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Micoses oportunistas: modelo aspergilose Micose: são infecções causadas por fungos. Leveduras: compõe parte da microbiota animal, causam patologia devido ao desequilíbrio da microbiota e o gênero cândida causa infecção hospitalar e febre. Fungos filamentosos: não fazem parte da microbiota animal e tem como porta de entrada as vias aéreas superiores ou pela quebra da barreira epidérmica. : *O processo infeccioso é decorrente do comprometimento do hospedeiro e da sua relação com o meio ambiente e não da virulência do fungo. *O calor e a umidade são os principais fatores para ocorrência de micose, também ocorrendo na presença de pequenas lesões na pele, no couro cabeludo e nas unhas. – : resulta de tratamento médico ou odontológico *Por quebra de barreiras por traumatismo: peritonites e fungemias. *Por perda de equilíbrio normal: candidíase oral e vaginal. *Por origem pulmonar por inalação: aspergilose, criptococose e histoplasmose. *Profissionais que trabalham diretamente com o solo, com animais e materiais de limpeza, especialmente quando não há o uso de EPIs. *Hábitos de higiene relacionados a esportes (suor, uso de meias úmidas) e utilização de piscinas. *Aglomerações e locais com dejetos animais e pulgas, como praias, compartilhamento de toalhas e roupas. *Hábitos, como roer unhas. *Idade: bebês e idosos têm sistema imune mais debilitado. *Gravidez: devido as alterações hormonais. *Pacientes fazendo o uso de antibióticos, corticoides, quimioterapia, radioterapia, dispositivos invasivos. *Distúrbios das barreiras de defesa: dialises, queimaduras, alteração de pH. *Defeitos da imunidade inata: diabetes mellitus, quimioterapia. *Defeitos da imunidade celular: AIDS, leucemia, transplantes. *A desnutrição aumenta o risco de infecção fúngica devido à imunodeficiência, que aumenta a suscetibilidade para infecções fúngicas. : *Superficiais: Camadas mais superficiais da pele, lipofilicos, microbiota ou ambiente (Ex. Piedra negra, Tinea nigra) *Cutâneas: Pele, pelos e unhas, transmissível, queratinofilicos (Ex. Tínea ou dermatofitoses) *Subcutâneas: Pele e tecidos subcutâneos, traumatismo, saprófitas. (Ex. Esporotricose, zigomicose) *Sistêmicas: Órgãos internos, vísceras outros tecidos, fungos de solos, inalação (Ex. Histoplasmose, paracoccidioidomicose, coccidioidomicose) *Oportunistas: Indivíduos imunocomprometidos, ambiental ou microbiota endógena (Ex. Candidiase, Criptococose) geralmente acometem pessoas com o sistema imune comprometido, sendo as principais a cândida, penicillium spp, cryptococais neoformans e aspergillus spp. Aspergilose: *São fungos filamentosos, ubíquos (encontrados em todas as estações, dispersos no solo, vegetais ou matéria em decomposição), comuns em hospitais e laboratórios. *A espécie mais comum que causa a aspergilose pulmonar é a A. fumigatus, mas também pode ocorrer por A. flavus, A. niger e A. terréus. *A sua forma infectante é o conídio veiculado pelo ar, por inalação, com temperatura de crescimento de 37ºC. *Tem capacidade de adesão ao endotélio e epitélio e invade vasos sanguíneos, causando trombose. *Produz enzimas/toxinas como restrictocina, fumigatoxina, proteases (elastase). *Dependem da resposta imune do hospedeiro e pode ser alérgica, invasiva ou saprofítica, , atingindo principalmente imunodeprimidos, debilitados ou em tratamento com drogas imunossupressoras. *A infecção ocorre nos pulmões, ouvidos, sistema nervoso central, olhos e outros órgãos. Aspergilose: broncopulmonar alérgica *Ocorrem episódios de asma aguda que responde a corticosteroide ou asma dependente de corticoide. *Pode apresentar febre e hemoptise, com destruição da via aérea, podendo evoluir para fibrose se não tratada adequadamente. *É causada pela exposição e inalação de conídios que se fixam nos brônquios mais calibrosos. Após a germinação, produzem alta concentração de antígenos que estimulam o sistema imune, produzindo anticorpos específicos, como IgE, IgG e IgA. *O fungo não invade o tecido e a injúria tecidual é causada pela elevação dos produtos ativos do sistema complemento e de proteases produzidas pelo fungo. : *Principais critérios: obstrução brônquica episódica que melhora com corticoide, bronquiectasia, eosinofilia periférica, presença de anticorpos específicos contra antígenos de Aspergillus spp e reação cutânea imediata ao antígeno, elevação sérica de IgE totais e presença de infiltrados pulmonares. *Critérios secundários: detecção de aspergillus spp., expectoração de moldes brônquicos, elevação de moldes brônquicos, elevação de IgE específica con- tra Aspergillus spp. e reação cutânea tardia. : *Associa corticosteroide e itraconazol. Aspergilose: pulmonar invasiva *Doença infecciosa de alta morbidade e mortalidade em imunodeprimidos. *O diagnóstico precoce é feito com TC de tórax e antigenemia (detecção de galactomana!!) *A confirmação do diagnóstico é feita com cultura, PCR, TC de tórax, beta-D-glucana (inespecífico). *Podem ocorrer falsos-negativos quando ocorre uso prévio de antifúngicos ou quando o procedimento não atinge a área afetada. *O diagnótico provável ocorre pela junção deos fatores de risco do hospedeiro com manifestações clinicas e radiológicas e evidência microbiológica de cultura ou antigenemia. *Em 78% dos casos apresenta quadro radiológico alterado. : *É feito com voriconazol ou anfotericina B lipossomal com duração geral de 6 a 12 semanas, podendo ser necessária a ressecção cirúrgica. *O aumento progressivo da antigenemia significa mau prognóstico, mas se houver a sua normalização, não deve ser usada como critéria exclusivo para terminar o tratamento. : *Infecção após transplante (sua rejeição); *Neutropenia; *Infecção por citomegalovírus; *Uso prolongado de corticoides e imunossupressores; *Apergilose Pulmonar Invasiva disseminada; *Monocitopenia; *Carga fúngica; *Derrame pleural associado; *Insuficiência renal; *Infecção bacteriana de repetição *Idade avançada.
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