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Aula 2 - Desenho de subestações consumidoras

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DESENHO TÉCNICO 
APLICADO
Filipe Sousa Barbosa
 
Desenhos de subestações 
consumidoras
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a simbologia utilizada no desenho de subestações 
consumidoras.
  Aplicar as normas técnicas relativas ao desenho de subestações 
consumidoras.
  Analisar o desenho de estruturas de subestações consumidoras.
Introdução
O sistema elétrico brasileiro é caracterizado por apresentar grandes distân-
cias entre fontes geradoras e centros consumidores. Além disso, trata-se de 
um sistema predominantemente hidrelétrico, com regimes hidrológicos 
e pluviométricos diversos. Tais atributos fazem com que a energia elétrica 
que chega até as residências e indústrias precise viajar por milhares de 
quilômetros por meio de cabos em linhas de transmissão. Essas linhas 
funcionam com níveis de tensão muito elevados, geralmente na ordem de 
milhares de volts — no Brasil, linhas de 345 kV e 500 kV são comuns. Esses 
níveis de tensão são necessários porque é preciso que chegue grande 
quantidade de potência até os consumidores. Pequenos consumidores 
recebem sua energia de um sistema de distribuição secundário, ou de 
baixa tensão (BT), mas consumidores que consomem grande volume de 
energia precisam receber essa energia da concessionária em um sistema 
de distribuição primário, ou de alta tensão (AT).
Conforme o art. 6º da Resolução nº. 456 da Agência Nacional de Ener-
gia Elétrica (2000), podem ser ligadas à tensão secundária de distribuição 
empresas com cargas instaladas iguais ou inferiores a 75 kW. Os demais 
consumidores devem ser alimentados com tensão primária de distribui-
ção, sendo que, quando a carga instalada na unidade consumidora for 
superior a 75 kW, e a demanda contratada for igual ou inferior a 2.500 kW, 
os consumidores devem ser conectados à distribuição com tensão inferior 
a 69 kV. Já os consumidores com demanda contratada superior a 2.500 
kW devem ser conectados à distribuição com tensão superior a 69 kV.
Consumidores primários precisam, então, instalar em suas empresas 
subestações consumidoras, com o objetivo de reduzir as altas tensões 
para níveis de utilização. As subestações contam com os equipamentos 
necessários para proteção da instalação elétrica da empresa e medição, 
para fins de faturamento. As subestações consumidoras dispõem de 
modelos padronizados, por tipo de consumidor. Seus projetos podem 
variar por determinação da concessionária local, mas, em geral, seguem 
um padrão de configuração. 
Neste capítulo, você vai analisar o desenho das subestações consu-
midoras, verificando a simbologia e as normas técnicas relativas ao tema.
Desenho de estruturas de subestações 
consumidoras
A subestação é parte de um sistema de potência, concentrada em um dado local, 
compreendendo, primordialmente, as extremidades de linhas de transmissão 
e/ou de distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e 
proteção, incluindo as obras civis e estruturas de montagem, podendo incluir, 
também, transformadores, equipamentos conversores e/ou outros equipamen-
tos. A subestação consumidora é a instalação elétrica e civil construída em 
propriedade particular e suprida por alimentadores primários.
As subestações consumidoras podem ser classificadas pela forma cons-
trutiva (Figura 1), podendo ser simplificada em alvenaria, simplificada blin-
dada de uso interno ou externo, simplificada em poste único, simplificada 
em plataforma, convencional em alvenaria ou convencional blindada de uso 
interno ou externo.
Desenhos de subestações consumidoras2
Figura 1. Subestação blindada e isolada a gás.
Fonte: adog/Shutterstock.com.
Os projetos de subestações consumidoras possuem algumas características 
básicas, conforme leciona Mamede (2017), devendo conter, no mínimo, os 
seguintes elementos:
1. Finalidade do projeto
2. Local em que vai ser construída a subestação
3. Carga prevista e tipo de subestação (abrigada, ao tempo, blindada, etc.)
4. Memorial de cálculo da demanda prevista
5. Descrição sumária de todos os elementos de proteção utilizados, base-
ada no fluxo de carga e em um cálculo do curto-circuito
6. Características completas de todos os equipamentos utilizados
3Desenhos de subestações consumidoras
As subestações simplificadas possuem um único transformador trifásico 
de, no máximo, 300 kVA. A medição é efetuada na baixa tensão e a proteção, 
na alta tensão, com a utilização de chave fusível. As subestações simplificadas 
instaladas em postes possuem sua montagem externa a qualquer construção 
feita em poste de concreto, com cruzeta e elementos de fixação para o ramal de 
entrada. Possuem uma chave fusível, um para-raios, transformador de serviço 
e eletrodutos para o ramal de alimentação secundário. A Figura 2 apresenta o 
projeto de uma subestação simplificada instalada em poste.
Figura 2. Desenho de subestação simplificada instalada em poste.
Fonte: Adaptada de Mamede (2017, p. 550). 
Para-
raios
Para-
raios
Chave
fusível
TRANSFORMADOR
275260600
TR
A
N
SF
O
RM
A
D
O
R
Chave
fusível
15
0
15
0
2.
25
0
9.
30
0
9.
30
0
1.
00
0
1.
60
0
1.
70
0
1.
70
0
1.
00
0
1.
00
0
10
80
0
80
0
Desenhos de subestações consumidoras4
As subestações simplificadas em alvenaria podem ser construídas em uma 
edificação específica para a subestação ou podem ser montadas no interior de 
outra edificação, no nível do solo. Todos os materiais devem ser não inflamá-
veis; as paredes devem ser de alvenaria e o teto de laje de concreto. Esse tipo 
de subestação se caracteriza por possuir um único cubículo que abriga todos 
os equipamentos; para proteção, os equipamentos de AT são cercados por tela. 
A Figura 3 apresenta um projeto de subestação simplificada em alvenaria.
Figura 3. Projeto de subestação simplificada em alvenaria.
5Desenhos de subestações consumidoras
As subestações simplificadas blindadas devem ter seus projetos previamente 
homologados pela concessionária de energia local. Esse tipo de subestação se 
caracteriza por possuir os equipamentos e as estruturas instaladas em local 
construído em chapa metálica, com ramal de entrada subterrâneo. Ela deve ser 
protegida contra o acesso de animais em seu interior e pode ser instalada inter-
namente ou ao tempo, desde que possua uma inclinação para evitar infiltração 
de água. Pode utilizar ar ou gás SF6, para isolar as fases da carcaça metálica. 
A Figura 4 apresenta o projeto de uma subestação simplificada blindada.
Figura 4. Desenho de subestação simplificada blindada.
Fonte: Adaptada de Mamede (2017, p. 540).
Posto de transformação Posto de proteção Posto de medição
Estrutura de entrada
Caixa de passagemTela metálica
Corredor
QGF
Portão metálico
Tela de ventilação Isolador de apoio
Bucha de
passagem
Medição
Mu�a interna
Para-raios
Chave fusível
Mu�a externa
Eletroduto de
ferro galvanizado
Disjuntor
geral
Chave seccionadora
Disjuntor
geral
Desenhos de subestações consumidoras6
Acesse o link ou código a seguir para assistir a um vídeo com 
dicas de desenho de subestação consumidora.
https://goo.gl/MFMpVL
Simbologia 
Os desenhos das subestações consumidoras consistem em plantas baixas 
acompanhadas de vistas em corte das subestações, que indicam os materiais 
a serem utilizados em sua fabricação e as cotas utilizadas no projeto. A Figura 
5 apresenta os tipos de linhas mais utilizados nas representações dos projetos 
arquitetônicos.
7Desenhos de subestações consumidoras
https://goo.gl/MFMpVL
Figura 5. Tipos de linhas utilizadas em projetos arquitetônicos.
Fonte: Adaptada de Kubba (2014, p. 37).
Desenhos de subestações consumidoras8
Na Figura 6 temos as formas de cotas que aparecem em desenhos técnicos.
Figura 6. Formas de linhas de cotas.
Fonte: Adaptada de Kubba (2014, p. 50).
As subestações são representadas em mais de uma vista para que a inter-
pretação possa ser a mais fácil possível. No Brasil, adotamos as projeções 
ortogonais no 1º diedro. A Figura7, a seguir, ilustra como acontecem essas 
projeções.
9Desenhos de subestações consumidoras
Figura 7. Projeção com vistas múltiplas.
Fonte: Adaptada de Kubba (2014, p. 72).
As vistas em cortes das subestações indicam o material utilizado para 
construir as peças ou edificações; a identificação do material é realizada por 
meio das hachuras utilizadas no desenho. A Figura 8 apresenta as principais 
hachuras utilizadas nos desenhos arquitetônicos.
Desenhos de subestações consumidoras10
Figura 8. Exemplos de hachuras.
Fonte: Adaptada de Kubba (2014, p. 173).
Normas técnicas 
O projeto de subestações consumidoras é orientado por normas brasileiras e 
internacionais, além das especifi cações das concessionárias de energia locais, 
responsáveis pela verifi cação e validação dos projetos. As principais normas 
vigentes que abordam o projeto de subestações e as simbologias de projetos 
arquitetônicos são:
  ABNT NBR 8403:1984 — Aplicação de linhas em desenhos, tipos 
de linhas, larguras das linhas. Traz os tipos e os escalonamentos 
11Desenhos de subestações consumidoras
de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos 
semelhantes.
  ABNT NBR 10067:1995 — Princípios gerais de representação em 
desenho técnico. Traz a forma de representação utilizada em desenhos 
técnicos.
  ABNT NBR 10126:1987 Errata 2:1998 — Cotagem em desenho 
técnico. Traz os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em 
todos os desenhos técnicos.
  ABNT NBR 12298:1995 — Representação de área de corte por 
meio de hachuras em desenho técnico. Traz as condições exigíveis 
para representação de áreas de corte em desenhos técnicos.
  ABNT NBR 13231:2015 — Proteção contra incêndio em subestações 
elétricas. A norma padroniza os requisitos mínimos exigíveis para 
proteção contra incêndios em subestações elétricas convencionais de 
sistemas de distribuição, informando distâncias de instalação e parâ-
metros para evitar.
  ABNT NBR 14039:2005 — Instalações elétricas de média tensão de 
1,0 kV a 36,2 kV. A norma trata de parâmetros da subestação, como 
distâncias mínimas de segurança, iluminação de segurança, aberturas 
de ventilação e estanqueidade de subestações.
Desenhos de subestações consumidoras12
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). Resolução Aneel nº. 456, de 29 de no-
vembro de 2000. Disponível em: <https://www.legisweb.comm.br/legislacao/?id=97033>. 
Acesso em: 18 set. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8403: aplicação de linhas 
em desenhos: tipos de linhas: larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10067: princípios gerais 
de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10126: errata 2:1998: 
cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12298: representação 
de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13231: proteção contra 
incêndio em subestações elétricas. Rio de Janeiro, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14039: instalações elétricas 
de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Rio de Janeiro, 2005.
BARROS, B. F. de. Cabine primária: subestações de alta tensão de consumidor. 3. ed. 
Editora São Paulo: Érica, 2015. 
KUBBA, S. A. A. Desenho técnico para construção. [recurso eletrônico]. Porto Alegre: 
Bookman, 2014.
MAMEDE, J. Instalações elétricas industriais. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
Leitura recomendada
VILSEKE, A. J. et al. Desenho técnico mecânico. [recurso eletrônico]. Porto Alegre: SAGAH, 
2018. 
13Desenhos de subestações consumidoras
https://www.legisweb.comm.br/legislacao/?id=97033
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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