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Julia S. Crescencio/P3/TUT 4 UC 7 PNEUMONIA pneumonia na infância ● Infecção aguda do parênquima pulmonar, podendo comprometer a via aérea (broncopneumonia) ● As PACs representam uma das cinco principais causas de óbito em crianças menores de 5 anos nos países em desenvolvimento ● Sintomas: febre, tosse, taquipneia e dispneia ● Sintomas de resfriado comum são antecedentes frequentes ● Algumas crianças apresentam dor abdominal quando há envolvimento dos lobos inferiores ● Nas crianças pequenas, dificilmente se encontram alterações à ausculta. A sibilância ocorre com maior frequência nas crianças com infecções virais. ● Pneumonia grave: PAC + tiragem subcostal ● Pneumonia muito grave: com os sinais de gravidade (em crianças menores de dois meses são a FR maior ou igual a 60 irpm, tiragem subcostal, febre alta, recusa do seio materno por mais de três mamadas, sensório alterado com letargia, sonolência anormal ou irritabilidade excessiva. Para maiores de 2 meses, os sinais são tiragem subcostal, recusa de líquidos, convulsão, alteração do sensório e vômito de tudo que lhe é oferecido) ● Pneumonia afebril: pode ocorrer em lactentes pequenos (pode cursar com antecedentes de conjuntivite e parto vaginal, sugerindo infecção por C. trachomatis) e em maiores de 5 anos (tosse persistente e história de contato com pacientes com quadro semelhante, sugerindo PAC por Mycoplasma pneumoniae ou C. pneumoniae) Beta-lactamases: Sua importância na resistência bacteriana http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2009/suplemento-pneumopediatria/pneumonia-na-infancia.pdf http://www.icb.usp.br/bmm/mariojac/index.php?option=com_content&view=article&id=47&Itemid=57&lang=br#:~:text=Os%20inibidores%20de%20%CE%B2%2Dlactamase,suicidas%2C%20mantendo%2Das%20inativas Julia S. Crescencio/P3/TUT 4 UC 7 INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS VIRAIS ● Rinovírus: principal agente do resfriado comum. As re-infecções são frequentes, então não há imunidade cruzada entre os sorotipos de rinovírus. Transmissão por contato direto com superfícies infectadas e inoculação da mucosa nasal ou ocular. Sinusite, asma, otite média. ● Influenza tipo A e B: ocorrem anualmente devido a mutações pontuais no gene que codifica a proteína imunogênica hemaglutinina. Transmissão por meio da inalação de gotículas expelidas por infectados assintomáticos ou não. Otite média, pneumonia, encefalite (tipo B) ● Vírus sincicial respiratório tipo A e B: responsável por surtos hospitalares/berçários/creches. Transmissão por contato direto. A principal complicação pelo VSR é a bronquiolite em lactentes, prematuros, crianças com cardiopatias congênitas e pneumopatias. ● Parainfluenza tipo 1, 2 e 3: transmitidos por gotículas ou contato direto. Os tipos 1 e 2 determinam quadros de crupe endêmica, circulando a cada 2 anos. O tipo 3 está relacionado a quadros gripais ou de resfriado, podendo ocorrer todos os anos. ● Adenovírus: resfriado, faringite, amigdalite, cistite hemorrágica em imunodeprimidos. Transmissão por contato. ● Metapneumovírus: semelhante ao VSR. ● Bocavirus e coronavírus: os coronavírus estão associados a resfriado comum e os bocavirus a infecção do trato respiratório baixo. Síndrome do Crupe ● Grupo de doenças que se manifestam clinicamente com: rouquidão, tosse, estridor e desconforto respiratório ● A doença pode ser classificada de acordo com o grau de extensão do acometimento: laringite, laringotraqueite, laringotraqueobronquite. ● Principais agentes: parainfluenza tipo 1, 2 e 3, influenza A e B, VSR. Em maiores de 5 anos tem importância o Mycoplasma pneumoniae (bactéria) ● Patogênese: a infecção viral inicia na nasofaringe e se dissemina através do epitélio respiratório da laringe, traquéia e árvore bronco-alveolar. ● Há inflamação difusa, eritema e edema ● Apresentação clínica: inicia com rinorreia clara, faringite, tosse leve e febre baixa. Após 12/48h, iniciam-se os sintomas de obstrução das vias aéreas superiores, com sinais de insuficiência respiratória e aumento da temperatura ● Os sintomas geralmente se resolvem em 3 a 7 dias. ● Nos casos mais graves há aumento das frequências cardíaca e respiratória, retrações claviculares, esternais e de diafragma, batimento de aletas nasais, cianose, agitação psicomotora e sonolência, podendo atingir até 14 dias. ● Tratamento: nebulização, corticosteróides (dexametasona), epinefrina (crupe moderado ou grave) Julia S. Crescencio/P3/TUT 4 UC 7 SIBILÂNCIAS ● Sibilância transitória: sibilos durante os dois e três primeiros anos de vida e não mais após essa idade ● Sibilância não-atópica: sibilância desencadeada principalmente por vírus, que tende a desaparecer com o avançar da idade ● Asma persistente: caracterizada por sibilância associada a manifestação de atopia (eczema, rinite e conjuntivite, alergia alimentar, eosinofilia e/ou níveis séricos elevados de IgE total), sensibilidade comprovada (pela presença de IgE específica) a alimentos na infância precoce e a seguir IgE específica a aeroalérgenos, sensibilização a aeroalérgenos antes dos três anos de idade, especialmente se exposto a níveis elevados de alérgenos perenes no domicílio, pai e/ou mãe com asma. ● Sibilância intermitente grave: episódios pouco frequentes de sibilância aguda, associados a poucos sintomas fora dos quadros agudos e com a presença de características de atopia (eczema, sensibilização alérgica e eosinofilia em sangue periférico). As principais causas de sibilância em lactentes são as infecções virais e a asma atópica. Entre as infecções virais causadoras de sibilância, se destaca a bronquiolite viral aguda (VSR). Outras causas: fibrose cística, cardiopatias congênitas, imunodeficiência, malformações congênitas, aspiração de corpo estranho, traqueobroncomalacia, síndrome aspirativa (refluxo gastroesofágico, distúrbio da deglutição), pneumonia viral ou eosinofílica. Julia S. Crescencio/P3/TUT 4 UC 7 CALENDÁRIO VACINAL Julia S. Crescencio/P3/TUT 4 UC 7 Imunização ativa: resposta lenta Imunização passiva: resposta rápida BCG ● Contra tuberculose ● Após o nascimento, na maternidade ● 1 dose ● Via intradérmica ● Obtida a partir de bactéria viva atenuada VOP: vacina oral contra poliomielite ou paralisia infantil ● 3 doses, com intervalo de 60 dias entre cada uma (1 dose = 2 gotas) ● Menores de 5 anos, a partir dos 2 meses de idade Tetravalente: contra difteria, tétano, coqueluche e meningite ● Feita com bactérias mortais e produtos de bactérias ● Via intramuscular ● Aos dois, quatro e 6 meses ● A partir de polivírus atenuado Tríplice viral: contra sarampo, rubéola e caxumba ● Vírus atenuados ● Injeção subcutânea ● Aos 12 meses + momentos de campanha Hepatite B ● Primeira dose na maternidade, segunda com 1 mês, terceira com 6 meses ● Via intramuscular ● Obtida a partir de componentes do vírus Julia S. Crescencio/P3/TUT 4 UC 7
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