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AULA 06 - GÊNERO STAPHYLOCOCCUS

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BACTERIOLOGIA – RODRIGO MORAES – 16/08 e 24/08 
AULA 06 - GÊNERO STAPHYLOCOCCUS 
 
GÊNERO STAPHYLOCOCCUS 
INFORMAÇÕES GERAIS: 
• 
• Cocos aglomerados, em formato de cachos de uva. 
• AUREUS: mais importante, por ser mais grave, a bactéria é mais resistente – COAGULASE 
POSITIVO: pois o aureus coagula o plasma, transforma fribrinogênio em fibrina. 
FISIOLOGIA: 
• Cocos GRAM POSITIVOS dispostos em grupos. 
• Imóveis: não têm flagelos. 
• Anaeróbios facultativos: usa oxigênio se tiver, se não tiver se replica de forma anaeróbia. 
• Não produzem esporos. 
• Capazes de crescer em altas concentrações de sal (10%). 
• Temperatura: 18-40°C - versatilidade enzimática. 
• Produtores de pigmentos: branco ao amarelo – por isso o nome AUREUS (OURO). 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
• Presença na microbiota da PELE e superfícies MUCOSAS. 
• Sobrevivência em superfícies SECAS por longos períodos de tempo. 
• São microrganismos UBÍQUOS: sobrevivem em vários locais. 
• Disseminação pessoa-pessoa (contato direto) ou exposição a fômites (os aparelhos e 
equipamentos utilizados nos hospitais) contaminados. 
• Fatores de risco: 
o Presença de corpo estranho (sutura, próteses). 
o Procedimento cirúrgico prévio. 
o Antibioticoterapia: supressão da microbiota. 
o Higiene pessoal precária. 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA: 
• 
• Cápsula e camada mucoide. 
• Peptídeoglicano 
• Ácidos teicóicos 
• Proteína A: antígeno que tem afinidade pela fração FC do anticorpo. 
• Coagulase e outras adesinas proteicas de superfície. 
• Membrana citoplasmática. 
 
FATORES DE VIRULÊNCIA: 
• Componentes estruturais: que capacitam a bactéria a produzir certas substâncias, enzimas, 
estruturas, que fazem ela ser mais virulenta. 
o Cápsula: protege a bactéria por envolvê-la. 
• Toxinas: 
o CITOTOXINAS (alfa, beta, gama, panton-valentine): 
▪ Leucócitos, eritrócitos e plaquetas. 
▪ Função de destruição de células em situs (no local). 
▪ Disponibiliza mais nutrientes para a bactéria. 
o TOXINAS ESFOLIATIVAS (A e B): 
▪ Dermatite esfoliativa = Síndrome da pele escaldada (SSSS): é uma síndrome 
infantil, as bactérias do nariz adulto não permitem que ela se prolifere. 
▪ 
 
 
 
 
o ENTEROXINAS (A até R): 
▪ Termoestáveis a 100°C/30min. 
▪ Ao aquecer a bactéria morre, mas a toxina vive. 
▪ Resistentes à hidrólise pelas enzimas gástricas. 
▪ São doenças autolimitadas, curam sozinhas. 
o TSST: 
▪ Superantígeno típico: leva a criação de uma super resposta imunológica, 
para estimular a síntese de um anticorpo e criar a memória imunológica 
desequilibrada (muito intensa) = problema 
▪ Toxina da Síndrome do Choque Tóxico 
▪ 
▪ Produção de citocinas intensa = as plaquetas deixam de atuar = ocorre 
sangramento. 
▪ Aumenta a dilatação dos vasos = cai a pressão arterial. 
▪ Prejudica a irrigação dos tecidos. 
▪ Destruição de células endoteliais. 
• ENZIMAS: 
o Coagulase (apenas a Staphylococcus aureus produz), catalase (todos os 
Staphylococcus produzem), hialuronidase, fibrinolisina, lipases, nucleases e 
penicilinases. 
o Quanto mais enzimas = mais virulento. 
o Staphylococcus aureus produz mais enzimas. 
 
DOENÇAS CLÍNICAS: 
• Doenças mediadas por toxinas ou proliferação (supurativas) - STAPHYLOCOCCUS AUREUS 
• TOXINAS – pela toxina que causará a doença: 
o SÍNDROME DA PELE ESCALDADA 
o INTOXICAÇÃO ALIMENTAR 
o SÍNDROME DO CHOQUE TÉRMICO. 
• SUPURATIVO: 
o FOLICULITE: 
 
 
 
 
▪ 
▪ Pus ocorre pela presença do microrganismo – pela produção das 
CITOTOXINAS. 
▪ Forma de evitar: higienização corporal para retirar o excesso de 
microrganismos. 
▪ Há fator genético (oleosidade). 
o FURÚNCULO: 
▪ A foliculite pode se transformar em um furúnculo. 
▪ Pode ser por fator hormonal. 
▪ “carlegão”. 
▪ Não pode espremer pois a bactéria pode cair na corrente sanguínea e causar 
sepse. 
▪ 
o CARBÚNCULO: 
▪ Vários furúnculos unidos. 
▪ Tratado com antibiótico. 
▪ 
o BACTEREMIA: 
▪ Bactéria na corrente sanguínea. 
o ENDOCARDITE 
 
 
 
 
• 
o De 1+ a 4+: qual a chance de encontrar a bactéria em determinada região. 
o Sendo 1+ a menor chance e 4+ a maior chance. 
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
o AMOSTRAS (ESPÉCIME CLÍNICO): 
▪ Tipo de infecção e qualidade do material. 
▪ Swab superficial, pus, sangue, aspirado traqueal ou LCR. 
o MICROSCOPIA: 
▪ Coloração de GRAM: cocos G+, cachos. 
▪ Obs.: não diferencia espécies. 
o CULTURA: 
▪ Meios enriquecidos: ágar sangue 37°C/18h (hemólise, produção de 
pigmento). 
▪ Espécimes contaminados: ágar manitol salgado. 
▪ Identificação: testes bioquímicos - testes da catalase, coagulase e 
novobiocina. 
▪ Testes de susceptibilidade. 
• TRATAMENTO: 
o INFECÇÕES CUTÂNEAS (acne e furúnculo), abscessos e infecções supurativas 
fechadas: 
▪ Drenagem do pus 
▪ ANTIMICROBIANOS – orais. 
o BACTEREMIA, ENDOCARDITE, PNEUMONIA: 
▪ Tratamento IV prolongado com PENICILINA resistente à BETA-LACTAMASE 
(penicilina G, vancomicina). 
o MRSA (METICILINA) ou ORSA (OXACILINA): 
▪ Glicopeptídios (vancomicina e teicoplanina) 
▪ Estreptograminas (quinupristina/dalfopristina), tigeciclina, daptomicina e a 
combinação da vancomicina com um antibiótico betalactâmico 
antiestafilocócico. 
 
 
 
 
• PREVENÇÃO E CONTROLE: 
o Fontes de contaminação: lesões humanas, fômites (objetos que podem dispersar 
microrganismos, como o estetoscópio), vias aéreas e pele. 
o Hospitais.

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