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Egito Antigo - história

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Húmus 
Matéria de origem 
orgânica (vegetal 
principal mente), 
decomposta ou 
em decomposição, que 
torna o solo fértil. 
Clãnico 
Referente à clã, um 
conjunto de fal(nilias 
que descendem ou 
supõem descender de 
um ancestral comum. 
Dinãstico 
Referente à dinastia, 
uma sucessão de 
soberanos da mesma 
linhagem ou família. 
~ Às m! rgens do Nilo: 0 Egit_0.------------=--~~-
b rve um mapa do Egito reconhece três elementos b 
Qualquer pessoa que O se d d rt em 
definidos: o Rio Nilo, as terras férteis ao long? e seu ~urso e o ese o, que contorn 
D t 
ríodo de cheia do Nilo, entre Julho e outubro, as águas d .ª 
essas terras. uran e o pe, "T d 
O 
rio . d s e deixavam nelas o t,omus~ uma grossa cama a de limo 
mun avam as margen :""" . que 
fertilizava o solo. Assim, por todo o curso do no, o que se viam eram terrenos cultivados 
com vários produtos. 
Para aproveitar melhor as águas e o húmus deixado na _terra quand_o_ o rio voltava ao 
seu nível normal, os egípcios desenvolveram uma tecnologia que perm1t1a transportar 
águas para campos não atingidos pelas inundações e também drenar os terrenos enchas 
l 
. á l ar. 
cados e pantanosos, aumentando a área cu t1v ve • 
Até meados do século XX se pensava que a organização do trabalho e a realizaç· 
Ó . ªº de obras de drenagem e irrigação dos campos s começaram a ser organizadas após 
criação de um poder unificado no Egito. Mais recentemente, porém, se constatou que aª 
obras de irrigação já eram realizadas pelas comunidades formadas ao longo do curso d~ 
rio, antes da formação de um Estado unificado. 
Desde aproximadamente 7000 a.e. existiam populações fixadas ao longo das mar-
gens férteis do Nilo. O rio também era a principal rota de comunicação entre esses povos 
que viviam em um sistema ~ , organizados em confederações chamadas spat (o~ 
nomos, em grego), cada qual possuindo um chefe (nomarca) e um deus próprio, em geral 
na forma de um animal. 
. Durante o quarto milênio a.e. esses nomos foram reunidos em dois reinos, o Baixo 
Egito: n~ norte, e o A~to Egito, no centro e no sul do território. As diferenças geográficas, 
econom1cas e culturais entre o norte e o sul eram motivos para frequentes tentativas d 
controle de uma região por outra. · e 
li O Egito antigo IF"'r---------d- -------;---,--,----· 
Acredita-se que por volta de 3200 a.e. um go-
vern~nte do Alto Egito, Narmer ( ou Menés), unificou 
os rei_n?s do Alto e do Baixo Egito, instituiu a capital 
em Tinis e submeteu o reino unificado à autoridade 
~eu~ ~n!c~ sober~no. A unificação iniciou o perío-
Chipre 
a: o 
:í 
UJ o 
§ 
a: 
UJ o 
:í 
MAR MEDITERRÂNEO 
BAIXO EGIT 
•••••••••• 
Deserto 
da Líbia 
ALTO EGITO 
TRÓPICO DE cANCER -------------------
Fenícia 
o 
Deserto 
da Arábia 
N 
1 
? ~r.AáS.tisg do Egito, quando os faraós, como reis 
divinos, se tornaram os líderes políticos e religiosos 
dessas terras. 
A palavra faraó significa .. d . _ . _ utilizada para designar e residencia" /per-âa), e inicialmente era 
período do Novo lmpé .0 pa acio onde res1d1a o rei egípcio. Foi somente no 
o próprio governante. no que O tenmo passou a ser utilizado para denominar 
O Egito f _an igo apresentava duas regiões 
:e~gráficas claramente distintas. O Baixo 
g1toh,. ao norte, na região do delta teve . 
sua istó. , na marcada pelo contato com ~it~s do Mediterrâneo. O Alto Egito ao 
, esenvolveu relaçõ 1 , 
povos da Núbia e es regu ares com os 
econômicas 
I 
co~ eles estabeleceu trocas 
e cu tura1s. 
Fontes: DUBY G 
• • • Limite entre o Baixo e o Alto Egito 
Paris: Larouss~, 2;rges. Atlas historique mondial. Atlas histón· 3· p.G; VICENTINO Cláudio. 
co: geral B • - ' 2011. p. 33. e rasil. Sao Paulo: Scipione, 
54 CAPITULO 4 Antiguidade oriental 
Escultura egípcia em 
madeira, c. 1980 a.e., 
representando uma 
mulher ricamente 
adornada carregando 
oferendas. Museu 
Metropolitano de Arte, 
Nova York . 
• 
Sociedade e economia 
A estrutura social do Egito antigo, embora hierarquizada, admitia certa asce , 
• . . 1 nsao social dos indivíduos. As funções com maior poder e prest1g10 soc1a estavam ligadas 
templos e à administração faraônica. Como para exercê-las era necessário saber tªOs 
b d 1. 1 . er e escrever, essas funções acabavam limitadas aos mem ros as e 1tes oca1s. 
No topo da hierarquia social egípcia estavam o ~araó e su~ f~mí~ia. Assessorado Pelo 
funcionários públicos, pelos altos militares e pelos escribas, o farao fiscalizava as obras públi 1 
e comandava os exércitos. Considerado rei divino, o faraó também exercia funções religio: 
Sua participação era considerada fundamental nas cerimônias destinadas a assegurar s. 
vitória nas guerras ou a garantir que as cheias do Nilo não fossem escassas nem excessivaª 
S. 
O grupo mais poderoso social e politicamente era o dos sacerdotes, que incluía mulhe. 
res e era dividido em diversas categorias. Os sacerdotes tinham o maior grau de instrução 
e respondiam pela administração dos templos, pelas festas e cerimônias religiosas. Eles 
não pagavam impostos e alguns enriqueciam realizando negócios particulares associados 
aos trabalhos nos templos. 
Os escribas eram funcionários da administração do Estado e estavam entre os pau. 
cos que sabiam ler e escrever. Eles eram responsáveis pela arrecadação de taxas, pela 
fiscalização das construções, pela distribuição de recursos, pelos registros de contratos, 
testamentos e inventários, além de outras funções públicas. 
Os artesãos eram uma categoria profissional numerosa, que incluía pedreiros, car-
pinteiros, construtores de barcos, oleiros, ceramistas, escultores, pintores, entre outros. 
Esses ofícios eram hereditários e era comum haver famílias inteiras de artesãos dedicados 
a uma atividade. 
O trabalho dos comerciantes garantia aos egípcios produtos importados, como a 
madeira da Fenícia, usada na construção de navios, móveis e sarcófagos, e metais como 
cobre e estanho, vindos da Núbia, importantes para a confecção de armas. 
Os camponeses, por sua vez, formavam a maior parte da população no Egito. Cerca 
de 80% da população se dedicava à agricultura e à criação de animais. O trabalho agrícola 
era realizado seguindo o regime regular de águas do Rio Nilo. Entre novembro e fevereiro, 
os camponeses semeavam a terra e, nos meses de abril e maio, realizavam a colheita. Na 
época das inundações, entre julho e outubro, e nos demais períodos do ano com menor 
atividade nos campos, os trabalhadores eram empregados em outras tarefas, como a 
construção e reparo de templos, palácios e monumentos. 
Os escravos, geralmente estrangeiros aprisionados nas guerras, constituíam a camada 
social mais explorada do antigo Egito. 
Na sociedade egípcia a mulher tinha posição de destaque, como mostra o texto a seguir. 
A mulher egípcia 
11 Seja como for [ .. . ] a mulher egípcia era sui juris, 
podendo dispor livremente de seus bens, intentar proces-
sos na justiça, tomar a iniciativa do divórcio tanto quanto 
o homem, desempenhar um papel ativo em diversas 
atividades[ ... ], enfim ir e vir com ampla liberdade. Havia, 
sem dúvida, certas limitações. Assim, por exemplo, se 
no século Ili a.e. achamos mulheres que desempenham 
funções administrativas ou sacerdotais das quais de-
pendem bens e pessoas pertencentes ao palácio e aos 
templos, isso diminui muito nos períodos posteriores. 
Mesmo para o Reino Antigo, a presença de mulheres 
naquelas funções sempre foi quantitativamente muito 
inferior à dos homens. Em outras palavras, a direção 
da vida pública sempre esteve maciçamente em mãos 
masculinas; e tal tendência se fortaleceu com o tempo. 
Na vida privada, porém, em termos gerais, se manti-
veram os amplos direitos da mulher: igual participação 
na herança paterna e materna, controle sobre os seus 
bens pessoais (mesmo quando geridos pelo marido, 
situação bastante corrente) etc." 
CARDOSO, Ciro Flamarion S. Algumas visões da mulher 
na literatura do Egito faraônico (li milênio a.c.).ln: História. 
São Paulo: Fundação Unesp, 1993. 103-105. v. 1Z 
56 CAPITULO4 Antiguidade oriental 
Orientações 
para o 
professor no 
livro digital 
~/ ........ 
.. ~::: Objeto 
.. , educacional 
digital 
• O processo de 
mumificação 
Múmia do faraó Ramsés li 
W · o 
Religião e escrita 
Era comum que os sacerdotes organizassem "famílias" de deuses nos templos. A r 
famosa é a de Osíris, lsis e Hórus, que estavam no centro da noção da existenc1;:i n11,11~ª/ 
vida terrena e diretamente ligados ao papel do faraó no creio anual de renascimento 
Egito com as cheias do Rio Nilo. 
Para os egípcios todos os elementos da natureza eram manifestações de divindades 
Por exemplo, Rê era o Sol, Geb era a Terra, Hâpy era as cheias do Nilo, Shu, o Ar, Nut, 
Céu, entre outros. Os deuses podiam ter forma humana (antropomórfica), animal (zoo. 
mórfica) ou a combinação das duas (antropozoomórfica), com seus animais e símbolos 
próprios. A religião influenciava praticamente todas as dimensões da vida egípcia: a arte 
a medicina, a literatura e até mesmo o próprio governo. As características principais d~ 
religião egípcia eram o politeísmo e a crença em uma existência após a morte. 
Durante todo o Antigo Império acreditava-se que apenas o faraó teria outra exis-
tência após a morte. Os ritos funerários serviam para preparar o faraó morto para essa 
nova etapa no outro mundo, provendo-o de tudo o que fosse necessário. No período 
do Médio Império, o culto aos mortos e a crença na vida após a morte passaram a ser 
compartilhados por todos os egípcios. No entanto, eles deveriam ser fiéis à justiça e às 
leis divinas, pois seriam julgados pelos deuses antes de iniciarem uma nova existência. 
A mumificação 
As técnicas de mumificação variavam de acordo com os recursos e a categoria social 
do falecido. A forma mais elaborada de mumificação consistia em retirar o cérebro e 
as vísceras do corpo e deixá-lo setenta dias mergulhado em uma solução química para 
desidratar. Seco, o corpo era coberto de óleos e resinas para recompor sua aparência 
e perfumá-lo, e depois envolto em faixas de linho entre as quais eram colocadas joias e 
amuletos para protegê-lo. Assim, pronto, podia ser depositado em um sarcófago de 
madeira ou de ouro. 
Poucos egípcios podiam arcar com os altos custos da mumificação. Por isso, 
o processo P??eria ser ~implificado de acordo com as posses de cada famí lia, por 
exemplo, ut1l1zando sais em vez de óleos e resinas. Os mais pobres simplesmente 
eram envoltos em uma mortalha de linho e depositados nas areias do deserto 
para que a aridez do ambiente conservasse o corpo. 
(c. 1300 a.C.-1213 a.e.) . Museu 
Egípcio, Cairo. Atualmente, 
utilizam-se exames de DNA, 
tomografia e raio X para estudar 
os corpos conservados por 
centenas de anos graças ao 
processo de mumificação. 
A maior das pirâmides de Gizé é a de Quéops, 
com 146_ metros de altura. Estima-se que a sua 
construçao tenha demorado mais de vinte anos. Pirâmides de Gizé na cidade do Cairo, Egito. 
Foto de 2012. Consideradas uma das sete 
maravilhas do mundo antigo, as pirâmides eram 
grandes monumentos funerários que abrigavam a 
tumba do faraó que ordenou sua construção. 
• • 1 • 
.,, ·-' . ·. 
J ' , ' , . . . 
11 
Plü fesso,, descreva 3 cena pa, chacal), pam o sou jul a os alunos: na primoir gomento, que é supervisionad;1 ~ ~na(~ e~quer~a),. o faleddo está sendo guiado por Anúbis, deus da morte (corpo humano co h,,," 
e O pr pro Anub1s e reg1slrado por Maat, deusa da verdade e da justiça (cabeça de ibis) N rr;lcat ..,,.,.,a de il u 1míl conn, 
Hunefer é levado por Hórus (co O h -acreditavam que o coração rp umano e cabeça de pássaro) à r , . 
coração na balança. Destaque;~ fªS. emoções, do intelecto d~is. Osins .(~entado no trono) . Os egípcios Aton o deus u' n"1co n açao antropozoomórfica dos deuses An.úb' r MISSO o H)U gamento é represe!'tado pelo , , 1s, aal e órus e a representaçao antropo-
morfica de Osíris, senhor do mundo dos mortos. 
Durante o Novo Império os sacerdote . . • . Estado. O faraó Amenófis IV (1364 C _ 13s4 
exercia~ grande 1nfluenc1a nos negócios do 
dotes de Amon, promoveu uma re;~r~ 7. a_.c.), visando combater o poder dos sacer-
ao deus Aton, que tinha 
O 
faraó c , r~ligiosa _eStabeleceu o culto monoteísta 
Amenófis assumiu u orno urnco mtermed1ano entre a divindade e os homens. 
ordenou a construçã: dnovo nome, ~quenaton (que significa "Aton-está-satisfeito"), e 
ser a nova capital do lm eéui:na nova cidade, Aquetaton (hoje Tel1 El-Amarna), criada para 
P no e o centro desse novo culto. 
Entretanto,~ co~~trução da nova cidade e a implementação do culto a Aton desviaram 
os recursos d~ tmpeno, que não conseguiu impedir novas invasões estrangeiras. Nesse 
contexto de m~asões externas, revolta dos sacerdotes de Amon e perda de prestígio 
entre a populaçao, o culto a Aton se esvaziou. 
A escrita egípcia 
Até o século XIX, a escrita egípcia não havia sido decifrada e as únicas fontes escritas 
sobre as dinastias do Egito eram textos de autores gregos e romanos, como Heródoto 
e Maneto, que viveram muito tempo depois dos eventos narrados. Foi apenas em 1821 
que o pesquisador francês Jean François Champollion conseguiu descobrir a chave dessa 
língua e dessa escrita ao estudar a Pedra de Roseta, um bloco de pedra encontrado por 
soldados franceses numa expedição ao Egito. 
A Pedra de Roseta continha inscrições gravadas em três sistemas de es-
crita diferentes: hieroglífico, demótico e grego. Champollion concluiu que 
a inscrição em grego tratava de um decreto do rei Ptolomeu Epifanio 
datado de 196 a.e. Conhecendo o conteúdo do texto em grego, o pes-
quisador francês pôde decifrar os nomes reais e entender a estrutura 
da língua egípcia. 
A escrita egípcia possuía três sistemas diferentes de notação. 
A primeira forma de escrita desenvolvida foi a hieroglífica (termo que 
significa "sinais sagrados"), que usava símbolos para representar sons 
ou palavras inteiras. Esse tipo de escrita era usada para textos sa~r~dos. 
A escrita hierática era uma simplificação dos hieróglifos e era utilizad~ 
em documentos oficiais, normalmente registrados em papiro. A parttr 
do Novo Império, desenvolveu-se a escrita demótica, que, por ser 
menos complexa, se tornou a mais utilizada no cotidiano. 
Os egípcios utilizavam 
textos que serviam para 
orientar os mortos no 
percurso para o outro 
mundo. Na imagem, 
detalhe do Livro dos 
mortos, de Hunefer, 
escriba que viveu 
durante o Novo Império, 
e. 1270 a.e. Museu 
Britânico, Londres. 
Quais características 
da religião egípcia 
podem ser verificadas 
na imagem? 
O politeísmo, a forma an -
tropomórfica, zoomórfica e 
antropozoomórfica dos deuses 
e a crença em uma existência 
após a morte. 
Lápide conhecida como Pedra de Roseta, 196 a.C., a chave tra 
0 
entendimento da escrita egípcia. Museu Britãnico, Lon res. 
1 O 
.. A11ttouidade oriental 
~APTUL • • 
59 
Detalhe do papiro de 
Rhind, c. 1550 a.e. Museu 
Britânico, Londres. 
Esses registros em escrita 
hierática apresentam a 
solução de 85 problemas 
matemáticos. 
O documento revelou 
parte do conhecimento 
matemático dos 
antigos egípcios. 
1 
Os egípcios não reuniam os anos em décadas .ou séculos. Valo lornbrar 
iniciavam uma nova contagem dos_ anos a partir, da data de na~c,r1"·n11) / 
faraó. Por isso o registro da duraçao das d1nast1as era tao importar,1'l J 
Uma das grandes invenções dos egípcios foi a folha de papiro. Os egípcios descobri 
que ao cortar, trançar e prensar as fibras obtidas dos caules dessa planta se obtinha ••~ 
folha lisa e resistente, ideal para se escrever e que podia ser costurada em longos,~~, 
Até então o material mais comum que se usava para escrever eram tabletes de,, lo, 
como os utilizados na Mesopotãmia. g,l,, 
Invenções egípcias 
Outra grande invenção egípcia foi o relógio de água e o de sol, usados para med· 
tempo e calcular a época das enchentes do Nilo. A contagem do tempo entre os egl "
0 
era semelhante à nossa. Eles dividiam o ano em doze meses de trinta dias, acre,/"~ 
mais cinco dias para ajustar o calendário no finalde cada ano. Cada mês possui '"
d
º 
semanas de dez dias e cada dia durava vinte e quatro horas. Esse calendário era tã: t~ 
organizado que foi usado mais tarde pelos romanos para elaborar seu próprio calend e_rn 
o qual serviu de base para o calendário cristão. áno, 
A aritmética e a geometria foram amplamente desenvolvidas para os cálculos l" 
dos à logística e à administração do império, sendo utilizadas por exemplo pa ap ica. os h · · · ' ' ra prev recursos umanos e matena,s necessários para a execução de uma obra· a q . er 
de d. d t·· 1 d , · · - · uant1dad _,as, e 'Jº ~s, e operanos e prov1soes para esses operários; a medição dos e e 
cultivados e o calculo de seus rendimentos etc. ampos 
• A importância da matemática 
"E b · . m ora a aritmética egípcia tivesse claramente u f A • 
te'. ~ido suas origens nas necessidades da socie ma orte tendenc,a prática e deve 
exigiram uma agilidade na manipulação d , dade, aquelas mesmas necessidades 
interesse nas propriedades dos números os numeros que podem ter engendrado um 
demonstrada à habilidade e versatilidad~: eles mesm~s. Em nenhum lugar fo i maior 
)·••l alguns de seus usos persistiram na G . . o desenvolvimento da unidade de fraÇ 
requentemente proclamavam a sua dí~~c~a~ ~esm~ nos tempos romanos. Os grega~. 
a emát1ca para com o E . " s 
SHUTE, Charles· GAY R b" g1to. 
' ' o ins. The Rhind fvlathematical p 
Nova York: Dover Publications 1 ,apyrus: an Ancient Egyptian Text 
nc.' 987 p 58 59 ( . . . e . tradução nossa) 
Colossos de Mê 
2012. Mesmo apósmnéonl, em Luxor, Egito. Foto de s cu os de s . . e conquistas os . ucess1vas invasões . , imensos m antigo são testemunh . , onumentos do Egito 
os visiveis da grandiosidade 
daquela civilização.

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