Buscar

Infecções das vias aéreas superiores - Pediatria I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Infecções das vias aéreas superiores 
Conceito 
• As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) são as causas mais 
frequentes de atendimentos pediátricos, tanto em prontos-socorros com 
em consultórios. 
• A grande maioria é provocada por vírus 
• Pico de incidência no outono e inverno (sazonalidade) 
• Bom prognóstico 
Fatores de risco 
• Desnutrição 
• Baixo peso ao nascer 
• Ausência de aleitamento materno 
• Baixo nível socioeconômico 
• Tabagismo no domicílio 
Anatomia/ histologia 
• Mucosa de revestimento cavidade nasal e orofaringe é a mesma: Epitélio 
de revestimento Pseudoestratificado ciliado – células que são infectadas 
pelos vírus. 
• Disseminação de vírus e bactérias por contiguidade. 
Rinofaringite Aguda 
• Resfriado comum 
• Etiologias: 
- Rinovírus 
- Influenza 
- Outros: Adenovírus, Parainfluenza, Vírus sincicial respiratórios, 
Coronavírus, Metapneumovírus, COVID. 
• Quadro comum, autolimitado → duração de 5 a 7 dias 
• Doença infecciosa de vias aéreas superiores mais comum da infância 
***Menos de 5 anos podem apresentar de 5 a 12 episódios por ano. Primeiro 
contato com os vírus, por isso tantos episódios 
 
***Quando não faz a higiene nasal, a secreção fica mais espessa, como na foto, 
não significa bacteriana. 
Transmissão 
• Gotículas produzidas por tosse e espirros 
• Contato de mãos contaminadas com a via aérea de indivíduos sadios 
• Contágio: comunidades fechadas (creches, escolas e domicílio). 
***Importante desinfectar os instrumentos médicos, evita a disseminação desse 
vírus 
Quadro clínico 
• Rinorreia, obstrução nasal 
• Tosse 
• Odinofagia 
• Febre: nos primeiro 3 dias, pode ser febre persistente e alta (início terror), 
porém a febre vai cedendo, espançando sem interferências. 
• Sintomas gerais 
➢ Em lactente: inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos, 
alteração do sono 
➢ Em crianças maiores: cefaleia, mialgias, calafrios. 
Tratamento 
Trata os sintomas, não há medicamentos para combater a vírus virais 
• Anti-térmicos: Dipirona e paracetamol 
• Aumentar a oferta de líquidos 
• Desobstruir o nariz 
• Orientações 
** evitar os anti-inflamatórios, é prescrito somente para situações especiais, 
devido a efeitos colaterais, contraindicado na infecção por dengue. 
Prevenção 
• Isolamento respiratório (justificável no atual contexto da pandemia de 
COVID-19). 
• Lavagem das mãos 
Complicações – alertas 
• Persistência da febre >72 horas 
• Irritabilidade, sonolência 
• Prostração 
• Dificuldade respiratória: taquipneia, retrações, gemência 
- Meio de cultura para bactérias – infecção secundária 
Principais complicações: otite média aguda e sinusite são as mais frequentes, e 
desencadeantes de exacerbação asmática. 
 
Rinossinusite 
• É uma complicação da rinofaringite (persistência dos sintomas por mais 
de 10 dias). 
• Oclusão do óstio→ proliferação das bactérias que colonizam o trato 
respiratório 
Pode ser viral (3, 5 até 7 dias), persistência para mais pode ser bacteriana. 
Sintomas na criança não são iguais aos adultos - desenvolvimento dos seios. 
Importante persistência dos sintomas por mais de 10 dias – bacteriana. 
• Seios maxilares e etmoidais já estão presentes ao nascimento; os frontais 
(6 anos) e esfenoidais (8 anos) pneumatizam-se mais tardiamente. 
 
Fatores associados: 
• Obstrução óstio sinusal 
• Rinite alérgica 
• Rinofaringite alérgica 
• Rinofaringite viral 
• Tabagismo (ativo e passivo) 
• Desvio de septo 
• Corpo estranho 
• Atividades de mergulho. 
Importante: exame do nariz- avaliar com o feixe de luz, observar a mucosa 
 
Classificação: 
• Aguda:< 4 semanas 
• Subaguda: 4 semanas a 3 meses 
• Crônica: 3 meses 
• Aguda recorrente: duração < 30 dias, 3 episódios em 6 meses ou 4 
episódios em 12 meses. 
• Crônica agudizada: pacientes tem sintomas respiratórios residuais e 
sofrem agudizações. 
Diagnostico: rinussinusite aguda, crônica agudizada (encaminha para o otorrino) 
para investigar outras causas. 
Quadro clínico: 
• Resfriado que não melhora 
• Rinorreia 
• Obstrução nasal 
• Febre 
• Tosse intensa diurna e noturna 
• Nariz: congestão da mucosa e presença de secreção purulenta no meato 
cavum 
• Na orofaringe pode se observar gotejamento pós-nasal - Patognomônico 
porem nem sempre tem 
• Queixa de cefaleia nas crianças maiores 
 
Síndromes clínicas 
• Rinite alérgica: quando não tratadas 
• Desvio de septos nasais 
Diagnóstico 
• Clínico 
- Estudo radiológico geralmente desnecessário: nível hidroaéreo, 
opacificação completa da cavidade, espessamento parede lateral do seio 
maxilar maior que 4mm. 
• Raio X dos seios nasais: são pouco específicos para sinusite e expõe a 
criança a radiação 
• Tomografia - No caso de sinusites crônica, evoluções muito graves, 
evolução de quadros complicados e imunossuprimido – pede-se TC dos 
seios da face (otorrino). 
• Fibronasolaringoscopia - avalia até a laringe 
Agentes etiológicos 
lembra desses trios 
• Streptococcus pneumoniae 
• Haemophilus influenzae 
• Moraxella catarrhalis (raro). 
**Com a vacinação, os casos graves diminuíram muito, mas as vacinas não são 
100%, é importante verificar o cartão de vacina e orientar a atualização de vacinas 
caso precisar. 
Tratamento 
• Anti-térmico 
• Solução salina nasal (abundante) 
• Antibiótico – 14 a 21 dias 
➢ Amoxicilina (primeira opção) 
➢ Amoxicilina-clavulanato 
➢ Claritromicina e azitromicina → Macroliticos – alérgicos de 
betalactmaicos 
➢ Cefalosporina: cefuroxima - bomba de antibiótico – último caso 
(casos graves), aumento resistência bacteriana. Além, de ser 
caro. 
**Exantema – doença exantemática virais → quando usa antibiótico 
indevidamente, infecções virais. Não é alergia. Alergia tem risco de anafilaxia. 
Complicação 
• Celulite e abscesso (peri)orbitarias 
Otite média aguda 
• Principal complicação de rinofaringite aguda 
• Comum em crianças entre 0 e 4 anos de idade 
Manifestações clínicas 
• Dor (otalgia) 
• Irritabilidade 
• Otorréia (diminui ou para a dor, receptores de dor na membrana) 
• Febre 
• Otalgia intensa – secreção – abaulamento da membrana (fica tensa) 
Achados do exame físico: 
• Hiperemia e opacificação na otoscopia 
Hiperemia não indica infecção sozinha. 
• Abaulamento da membrana timpânica (achado mais específico) 
 
Agentes etiológicos: os mesmos da rinossinusite 
• Streptococcus pneumoniae -20 a 25% 
Vacina antipneumocócica 13-valente 
• Haemophilus influenzae – 50 a 60% 
• Moraxella cararrhalis – 12 a 15% 
**M. catarrhalis – produtora de betalactamase – tem subido 
**Staphylococcus aureus – bactérias da pele que sobe para orelha média, não são 
infecções adquiridas na comunidade 
 
 
 
**Otite crônica – fator de risco para carcinoma na orelha média 
Tratamento - Igual a rinossinusite 
• Analgésico 
• Antibiótico: 10-14 dias 
- Idade 
- Certeza do diagnóstico: achados bilaterais, otalgia, abaulamento, 
otorreia 
- Gravidade: dor intensa, toxemia, febre alta 
Up-to-date: indica tratar OMA unilateral ou bilateral nesta faixa etária 
 
Reavaliar. 
Viral, 3 dias (em 72 horas melhorar) - não tratar, caso continue ou evolui tratar 
com antibiótico. 
Menores de 2 anos 7 dias, maiores 10 dias -tto antibiótico 
Não esperar que a membrana timpânica volta ao normal rápido, pode demorar de 
4 dias a 3 meses (mais de 3 meses indica algo errado) – isso é otite médica com 
efusão (ainda tem liquido lá dentro, mas é estéreo, vai ser absorvido), melhor 
parâmetro é a melhora clinica do paciente, para saber se foi efetivo o tto. OME 
(somente efusão sem clínica), persistente a 3 meses – encaminha para o otorrino. 
Cuidados com a otite média com efusão (OME) 
• Presença de secreção estéril na orelha média 
• Sem manifestações clínicas de infecção 
• Alterações otoscopicas semelhantes 
• Após episódio de OMA, alteração pode persistir por semanas ou meses 
• Considerar tratamento comATB se efusão persistir por > 3 meses 
Antibioticoterapia 
• Não grave: Amoxicilina 50 mg/kg/dia (primeira opção) 
• Grave: amoxicilina em doses elevadas (80-90 mg/kg/dia); amoxicilina – 
clavulanato 
• Cefalosporinas 
A dose hoje já é dobrada desde o início do tratamento. 
Complicação 
• Mastoidite – complicação -infecções por continuidade → trata além a 
infecção, a infecção da pele (bactérias da pele), pode piorar. 
 
• Meningite 
Faringoamigdalite aguda estreptocócica 
• É uma infecção aguda da orofaringe, na maioria das vezes, produzida 
pelo Streptococcus pyogenese do grupo A. 
• Período de incubação: 2 a 5 dias 
• O meio mais comum de contágio é pelo contato direto com o doente, por 
secreções respiratórias. 
• Acomete com maior frequência crianças após os 3 anos de vida→ 
menores de 3 anos não tem essa infecção, pois não tem receptor para 
estreptocócica. Vírus, também pode da placa na amigdala. 3 anos é um 
média (depois dessa faixa aumenta a chance de infecção por 
estreptococcus. 
Manifestações sistêmica: 
• Febre 
• Toxemia 
• Dor no corpo 
• Mal- estar 
Pode desencadear reações tardias→ febre reumática (FR) e glomerulonefrite 
difusa aguda (GNDA), conforme o tipo de cepa. 
A FR pode ser, em larga extensão, evitada com o uso apropriado de 
antimicrobianos. 
 
Critérios de Jones 
 
Quadro clínico: 
• Início com febre alta 
• Odinofagia 
• Prostração 
• Cefaléia 
• Calafrios 
• Vômitos 
• Dor abdominal. 
**Quando mais novo mais sinais sistêmicos. 
Manifestação 
• Inspeção da Orofaringe: congestão intensa e aumento das tonsulas 
palatinas, com presença de exsudato purulento e petéquias no palato. 
Síndromes Clínicas-Faringotonsilite Aguda 
• Virótica: febre, predomina em todas as idades, hiperemia, exsudato 
esbranquiçado, lesões ulceradas, adenite cervical posterior, rinorreia, dor 
muscular, cefaleia, artralgia. 
• Bacteriana: Febre, ausência de sintomas gripais, 3-12 anos de idade, 
exsudato purulento puntiforme, placas ou pseudomembrana, petéquias no 
palato, adenite cervical bilateral, prostração, dor abdominal, vômitos, 
cefaleia, calafrios, Streptoccus Beta-hemolítico do grupo A. **ausência 
de sintomas gripais. 
Ao prescrever pensar no risco e benefícios. 
 
***Na duvida deve fazer os critérios de Centor 
**Teste rápido (nem sempre disponível) ou cultura (mais demorado) 
 
Petéquias mais a favor de ser bacteriana. 
 
***Vírus associação com as estomatites, surgimento de lesões ulceradas. 
Complicações 
• Adenite cervical 
• Abcesso periamigdaliano 
• Sepse 
• Choque tóxico 
• Otite média aguda 
• Artrite reacional 
• Febre reumática 
• GNDA 
 
Manifestações clínicas 
• Escarlatina → exantema macular, áspera e puntiforme, dobras flexoras 
avermelhadas (sinal de Pastia), palidez perioral (sinal Filatov) e língua em 
framboesa ou morango. 
Língua em framboesa diagnóstico diferencial: Hepangina e doença de Kawasaki. 
Escarlatina→ é uma manifestação da infecção por estrepto 
 
**Diagnostico diferencial Kawaski e síndrome pós-covid 
Tratamento 
• Penicilina G benzatina 
Doses: <27kg: 600.000 U, IM, dose única 
>27kg: 1.200.000 U, IM, dose única. 
*** extremamente susceptível a Penicilina G benzatina 
Caso não tenha disponibilidade no local de atendimento prescrever Amoxicilina 50 
mg/kg/dia 10 dias de tratamento, dar 1 x por dia. 
Mononucleose infecciosa 
Etiopatogenia 
➢ Epstein-Barr vírus é um y-herpes vírus DNA 
➢ Responsável por 90% dos casos de mononucleose 
➢ Transmitido através de gotículas de saliva (contato íntimo) e secreções 
durante intercurso sexual 
➢ Infectados eliminam vírus cerca de 6 meses após a doença aguda e de 
forma intermitente durante toda a vida. 
 
Doença que evoluem de forma auto-ilimitada, porém pode culminar em casos 
graves (quando imunocomprometido). 
Epidemiologia 
• Prevalência estimada de 20-70/100.000 pessoas/ano. 
• Prevalência em adultos jovens 1/1.000 pessoas/ano 
• Pico de incidência em países desenvolvidos: 15-20anos 
• Não há predomínio sazonal 
• Não há predomínio por sexo 
 
Manifestações clínicas 
• Assintomáticas 
• Fadiga 
• Mal-estar 
• Cansaço 
• Febre aguda/prolongada (mais de 7 dias) 
• Odinafagia, 
• Cefaléia 
• Náuseas 
• Dor abdominal 
• Mialgia 
• Odinofagia 
 
 
Aumento dos linfonodos generalizada, diagnostico diferencial para doenças 
malignas. 
Exame físico: 
• Linfadenopatia generalizada: presente em 90% dos casos. Mais 
frequentemente aumentado em CCA, CCP e submandibular. Epitroclear. 
• Edema palpebral (sinal de Hoagland) 
• Faringite 
• Aumento/hipertrofia amigdaliano 
• Exsudato branco-acinzentado 
• Petéquias em palato 
• Esplenomegalia: 50% dos casos 
• Hepatomegalia: 10% dos casos 
 
• Icterícia hepatite: raros 
• Exantema maculopapular: 3-15% dos pacientes mais comum em crianças 
> 4 anos. 80% dos casos associados ao uso de amoxicilina 
 
 
• Exame de sangue: predomínio de linfócitos, principalmente atípicos acima 
de 10% (muito a favor de vírus). 
 
Prognóstico: 
• Excelente, sintomas perduram por 2 a 4 semanas, seguidas de 
recuperação gradual. Deve tranquilizar os pais. 
Complicações: 
• Anemia hemolítica: 3% dos casos. Coombs+ 
• Rotura esplênica: Raro – 0,5% dos casos 
• Síndrome de Duncan: Imunodeficiência congênita ligada ao X que cursa 
com infecção sistêmica e fatal pelo EBV 
• Trombocitopenia grave 
• Orquite 
• Pancreatite 
• Miocardite 
Sarampo 
Manifestações 
• Período incubação: 10-12 dias 
• Período Prodrômico: 3 a 5 dias 
- Febre, Prostração, tosse, rinorreia, conjuntivite, machas de Koplik – 
patognomônico. 
• Período exantemático: Exantema maculopapular 
 
Transmissão 
• PP até 5º dia de exantema 
Via de contaminação 
• Principal: respiratória, vírus viável por até 2 horas no ambiente 
• Imunidade - permanente 
**Doença infecciosa grave. Movimento anti-vacina - a tríplice viral (estudo 
mostrando associação com aumento de autismo- estudo sem fundamento). 
Tríplice viral: Sarampo, cachumba e rubéola → Importante manter o calendário 
vacinal atualizado. 
 
Arbovirose: dengues, zika, Chikungunya; doença de kawaski, doença reumática 
(lúpus), doença exantema associada ao COVID, rubéola. 
Outras IVAS 
Otite externa 
• Atopia, localizada, difusa, otomicose e traumas 
• “otite do nadador” 
 
Agentes 
• Pseudomanas aeruginosas 
• Staphlococcus aureus 
• Estreptococos 
• Fungos (Candida e Aspergillus) 
Tratamento 
• Remoção de exsudatos e detritos de descamação epitelial, gotas 
antibióticas, corticoide tópico na dermatite seborreica e eczemas, evitar 
água. 
Profilaxia: 
• Evitar água e traumatismos 
 
Crupe 
Síndrome do crupe – usado para doenças respiratórias, maioria infecciosas. 
Sintomatologia: 
• Obstrução das vias áreas superiores: estridor inspiratório, tosse 
estridulosa (ou ladrante), rouquidão e graus variáveis de esforço 
respiratório. 
• São quadros leves e de curta duração, porém a preocupação familiar é 
devido a instalação abrupta dos sintomas, geralmente durante a 
madrugada e acomete crianças pequenas. 
Diferentes denominações – depende do local do acometimento inflamatório: 
• Laringites 
• Laringotraqueítes ou laringotraqueobronquites 
• Epiglotides 
A maioria de crupe é devido a laringotraqueobronquite viral ou à laringite 
espasmódica. 
Laringite viral, laringotraqueítes e laringotraqueobronquite viral 
Epidemiologia 
• Afetam crianças entre 6 meses e 7 anos, com pico de incidência entre 6 
meses a 3 anos. 
Agentes etiológicos 
• Parainfluenza 1 e 3 
• Influenza A e B 
• Adenovírus 
• Vírus respiratório sincial 
• Metapneumovírus 
• Mycoplasma pneumoniae – considerado em crianças maiores de 5 anos. 
Histologicamente: infiltrado celular na lâmina própria, submucas e adventícia, 
composto por histiócitos, linfócitos e neutrófilos. 
Sintomatologia: 
• Inicio abrupto, durante a madrugada 
• Tosse estridulosa, rouquidão,estridor e esforço respiratório de 
intensidade variável. 
• Outros sintomas associados: rinorreia, obstrução nasal e febre baixa. 
• Habitualmente: sintomas inespecíficos de resfriado comum ocorrem 12 a 
48 hrs antes dessas manifestações. 
• Evolução autolimitada 7 a 10 dias 
Exame físico 
• Faringe normal ou com leve hiperemia 
• Laringotraqueíte aguda: eritema e edema das paredes laterais da 
traqueia, logo abaixo das cordas vocais 
Diagnostico: clinico 
Diagnostico diferencial: 
• Laringite espasmódica e outras causas infrequentes de crupe, como 
aspiração de corpo estranho, abscesso retrofaríngeo e periamigdaliano, 
epiglote, edema angioneurótico, traqueíte bacteriana e laringite diftérica. 
Tratamento: 
• Antitérmico em caso de febre, hidratação, descanso da voz. Corticoide 
(preconizado para todos os pacientes) – adm: via oral, intramuscular ou 
inalatória. Diminui os riscos de complicações, hospitalizações e 
intubações. 
• Dexametasona, via oral ou intramuscular, em dose única dose varia de 
0,15 a 0,6 mg/kg peso, dependendo da intensidade do crupe. Acessível 
pelo SUS. 
• Budesonida nebulizada na dose 2mg. – Custo mais elevado 
• Epinefrina nebulizada – preconizada para casos mais graves e para os 
moderados que não responderam após 4 hrs de adm de corticoide. 
• Orientar aos país que o curso da doença e sobre sinais e sintomas requer 
reavaliação médica. 
Laringite espasmódica 
Caracterizada por edema não inflamatório na região subglódica. 
Etiologia: 
• Não muito esclarecida – participação de fatores alérgicos e alguns 
infecciosos. 
Etiologia: 
• Crianças de 3 meses e 3 anos de idade 
• Pode haver História familiar e quadros recorrentes 
Quadro clinico: 
• Clássico: subido e assusta os pais. 
• Criança deita assintomática e acorda na madrugada com tosse metálica, 
rouquidão, estridor respiratório, dificuldade para respirar e ausência de 
febre. 
• Estado geral é preservado e alguns apresentam rinorreia como pródromo. 
• Melhora espontaneamente em poucas horas ou com uso de vaporização. 
Medidas para acalmar a criança, também, são uteis. 
Tratamento 
• Caso não haja melhoras dos sintomas – semelhantes ao das laringites 
virais e da laringotraqueobronquites. 
• Não é indicado a prescrição: anti-histamínicos, anti-inflamatórios e 
descongestionantes nasais. 
• Recorrências frequentes: indicação de pHmetria esofagiana, 
especialmente se a laringoscopia for observada hiperemia e edema da 
região interaritenóide. 
Epiglotite ou supraglote 
Inflamação aguda e grave da epiglote e estruturas supraglóticas. 
Pode levar à instalação rápida de insuficiência respiratória. 
Epidemiologia 
• Crianças entre 2 e 7 anos de idade- pico entre 3 e 4 anos 
Agente etiológico: 
• Haemophilus influenzae tipo B -Doença rara devido a imunização. 
• Outros a gentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, 
Klebsiella pneumoniae, Haemophilus parainfluenzae e Streptococcus 
beta-hemolítico do grupo A, B, C e F. 
• Epiglotide não infecciosa: Trauma, queimaduras, ingestão de substancias 
cáusticas e aspirações de corpo estranho. 
Quadro Clínico: 
• Abrupto 
• Toxemia, febre alta, palidez, disfagia, dor de garganta, ansiedade, 
agitação, sialorreia, voz abafada e desconforto respiratório progressivo – 
manifesta em menos de 24 hrs. 
• Crianças instintivamente prefere ficar assentada, com a cabeça 
anteriorizada, hiperextensão do pescoço, elevação do queixo, boca 
semiaberta e língua para fora, na tentativa de aliviar a obstrução. 
Diagnóstico: Clínico. 
*Frente à suspeita diagnóstica, deve-se evitar a utilização do abaixador de língua, 
pelo elevado risco de causar espasmo reflexo com obstrução total das vias 
aéreas. 
É uma emergência médica. Criança deve ser colocada em um ambiente calmo e 
a intubação deve ser providenciada o mais precocemente. 
Laringoscopia: achado de epiglote “em cereja”- confirma o diagnóstico. 
Hemocultura: deve ser solicitada na tentativa de isolar o agente. 
Hemogroma: Leucocitose. 
Tratamento: 
• Intubação, antibioticoterapia endovenosa com cobertura para hemófilus. 
• Associação ampicilina e cloranfenicol ou cefalosporina de terceira geração 
(ceftriaxone ou cefotaxime) pode ser utilizada. Para Straphylococcus 
aureus – oxacilina ou cefalotina de primeira geração. Streptococcus: 
penicilina. 
• Epinefrina e corticoide não são recomendados. 
• Medidas de suportes, também, são indicadas.

Continue navegando