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PORTUGUÊS 1 PROIFAL 2018 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom vocabulário internalizado. Dicas Rápidas de Interpretação de Textos: 1. Ler todo o texto; 2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; 3. Ler o texto pelo menos umas três vezes; 4. Ler com perspicácia, sutileza; 5. Voltar ao texto quantas vezes precisar; 6. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 7. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 8. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 9. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuído de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. Por exemplo: 1. Wendell comprou um boné. - Sentido Denotativo 2. Wendell viajou na maionese. - Sentido Conotativo 3. Maria bateu as botas. - Sentido Conotativo 4. Maria rasgou as botas. – Sentido Denotativo. Foco Narrativo O Foco Narrativo é um elemento primordial dos textos narrativos uma vez que determina o tipo de narrador de uma narração. Em outras palavras, o foco narrativo, representa a “voz do texto”, sendo classificados basicamente em três tipos: Narrador Personagem; Narrador Observador; Narrador Onisciente. Importante lembrar que o foco narrativo é determinado conforme a perspectiva empregada pelo autor para contar determinada história: Narrador Personagem Esse tipo de narrador é um dos personagens da história (protagonista ou coadjuvante). Nesse caso, a história é narrada em 1ª pessoa do singular ou do plural (eu, nós). Exemplo de narrador personagem: “Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do PORTUGUÊS 2 PROIFAL 2018 bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.” (Dom Casmurro, Machado de Assis) Narrador Observador Esse tipo de foco narrativo apresenta um texto narrado em 3ª pessoa (ele, eles). É determinado por um narrador que conhece a história e por isso, recebe o nome de “observador”. Nesse caso, o narrador não participa da história e está fora dos fatos, ou seja, ele não é um personagem. Exemplo de narrador observador: “Que abismo que há entre o espírito e o coração! O espírito do ex-professor, vexado daquele pensamento, arrepiou caminho, buscou outro assunto, uma canoa que ia passando; o coração, porém, deixou-se estar a bater de alegria. Que lhe importa a canoa nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanhavam, arregalados? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez que mana Piedade tinha de morrer, foi bom que não casasse; podia vir um filho ou uma filha... - bonita canoa! - Antes assim! - Como obedece bem aos remos do homem! - O certo é que estão no céu!” (Quincas Borba, Machado de Assis) Narrador Onisciente Aqui, devemos atentar ao conceito da palavra onisciente, que significa “aquele que sabe de tudo”. Dito isso, como foco narrativo, o narrador onisciente é aquele que conhece toda a história. Também possui conhecimentos sobre todos os personagens e seus pensamentos, sentimentos, passado, presente e futuro. Pode ser narrada tanto em 1ª pessoa (quando apresenta pensamentos dos personagens) como em 3ª pessoa. Exemplo de narrador onisciente: “Um segundo depois, muito suave ainda, o pensamento ficou levemente mais intenso, quase tentador: não dê, elas são suas. Laura espantou-se um pouco: porque as coisas nunca eram dela. Mas estas rosas eram. Rosadas, pequenas, perfeitas: eram. Olhou-as com incredulidade: eram lindas e eram suas. Se conseguisse pensar mais adiante, pensaria: suas como nada até agora tinha sido.” (A Imitação da Rosa, Clarice Lispector) Formas de apresentação da fala das personagens Como já sabemos nas histórias, as personagens agem e falam. Há três maneiras de comunicar as falas das personagens. Discurso Direto: É a representação da fala das personagens através do diálogo. Exemplo: “Zé Lins continuou: carnaval é a festa do povo. O povo é dono da verdade. PORTUGUÊS 3 PROIFAL 2018 Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carnaval a cidade é do povo e de ninguém mais.” No discurso direto é frequente o uso de verbos como: dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. Exemplo: “Zé Lins levantou um brinde: lembrou dias tristes e passados, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os menos sombrios por vir.” Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração. Exemplo: “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela hora, sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como eles? Só sendo doido mesmo”. (José Lins do Rego) Identificação de Tipos e Gêneros Textuais Tipos Textuais Gêneros Textuais • Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc. • Exemplos: narração, argumentação, descrição, injunção (ordem) e exposição (que é o texto informativo). • Geralmente variam entre 5 e 9 tipos. • Possuem função comunicativa e estão inseridos em um contexto cultural. • Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de acordo com o estilo do autor, conteúdo, composição e função. • São infinitos os exemplos de gêneros: receita culinária, blog, e- mail, lista de compras, bula de remédios, telefonema, carta comercial, carta argumentativa etc. http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/narracao.htm http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/descricao.htm PORTUGUÊS 4 PROIFAL 2018 A tipologia textual ou tipos textuais trata basicamente da forma como o texto apresenta-se. Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os mais estudados e exigidos nas diferentes provas de vestibular e concursos no Brasil são: narração, dissertação, descrição, injunção e exposição. ►Narração: Sua principal característica é contar uma história, real ou não, geralmente situada em um tempo e espaço, com personagens, foco narrativo, clímax, desfecho, entre outros elementos. Os gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias etc. ►Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio de estratégias argumentativas. Sua maiorfinalidade é conquistar a adesão do leitor aos argumentos apresentados. Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação, editorial etc. ►Descrição: Têm por objetivo descrever objetiva ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações. Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. Também podem ser encontrados em textos literários por meio da descrição subjetiva. ►Injunção: São textos que apresentam a finalidade de instruir e orientar o leitor, utilizando verbos no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, sempre indeterminando o sujeito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais, códigos, leis etc. ►Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, seminário etc. Os textos, sejam eles escritos ou orais, embora sejam diferentes entre si, podem apresentar diversos pontos em comum. Quando eles apresentam um conjunto de características semelhantes, podem ser classificados em determinado gênero textual. Dessa maneira, os gêneros textuais podem ser compreendidos como as diferentes formas de linguagem empregadas nos textos, configurando- se como manifestações socialmente reconhecidas que procuram alcançar intenções comunicativas semelhantes, exercendo funções sociais específicas. Cada gênero textual tem o seu próprio estilo e pode ser diferenciado dos demais por meio das suas características. Algumas das características que determinam o gênero textual são o assunto, o papel dos interlocutores e a situação. Graças à sua natureza, torna-se impossível definir a quantidade de gêneros textuais existentes na língua portuguesa. PORTUGUÊS 5 PROIFAL 2018 TIPOS GÊNEROS Narrativo Conto maravilhoso, conto de fadas, fábula, lenda, narrativa de ficção científica, romance, conto, piada etc. Descritivo Diário, relatos (viagens, históricos, etc.), biografia e autobiografia, notícia, currículo, lista de compras, cardápio, anúncios de classificados etc. Dissertativo Editorial Jornalístico, carta de opinião, resenha, artigo, ensaio, monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado etc. Expositivo Texto expositivo, seminário, conferência, palestra, entrevista de especialista, texto explicativo, relatório científico etc. Injuntivo Propaganda, receita culinária, bula de remédio, manual de instruções, regulamento, textos prescritivos Outros Gêneros Anedota, Blog, reportagem, charge, carta, e-mail, declaração, memorando, bilhete, relatório, requerimento, ATA, cartaz, cartum, procuração, atestado, circular, contrato ACENTUAÇÃO GRÁFICA E O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO ACENTUAÇÃO TÔNICA: A palavra “possível” tem três sílabas: pos- sí-vel. Ao lermos a palavra, colocamos maior força na sílaba “si”. Ou seja, acentuamos – destacamos, enfatizamos, sonoramente – esta sílaba. Ela é, portanto, a sílaba tônica da palavra, pois é sobre ela que recai o acento da fala. Já as duas outras sílabas “pos” e “vel” são chamadas de átonas, pois são pronunciadas com menor intensidade do que a tônica. Veja outros exemplos, em que destacaremos as sílabas tônicas: ca- fé, pás-sa-ro, mo-ra-da, qua-dro, Pa-ra-ti, tam-bém. Nos seis exemplos apresentados, a sílaba tônica existe, mas nem sempre é marcada pelo acento gráfico. Há regras de acentuação gráfica, que estabelecem quando uma sílaba é ou não acentuada graficamente. Para entendê-las, é preciso saber que existe uma classificação das palavras de acordo com a posição da sílaba tônica. 1. Palavras com duas ou mais sílabas: 1) As palavras cuja acentuação tônica recaem na última sílaba chamam-se oxítonas. Exemplos: Paraná, urubu, pajé, vovô, jabuti, guaraná, guarani, robô. PORTUGUÊS 6 PROIFAL 2018 2) As palavras que têm acentuação na penúltima sílaba chamam-se paroxítonas. Exemplos: camelo, carro, automóvel, barco, revólver, serpente, fênix, álbum. 3) As palavras acentuadas na antepenúltima sílaba chamam-se proparoxítonas. Exemplos: antepenúltima, sílaba, pássaro, esdrúxula, vítima, cântico, romântico. 2. Monossílabos ou palavras com uma única sílaba: As palavras formadas por uma única sílaba podem ser tônicas ou átonas, de acordo com a intensidade com que são pronunciadas em uma frase. Pronunciado fracamente, o monossílabo átono, na prática, se junta à palavra que vem antes ou depois dele. Exemplo: “Esse é um problema de cada um de nós.” Note que os dois “de” quase são pronunciados como se fosse um “di” e forma uma espécie de sílaba átona da palavra anterior: “dicada” e “dinós”. Na mesma frase, entretanto, encontramos monossílabos tônicos: “é” e “nós”, cuja pronúncia é fortemente marcada. • ENCONTRO VOCÁLICO: Encontro vocálico é o agrupamento de duas ou mais vogais em uma palavra. Em português, há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato. Ditongo: é a combinação de uma vogal e uma semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba. Exemplos: faixa, história, beijo, sério. Tritongo: é a combinação de uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, formando uma única sílaba. Exemplos: Paraguai, quais, saguão. Hiato: é o encontro de duas vogais, em sílabas separadas. Exemplos: saúde, hiato, joelho. • REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA: Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas. 1. Proparoxítonas Sílaba tônica: antepenúltima As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos: trágico, patético, árvore. 2. Paroxítonas Sílaba tônica: penúltima PORTUGUÊS 7 PROIFAL 2018 Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: l fácil n pólen r cadáver ps bíceps x tórax us vírus i, is júri, lápis om, ons iândom, íons um, uns álbum, álbuns ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos ditongo oral (seguido ou não de s) e ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s) jóquei, túneis várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início Observações: Não recebem acento gráfico as paroxítonas terminadas em: – a(s): bola, fora, rubrica, bodas, caldas; – e(s): neve, aquele, cortes, dotes; – o(s): solo, coco, sapato, atos, rolos; – em, ens: nuvem, item, hifens, ordens; – am: falam, estavam, venderam, cantam. No novo acordo ortográfico, não se acentuam mais os ditongos abertos tônicos ei e oi das palavras paroxítonas. Exemplo: ideia, heroico, assembleia, androide. 3. Oxítonas Sílaba tônica: última Acentuam-se as oxítonas terminadas em: a(s): sofá, sofás e(s): jacaré, vocês o(s): paletó, avós em, ens: ninguém, armazéns éis, éu, éus, ói, óis (ditongo aberto) papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 4. Monossílabos tônicos Os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s) o(s) são sempre acentuados. Exemplos: vá, pás, pé, mês, pó, pôs. 5. Hiatos em palavras oxítonas e paroxítonas Acentuam-se as letras “i” e “u” quando forem vogais tônicas isoladas (hiato) numa sílaba ou acompanhadas de “s” na mesma sílaba. Exemplos: aí, atribuído, cafeína, cuíca, egoísmo, juízes, país, raízes, ataúde,balaústre, egoísmo, baús. Observação: 1) Não se acentua a vogal “i” tônica, antes de “nh”: rainha, bainha, tainha, ladainha, moinho. 2) No novo acordo ortográfico: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no “i” e no “u” tônicos quando vierem depois de um ditongo (junção de duas vogais). Como era – Como fica bocaiúva bocaiuva (espécie de palmeira) cauíla cauila (avarento) feiúra feiura Nas oxítonas, se o “i” ou o “u” estiverem em posição final (ou seguidos de “s”), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 6. Novo acordo ortográfico a) Permanece o acento diferencial em: PORTUGUÊS 8 PROIFAL 2018 * Pôde (passado do verbo poder) e pode (presente do verbo poder). Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. * Pôr (verbo) e por (preposição): Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. b) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir e de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. c) Não se usa mais o acento que diferenciava os pares: pára/para, péla(s)/, pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era – Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pêra. Comi uma pera. d) É facultativo o uso do acento para diferenciar as palavras forma/fôrma. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? e) Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era – Como fica lêem leem (verbo ler) vêem veem (verbo ver) perdôo perdoo (verbo perdoar) vôos voos EXERCÍCIOS 1. Assinale a série em que todos os vocábulos devem receber acento gráfico: a) Troia, item, Venus b) hifen, estrategia, albuns c) apoio (subst.), reune, faisca d) nivel, orgão, tupi e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu 2. São acentuadas graficamente pela mesma razão as palavras da opção: a) há - até – atrás b) história - ágeis – você c) está - até – você d) ordinário - apólogo – insuportável e) mágoa - ícone – número 3. Quantos acentos possuem a frase: “Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões”. a) 5 acentos b) 4 acentos c) 3 acentos d) 2 acentos e) 1 acento 4. As palavras após e órgãos são acentuadas por serem respectivamente: a) paroxítona terminada em s e proparoxítona. b) oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo. c) proparoxítona e paroxítona terminada em s d) monossílabo tônico e oxítona terminada em o, seguida de “s”. e) proparoxítona e proparoxítona 5. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à acentuação gráfica: a) Grajaú, balaustre, urubus b) árduo, língua, raíz c) raízes, fúteis, água d) heróico, assembléia, côroa e) túneis, apôio, equilíbrio 6. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) paletó, avô, pajé, café, jiló b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis c) você, capilé, Paraná, lápis, régua d) amém, amável, filó, porém, além e) caí, aí, ímã, ipê, abricó 7. Sob um ..... de nuvens, atracou no ..... o navio que trazia o ..... . a) veu, porto, heroi PORTUGUÊS 9 PROIFAL 2018 b) veu, pôrto, herói c) véu, pôrto, herói d) véu, porto, heroi e) véu, porto, herói 8. Segue a mesma regra de acentuação de “país” a palavra: a) saúde b) aliás c) táxi d) grêmios e) heróis 9. Assinale a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente: a) bonus, tenis, aquele, virus b) repolho, cavalo, onix, grau c) juiz, saudade, assim, flores d) levedo, caracter, ontem e) caju, virus, niquel 10.Não leva acento: a) atrai-la b) supo-la c) conduzi-la d) vende-la e) revista-la 11. Verifique se as palavras acentuadas estão corretas e acentue as que precisam: – A funcionária remeterá os formulários até o início do próximo mês. – Ninguém poderia prever que a catástrofe traria tamanho ônus para o país. – Este voo está atrasado. Os senhores tem que embarcar pela ponte aerea e fazer conexão no Rio para Florianopolis. – O pronunciamento feito pelo diretor na assembléia revestia-se de caráter inadiável. 12. Só uma série abaixo contém palavras acentuadas corretamente. Assinale-a: a) rápido, séde, côrte b) ananás, ínterim, espécime c) corôa, vatapá, automóvel d) cometi, pêssegozinho, viúvo e) lápis, raínha, côr 13. Assinale a série em que todos os vocábulos estão escritos de acordo com as normas vigentes de acentuação gráfica: a) ítem, fi-lo, juri, córtex, íbero b) luís, vírus, eletron, hífens, espírito c) hiper, táxi, rúbrica, bênção, récorde d) através, intuito, álbuns, varíola, sauna e) dólar, zebu, ritmo, atraí-lo, bangalô 14. Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) terás / limpida b) necessário / verás c) dá-lhe / necessário d) indêndio / também e) extraordinário / incêndio 15. As palavras se agrupam pela mesma regra de acentuação em: a) é, só, até b) também, através, aí c) involuntária, hermético, substituível d) arrogância, inconsistência, mistério e) arbitrária, água, transpô-la 16. Assinale a alternativa em que a acentuação gráfica das palavras se justifique da mesma forma que em ‘glória’, ‘papéis’, ‘hermenêutica’, respectivamente. a) maiúscula, tríduo, rédea b) estoico, obliquem, Bocaiúva c) próton, tranquilo, saúde d) órfão, constrói, pífano e) réu, bilíngue, pégasus 17. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada: a) Todo ensino deveria ser gratuito. b) Não ves que eu não tenho tempo? c) É difícil lidar com pessoas sem carater. d) Saberias dizer o conteudo da carta? e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer. 19. (BB) Assinale a opção acentuada corretamente: a) eclípse b) juíz c) agôsto d) saída e) intúito 20. (BB) Leva acento: a) pêso b) pôde c) êste d) tôda e) cêdo 21. (BB) Noite: a) hiato b) ditongo c) tritongo d) dígrafo PORTUGUÊS 10 PROIFAL 2018 22. Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) pés, hóspedes b) sulfúrea, distância c) fosforescência, provém d) últimos, terrível e) satânico, porém 23. (BB) É um monossílabo tônico: a) o b) lhe c) e d) luz e) com Gabarito: 1B; 2C; 3A; 4B; 5C; 6A; 7E; 8A; 9C; 10C;12B; 13D; 14E; 15D; 16D; 17A; 19D; 20C; 21B;22B; 23C Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem • Linguagem Verbal e Não Verbal A linguagem verbal é aquela expressa por meio de palavras escritas ou falada, ou seja, a linguagem verbalizada, enquanto a linguagem não verbal, utiliza dos signos visuais para ser efetivada, por exemplo, as imagens nas placas e as cores na sinalização de trânsito. Além da linguagem verbal e não verbal há a linguagem mista ou híbrida, que agrega essas duas modalidades, ou seja, utiliza a linguagem verbal e não verbal para produzir a mensagem, por exemplo, nas histórias em quadrinhos, em que acompanhamos a história por meio dos desenhos e das falas das personagens. Exemplos de linguagem: • Elementos da Comunicação Emissor: chamado também de locutor ou falante, é aquele que emite a mensagem para um ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros. Receptor: denominado de interlocutor, ouvinte ou destinatário, é quem recebe a mensagem emitida pelo emissor. Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo, o conjunto de informações transmitidas pelo locutor. Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem,ou seja, é a linguagem da mensagem transmitida (escrita, fala, gestos etc.). Canal de Comunicação: ou apenas canal corresponde ao local (meio) onde a mensagem será transmitida, por exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros. Contexto: Também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão inseridos o emissor e receptor. Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a mensagem não é decodificada de forma correta pelo interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo locutor, desconhecido pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; dentre outros. (não faz parte dos elementos da comunicação) Fonte: linguaportuguesa.blog.br/ ______________ ______________ ______________ PORTUGUÊS 11 PROIFAL 2018 FUNÇÕES DA LINGUAGEM 1. Função referencial ou denotativa transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais. Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008. 2. Função emotiva ou expressiva: O objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto e vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico. Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada. / O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. / Quase não conversa. /Tem poucos, raros amigos/ O homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade) 3. Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso dos vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou na 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade. Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! 4. Função Metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja: “Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo.” Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código(poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. 5. Função Fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa. Quando estamos em um diálogo por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”. 6. Função Poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além d e elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários e em letras de música. PORTUGUÊS 12 PROIFAL 2018 -Preocupação com a mensagem e com a forma como ela é transmitida. -Palavras usadas em sentido conotativo, ou figurado. Por exemplo: "Nossos clientes nunca voltaram para reclamar." (Publicidade de uma agência funerária) Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br EXERCÍCIO: De acordo com o linguista russo Roman Jakobson, "dificilmente lograríamos (...) encontrar mensagens verbais que preenchem uma única função... A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante". Sentimento do mundo Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio de escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor. Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes. Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis. Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando a recordação do sineiro, da viúva e do microscopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer esse amanhecer mais noite que a noite. Carlos Drummond de Andrade Levando em consideração a observação de Roman Jackobson, indique a função predominante no poema de Drummond: a) função conativa. b) função referencial. c) função fática. d) função poética. e) função emotiva. FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras Sonoras 1- Aliteração Repetição de sons consonantais (consoantes) Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia. PORTUGUÊS 13 PROIFAL 2018 Ex.: “(...) Vozes veladas, veludosas vozes. Volúpias dos violões, vozes veladas/ Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas” (fragmento de Violões que choram, Cruz e Souza). 2- Assonância É o recurso que se utiliza da repetição de sons vocálicos para criar um efeito de sentido. Exemplo: A linha feminina é carimá Moqueca, pititinga, caruru Mingau de puba, e vinho de caju Pisado num pilão de Piraguá (Gregório de Matos) 3- Paranomásia O emprego de palavras parônimas (sons parecidos). Ex.: “Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias” (Padre Antonio Vieira). 4- Onomatopeia É o recurso que se utiliza de uma palavra especial para representar um som específico. Ex.: Tiro - Bang! Bang! Explosão-Boom! Figuras de Pensamento 5- Antítese Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Observe os exemplos: "O mito é o nada que é tudo." (Fernando Pessoa) O corpo é grande e a alma é pequena. "Quando um muro separa, uma ponte une." "Desceu aos pântanos com os tapires; subiu aos Andes com os condores." (Castro Alves) Felicidade e tristeza tomaram conta de sua alma. Obs.: Paradoxo- ideias contraditórias num só pensamento, proposição de Rocha Lima (“dor que desatina sem doer”) 6- Eufemismo Consiste em “suavizar” alguma ideia desagradável Ex.: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), você não foi feliz nos exames. (foi reprovado) 7- Hipérbole Exagero de uma ideia com finalidade expressiva Ex.: Estou morrendo de sede (com muita sede), ela é louca pelos filhos (gosta muito dos filhos) 8- Ironia Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico. Ex.: O ministro foi sutil como uma jamanta 9- Gradação Apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) PORTUGUÊS 14 PROIFAL 2018 Ex.: "O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira) 10- Prosopopeia, personificação,animismo É a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Ex.: “A lua, (...) Pedia a cada estrela fria \ Um brilho de aluguel...” (João Bosco \ Aldir Blanc) 11- Apóstrofe Caracterizam as expressões de chamamento ou apelo, função que se assemelha ao vocativo. Exemplo: Ó Deus! Ó Céus! Porque não me ligou? (O chamamento utilizado antes, enfatiza a indignação do locutor com a falta do telefonema.) 12-Elipse A elipse é a omissão de um ou mais termos, os quais não foram expressos anteriormente no discurso, entretanto, que são facilmente identificáveis pelo interlocutor (receptor). Exemplo: Estávamos felizes com o resultado dos exames. (Neste caso, a conjugação do verbo “estávamos”, propõe o termo oculto “nós”.) 13-Zeugma A zeugma é um tipo de elipse, uma vez que há omissão de um ou mais termos na oração, sendo um recurso utilizado para evitar a repetição de verbo ou substantivo. Exemplo: Fabiana comeu maçã, eu (comi) pera. 14- Hipérbato ou Inversão O hipérbato é caraterizado pela inversão da ordem direta dos termos da oração, segundo a construção sintática usual da língua (sujeito + predicado + complemento). Exemplo: Triste estava Manuela. (Neste caso, o estado do sujeito surge antes do nome “Manuela”, que na construção sintática usual seria: Manuela estava triste). 15- Silepse Na silepse há concordância da ideia e não do termo utilizado. São classificadas em: Silepse de Gênero, quando ocorre discordância entre os gêneros (feminino e masculino); Silepse de Número, quando ocorre discordância entre o singular e o plural; Silepse de Pessoa, quando ocorre discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o verbo, que surge na primeira pessoa do plural. Exemplos: São Paulo é suja. (silepse de gênero) Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número) Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo. (silepse de pessoa) 16-Assíndeto Síndeto corresponde a uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações coordenadas. Feita essa observação, a figura de pensamento assíndeto é caracterizada pela ausência de conjunções. Exemplo: Daiana comprou uvas para comer, (e) limões para fazer suco. 17-Polissíndeto Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é caracterizado pela repetição da conjunção coordenativa (conectivo). PORTUGUÊS 15 PROIFAL 2018 Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e falava. 18- Anáfora A anáfora é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos escritores na construção dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia. Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a condicionalidade que o emissor do discurso quer propor). 19-Anacoluto O anacoluto altera a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no discurso. Exemplo: Esses políticos de hoje, não se pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos: “Esses políticos de hoje não são confiáveis” ou Não se pode confiar nesses políticos de hoje.) 20-Pleonasmo Repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento das normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem. Exemplo: A noite escura da Amazônia. (Note que a noite já pressupõe escuridão.) 21- Metáfora Emprego de palavras fora do seu sentido norma, por analogia. É um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo. Ex.: A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. \ “Veja bem, nosso caso\ É uma porta entreaberta.” (Luís Gonzaga Júnior) 22- Catacrese Uso impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou na ausência de termo específico. Ex.: Costas da cadeira Manga da camisa Asa da xícara Pé da mesa Cabeça de alho 23- Metonímia Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado. Ex.: A viagem à Lua significou um grande avanço para o “homem”. (Neste caso a palavra homem foi empregada no lugar de “humanidade”. A parte foi citada para substituir ou representar o todo.) Ler Jorge Amado Eu uso sempre “Bombril”. (Aqui a palavra Bombril substitui palha de aço. O nome da marca substitui o produto.) 24- Antonomásia, perífrase Substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre o nome e seu aposto. Ex.: O mestre= Jesus Cristo, A cidade luz= Paris, O rei da selva= o leão, Escritor Maldito= Lima Barreto 25- Sinestesia Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audição, paladar e tato). Ex.: “Mais claro e fino do que as finas pratas\ O som da tua voz deliciava...\ Na dolência velada das sonatas\ Como um PORTUGUÊS 16 PROIFAL 2018 perfume a tudo perfumava.” (Cruz e Souza) SEMÂNTICA Semântica é o estudo do significado e a interpretação de uma palavra, frase ou expressão de um determinado contexto. Esse processo é importante no estudo de português porque o significado das palavras é essencial para quem fala e escreve. As atribuições da Semântica: Na Língua Portuguesa, o significado das palavras leva em consideração os conceitos descritos a seguir: Sinonímia Antonímia Homonímia Paronímia Polissemia Hiperônimo Hipônimo Sinonímia- Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos: bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico – engraçado. A criança ficou contente com o presente. Eles ficaram alegres com a notícia. Antonímia- Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários, ou seja, os antônimos. Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar. Cinco jurados condenaram e apenas dois absolveram o réu. Homonímia- Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados diferentes, apresentam a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. Os homônimos subdividem-se em palavras homógrafas, homófonas e perfeitas: Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente indicativo) / conserto (substantivo) – conserto (1ª pessoa do singular do presente indicativo); Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão (substantivo); Eles foram caçar, mas ainda não retornaram. (caçar- prender, matar) Vão cassar o mandato daquele deputado. (cassar- ato ou efeito de anular) Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na escrita. Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio). PORTUGUÊS 17 PROIFAL 2018 Paronímia- São palavras que possuem significados diferentes e apresentam pronúncia e escrita parecidas. Exemplos: Emergir- vir à tona Imergir- afundar Infringir- desobedecer Infligir- aplicar Polissemia- É o fato de uma palavra ter mais de uma significação. Hidrate as suas mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão dos seus direitos (desistir). Estou com uma dor terrível na minha cabeça (parte do corpo) – Ele é o cabeça do projeto (chefe). Hiperônimos: são palavras de sentido genérico, ou seja, palavras cujos significados são mais abrangentes do que os hipônimos. Animais é hiperônimode cachorro e cavalo. Legume é hiperônimo de batata e cenoura. Galáxia é hiperônimo de estrelas e planetas. Ferramenta é hiperônimo de chave de fenda e alicate. Doença é hiperônimo de catapora e bronquite. Hipônimos: são palavras de sentido específico, ou seja, palavras cujos significados são hierarquicamente mais específicos do que de outras. Maçã e morango são hipônimos de fruta. Vermelho e verde são hipônimos de cor. Brócolis e couve-flor são hipônimos de verdura. Flores e árvores são hipônimos de flora. Gripe e pneumonia são hipônimos de doença. Exercício: 1) Assinale os parônimos. a) sela - sela b) taxa - tacha c) ratificar - retificar d) curto - longo PORTUGUÊS 18 PROIFAL 2018 e) ceda - seda 2) Assinale os homônimos homógrafos. a) história - historia b) extrato - estrato c) área-ária d) cessão - sessão e) manga – manga 3) Assinale a frase que se completa com a segunda palavra dos parênteses. a) Já pus a.......... no cavalo. (sela/cela) b) Ele foi preso em .............(flagrante/fragrante) c) A água .................abundanteme nte. (fluía/fruía) d) Você errou. Precisa................suas palavras. (ratificar/retificar) e) Estou com uma gripe................. (incipiente/insipiente) 4) (AFC) Se substituirmos a palavra sublinhada pela palavra entre parênteses não altera-mos o sentido dos enunciados, exceto em: a) Há nisso um equívoco, a que me empenho em pôr termo, peremptoriamente. (preliminar-mente) b) Não quero concorrer para a agravação desta contenda. (controvérsia) c) Reputo insustentável a situação de anarquia financeira, política e moral. (Considero) d) O pleito entre os interesses deve seguir sem estorvo. (A disputa) e) O pleito entre os elementos interessados seguirá sem estorvo na hipótese importuna de meu nome. (incômoda) 05) (TRT-ES) Marque a opção em que a expressão substitui o elemento em realce sem alterar o sentido do texto. “Trabalho subordinado é aquele no qual o trabalhador volitivamente transfere a terceiro o poder de direção sobre seu trabalho, sujeitando-se como consequência ao poder de organização, ao poder de controle e ao poder disciplinar deste.” (Amauri Mascaro Nascimento) a) por imposição superior b) por vontade própria c) involuntariamente d) independentemente de sua vontade e) oficiosamente 06)(P.G.JUSTIÇA) A palavra tráfico, presente no texto (1.16), não deve ser confundida com tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é exemplo de homonímia e não de paronímia? a) estrato / extrato b) flagrante / fragrante c) eminente / iminente d) inflação/infração e) cavaleiro/cavalheiro PORTUGUÊS 19 PROIFAL 2018 Referências Bibliográficas: • DALLARI, Dalmo de Abreu. Viver em Sociedade. São Paulo: Moderna, 1985 • FRITZEN, José Silvino. Relações Humanas Interpessoais- nas convivências grupais e comunitárias. Rio de Janeiro: Vozes, 1987. • https://www.todamateria.com.br/linguagem-verbal-e-nao-verbal/ • https://linguaportuguesa.blog.br/funcoes-da-linguagem-e-elementos-da- comunicacao/ • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/funcoes-linguagem-1.htm • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/elementos-comunicacao-as- funcoes-linguagem.htm • https://www.todamateria.com.br/generos-textuais/ • http://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/compreensao-e-interpretacao-de- textos-de-generos-variados-parte-2/ • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/tipos-textuais-estrutura- discurso.htm • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/genero-textual.htm https://linguaportuguesa.blog.br/funcoes-da-linguagem-e-elementos-da-comunicacao/ https://linguaportuguesa.blog.br/funcoes-da-linguagem-e-elementos-da-comunicacao/ http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/funcoes-linguagem-1.htm http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/elementos-comunicacao-as-funcoes-linguagem.htm http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/elementos-comunicacao-as-funcoes-linguagem.htm
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