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Ancilostomose (Ancilostomíase, Amarelão)

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Parasitologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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ANCILOSTOMOSE/ANCILOSTOMÍASE/AMARELÃO 
Nematoda → Secermentea → Strongylida → Ancylostomidae → Necator americanus (novo mundo), 
Ancylostoma duodenale (velho mundo) 
Geohelminto, presente em quase todos os países, mais prevalente em climas tropical e subtropical. 
A. duodenale é do velho mundo (Europa, Ásia), N. americanus é do novo mundo 
 
Morfologia 
▪ Boca curva, em forma de gancho, hematófagos (amarelão) 
▪ Dentes (A. duodenale, subfamília Ancylostominae) ou lâminas (N. americanus, subfamília 
Bunostominae) cortantes para fixação/destruição. 
▪ Ancylostoma duodenale: dentes cortantes para fixação/destruição. Macho de 8 a 11 mm e fêmea de 
10 a 18 mm. Fêmea libera 20 a 30 mil ovos diários. 
▪ Necator americanus: lâminas cortantes para fixação/destruição. Macho de 5 a 9 mm e fêmea de 9 a 
11 mm. Fêmea libera 6 a 11 mil ovos diários. 
▪ Ovo: com casca transparente e muito fina, usado para o diagnóstico. A. duodenale mede entre 56 e 
60 µm, N. americanus mede entre 64 e 76 µm. 
 
Ciclo biológico 
▪ Ovo eclode larva não infectante: fica por 7 a 14 dias no solo. L1 → L2 → L3 (essa pode ficar meses no 
solo) 
▪ L3 não se alimenta e infecta hospedeiro 
o Via oral (A. duodenale): L4 e L5 no duodeno 
o Pele/conjuntiva/mucosas (A. duodenale e N. americanus): entra na circulação, L4 nos 
pulmões (Ciclo de Loss), é deglutida, L5 no duodeno 
o L3 de N. americanus não sobrevive ao suco gástrico, por isso passa pela circulação. 
▪ Adultos liberam ovos nas fezes 
▪ Ciclo do A. duodenale dura entre 35 e 60 dias, enquanto do N. americanus dura entre 42 e 60 dias. 
 
 
 
Parasitologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Patogenia 
▪ Etiologia primária (fase aguda): Migração e instalação no hospedeiro; larvas e adultos recém-
chegados. 
o Penetração pela pele: lesões traumáticas, fenômenos vasculares, dermatite urticariforme, 
edema, sensação de picada, infecções secundárias 
o Pulmões: tosse e febrícula, Síndrome de Loeffler 
▪ Etiologia secundária (fase crônica): Permanência no hospedeiro; adultos 
o Sintomas abdominais: dor epigástrica, ↓apetite, indigestão, cólica, indisposição (pode ser 
pela anemia), náuseas, vômitos, diarreias 
o Hematofagismo: anemia, diarreiras sanguinolentas, ulcerações, inflamação, supuração, 
necrose, gangrena, peritonite. 30-40% do Ferro é reabsorvido 
o Sintomas primários: ligados à atividade dos parasitas, cessam com tratamento. 
o Sintomas secundários: decorrentes da anemia e da hipoproteinemia, cessam com dieta. 
o Hipotensão, tonturas/vertigens/zumbidos/manchas no campo visual, dores 
musculares/precordiais (metabolismo anaeróbio, pois o verme roubou O2), 
amenorreia/redução da libido/impotência, palpitações/sopros/falta de ar aos esforços/ICC. 
Profilaxia: andar calçado, lavar bem frutas, legumes e verduras, tratar os doentes 
Diagnóstico: anamnese, parasitológico de fezes (qualitativo e quantitativo), coprocultura 
Tratamento: Mebendazol (cura cerca de 100% dos casos), albendazol (95% dos casos), levamisol (95% dos 
casos), pamoato de pirantel (mais de 80% dos casos), nitazoxanida (entre 70 e 100%), ferroterapia. Repetir 
aos 20 dias (pode haver larvas no Ciclo de Loss)

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