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Nathalia Noronha – Hab. Clínica IV Períodos do Parto: Dilatação: Nessa fase do parto acontece a dilatação progressiva do colo, necessária para a saída do feto da cavidade uterina. Começa quando se inicia o trabalho de parto e termina quando o colo alcança sua dilatação máxima: 10cm. Esse período pode durar 12 horas nas nulíparas e até 8 horas nas multíparas. Ressalte-se, no entanto, que essa duração depende de alguns fatores e pode sofrer modificações Nas nulíparas, geralmente o esvaecimento do colo precede a dilatação, enquanto nas multíparas esses processos são concomitantes. Começa com contrações uterinas (metrossístoles) intensas, dolorosas e regulares que se iniciam a cada 30 minutos e vão aumentando de intensidade e frequência. Para um efetivo trabalho de parto, essas contrações devem apresentar frequência regular entre duas e três contrações a cada 10 minutos, intensidade em média de 40 mmHg e duração entre 30 e 90 segundos (média de 60 segundos). Essas contrações, efetivas, provocarão a dilatação do colo devido à tração que as fibras musculares do corpo uterino exercem sobre o segmento inferior e pela apresentação fetal insinuada, que exerce pressão hidrostática sobre a cérvix. A dilatação do orifício externo do colo tem por finalidade ampliar o canal e completar a continuidade entre o útero e a vagina, sendo assim se formará um espaço entre o útero e a vagina, no qual será coletado o líquido amniótico (bolsa das águas) que auxiliará as contrações uterinas no deslocamento do istmo. A pressão exercida pela apresentação fetal e pela bolsa das águas forma o segundo fator responsável pela dilatação das porções baixas do útero. Fase latente (não interna). Acontece antes do trabalho de parto · Contrações irregulares · Pouco dolorosas · Treinamento · Fase mais longa · Modificações de colo uterino · Dilatação · Apagamento: perdendo altura, “afina”. · É considerada prolongada quando se estende por mais de 20 horas nas nulíparas e 14 horas nas multíparas. Fase ativa · Contrações regulares (>3 de 30s/40s em 10 minutos). · Modificações do colo uterino · Difere entre nulípara (apaga e depois dilata) e multípara (faz ambos ao mesmo tempo). · Dilatação: pelo menos 3cm de dilatação · Apagamento · Centralização Expulsão: Começa com a dilatação completa do colo (10cm) e termina com a expulsão total do feto. Tem duração média de aproximadamente 50 minutos para nulíparas e 20 minutos para multíparas. · Alguns fatores podem influenciar no tempo de duração desse período; no caso de mulheres com pelve contraída, feto grande para idade gestacional ou com efeito de analgesia, esse período pode tornar-se mais duradouro. Secundamento: Período também denominado de secundamento, delivramento ou decedura. Corresponde ao período do nascimento do feto até a expulsão da placenta e membranas. A descida da placenta provoca contrações uterinas pouco dolorosas e novamente sensação de puxos maternos à medida que a placenta vai se aproximando do canal vaginal. O fundo uterino passa a se localizar abaixo do nível da cicatriz umbilical e, com essa diminuição, diminuirá a área de implantação da placenta e forçará que ela seja expulsa do útero, o que é facilitado pela estrutura frouxa da decídua esponjosa. À medida que essa separação acontece, forma-se um hematoma entre a placenta com a decídua separada e a decídua que permanece junto ao miométrio. 1º hora após o parto: Denominado de quarto período de Greenberg, corresponde à primeira hora após a dequitação. Nesse período, após o desprendimento da placenta, ocorre a retração uterina com a formação de coágulos fisiológicos. Deve-se ter cuidado particular nesse período, devido ao fato de que poderão ocorrer hemorragias significativas, tendo como causa a atonia uterina. Esse período é caracterizado por mecanismos que atuarão na prevenção fisiológica do sangramento do leito uteroplacentário. 1. O primeiro mecanismo é a contração do útero, pós-dequitação, provocando obliteração dos vasos miometriais pela contração muscular, o miotamponamento. 2. Provocando um tamponamento devido à formação de trombos intravasculares que obliteram os grandes vasos uteroplacentários e de coágulos que preenchem a cavidade uterina, fase conhecida como segunda fase de proteção contra a hemorragia, o trombotamponamento. Na fase de indiferença miouterina, o útero intercala períodos de contração e relaxamento miometrial, podendo haver períodos de sangramento por enchimento de sangue intrauterino. Alguns fatores podem prolongar essa fase de indiferença miouterina e comprometer a hemostasia uterina, como: trabalho de parto prolongado ou excessivamente rápido, gestações múltiplas, fetos macrossômicos ou polidrâmnio, por hiperdistensão uterina. · Após 1 hora do parto, o útero evoluirá com a fase de contração uterina fixa, por adquirir maior tônus, mantendo a hemostasia.
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