton & Valentine → Não hemolítica → Provoca lise de leucócitos fagócitos, com liberação de conteúdo enzimático Enterotoxina → Relação com intoxicação alimentar → Produzida por alguns estafilococos toxigênicos que crescem em alimentos ricos em carboidratos → Termorresistente → Resistente ao suco gástrico e enzimas digestivas do estômago (Tentar fazer relação com bactérias enterodigestivas) Proteína A → Específica dos S. aureus → Neutraliza a opsonização feita por anticorpos (ação antifagocitária) → Se liga a porção Fc de IgG, impedindo que sirva de fator de opsonização na fagocitose Cápsula polissacarídica → ação antifagocitária + adesão Condições para o estabelecimento do processo infeccioso no hospedeiro Condições predisponentes do paciente favorecem → condições debilitantes locais Gênero Staphylococcus 4 agravam → doenças crônicas Virulência da bactéria → produção de toxinas, enzimas etc → formas de evitar a ação antifagocitária (cápsula, proteína A) Carga infectante Infecções cutâneas (superficiais) → afeta a pele e tecido celular subcutâneo Impetigo → Infecção da pele que progride para pústula cheia de pus → A pústula pode romper e espalhar-se para outras regiões Fatores que aumento risco de impetigo Idade → mais comum em crianças Clima → quente e úmido facilita a transmissão da bactéria Lesões na pele → mordidas, picadas e outros tipos de ferida S.I comprometido → idosos, pessoas com diabetes e outras Tratamento Antibiótico (oral ou pomada?) Foliculite → infecção com pus de um folículo piloso → pode ocorrer espontaneamente por excesso de umidade ou suor, raspagem de pelos ou depilação → pode progredir para furúnculo e depois carbúnculo e estender-se para todo o tecido subcutâneo Furúnculo infecção que envolve → folículo piloso, glândula sebácea e o tecido celular subcutâneo Principal característica → formação de nódulo avermelhado, doloroso, endurecido e quente; muitas vezes uma área amarelada na parte central indicativa da presença de pus Tamanho → depende da profundidade dos tecidos infectados Local → mais comum no rosto, pescoço, axilas, nádegas e coxas NÃO espremer; maioria rompe espontaneamente e não há necessidade de drenar Aplicação de calor úmido no local → acelera o processo de drenagem espontânea Gênero Staphylococcus 5 Existem casos que é necessário → drenar e administração de antibióticos tópico ou por via oral Carbúnculo → (com frequência) envolve grupo de folículos capilares → Furúnculo com vários pontos de drenagem Local → nuca ou parte superior das costas Terçol ou Hordéolo → Infecção de uma glândula marginal ou nos pelos das pálpebras Tanto os internos, quanto os externos: → Drenados ou absorvidos → Se curam espontaneamente em um a três semanas Infecção de feridas S. aureus → pode causar infecções em feridas cirúrgicas Características: edema, eritema, dor e acúmulo de material purulento Infecções profundas (invasivas) Bacteremia e endocardite → geralmente ocorre a partir de outra localização ex faringite → acesso direto pode ocorre através de cateteres ou outros dispositivos Osteomielite → infecção óssea → pode ocorrer a partir de uma infecção local ou através de cateteres ou outros dispositivos Outras infecções Pneumonia → pneumonia por aspiração de secreções orais, secundária à intubação e ventilação mecânica ou disseminação hematogênica (complicação de endocardite) → pode formar abcessos nos pulmões e derrame pleural; facilitando bacteremias e septicemias Síndrome da Pele Escaldada ou Doença de Ritter Ocorre durante a infecção → toxina esfoliativa → eritema que cobre o corpo em aproximadamente dois dias → deslocamento da pele → aparecimento de bolhas seguidas de descamação das camadas superficiais Gênero Staphylococcus 6 → mais comum em recém nascidos ou lactentes Síndrome do Choque Tóxico (TSST-1) → Ocorre na ausência da infecção → inicialmente foi observada em mulheres menstruadas em uso de OB TSST1 → penetra na mucosa vaginal, estimula a liberação de fator de necrose tumoral e mediadores da inflamação Sintomas clínicos: → febre alta, tontura → náuseas, vômitos e diarreia → descamação da pele → diminuição da PA → insuficiência múltipla de órgãos, principalmente renal Tratamento: → Internação em UTI em casos graves → Nafcilina, dicloxacilina (E.V) → penicilina resistente à penicilinases → Remoção do absorvente interno → Desbridamento → Antissepsia vaginal → Medidas de suporte → Medicação de apoio Toxinfecções Intoxicação alimentar (enterotoxina) → ocorre na ausência de infecção → ingestão de alimentos contaminados com cepas produtoras de enterotoxinas termorresistentes → alimentos podem ser contaminados pela colonização nasal Enterotoxina → resistente ao suco gástrico e enzimas digestivas Sintomas: → surgem após 2 a 6 horas da ingestão de alimentos contaminados → dores abdominais ou náuseas, diarreia aquosa, vômitos intensos e fezes nãosanguinolentas → pode ocorrer dor de cabeça e geralmente não ocorre febre e em 24 horas não há mais sintomas (comparar com enterobactérias, esses dois fatores seriam Gênero Staphylococcus 7 suficientes pra diferenciação?) Diagnóstico laboratorial GRAM Positivos; cocos isolados, aos pares ou em cachos de uva Cultura → Crescem bem em ágar simples e ágar sangue → Podem ser isolados seletivamente em meios sólidos suplementados com 7,5% NaCl e 1% Manitol Provas de identificação Catalase Staphylococcus → catalase + Coagulase S. aureus → coagulase + S. saprophyticus e S. epidermidis → coagulase - Novobiocina S. saprophyticus → resistente a novobiocina Tratamento Penicilina G → era principal opção terapêutica, hoje só 20% é sensível → resistência mediada pela produção de penicilinases Penicilinas semissintéticas resistentes à hidrólise pela penicilinases (beta-lactamase) → Nafcilina, dicloxacilina, amoxicilina, meticilina, oxacilina Indicado → tratamento combinado de penicilina semissintética (Amoxicilina) e inibidor da penicilinase (ácido clavulânico) Lesões supurativas Ideal → drenar, nem sempre os abcessos respondem aos antibacterianos Antibacterianos mais usados → penicilina semissintética, cloranfenicol, cefalosporinas Para uso tópico → mupirocina obs: sempre que possível fazer TSA devido alto grau de resistência mediada pela produção de penicilinase Métodos profiláticos Equipe médica → antissepsia das mãos e cobertura da pele exposta auxilia a equipe médica a evitar infecções ou disseminá-la para outros pacientes Gênero Staphylococcus 8 Feridas → limpeza apropriada e aplicação de um desinfetante adequado (sabonete germicida, solução de iodo) Interferência bacteriana → métodos para controle de infecção S. aureus Quimioprofilaxia → oxacilina e ciprofloxacina (via oral) → mupirocina: pode ser usado para reduzir o estado de portador nasal em profissionais da saúde e de pacientes apresentando infecções estafilocócicas recorrentes Nathália Farias @medicinathy
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