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Artigo de opinião “O lugar onde vivo” O lugar onde eu vivo integra um povo bem-humorado e hospitaleiro. No interior do Rio Grande do Norte, Apodi cresce num ritmo gradativo, principalmente devido ao fato de agregar belezas naturais, como é o caso do Calçadão da Lagoa, o qual é um ponto turístico que possui diversos locais de lazer, tais como: lanchonetes, restaurantes e bares, que além do entretenimento, geram um retorno financeiro para os vendedores locais. No entanto, no último ano, os moradores desta cidade protagonizam o enredo de uma história triste e catastrófica, abarrotada de contradições. A cidade vem sofrendo bastante com a covid-19, um vírus que atacou o mundo inteiro e que vem nos fazendo, há mais de um ano, vivenciar uma triste e desesperadora pandemia. Assim como em todo o Brasil, a população de Apodi vem tendo diversas perdas, visto que, atualmente, a cidade conta com mais de 100 mortes por covid-19, número bastante alarmante para uma cidade pequena. Devido a isto, as pessoas se encontram em um grande estado de pavor, pois o medo e a possibilidade de perder um familiar é grande. Apesar desses acontecimentos, a aglomeração continua nos principais pontos da cidade, sendo um deles o Calçadão da Lagoa, onde existem diversos ambientes alimentares, e, dentre eles, alguns que estão funcionando com músicas ao vivo. Tendo em vista esses fatos, boa parte da população se encontra revoltada, uma vez que acham lamentável que ocorram aglomerações, levando em consideração as grandes perdas vivenciadas pela cidade. Com isso, a população vem solicitando à prefeitura o fechamento desses estabelecimentos para que seja feito um “lockdown”. Em contrapartida, os donos dos estabelecimentos alegam que o fechamento desses locais não iria ajudar na redução da disseminação do vírus, e que, apesar da pandemia, eles precisam trabalhar em prol do sustento de suas famílias. Dessa maneira, não foi encontrada uma solução cabível para resolver esse problema. A prefeitura tenta seguir os decretos impostos pelo Governo, e, até mesmo, cria alguns decretos municipais, mas estes não satisfazem toda a população, uma vez que consistem, basicamente, em apenas diminuir o tempo em que os locais ficarão abertos - fazendo com que fechem mais cedo – o que não evita as aglomerações. Desse modo, é perceptível a necessidade de solucionar esse imbróglio. Para isso, eu acredito que seria necessário fechar os estabelecimentos e permitir o funcionamento destes somente via “delivery”, assim os comerciantes não deixariam de trabalhar e as aglomerações, consequentemente, seriam evitadas. Dessa maneira, o lugar onde vivo poderia, aos poucos, chegar na resolução desse problema. Elvis Morais.
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