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Resumo - Logística Reversa e Gestão de Resíduos

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Novos padrões de competitividade
· Introdução
O avanço de novas tecnologias ocasionou o aumento da quantidade de produtos novos, uma melhora nas condições econômicas, entre outros benefícios. Entretanto, também aumentou na mesma proporção o desperdício e a geração de lixo, tornando um problema sistêmico (é encontrado em praticamente todos os países e suas respectivas organizações).
Desta forma, a logística reversa (LR) aparece com o intuito de criar alternativas para mitigar os efeitos da produção, que prejudica o meio ambiente, desencadeado muito pelo consumo desenfreado.
· Contextualizando
A percepção do cliente é fundamental, uma vez que, os mesmos buscam organizações que se mostram preocupadas com sustentabilidade, com o destino final dos produtos (após o uso), com organizações que ainda utilizam trabalho escravo, entre outros. Desta forma, as organizações se veem “obrigadas” a sair de sua zona de conforto, buscando assim processos produtivos mais limpos e adequados.
Os produtos finais de uma organização podem ser definidos como resíduo e rejeito. É definido como resíduo aquele produto / matéria que pode ser reutilizado (por exemplo a embalagem de um celular novo). Já o rejeito pode ser definido como aquele produto / matéria que não possui reutilização, ou seja, é descartado (por exemplo resto de comida de um produto alimentício).
Desta forma necessitam de estratégias diferentes. A logística reversa entra com o intuito de reutilizar os resíduos, ou seja, está diretamente relacionada com as ações que as empresas desenvolvem para destinar adequadamente os resíduos de seus produtos.
A logística reversa é uma das áreas mais recentes da logística empresarial e seus conceitos e definições ainda estão em processo de formação e amadurecimento e sua prática está conectada com ações desenvolvidas pelas organizações para destinar de forma adequada os resíduos de seus produtos. 
Essa adequação está relacionada com as novas regras do mercado, uma vez que, possuem responsabilidades com seus stakeholders (partes interessadas, por exemplo clientes, colaboradores, gestores, fornecedores e etc.)
· Logística reversa
A logística reversa geralmente é abordada com base na análise do funcionamento da logística das organizações, uma vez que, para que se possa realizar um processo reverso, tem que ter ocorrido um processo de envio ou distribuição de um determinado produto.
De forma geral, a diferença básica entre logística e logística reserva está relacionada com o sentido do fluxo. A logística empresarial se ocupa em comprar, produzir e distribuir, já a logística reversa se ocupa em retornar.
Como pode ser observado no quadro acima, a logística reversa possui uma considerável desvantagem em relação a organização das atividades, coeficiente de importância para a gestão e visibilidade de sua relevância para os negócios. 
Entretanto, é perceptível que inúmeras organizações já levam o assunto a sério, o que as tornam conhecidas como sustentáveis pelo público. Desta forma, os principais motivos que levam as empresas a investir em programas de logística reversa são:
· Aumento da consciência por parte da sociedade sobre a economia de recursos naturais
· Pressão da sociedade por produtos mais sustentáveis e que agridam menos o meio ambiente
· Busca por reduções de custos na produção ao utilizar insumos advindos da cadeia reversa
· Criação de legislações específicas para tratar os assuntos da logística reversa no Brasil e no mundo
· Fortalecimento da marca da empresa como sustentável e ambientalmente correta, entre outros aspectos.
Existem alguns elementos-chaves que devem ser analisados para embasar a tomada de decisões assertivas em relação a gestão da logística reversa dos resíduos dos bens, que são eles:
· O produto (principalmente bens duráveis) pode ser produzido entro do conceito de consumo sustentável, ou com foco na descartabilidade
· O produto pode ser produzido com sistema de produção mais limpa (PML) ou com processo que agrida o meio ambiente em várias escalas (muito, razoável ou pouco)
· Partes, peças e embalagens dos produtos podem ser reaproveitadas ou não, caso contenham elementos contaminantes que se apresentam em bárias escalas também (muito, razoável, pouco). Isso certamente exige cuidados especiais com separação, armazenagem, transporte, entre outras preocupações.
A logística reversa não é feita apenas pelo governo ou pelas empresas fabricantes, uma vez que, é necessário um esforço conjunto de todos os atores interagentes (stakeholders) do negócio. Os atores interagentes clássicos são:
 
· Industria: Responsável por criar, produzir e lançar novos produtos no mercado, com o intuito de atender as diferentes demandas dos clientes. Pode e deve utilizar conceitos de PML (Produção Mais Limpa) e do PPCS (Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis), buscando utilizar insumos provenientes da cadeia reversa.
· Distribuidor: Tem como função a garantia da chegada do produto no cliente, utilizando transporte e embalagem em larga escala, assim como locais de armazenagem e movimentação de mercadorias. Na logística reversa utiliza-se o Canal de Distribuição Reverso (CDR), auxiliando nas atividades de retorno, reuso, reciclagem e etc.
· Varejo: Os varejistas são responsáveis pelo atendimento ao público, ou seja, são a última etapa antes da entrega do produto. Na logística direta são responsáveis por disponibilizar o produto independente de onde o cliente esteja e, na logística reversa, são responsáveis pela coleta de partes, peças e componentes.
· Consumidor: São considerados o elemento mais importante na logística reversa, uma vez que, os produtos são fabricados para atender suas necessidades, além disso, o retorno das partes só é possível se o consumidor fizer a separação seletiva e o descarte correto.
· Coleta e seleção: É uma sequencia importante para o sucesso da logística reversa, pois se o consumidor fizer a coleta e o descarte corretamente, a chance desse produto ser reaproveitado na cadeia produtiva é grande. Entretanto, a coleta dever ser realizada por profissionais capacitados.
· Reciclagem: Foco principal no reaproveitamento de tudo que foi coletado, através de processos de seleção e higienização de algumas matérias primas e componentes. Nessa etapa, deve-se ter cuidados com contaminações.
Além desses interagentes clássicos, alguns outros atores impactam diretamente nas decisões organizacionais e, também devem ser considerados. São eles:
· Empresas extrativistas: São situadas antes das indústrias, já que são responsáveis por extrair e processar (em alguns casos) o recurso, para torna-lo uma matéria prima.
· Governo: O governo é um ator essencial, uma vez que, são responsáveis por garantir, através da legislação, que a logística reversa saia dos planejamentos teóricos ou futuros incertos das empresas. Atualmente a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é responsável por nortear as organizações.
· Cooperativas de catadores: Outro elemento essencial para existir a logística reversa no Brasil, são responsáveis pelo trabalho de coleta dos resíduos nos pontos disponibilizados pelo cliente.
· Comunidade local: São impactados diretamente pelas ações das empresas, sejam elas negativas ou positivas e, devem ficar constantemente atentas.
· Colaboradores: São aliados essenciais para o sucesso da logística reversa, uma vez que, um colaborador consciente se torna um consumidor consciente e vice-versa.
· Acionistas: Os acionistas são os interessados na prosperidade do negócio. O sucesso de uma organização está relacionado com alcançar o tripé da sustentabilidade (Triple Botton Line) – ambiental, social e econômico. Desta forma, a gestão da empresa deve-se contemplar esses três elementos em suas decisões, com o intuito de se manter competitivo no mercado.
· Mercado internacional: Dependendo do ramo de atuação da empresa, sociedades civis sem fins lucrativos, institutos de pesquisa, de ensino público e privado, grupos de investidores, ONGs e, até mesmo concorrentes, podem fazer parte da formação da cadeiareversa.
· Novos padrões de competitividade
Para se tornar competitivo através da logística reversa deve-se tomar algumas ações tais como: prestação de serviços diferenciados, ter apoio na cadeia reversa, e a adoção de algumas medidas, dependendo da estratégia adotada (pós-venda ou pós-consumo).
	Pós-venda
	Pós-consumo
	
	
	Flexibilização estratégica da política de retorno dos produtos
	Reaproveitamento de componentes (de materiais constituintes)
	Realocação de estoques em excesso
	Coleta de produtos usados em suas lojas
	Recaptura otimizada do valor do produto retornado.
	Destinação adequada aos descartáveis e embalagens
	
	Demonstração de responsabilidade ambiental
Com a adoção dessas medidas as organizações buscam possíveis ganhos, tais como:
· Competitividade de custos com a recaptura do valor do produto retornado
· Imagem positiva da empresa
· Reforço da imagem da marca
· Criação de identidade corporativa sustentável
· Percepção do cliente da logística reversa
O cliente é peça fundamental no processo, uma vez que, é responsável por fazer o produto girar. É o grande “alvo” das inovações. Na maioria dos casos, o governo é responsável pela fiscalização dos processos, uma vez que, possuem órgãos competentes para a realização das fiscalizações.
Para o consumidor / cliente a responsabilidade está voltada para a fiscalização de propagandas, mídias, de forma a entender se a organização está realmente entregando o prometido, se está com políticas voltadas a logística reversa e sustentabilidade. Desta forma, o cliente espera:
· Serviços que agreguem valor ao produto
· Flexibilização do retorno das mercadorias por arrependimento, defeito ou avaria
· Rapidez na solução de problemas
· Relacionamento transparente
· Ganhos reais pela escolha
· Bom atendimento
· Bom desempenho do produto
· Confiabilidade no cumprimento do que foi combinado
· Preço adequado
· Serviços e produtos personalizados
· Responsabilidade compartilhada na logística reversa
Em termos de consumo, para qualquer tipo de produto, tem-se no mínimo 3 elementos envolvidos: a empresa (que produz o produto), os consumidores e o meio ambiente (que é impactado em maior ou menor grau). A partir da determinação da lei 12305 – 2020 (PNRS), obteve-se uma mudança de concepção sobre a responsabilidade da destinação adequada dos resíduos, onde tanto a empresa, os clientes e o próprio governo são responsáveis pelo mesmo.
· Empresa: Responsável pela redução de gastos / desperdícios de matérias primas em seus processos
· Consumidor: Responsável pela destinação correta do resíduo, após sua utilização
· Governo: Responsável pela criação e fiscalização da legislação, assim como de educar a população
De acordo com a PNRS, o fabricante tem como responsabilidade a coleta, destinação e a reutilização das embalagens de pós-consumo. Entretanto, quem faz a diferença é o consumidor final, uma vez que, se o cliente é responsável pela destinação correta do resíduo, para que a organização possa coleta-lo e trata-lo da forma correta.
Desta forma, o cliente deve entender que não é uma via de mão única e, devemos nos informar e conscientizar de quais procedimentos corretos a se tomar. Os princípios de consumo consciente devem ser praticados em casa, no trabalho, no lazer e em todos os ambientes.
Ações conjuntas são mais efetivas quando todas as etapas que influenciam no processo fazem sua parte. As decisões não se tornam unilaterais e, todos ganham, principalmente o meio ambiente, com uma garantia de continuidade (é um trabalho contínuo).
· Objetivos econômicos da logística reversa
As empresas buscam sempre reduzir custos e melhorar seus resultados financeiros. Ao implementar a logística reversa, as empresas não devem se preocupar apenas com o custo para o mesmo, deve-se levar em consideração também as economias geradas (aquisição de matéria-prima reciclada, papel reciclado, madeira reciclada, utilização de embalagens retornáveis). 
Ao avaliar o processo, a empresa consegue avaliar onde é possível reduzir / minimizar / eliminar desperdícios, gerando processos enxutos, com processos mais adequados ao mercado (sem retrabalhos, entre outros). A economia gerada pela logística reversa está relacionada com:
· Diminuição do uso de recursos naturais
· Custos menores com aterros sanitários e empresas de tratamento de resíduos
· Diminuição da contaminação do solo, da água e do ar
· Economiza energia (seja ela elétrica, térmica ou outras utilizadas na fabricação), componentes que entram na composição da matéria-prima, investimentos em fábricas de matérias-primas primárias.
Desta forma, as organizações podem obter como resultados possíveis:
· Reutilização de partes e peças em boas condições
· Geração de emprego e renda na cadeia reversa (os coletores das ruas, os funcionários de aterros sanitários e etc.)
· Conscientização coletiva da importância da logística reversa
· A educação na logística reversa 
Por mais que o tema logística reversa e a preocupação ambiental não sejam novos, pode-se dizer que são atuais. As instituições de ensino deveriam se preocupar com educação ambiental, separação de resíduos, a importância de se evitar desperdícios, desde o ensino primário, para que desta forma o adulto venha se tornar uma ser humano consciente. 
A educação de adultos já é mais complicada pois deve ser feita através de outros meios, como vantagens econômicas entre outros. O investimento em educação ambiental deve ser feito nas empresas (um colaborador consciente se torna um consumidor consciente), nas escolas (a formação de um ser humano consciente), nas famílias e na mídia (meios de comunicação em geral). 
Portanto, deve-se investir em programas educativos efetivos e perene (contínuo) e reforçar continuadamente a importância do convívio harmônico entre empresas, meio ambiente e sociedade.
· Competitividade por meio da logística reversa
Uma empresa que deseja se manter competitiva deve estar sempre atenta a todos os movimentos do mercado em seu segmento como no mercado como um todo, uma vez que, além dos produtos, o perfil do cliente e da concorrência também se alteram.
Na logística reversa um dos elementos que tornam a organização mais competitiva é a busca pela implementação do tripé da sustentabilidade (Triple Botton Line – Planet, People, Profit). 
A sociedade depende da economia, e a economia depende do ecossistema global, cuja saúde representa o pilar derradeiro. Desta forma, uma empresa pode ser considerada sustentável se gerenciar e conseguir bons resultados nas áreas econômica, ambiental e social, concomitantemente.
Em relação ao meio ambiente a organização deve sempre identificar como é a gestão dos recursos naturais como água, energia elétrica, emissões de gás, efeito estuda, destinação de resíduos, além de estar sempre praticando os Rs da sustentabilidade (Refletir, Reusar, Recuperar, Reaproveitar, Repensar, Reutilizar, Reduzir, Reciclar, Respeitar, Reparar, Responsabilizar, Repassar) e ações que corroborem para melhorar o estado do meio ambiente em que está inserida.
Em relação as questões sociais o tripé tem como foco a reflexão de gestores a respeito das condições de trabalho oferecidas aos seus colaboradores e as pessoas que fazem parte da cadeira reversa. Na esfera econômica a empresa precisar criar mecanismos de transparências em suas ações contábeis e financeiras (não se envolvendo em fraudes, realização frequentes de auditorias, objetivos financeiros estipulados e etc.).
Implementar os procedimentos do tripé da sustentabilidade é um desafio na maioria das organizações, devido aos impactos gerados pelas decisões em cada uma das áreas. Os elementos do macroambiente são de grande importância, uma vez que, são os que mais impactam as estratégias organizacionais.
· Conclusão
Além de entender definições, o foco estava relacionado com a diferenciação entre logística direta e reversa, assim como do porque da distinção entre os mesmos. Algumas organizações já realizam bons trabalhos e resultados na logística reversa, mas ainda tem muito a melhorar.Foi apresentado também os atores interagentes e estratégicos, além das interações entre eles e seus papeis nesse contexto, o objetivo econômico associado a logística reversa (redução de custos), assim como como a empresa alcançar um certo nível de competitividade através da logística reversa (Tripé da sustentabilidade).
Ciclo de Vida dos Produtos (CVP)
· Introdução
A partir de agora será estudado a formação de boa parte dos resíduos sólidos (os mais conhecidos). Será uma análise voltada mais para a área comercial da organização, abordando o ciclo de vida do produto, ou seja, como ele é desenvolvido, o motivo pela geração de resíduos, descartabilidade, entre outros.
O conceito de ciclo de vida do produto será abordado para que possa ser possível a compreensão da importância do consumo consciente. Será analisado também o impacto na natureza da obsolescência programada ou planejada dos produtos, assim como alguns temas a respeito da legislação em vigor no Brasil, a lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
· Contextualizando
No âmbito da gestão de resíduos, o ciclo de vida dos produtos será analisado em relação aos impactos causados no dia a dia. Por qual motivo a logística reversa se tornou tão importante, a partir do encurtamento do ciclo de vida dos produtos, uma vez que, influenciou significativamente na quantidade gerada de resíduos sólidos atualmente.
Uma vez que a responsabilidade na logística reversa é compartilhada, deve-se analisar qual o envolvimento do consumidor no ciclo de vida do produto. Além disso, como foi ocasionado o aumento da descartabilidade, assim como o gerenciamento de bens, sejam eles de pós-venda ou de pós-consumo.
Para as empresas, a preocupação está voltada a pesquisa e o desenvolvimento de processos produtivos mais limpos, mais robustos, utilizáveis por mais tempo, entre outros. Já em relação ao consumidor, está voltada em consumir com responsabilidade, com a noção de que cada descarte de produto aumenta a o coeficiente de resíduos gerados.
Já o governo, compete legislar de forma a regulamentar o cenário dos negócios, além de fiscalizar se a lei está sendo cumprida. Será analisado também se a obsolescência programada / planejada, realmente gera uma vantagem para as organizações e, qual o papel da legislação. Por mais que os produtos / serviços ocasionam vantagens no dia a dia, deve-se analisar quais impactos são gerados no meio ambiente.
· Ciclo de vida do produto
O encurtamento do ciclo de vida dos produtos nem sempre é ocasionado pela “necessidade” de inovação dos clientes, mas também pelas organizações. Em certos momentos as empresas decidem atualizar seus produtos, o que consequentemente faz com que o produto atual não atenda mais as necessidades dos clientes (comumente visto em eletroeletrônicos).
As organizações vão colocando essas inovações cadenciadamente no mercado para que os clientes substituam seus produtos conforme as inovações / melhorias sejam necessárias. 
A análise do ciclo de vida do produto é utilizada com o intuito de avaliar o impacto ambiental gerado pelo produto, que é feita considerando desde a fase inicial o produto (fase de criação inicial do produto). Nesta fase é determinado as características dos produtos que vão influenciar diretamente em sua durabilidade.
Além disso, no ciclo de vida do produto também deve ser analisado o método de extração do insumo (máquinas, tecnologias e etc.), o método de fabricação da matéria-prima, as emissões de gases nas fases de transportes, os consumos de energia e água e a geração de resíduos sólios e efluentes líquidos.
Essas questões devem ser analisadas através de dois pontos de vista diferentes: o ponto de vista de consumo (consumidor) e o ponto de vista de custo (gestores). Quanto menor o custo de vida do produto, maior será a geração de resíduos. Um ciclo de vida do produto tradicional possui as seguintes fases:
· Introdução: É nessa etapa que o produto é lançado no mercado, onde as vendas são incipientes não se tem a certeza da aceitação pelo público-alvo, uma vez que, o cliente pode não se agradar com design, tipo de material, preço de lançamento, ausência de funcionalidades e etc. Portanto, é comum a ocorrência de ajustes técnicos e alterações, com o intuito de anteder as expectativas dos clientes.
· Crescimento: Na etapa o produto já foi aceito pelo mercado consumidor e, a partir desse momento, a empresa amortiza os custos do projeto e a concorrência entra forte para competir.
· Maturidade: Produtos que alcançam essa etapa já tiveram a aceitação dos clientes e, geralmente, inicia-se as decisões sobre o que fazer com o produto (decisões tomadas em conjunto com a equipe técnica, ou seja, projeto, desenvolvimento de produto, engenharia, marketing, entre outros.
· Declínio: Se não tomada nenhuma ação na fase de maturidade, o produto naturalmente entre em declínio, ou seja, o mercado está saturado o que consequentemente ocasiona uma redução drástica nas vendas. Nessa etapa a empresa deverá decidir o que fazer com o produto (obrigatoriamente).
Esse escopo de custo de vida do produto encontra-se defasado, uma vez que, as etapas que duravam anos, passaram a durar meses e até semanas (ocasionando um grande impacto na geração de resíduos). Além disso, iniciou-se a preocupações com o meio ambiente e legislações. Desta forma, surgiu-se a necessidade de incorporação de novas fases ao ciclo. 
Das novas fases implementadas duas são imprescindíveis: a fase de projeto, que também pode ser nomeada como fase embrionária ou gestacional e, a fase pós-uso do produto. Essa nova metodologia é conhecida como “abordagem do berço ao túmulo”.
Na fase do projeto (Pesquisa e Desenvolvimento – P&D) tem-se a concepção do produto, onde são realizados mapeamentos das necessidades dos clientes, assim como a determinação do que deve ser entregue pela organização. Essa etapa direcionará as demais.
Já a fase de pós-uso do produto se tornou imprescindível para que a organização se mantenha no mercado, obedecendo a legislação e atendendo as novas premissas do mercado. Nessa etapa a logística reversa bem executada faz toda a diferença. A figura abaixo representa o ciclo de vida dos produtos na nova abordagem.
Para melhorar a gestão do ciclo de vida do produto, principalmente em relação aos eletroeletrônicos, pode-se utilizar uma ferramenta de competitividade denominada ecodesign. E ecodesign tem como ideia a escolha correta dos matérias, utilização de técnicas de fácil montagem e desmontagem dos produtos, assim como a priorização do uso de materiais alternativos na forma em que se encontram na natureza (como móveis e obras de arte produzidas com material de demolição).
Desta forma, de acordo com o Ministério do Meio ambiente, o ecodesign pode ser definido como: 
· A escolha de materiais de baixo impacto ambiental: não tóxicos, menos poluentes, de produção sustentável ou reciclados, ou ainda que requeiram menos energia na fabricação
· Eficiência energética: minimização do consumo de energia para os processos de fabricação
· Qualidade e durabilidade: produtos mais duráveis e que funcionem melhor, afim de gerar menos lixo
· Modularidade: objetos com peças intercambiáveis, que possam ser trocadas em caso de defeito, evitando troca de todo o produto, o que também gera menos lixo
· Reutilização / Reaproveitamento: Projetar produtos para sobreviver seu ciclo de vida, podendo ser reutilizados ou reaproveitados para outras funções após seu primeiro uso.
· O desafio da descartabilidade
O crescimento significativo da população no mundo nas últimas décadas e sua projeção futura e preocupante em relação as questões ambientais, uma vez que, se não houver mudanças significativas na produção e descarte de lixo. Uma ação que traz resultados factíveis em relativo curto espação de tempo é repensar a necessidade de tantos produtos descartáveis e sua descartabilidade.
Produtos descartáveis são comumente mais evidenciados e “queridos” pelos clientes pois costumam gerar facilidades (não precisam lavar,armazenar, higienizar e etc.). Desta forma, os produtos descartáveis devem ser analisados a partir de dois princípios: um produto feito para ser usado rapidamente no mercado, e um produto feito para ser descartado logo após o consumo (não é tratado como resíduo, mas sim como lixo).
O consumidor pode contribuir avaliando os hábitos de consumo (tamanhos de embalagens, parte financeira), analisando criticamente o que é necessário e o que é fútil, assim como se preocupando efetivamente com o meio ambiente (se posso usar um produto reutilizável, por qual motivo usar um produto descartável). 
As técnicas do Rs ajudam nessas decisões, ou seja, antes de comprar refletir (qual a real necessidade de determinado produto), repensar (hábitos, consumo desenfreado), reaproveitar (sempre que possível reutilize ao invés de simplesmente descartar), revisar (conceitos/ hábitos de compra, necessidades de produto), reusar, reutilizar, remanufaturar, reformar (ao invés de simplesmente descartar), recupere, reembale, reorganizar, reprocessar (sempre que possível), recriar, reparar, repassar, respeitar, responsabilizar-se, reciclar (se após analisar todos os Rs e realmente precisar comprar, recicle).
· Bens de pós-venda e pós-consumo
O papel da logística reversa é diferente para os bens de pós-venda e de pós-consumo, uma vez que, utilizam ou organizam fluxos reversos diferenciados.
Produtos de pós-venda não estão relacionados apenas com a compra ou o envio errado dos produtos. São aqueles produtos que retornam ao varejo ou ao fabricante por problemas técnicos ou de garantia. 
Os produtos de pós-venda englobam três categorias: comerciais no varejo e na internet (produtos em consignação embalagens retornáveis problemas de qualidade ou erro de expedição, devolução espontânea por parte do cliente, entre outras), garantia / qualidade (produtos defeituosos, danificados, com prazo de validade expirado) e substituição de componentes (componentes de bens duráveis e semiduráveis, peças usadas na manutenção e conserto do bem). Na prática são produtos limpos.
Existem diversas situações em que podem ocorrer, podendo também serem utilizados em mercados primários e secundários, como por exemplos salvados (organizações que compram efetivamente produtos advindos de avarias de transporte, devoluções).
Esses salvados fazem a ponte entre seguradoras e consumidores finais, em casos que as organizações não reutilizam os produtos em seus processos, uma vez que, em determinadas situações não é compensatório. Deve-se haver uma preocupação em relação a intensidade da cadeia reversa de pós-venda, pois quanto mais falhas no sistema, mais produtos circularão na cadeia reversa. 
O pós-venda é composto por produtos enviados errados para os consumidores, excesso de estoques na cadeira de distribuição, produtos com defeitos, produtos que sofreram avarias, entre outros. Essas situações podem ocorrer devido a falha no sistema do fornecedor, análise inadequada da quantidade de estoques, problemas de qualidade do fabricante, embalagens inadequadas e ineficiência no transporte.
Desta forma, com o intuito de minimizar esses efeitos, as organizações podem realizar análises críticas do processo em conjunto (fornecedor, distribuidor, transportadora), capacitar frequentemente os colaboradores, investir em tecnologia e melhoria no processo de embalagem e transporte.
Já a logística reversa de pós-consumo é considerada mais complexa, porque o número de produtos que circulam pelos fluxos direto e reverso é muito maior. Os bens de pós-consumo são aqueles que já foram utilizados de foram que não geram mais valor para o consumidor que o adquiriu no primeiro momento. Entretanto, peças e partes ainda podem ser utilizadas de outras formas.
Desta forma, tem-se a necessidade de desenvolver uma infraestrutura (canais reversos) para que tais produtos possam retomar a cadeia produtiva ou que sejam corretamente descartados, pois podem conter sujidades ou contaminação. Os bens de pós-consumo são classificados, de forma genérica, como:
· Bens descartáveis: vida útil de semanas como embalagens, brinquedos, materiais para escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos e etc.
· Bens duráveis: a vida útil varia de alguns anos até décadas, tais como móveis, veículos, eletrodomésticos e etc.
· Bens semiduráveis: vida útil de meses até aproximadamente dois anos, tais como baterias de veículos, óleos lubrificantes, baterias de celulares e etc.
A coleta desses bens é realizada pelos seguintes meios: coleta domiciliar do lixo, aterros sanitários e lixões, coleta seletiva domiciliar e coleta informal. As três primeiras opções geralmente são organizadas pelas prefeituras, associações e cooperativas que tratam de assuntos dessa natureza. 
Já a coleta informal é realizada pelos catadores que atuam por conta própria e visitam as residências (é considerada a forma mais rudimentar de praticar a logística reversa, mas é bastante utilizada).
· Obsolescência programa: um desafio para a gestão ambiental 
A obsolescência planejada / programada é aquele produto que nasce com um tempo de vida programada, ou seja, um tempo programa para a data de saída do mercado. Isso pode estar relacionada com uma quantidade limitada de produtos (por exemplo produtos sazonais), ou com um tempo de vida previamente determinado. 
Entre os profissionais das áreas ambientais essa técnica é conhecida como “designe for the dump” – “projetar para o lixo”, uma vez que, fomenta a produção de produtos quase descartáveis, frágeis na sua estrutura física e no seu funcionamento.
A obsolescência programada acarreta alguns desafios para o meio ambiente, pois constantemente lançam novos produtos, mais inteligentes e inovadores, acrescentam funcionalidades úteis, ofertados em diversas configurações, o que consequentemente aumenta o consumo.
Sobre o ponto de vista da organização, a obsolescência programada acarreta ciclos de vida menores, constante melhorias nos produtos, mantem a empresa na vanguarda, ou seja, ela que sempre inicia os processos de novos produtos, pode melhorar o faturamento (produtos mais inovadores e etc.). Porém pode aumentar o risco de recall, dependendo de como for realizado o planejamento.
Já sobre o ponto de vista da gestão ambiental, a obsolescência programada é vista como um fator negativo, pois fomenta o consumo, acarretando em um acúmulo de lixo, maior degradação do meio ambiente, esgotamento de recursos naturais, aumento de poluições em geral. A obsolescência pode ocorrer em três frentes:
· Obsolescência programada por funcionalidade: é uma ação tanto dos fabricantes das partes físicas, como dos fornecedores de softwares e aplicativos.
· Obsolescência planejada e versão: como no caso dos carros, onde alguns veículos são colocados no mercado já com data para serem retirados (por exemplo edições especiais e comemorativas) e, atualização da versão dos veículos ainda em produção.
· Obsolescência programada por qualidade: quando o produto é fabricado ou montado com peças frágeis.
· A PNRS e o avanço da legislação
Conforme as mudanças acontecem no ambiente organizacional, aumenta também a necessidade de regulamentação de algumas atividades, principalmente na produção de bens duráveis e descartáveis. Desta forma, tem-se a necessidade de existência de legislações eficientes e esclarecedoras os direitos e deveres de todos os envolvidos.
A política nacional de resíduos sólidos ainda está em fase de implementação nas organizações mesmo que já esteja pronta e finalizada. As organizações e o governo possuem datas estipuladas para atingir algumas metas, como os planos de gerenciamento de resíduos sólidos.
De forma geral a PNRS é o resultado de um trabalho de décadas e se fez necessária devido ao crescimento populacional, o que consequente aumentou a quantidade gerada de resíduos. Ela propõe a melhoria contínua para reduzir os efeitos noviços ao meio ambiente gerados pelo excesso de consumo, uma vez que, se reduzir no uso, consequentemente será gerado menos resíduos.
Como já foi definido a responsabilidadeé compartilhada, ou seja, é obrigação de todos os elos: o governo, empresas (produtores, fabricantes, distribuidores, varejistas) e sociedade (consumidores, instituições de ensino, ONGs). Desta forma, para a implementação correta da legislação, deve-se investir em educação, fomentar / incentivar o consumo consciente, além de incentivar a produção mais limpa (PML).
No quadro a seguir é possível analisar um resumo das frentes de trabalho da legislação que envolve a logística reversa em vários países do mundo e não apenas no Brasil.
Vale ressaltar que a legislação não é feita apenas para punição das organizações, mas também exigem no curto, médio e longo prazo, ações reais das organizações, assim como do governo e da própria população. A vertente mais importante para descrever boas leis é focar na educação e disciplina dos principais atores interagentes.
As principais determinações da PNRS são: 
· Responsabilidade da implantação da logística reversa: Desloca o ônus da responsabilidade do equacionamento do retorno dos produtos do governo para as empresas participantes das cadeias de abastecimento – princípio do poluidor pagador.
· Compartilhamento de responsabilidade: A lei reforça a necessidade o trabalho conjunto das empresas participantes dos segmentos de negócios, fabricantes, distribuidor, varejista, uma vez que, um elo sozinho não avança o suficiente.
· Diferenciação entre resíduo e rejeito: Essa diferenciação foi vital para o direcionamento das ações por parte das organizações. De acordo com a lei, o resíduo é definido como algo que tem a possibilidade de voltar para a cadeira produtiva e os rejeitos são as sobrar inservíveis.
· Conclusão
O foco estava voltado na gestão dos resíduos, possuindo um aspecto voltado ao entendimento de como funciona o mecanismo de produção dos produtos, de forma a entender como acarreta a geração de resíduos. 
A redução do ciclo de vida do produto juntamente com a tecnologia de obsolescência programada, são consideradas elementos-chave no aumento dos resíduos sólidos porque induzem os consumidores a substituir precocemente produtos em bom estado de conservação.
Compreendeu-se o fluxo de vida do produto pelo ponto de vista da indústria / produção, a diferença entre produto descartável e descartabilidade de produto, assim como o impacto dessa política na gestão ambiental.
A logística reversa se encarrega de destinar adequadamente bens de pós-venda e pós-consumo caso as empresas estruturem canais reversos eficientes, os consumidores separem corretamente e o governo regulamente as questões pertinentes a essa temática. Foi apresentado também alguns pontos essências da principal lei que rege a logística reversa – Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS. 
Gestão e responsabilidade dos recursos
· Introdução
Inicialmente o foco estará na gestão e responsabilidade dos recursos, levando em consideração a responsabilidade compartilhada (vista através da lei da PNRS). 
Também será estudado de qual forma o Resíduo Sólido Urbano (RSU) é tratado, analisando os impactos causados por e nos locais utilizados para isso (aterros e lixões), assim como a importância da armazenagem (pontos de apoios para recebimento) no processo reverso da logística e como os sistemas de informação podem dar suporte às operações da logística reversa.
Desta forma será compreendido quais elementos vão fazer a diferença quando a logística reversa estiver devidamente implementada nas organizações e na sociedade (famílias também geram resíduos).
· Contextualizando 
A gestão de resíduos sólidos tem se configurado como um desafio para a sustentabilidade, uma vez que, não há como pregar sustentabilidade com lixões a céu aberto. 
Diversas cidades brasileiras ainda descartam seus resíduos em locais inapropriados (lixões). Entretanto o problema não está apenas nos locais de descarte, mas também na desinformação e falta de conscientização que ainda existe a respeito do tema.
A partir disso será possível entender qual a infraestrutura necessária para que a logística reversa ocorra efetivamente, ou seja, para que ela seja realmente aplicada. Desta forma, as organizações possam entender de qual forma elas lidam com os resíduos gerados em seu processo produtivo, assim como qual o respaldo deve ser dado para que as empresas possam entender qual a destinação desses resíduos. 
No contexto geral, a cadeia logística deve ser toda preparada que possa receber a parte da reversa, uma vez que, entre o fornecedor até empresa cliente (seja insumo ou produtos acabados para venda), tem-se um canal bem desenvolvido e fortalecido, com uma garantia do cumprimento de prazos, de qualidade do produto que já na cadeia logística já estruturada.
Além disso, a partir do momento que esses produtos entram na empresa, a destinação dos mesmos que já é bem definida (produção, vendas, armazenagem e etc.), ou seja, tem-se uma infraestrutura necessária. 
Já na logística reversa, a realidade é bem diferente, uma vez que, tem-se uma dificuldade de desenvolver os canais ou pontos de apoio para o retorno de partes e peças para os mercados primários e secundários, se tornando novamente uma matéria-prima ou insumo, principalmente em torno da reciclagem.
Desta forma, necessita a compreensão do porquê se gera tanto resíduo atualmente, além do que já foi visto através do ciclo de vida do produto. O crescimento é explicado pelo próprio aumento da população, a infraestrutura não estava preparada para atender todas as demandas, demonstrando que o problema é sistêmico. 
A destinação adequada dos resíduos e quais os impactos dos aterros também é uma parte importante no processo.
· Gestão e responsabilidade dos recursos 
Em termos de organizações, é comum que uma pessoa ou um grupo de pessoas sejam responsáveis pelas ações e atividades de gerenciamento de resíduos internamente, seja através das premissas determinadas em leis ou até premissas das próprias organizações. Entretanto, essas pessoas não são as únicas responsáveis pelos resíduos dentro das empresas, pois a responsabilidade é de fato de todos os colaboradores.
Tudo que consumimos é dependente da produção, seja em escala industrial ou artesanal, o que, na prática, consome recursos, principalmente naturais. Quanto mais cresce a população, maior é a necessidade de recursos, principalmente com a redução do Ciclo de Vida do Produto (CVP).
O fomento ao consumo (gerado pela ideia de que para ser moderno e ter qualidade de vida, é preciso ter acesso a muitos produtos) desencadeou a industrialização acelerada nos países desenvolvidos. No entanto, devido a consciência da finitude de seus recursos naturais, esses países têm levado suas operações produtivas também para países em desenvolvimento, que “ainda” possuem abundância de recursos.
Os países em desenvolvimento possuem carências em diversas áreas e aceitam a “terceirização” da produção das corporações multinacionais, muitas vezes sacrificando o ecossistema local, gerando riscos de esgotar seus recursos naturais e degradando o meio ambiente. Entretanto, instituições de todo o mundo têm se movimentado com o intuito de evitar que isso aconteça, pois não é possível vender a imagem de empresa sustentável apenas eu seu país de origem, mas também nos países que aceitam suas produções.
Gestões mais eficientes dos recursos necessitam ações de todos os envolvidos nos processos de produção-consumo e partilha das responsabilidades para que os problemas ambientais não se agravem. As organizações devem buscar mecanismos que proporcionem uma produção que utilize menos recursos e que polua menos o meio ambiente.
Elas podem utilizar conceitos de Produção mais limpa (PML) e de Ecodesign, além de investimentos em Responsabilidade Social Empresarial (RSE), Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e Responsabilidade Social Ambiental (RSA). Desta forma, temos:
· Responsabilidade Social Empresarial: As organizações procuram demonstrar a prática de RSE e RSC através de ações que envolvam todas os stakeholders, buscando investir na formação de uma cultura voltadapara os procedimentos éticos e implementação de iniciativas que fomentem a discussão de assuntos para melhoria. No Brasil existe o Instituto Ethos, que possui a intenção de auxiliar as empresas brasileiras a atuarem de forma mais ambientalmente sustentável (voltada aos princípios éticos).
· Responsabilidade Social Corporativa: As práticas de RSE e RSC são voltadas as ações desenvolvidas pelas organizações junto de seus colaboradores, da comunidade local, em parcerias com ONGs e apoio do governo, com o intuito de buscar alternativas para o crescimento sustentável.
· Responsabilidade Social Ambiental: A RSA é o grande desafio da sociedade, uma vez que, querer um esforço conjunto entre os principais elos (empresas, consumidores e governos) para a criação de modelos de produção que não prejudiquem tanto o meio ambiente. É a preocupação real com o meio ambiente em que a organização está inserida, assim como o uso dos recursos naturais.
No quadro abaixo, tem-se alguns exemplos de ações que podem ser realizadas de RSE, RSC e RSA.
Os princípios contemplados na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) são:
· Prevenção (inicialmente deve-se pensar na redução dos resíduos no processo, o que exige uma análise crítica dos processos e insumos, assim como o tempo dos colaboradores) e precaução (evitar “acidentes” com o meio ambiente, como vazamentos de óleo e etc.)
· Poluidor-pagador (se o indivíduo polui, ele tem a obrigação de pagar mais por isso) e protetor-recebedor (se a organização conseguir “proteger” o meio ambiente, ou seja, aquela organização que possui um processo produtivo mais limpo, ela tem o direito de pagar menos do que aquela organização que polui mais).
· Visão sistêmica da gestão dos resíduos sólidos (não adianta cuidar apenas das empresas, o pensamento deve estar voltado também para qual a destinação desses resíduos fora da organização.
· Desenvolvimento sustentável
· Ecoeficiência (produtor mais com menos, principalmente com recursos naturais)
· Cooperação entre os setores – administração pública, empresas e sociedade 
· Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto
· Se o resíduo sólido é reutilizável, então ele pode gerar bem econômico e de valor social, além de cooperativas e empresas de catadores que geram empregos
· Respeito as diversidades locais e regionais
· Direito a informação e ao controle social
· Razoabilidade e proporcionalidade (relacionado com a que é produzido em comparação com o que é gerado de resíduo pelas organizações)
· Gestão dos resíduos sólidos urbanos
Os resíduos sólidos urbanos podem ser entendidos como tudo aquilo que foi gerado nas cidades, uma vez que, possuem todos os tipos de empresas e, desta forma, geram todos os tipos de resíduos (não somente sólidos). Como já foi dito anteriormente, a quantidade gerada desses resíduos vem crescendo gradativamente, devido ao constante crescimento populacional.
Sempre que possível as organizações devem reduzir na geração dos resíduos e, nas situações em que não seja possível, deve haver um gerenciamento envolvendo ferramentas e técnicas voltadas a coletas, separação, higienização entre outros.
As empresas, que podem ser entendidas como sistemas fechados, tem como exigência para atuar em seus negócios cumprir toda e qualquer legislação vigente, principalmente no quesito gestão ambiental. Os resíduos precisam ser corretamente destinados. Já as cidades podem ser consideradas sistemas abertos, pois não há como impedir que pessoas se mudem de um local para outro, o que consequentemente dificulta o controle e fiscalização dessas pessoas.
Em detrimento dessas complicações, o Governo Federal, o Ministério do Meio Ambiente e outros ministérios e organizações públicas e privadas elaboram, por meio do Comitê Gestor Nacional de Produção e Consumo Sustentável, o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentável (PPCS), que prega o envolvimento também do consumidor no conceito de consumo sustentável, induzindo organizações a implementar práticas produtivas que agridam menos o meio ambiente.
A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) é uma associação voltada para realizar o monitoramento da quantidade de resíduo gerados por todas as empresas de limpeza pública do Brasil. Desta forma, ela possui informação de todas as cidades e estados.
Essa informação é utilizada como mecanismo de decisão tanto para as organizações quanto para o governo local, tais como a quantidade de aterros sanitários suficiente para uma determinada quantidade de resíduo sólidos. Quando as informações entre geração e coleta nos aterros se divergem, indica uma quantidade acumulada de resíduos em local inadequado, conhecidos pelo senso comum como lixo. 
A PNRS descreve de formas diferentes resíduo sólido, rejeito e lixo e vem com o intuito de uniformização de conceitos (informação utilizada para tomada de decisão sobre o que fazer com cada um), conscientização sobre o reaproveitamento e a redução do consumo (reaproveitar tudo aquilo que seja possível, seja do resíduo sólido ou do rejeito) e a importância da separação (é importante uma separação eficiente para reaproveitar efetivamente. Desta forma, de acordo com a PNRS:
· Resíduos sólidos: “Material, substancia, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder nos estados sólido ou semissólido bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.” (Brasil, 2010). De forma geral pode ser entendido como aquele que ainda pode-se reaproveitar, descarte de um produto de pós-venda.
· Rejeitos: São resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
· Lixos: São aquelas partes sem a possibilidade de reaproveitamento, vulgarmente conhecida como lixo, resto, sobra ou detrito. Eles correspondem também a resto inúteis, indesejáveis e descartáveis. 
A partir desses conceitos a PNRS contribuiu para a separação correta de cada material, dando seu encaminhamento adequado. O lixo que deve ser enviado para os aterros e descartados. A partir disso, as empresas devem estabelecer suas estratégias de contenção, precaução e redução e de gerenciamento de resíduos, o que impacta diretamente na gestão. Dependendo do tipo de resíduo que for gerado, requer cuidados especiais, como pode ser observado abaixo:
· Resíduos gerados pelas fábricas em geral: É comum a geração de resíduos poluentes (como tintas, embalagens sujas e etc.) e, de processos que utilizam água. Desta forma, as organizações têm a obrigação de descontaminar antes de devolver ao meio ambiente.
· Resíduos gerados pelos serviços de saúde: Esse tipo de resíduo requer cuidados especiais devido a possibilidade de contaminação tanto do solo e da água, quando descartados indevidamente, quanto das pessoas que manipulam tais resíduos;
· Resíduos gerados pelo transporte (portos e aeroportos, postos de fronteiras e o próprio transporte): Esses resíduos são considerados como desafios para o governo, empresas e sociedade em geral. Devido a sua gravidade, o tema está contemplado na PNRS. Destaca-se sobras de alimentos, embalagens, lâmpadas, baterias, veículos com vida útil finalizada, entre outros.
· Resíduos gerados pelo turismo: Para os locais turísticos, tem-se o desafio de administrar os resíduos gerados pelos visitantes, tais como garrafas descartáveis, latas de bebida, embalagens sujas com sobrar de alimentos, entre outros.
· Resíduos gerados pelas oficinas mecânicas: Existem inúmeros resíduos típicos desse tipo de negócio, tais como embalagens com resíduos de graxas, óleos, tinhas, solventes, entre outros.
Os gráficos abaixo representamos principais componentes dos resíduos sólidos urbanos, assim como a relação de destinação correta e incorreta no Brasil em 2012. Vale ressaltar que atualmente os números são bem maiores.
· Impacto dos aterros públicos
A maior parte de nossos resíduos, rejeitos e lixos são enviados para os aterros. É um grande e antigo desafio para os gestores e prefeitos das cidades que não tem condições de construir um aterro industrial e controlado, e acabam construindo um aterro sanitário comum / tradicional, conhecidos na maior parte dos casos de lixão.
Alguns aterros acabam se tornando problemas para as famílias que moram próximas e, em algumas situações, os aterros acabam atraindo diversas famílias de baixa ou até nenhuma renda, que enxergam ali uma oportunidade de conseguir algum sustento. Um exemplo a ser citado é o Lixão da Estrutural que foi fechado em janeiro de 2018 após 60 anos. 
Neste período foram depositados cerca de 40 milhões de toneladas de resíduos, atingindo a marca de segundo maior lixão do mundo. O depósito foi criado sem planejamento, sem impermeabilização do solo e acabou atraindo pessoas para trabalhar no lixão. Consequentemente gerou-se uma cidade a partir de uma invasão com cerca de 35 mil pessoas.
Após isso, foi construído o Aterro Sanitário de Brasília, projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de lixo. Dividida em 4 fases, a construção ainda não está totalmente concluída. O governo tentou realocar em cooperativas as cercas de 2 mil catadores, além de construir barracões para receber cerca de 1,3 mil catadores.
O exemplo serve para mostrar que hoje em dia já existe conhecimento, tecnologia, pessoas capacitadas para a construção de aterros adequados onde as precauções com o meio ambiente foram tomadas. Em muitos casos são empresas privadas que constroem esses aterros, principalmente para receber resíduos industriais, pois enxergam um nicho de mercado onde o governo não consegue atender. 
Portanto é de extrema importância entender a diferença entre lixão e aterros para que, desta forma, o tratamento dos resíduos seja feito de forma adequada.
· Lixão: Os lixões são entendidos como um local (inadequado) no qual os rejeitos das cidades são depositados. O local é inadequado pois não possui nenhum cuidado a respeito da contaminação do solo e do ar, ou qualquer outro tipo de poluição. Consequentemente os lixões se tornam um problema para a saúde pública.
· Aterros: Para mitigar os problemas dos lixões, além das pressões tanto do poder público quanto da sociedade, as cidades estão buscando alternativas viáveis para lidar com isso. Devido ao grande aumento do consumo, não há como postergar a melhoria desse processo. Os aterros são locais de disposições de resíduos no solo, fundamentada em critérios de engenharia e normas operacionais específicas. São estruturas cuidadosamente projetadas dentro do solo ou sobre ele, onde o lixo é isolado do ambiente a sua volta (ar, chuva, lençol freático). Resíduos de famílias e organizações são diferentes e, desta forma, necessitam tratamentos distintos. Desta forma os aterros sanitários recebem os resíduos classificados como domésticos e os aterros industriais recebem os resíduos industriais.
· Aterro sanitário: Os aterros sanitários recebem os resíduos sólidos provenientes das residências, dos hospitais e das construções e, tem sido uma alternativa ambientalmente mais adequada (se comparada com os lixões) para o descarte dos rejeitos, mas ainda não é o ideal. A construção de um aterro sanitário é uma obra de engenharia que exige um projeto coerente com as características do local e o tipo de rejeito que será ali depositado. É projetado para causar menor impacto ao meio ambiente, oferecendo risca baixo a população e comporta o máximo de resíduos.
· Aterro industrial: A construção de um aterro industrial exige cuidados especiais, uma vez que, os resíduos industriais podem ser perigosos ou não perigosos. Os resíduos podem ser classificados como: classe 1 (perigosos, tais como inflamáveis, corrosivos, reativos, explosivos e etc.), classe 2 A (não inertes, aqueles que não se enquadram como perigosos) e classe 2 B (Inertes, como entulhos de construção civil, entre outros).
Ainda existem os aterros conhecidos como aterros controlados. A diferença está relacionada com um certo cuidado com as formas como o lixo é depositado no local, sem tratamento do chorume e dos gases gerados. 
Na visão da gestão ambiental e da sustentabilidade, os aterros não são boas alternativas, uma vez que, não priorizam a reciclagem, a reutilização de produtos ou outra ação que vise reduzir o consumo de recursos naturais e o reaproveitamento de partes, peças e componentes, pois apenas servem de “depósito”. 
· Necessidade da armazenagem na logística reversa
Na logística tradicional, já se tem conhecimento dos pontos de armazenagem, depósitos, galpões, armazéns, centro de distribuição (CD), uma vez que, a cadeia logística já está bem definida. Em linhas gerais, é possível verificar da seguinte forma: Fábrica -> Centro de distribuição -> Distribuidor -> Atacado -> Atacarejo -> Varejista -> Cliente.
Já na logística reversa o fluxo não é tão simples pois está a montante e, desta forma, ainda se tem uma necessidade de melhorar os processos, determinar pontos de coletas que aceitem produtos em uma escala maior.
Como as organizações foram aquelas responsáveis pela fabricação daqueles produtos, consequentemente tem obrigações de construir / definir locais de descarta desses matérias, assim como os consumidores de depositar os produtos corretamente (responsabilidade compartilhada).
Em casos de produtos de pós-venda o custo é justificável por ser troca, devolução ou outra situação. Já em produtos de pós-consumo, pode conter sujidades, estar contaminado, avariado, quebrado, entre outros. Portanto, para produtos de pós-consumo, é sempre mais viável formar um volume maior para compensar o frete de retorno. Desta forma, locais adequados de armazenamento se tornam estratégicos.
Entretanto, nem sempre o custo de manter um local par armazenagem de produtos já usados é razoável ou baixo e, investir em pontos como esses não se revela muito atrativo. Algumas organizações, por força da legislação (quando o produto exige) realizam esse tipo de investimento, caso contrário, não. 
Desta forma os organizações que possuem esse tipo de depósito, mesmo que seja temporário, deve tomar as precauções necessárias, tais como: verificar se o local onde está o depósito não contamina o meio ambiente, se não tem contato com córregos ou áreas de plantação ou criação de animais, certificar se o terceirizado possui as licenças ambientais necessárias para operar, se o espaço é coberto, entre outros.
Em termos de armazenagem há geralmente duas possibilidades: a interna, onde os resíduos são armazenados nas empresas (devem ser construídos seguindo todos os critérios necessários como serem cobertos, entre outros.) e, a externa, onde os resíduos ficam armazenados em barracões ou galpões terceirizados. 
No armazenamento interno:
· Guarda temporária dos recipientes com os resíduos acondicionados 
· Próximo aos pontos de geração
· Visa agilizar a coleta no estabelecimento
· Otimiza o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado a disponibilização para a coleta externa
No armazenamento externo:
· Visa acondicionar os recipientes coletores de resíduos em abrigos
· Ambientes exclusivos
· Facilita o acesso dos veículos coletores
· Deve garantir a segurança das pessoas e do ambiente.
· Sistemas de informação para logística reversa
Atualmente existem diversos sistemas informatizados disponíveis para o gerenciamento de processos nas empresas, sejam eles pequenas, médias ou de grande porte. A logística tradicional já utiliza com abundancia diversos sistemas que facilitam o gerenciamento dos processos e, consequentemente a até de TI foi uma das que mais cresceram nos últimos anos.
Desta forma a logística reversa deve seguir os mesmos processos e procedimentos. Assim como uma nota fiscal é emitida para acompanhar um produto,ela também pode ser emitida no processo reverso, acompanhando o resíduo no retorno a organização. 
Não há diferença nos sistemas informatizados utilizados nos dois casos, mas sim no custo gerado por cada caso. Na prática os sistemas informatizados auxiliam o gerenciamento, nas estatísticas, nas compras e vendas, na captação de clientes. 
Para que as organizações possam se beneficiar dos recursos tecnológicos e imputar mais eficiência no processo de logística reversa, é necessário um sistema informatizado robusto que integre todos os elos da cadeia reversa. A imagem abaixo sugere uma forma de estruturar um sistema informatizado para atender a logística reversa.
Essas atividades precisam ser organizadas de forma interativa, e as informações devem ser acessíveis a todos na mesma velocidade e qualidade. O esquema considera apenas atividades internas, mas sabe-se que a logística reversa normalmente abrange diversas regiões de um mesmo estado ou pais, pois depende do mercado em que a empresa produtora dos bens atua.
Desta forma existe tecnologia a disposição da logística reversa, com altos investimentos em TI para gerenciar a logística. Existem soluções para todos os tipos de problemas e utiliza-se em larga escala nas operações em plataforma web. A partir da internet tem-se uma conexão com os clientes, fornecedores, parceiros com facilidade de acesso, melhorando o gerenciamento.
Em termos de logística reversa, atualmente é mais comumente visto em retorno do e-commerce, uma vez que a tecnologia da informação possibilitou o e-commerce, com uma grande geração de dados. A partir dela é disponibilizado informações para todos os elos do processo. Desta forma facilita o contrato entre fornecedor e consumidor, possibilitando soluções de problemas via web.
Na gestão dos processos de logística reversa os sistemas auxiliam a organizar, monitorar e controlar as atividades de:
· Recebimento
· Separação
· Segregação
· Armazenagem
· Transporte, entre outras.
Como no caso da logística tradicional, já existem inúmeras ferramentas tecnológicas que suportam as transações de compra e vende de mercadoria e, muitas vezes podem ser usadas no reverso da logística, ou seja, no caso de trocas, devoluções, envios / retornos para assistência técnica, entre outros. Dentre eles podemos citar:
· GPS – Global Position System: Essa tecnologia auxilia no melhor planejamento de itinerários e acompanhamento de quais pontos de coleta determinado veículo já passou.
· WMS – Warehouse Management System: Sistema de gerenciamento de armazéns (recebimento, conferencia, separação, higienização, entre outros.
· TMS – Transportation Management System: Sistema de gerenciamento de transportes, onde é possível realizar a gestão tanto da frota quanto do frete. 
· RFID – Radio Frequency IDentification: As etiquetas de RFID tem substituído os códigos de barras em várias organizações, pois possuem capacidade muito maior para guardar informações, trazendo maior precisão para o controle e rapidez na contagem de inventários, permitindo gravar informações, entre outros.
· EDI – Electronic Data Interchange: Permite a troca eletrônica de dados, o que agiliza o processo e aumenta a acuracidade das transações comercias.
· Simuladores: A simulação de processos de negócios possibilita aos gestores simularem diversos cenários e compará-los para embasar as tomadas de decisões.
· Conclusão
Os temas tratados nesse momento foram voltados mais para a infraestrutura que a logística reversa necessita para fazer a sua parte. Foram apresentados alguns elementos da PNRS e demonstrado mais uma vez a responsabilidade compartilhada.
Muitas existem de como melhorar os processos e viabilizar mais eficientemente a logística reversa existe, mas muitas das vezes faltam esclarecimentos por onde começar.
Os pontos fundamentais foram a gestão dos resíduos, as responsabilidades empresariais (SER), corporativa (RSC) e ambiental (RSA). Além disso foi discutido sobre os resíduos sólidos urbanos (RSU) e o papel da prefeitura na coleta, as principais informações sobre os aterros (sanitários, industriais e controlados), a importância da armazenagem e dos sistemas de informação na logística reversa.
Cadeia brasileira de transportes
· Introdução
A logística reversa e a gestão de resíduos sólidos necessitam de um importante suporte para acontecer: o transporte. A partir do ponto de vista da logística reversa, será iniciado os estudos a respeito da cadeia brasileira de transporte. 
Portanto será visto e analisado os tipos de modais de transporte disponíveis levando em consideração a rede de distribuição reversa, a coleta e entrega de resíduos, o manuseio dos resíduos e equipamentos adequados, assim como a segregação dos resíduos tóxicos e os seus impactos.
São assuntos de peso e que devem ser discutidos, uma vez que, para que os produtos retornem a cadeia produtiva ou vão direto aos locais adequados de disposição, tem-se a necessidade de modais de transportes bem definidos. 
· Contextualizando
A logística reversa está em expansão no Brasil, devido a grande pressão da sociedade e também pela necessidade de se adequar as exigências da PNRS. Vale ressaltar que não é um problema exclusivo do nosso país.
É necessário compreender como a infraestrutura da logística direta está organizada e o que pode ser utilizado para atender o fluxo reverso e, desta forma, como estruturar uma rede de distribuição reversa tão eficiente quando a cadeia de distribuição tradicional.
A gestão de transporte possui algumas dificuldades diárias já conhecida pelos profissionais da área de logística tradicional. Para a realidade da logística reversa essas dificuldades são potencializadas, uma vez que, na cadeia logística brasileira existe todo um complexo sistêmico para atender produtos limpos, de venda, que serão deixados em centros de distribuição, armazéns, entre outros.
Desta forma alguns operadores logísticos (OL), que são empresas, transportadoras, estão entrando no mercado da logística reversa devido à grande demanda. Se os veículos de transporte que levam os produtos na cadeia direta não podem trazer produtos já usados, com sujidades, contaminados entre outros, essas organizações precisam adquirir veículos apropriados para transportar esses itens.
Para itens de pós-venda é mais um fácil, pois são produtos que o cliente não gostou, que não serviu ou não funcionou e, desta forma, geralmente ainda estão embalados e limpos. 
A cadeia de transportes no Brasil é bastante conhecida e difundida. Esses modais são elementos essenciais no desenvolvimento de qualquer nação, uma vez que, não tem como não utilizar os transportes para o desenvolvimento econômico de qualquer país. Além de conhecer os modais mais comuns e utilizados, será possível entender porque o rodoviário é visto como referência e mais utilizado.
Será discutido também a respeito da rede de distribuição reversa, que ainda está em construção, uma vez que, ainda é bem recente, assim como os canais de distribuição fechados e abertos, de reuso, desmanche e reciclagem e, de bens duráveis e descartáveis.
Nesse contexto ainda temos os sistemas de coleta e entrega de resíduos, levando em consideração a responsabilidade compartilhada, podendo ser domiciliar, informal, entre outros. Vale ressaltar os cuidados com o manuseio dos resíduos sólidos e a segregação dos resíduos tóxicos.
Para se determinar qual o melhor modal de transporte a ser utilizado, as organizações devem levar em consideração alguns quesitos como a região de onde as empresas e as beneficiadoras dos produtos advindos da logísticas reversa estão instaladas, a disponibilidade de determinado modal, adequação aos produtos, entre outros. 
Essa questão dos transportes, assim como as adaptações necessárias para a implementação na cadeia reversa também está contemplada na PNRS.
· Cadeia brasileira de transportes
A função de transporte dentro da cadeia logística não é o único quesito a ser analisado, mas com toda certeza é um dos elementos mais importantes, uma vez que, encurta distancias entre o fabricantee o consumidor, faz com que o produto chegue mais rapidamente os mercados, atendendo as necessidades famílias, assim como tornar as empresas mais competitivas.
A matriz de transporte brasileira é formada pelos modais convencionais: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aeroviário, urbano e multimodal. Todos possuem uma infraestrutura já definida, algumas melhores condições e outras, nem tanto. 
Dentro dos termos de matriz e transporte brasileiros, o modal mais utilizado é o transporte rodoviário, uma vez que, tem-se toda uma infraestrutura preparada, com grandes extensões de rodovias. Por mais que algumas não estejam nas melhores condições, existem diversos planos de melhorias de transportes que também contemplam investimentos para os demais modais.
Atualmente existem novos elementos, como os drones, em fases de aumento de uso e testes, que configuram como um novo modal de transporte em fase de desenvolvimento. O transporte possui uma grande importância para a logística pois:
· Reduz as distancias
· Viabiliza os negócios
· Abastece os mercados
· Apoio a logística reversa
O transporte é indispensável na cadeia logística pois tanto o fornecedor, a fábrica / empresa e o cliente podem estar em qualquer lugar do país. Independente de qual modal seja utilizado nesse processo, em algum momento da cadeia é utilizado o rodoviário (o único porta a porta, conhecido como door to door).
Como tendências no transporte no Brasil temos os investimentos nas ferrovias, fomento ao uso do modal aquaviário e a construção de pontos de apoio para a logística reversa.
O modal rodoviário não é tão ruim de ser utilizado pois é bastante flexível e serve para transportar qualquer quantidade de produtos. Além disso, tem-se uma estrutura suficiente para que os veículos consigam alcançar qualquer cidade do país, onde outros modais não seriam possíveis, como por exemplo o modal aeroviário. A logística reversa vai se beneficiar de todo o investimento que for feito, independente de qual modal for utilizado.
· Rede de distribuição reversa
Para formar e organizar uma rede de distribuição reversa, é necessário levantar informações desde o início da cadeia (desde quando o insumo for retirado do meio ambiente), por todo o processo de transformação e, até o local onde o mesmo foi deixado. 
Como o produto passa por diversos processos de transformação agrega-se, em alguns casos, componentes (por exemplo produtos químicos) que oferecem risco para o meio ambiente. Desta forma tem-se a necessidade de entender todo o processo para que o canal reverso seja desenvolvido da forma correta.
Atualmente existem diversos profissionais qualificados com informações e conhecimentos suficientes para auxiliar na tomada de decisão a respeito da distribuição reversa. Para estruturar uma cadeia reversa as organizações devem:
· Analisar: O caminho que o produto deve percorrer, a vida útil do bem (tempo com o consumidor, assim como o tempo suficiente para o retorno ao meio ambiente), a integração das empresas participantes (fabricantes, transportadores, distribuidores, ente outros) e o objetivo a ser alcançado, seja ele econômico (o negócio deve ser rentável mesmo trabalhando com rejeitos, resíduos e lixo), legal (atingir as metas da legislação, principalmente a PNRS) ou de imagem (imagem da organização).
· Identificar o tipo de bem
· Verificar em que estado o bem chegará
· Analisar os que serão: Aproveitados, reaproveitados e descartados
· Buscar parcerias: Podem ser parcerias públicas (governo em suas diferentes instancias) e privadas (organizações que desejam investir).
· Determinar políticas de retorno: Quando o produto será retornado. Produtos de pós-venda e pós-consumo possuem políticas distintas.
· Definir os pontos de coleta ou entrega
· Fixar as frequências e os custos
· Destino dos bens
Os canais de distribuição reversos podem ser abertos ou fechados, de bens duráveis e semiduráveis, de reuso, desmanche, reciclagem e de bens descartáveis. Desta forma temos:
· Canais de distribuição abertos: Retorno dos materiais que podem ser reutilizados, formados pelas diversas etapas de retorno de materiais constituintes dos produtos de pós-consumo: metais, plásticos, vidros e etc. O intuito é a reintegração ao ciclo produtivo e substituindo matérias-primas novas na fabricação de diferentes tipos de produtos.
· Canais de distribuição fechados: Retorno dos materiais que já esgotaram a vida útil. São constituídos pelas etapas de retorno de partes e peças de produtos de pós-consumo que chegaram ao fim de sua vida útil.
· Canais reversos de pós-consumo de bens duráveis e semiduráveis: Os bens duráveis e semiduráveis têm em sua composição partes e peças com diferentes ciclos de vida. Algumas partes, peças e componentes podem tanto voltar para o ciclo produtivo quanto serem vendidos no mercado de usados.
· Canais reversos dos produtos de reuso, desmanche e reciclagem: Necessitam que a cadeia reversa ofereça infraestrutura para viabilizar a coleta, a seleção e a revalorização. Os setores que mais utilizando esses componentes são: autopeças, eletrodoméstico e eletroeletrônicos.
· Canal de distribuição reverso dos bens descartáveis: Plástico, papel, vidro, metais, restos de alimentos, óleos vegetais, entre outros. Eles podem ser coletados das seguintes maneiras: coleta de lixo urbano, coleta seletiva e coleta informal.
Para organizar uma rede de distribuição reversa que contemple esses canais é necessário que a localização das etapas de consolidações quantitativas, geográficas e de processamentos necessários deverá ser alvo de decisões e orientar as quantidades de armazéns avançados e centros de distribuição reversos. A imagem abaixo representa as atividades básicas de uma rede de distribuição reversa:
Além disso, ainda existem alguns aspectos estratégicos considerados pelas empresas no momento de organizar uma rede de destruição reversa. São eles:
· Revalorização econômica: Nesse aspecto o principal interesse é a obtenção de economias de reutilização ou comercio secundário para o bem de pós-consumo, ou economias obtidas pela substituição das matérias-primas virgens por matérias-primas secundárias.
· Revalorização ecológica: A organização de uma rede reversa com viés de melhorar a imagem da empresa, protegendo a sociedade dos impactos negativos de seus produtos ao meio ambiente, antecipando-se as pressões que possam surgir e procurando adaptar-se as novas condições do mercado competitivo, na qual o marketing ambiental se torna uma estratégia empresarial:
· Revalorização legal: Nesse caso as pressões ecológicas já atingiram o estágio de legislação a ser cumprida pelas empresas, sob pena de serem punidas pelo impacto negativo de seus produtos no meio ambiente.
As redes de distribuição reversas ainda estão em fase de construção e amadurecimento no Brasil. Deste modo quanto mais informações sobre o assunto, mais assertivas serão as decisões tomadas, uma vez que, na prática, compete a rede de distribuição reversa criar o caminho que o produto percorrerá para voltar ao ciclo produtivo ou ser corretamente descartado.
· Coleta e entrega de produtos
O principal objetivo dos modais de transporte é justamente a coleta e entrega dos bens e produtos já utilizados. Para viabilizar a logística reversa e a reciclagem ainda é um processo longo, uma vez que, pouco se avançou em alguns tipos de produtos, como as latinhas de alumínio que já se tem um processo reverso melhor definido, com remuneração. 
Alguns produtos, como o plástico e o papel, poderiam estar no mesmo patamar, considerando a quantidade utilizada atualmente. Esse tipo de problema é visto em todo mundo, mesmo sendo encontrada em todo o lugar. Desta forma disponibilizando espaços específicos para que o material possa ser deixado e, investindo para uma coleta efetiva, já seria uma grande contribuição. 
As empresas teriam sua coleta específica já que podem produzir resíduos industriais e, as famílias, teriam as coletas disponibilizadas pela prefeitura. Portanto, as pessoas precisam ter acesso a esses espaços para que sepossa viabilizar a logística reversa e a reciclagem. As principais fontes geradoras de resíduos são:
· Comércio
· Indústria
· Prestadores de serviços
· Cidadãos
· Turistas
Os coletores contribuem significativamente, uma vez que, viabilizam a logística reversa através de catadores independentes, carrinheiros (como é conhecido em algumas cidades), cooperativas, organizações não governamentais (ONGs). Já o governo tem o papel de incentivar, fomentar, ter linhas de financiamento que auxiliem as cooperativas, as ONGs, para que consigam efetivamente estar realizando esses trabalhos.
Para que o cidadão consiga entregar os resíduos de forma correta ele deve realizar as seguintes etapas:
· Separar adequadamente
· Não misturar “secos” e “úmidos”: Ao realizar a mistura de secos e úmidos, posso inviabilizar a reciclagem.
· Higienizar as embalagens: Diversas embalagens são jogadas nos lixos e lixeiras sem a devida higienização, desta forma podem contaminar outros resíduos
· Utilizar os sacos de lixo com as cores padrões: Facilita ao coletor saber qual tipo de material está carregando e, desta forma, quais cuidados ele deve ter.
· Usar os LEVs e PEVs: Locais de Entrega Voluntária de Reciclagens e Pontos de Entrega Voluntaria de Entulho e Materiais Recicláveis.
Se as cidades, bancos, lojas e, entre outras, disponibilizam esses espaços, os cidadãos devem aproveitar e dispor corretamente os rejeitos e resíduos para que, desta forma, possam se tornar um novo produto ou disponibilizado no local de descarte correto.
Desta forma, para que a rede de distribuição reversa funcione adequadamente, é preciso criar os pontos de coleta ou de entrega de resíduos sólidos que possam ser reaproveitados, reutilizados, reciclados ou que serão descartados definitivamente. Os caminhos tradicionais são:
· Coleta domiciliar do lixo (coleta urbana): É o serviço prestado por empresas concessionárias dos serviços públicos. É comum as prefeituras realizarem licitações para contratar empresas que prestem esse tipo de serviço de coleta, coletando os resíduos gerados pelas famílias e pelas empresas do município.
· Colete seletiva domiciliar: Esse tipo de coleta é mais frequente em locais nos quais é efetivada a separação prévia do lixo, possibilitando a reciclagem (empresas, escritórios, lojas, condomínio empresariais e residenciais, repartições públicas e etc.)
· Coleta informal: Forma de coleta bastante usual nas grandes cidades, com um verdadeiro exército de coletores / carroceiros, que percorrem as ruas coletando os resíduos que podem ser reciclados.
· Manuseio dos resíduos e equipamentos adequados
Os resíduos devem saber manuseados da maneira correta, uma vez que, se o profissional não for qualificado para tal atividade, ele pode acabar se machucando, se contaminado (além de outras pessoas ou produtos). Aqueles funcionários que são responsáveis direto pelo manuseio dos resíduos devem ser constantemente alvos de classificações, pois os produtos e sua composição também se alteram constantemente.
Desta forma, para se manusear de forma correta os resíduos, alguns cuidados devem ser tomados, como:
· Sempre que possível, identificar: o tipo de resíduo (orgânico, plástico, papel, metal, vidro, bateria, entre outros), os contaminantes existentes, os riscos que oferece e qual é a melhor forma de manusear.
· Espaço suficiente e adequado: adequação para recebimento e triagem, separação de resíduos secos e úmidos, separação dos possivelmente recicláveis, segregação dos resíduos com sujidades ou tóxicos.
· Cuidados na armazenagem e na movimentação interna: identificar a embalagem adequada, utilizar os símbolos e cores corretamente, conhecer a quantidade máxima permitida a ser empilhada (evita acidentes e quedas de produtos).
· Equipamentos: Utilização de equipamentos de movimentação adequadas, como esteiras para triagem mecânica, trituradores, flotadores, prensas enfardadeiras, embaladoras automáticas.
Para manusear com cuidado os resíduos sólidos, principalmente da área de saúde e laboratório, é preciso que o colaborador seja qualificado e saiba exatamente como proceder caso um incidente ocorra. Os geradores dos resíduos podem e devem contribuir para reduzir os riscos dos acidentes com os contaminantes. 
· Segregação dos resíduos tóxicos e os seus impactos
Dos resíduos gerados pelas organizações alguns podem ser tóxicos e, necessitam de cuidados especiais pois oferecem riscos para os colaboradores (quem manuseia, quem separa, quem transporta e etc.). Desta forma tem-se a necessidade de um conhecimento mais técnico de acordo com a classificação de riscos desses produtos.
De acordo com a norma NBR 10004 da ABNT, os resíduos devem ser tratados de acordo com sua periculosidade, que é a “característica apresentada por um resíduo de propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, que pode apresentar: risco a saúde pública, para mortalidade, incidência de doenças ou acentuar seus índices e, risco ao meio ambiente quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Desta forma, temos:
· Toxicidade: Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, o efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo.
· Agente tóxico: Qualquer substancia ou mistura cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea tenha sido cientificamente comprovada como tendo efeito adverso (tóxico, carcinogênico, mutagênico, teratogênico, ou eco toxicológico.
Quando uma organização vende um produto tóxico / químico é enviado juntamente com o produto todos as informações possíveis, para que o cliente ou empresa saiba exatamente o que ser feito. Desta forma é preciso conhecer a classificação desses itens para que seja possível saber o que fazer, assim como estar atento as especificações técnicas de cada um.
De acordo com a PNRS o ideal é não gerar resíduos, mas se gerar, fazer um esforço para que a poluição seja mínima. Para isso deve-se separar, embalar e armazenar temporariamente os resíduos tóxicos. Em relação aos resíduos sólidos de saúde (RSS) tem-se a seguinte classificação:
· A – Resíduos potencialmente infectantes: Devem ser descartados em lixeiras revestidas com sacos brancos.
· B – Resíduos químicos: Devem ser descartados em galões coletores específicos.
· C – Resíduos radioativos: Devem ser descartados em caixas blindadas.
· D – Resíduos comuns: Devem ser descartados em lixeiras revestidas em sacos pretos.
· E – Resíduos perfurocortantes: Devem ser descartados em coletor específico.
Posteriormente, deve-se identificar com os símbolos apropriados (para que os colaboradores que trabalhem com aquele produto compreendam o que significa), destinar para os locais adequados de tratamento ou para solução definitiva.
· Conclusão
Através do que foi visto na disciplina foi possível analisar a cadeia brasileira de transportes, levando em consideração todos os modais, a rede de distribuição reversa, a coleta e entrega de resíduos os PEVs e LEVs (Locais de Entrega Voluntária de Reciclagens e Pontos de Entrega Voluntaria de Entulho e Materiais Recicláveis).
Além disso foi discutido o manuseio dos resíduos (que podem oferecer riscos maiores aos colaboradores), a utilização de equipamentos adequados (seja nas organizações ou nas cooperativas, para auxiliar que os colaboradores tenham uma qualidade de vida melhor) e a segregação dos resíduos tóxicos e os seus impactos.
Logística reversa e sustentabilidade
· Introdução
A discussão a respeito de logística reversa e gestão dos resíduos está em todas as organizações hoje, é realmente uma necessidade. Desta forma é preciso repensar e saber como agir com as questões que ocorrem na produção do bens e serviços. 
Serão abordados questões e assuntos sobre a comunidade, qual o papel da logística reversa e quais aspectos trouxeram pontos positivos e, quais ainda estão precisando de bastante melhorias.
	Desta forma será discutido comunidade e qualidade de vida, levando em consideração que as organizações estão inseridas em locais onde as pessoas vivem e moram. Os assuntos a serem discutidos são:

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