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AFECÇÕES BENIGNAS E CA DE MAMA

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Afecções benignas da 
mama 
 
NÓDULOS 
• Sólidos 
• Líquidos/císticos 
♦ A mamografia não consegue distinguir entre 
nódulo sólido ou líquido. 
♦ Os nódulos encontrados em exames 
imaginológicas, podem ser ou não palpáveis ao 
exame físico. Se não for palpável, deve-se fazer 
marcações da localização por via mamográfica 
(esteriotaxia) ou por via sonográfica 
(agulhamento). 
 
PROPEDÊUTICA 
Todos os nódulos devem ser puncionados. 
• PAAF: amostra citológica; 
• CORE BIOPSY: biópsia de fragmento. 
Amostra histológica. Deve ser feito um 
botão anestésico. 
♦ Se disponível, optar pela primeira opção de 
CORE BIOPSY. 
♦ Feitos com auxílio ou não do USG. 
♦ Para excluir a possibilidade mínima de câncer, 
deve ser feito a associação da epidemiologia, 
história clínica, resultados de exames 
imaginológicos e PAAF ou CORE BIOPSY. 
 
TRATAMENTO 
» Fibroadenomas: componente epitelial e 
estromal. Mais comum. 25-40 anos. Tumores 
benignos: não deve considerar exérese em 
primeiro momento, mas sim, se estiver 
aumentando de tamanho. 
» Lipomas: aparece próximo ao tecido mamário. 
» Cistos: aspiração 
Situações de possível malignidade nos cistos: se 
presentes, deve ser feito a exérese: 
o > 6 cm de diâmetro 
o Vegetação intracística 
o Conteúdo suspeito: células com atipia 
nuclear 
o Recidiva 
 
MASTITES 
♦ Inflamação da glândula mamária. 
 
• Lactacionais: 
Gravidez e puerpério: tendem a ocorrer na 
primeira amamentação (1º filho) – ligada a técnica 
incorreta. Sendo possível, não é indicado a 
interrupção total da amamentação. 
S. aureus: a boca do neonato é o principal 
transmissor. 
Indicado drenagem, gelo. 
ATB (oxacilina / cefalosporina de 1ª geração) 
 
• Não Lactacionais: 
Abcessos subareolares recidivantes. 
Tem associação com o tabagismo. 
Agentes anaeróbicos: gram negativos 
Exérese dos ductos principais: cirurgia de Urban 
ATB (clindamicina VO / metronidazol) 
 
MASTALGIAS 
• Cíclicas: correlação com o ciclo menstrual; 
Se dá mais no quadrante superior externo 
(onde tem mais glândula mamária) e 
bilateralmente. 
» AFBM: alterações funcionais benignas da 
mama. Alteração proliferativa involutiva do 
parênquima estroma mamário não relacionado 
com patologias malignas. 
⤷ A AFBM pode estar relacionada com câncer, no 
caso da hiperplasia mamária com atipias nucleares, 
pois aumenta a chance de neoplasia. 
» TPM: tensão pré-menstrual. Acaba no final do 
ciclo menstrual. 
 
• Acíclicas: apresentam dor constante em 
um determinado período e não há fatores 
de alteração com o ciclo menstrual; 
» Síndrome de Tietze: osteocostocondrite. 
Processo inflamatório: tto indicado – AINES por 3 
dias. 
» Doença de Mondor: inflamação dos vasos 
superficiais mamários. Retração ou 
espessamento por onde caminha o vaso. Repouso 
e AINES. 
» Trauma: direto. 
» Cancerofobia: medo do câncer pode exacerbar 
tanto um AFBM quanto uma TPM. Dor bilateral. 
» Patologias não mamárias: dores em região 
torácica. 
 
SECREÇÕES PAPILARES 
• Com características de benignidade 
Pós estimulação: não estimular a expressão 
mamilar pelas pacientes. 
Leitosa / esverdeada 
Múltiplos ductos / bilateral 
• Com características de malignidade 
Espontânea 
Água de rocha / cristalina / hemorrágica 
Ducto único 
 
 
 
 
 
 
 
BIRADS 
 
♦ Possíveis achados na mamografia: 
o Calcificação 
o Nódulo 
o Neodensidade – comparar com exames 
anteriores 
o Densidade assimétrica 
 
Câncer de mama 
 
IMPORTÂNCIA 
2º câncer mais comum no Brasil; 
Principal causa de morte por câncer em mulheres. 
 
ETIOLOGIA 
Desconhecida; 
Mutação em genes de cromossomos homólogos – 
desativação de genes de supressão tumoral 
(BRCA1 e BRCA2). 
 
FATORES DE RISCO 
• Sexo feminino; 
• Idade – 6ª década tem um pico de 
incidência; 
• Fatores familiares – parentes de 1º grau 
(CA mais incisivo se ele se dá na pré 
menopausa e bilateral); 
• Fatores hormonais; 
• Hábitos de vida; 
• Genética; 
• Câncer de mama anterior; 
• Doenças benignas da mama; 
• Menopausa tardia e menarca precoce (> 
exposição estrogênica); 
• 1ª gestação após 35 anos ou nuliparidade; 
• Dieta rica em gordura, alcoolismo, 
obesidade; 
 
DIAGNÓSTICO 
o Anamnese: nódulo mamário ou lesão 
mamária; 
 
 
o Exame físico: 
● Inspeção estática – ulceração, crosta ou 
retração de pele 
● Inspeção dinâmica – retração mamária; 
● Palpação mamária – nódulos; 
● Palpação axilar (nível 1 e 2) e supraclavicular – 
linfonodos fixos, endurecidos. 
 
» Nódulo: não necessariamente é um câncer. 
» Secreção: a maioria não secreta. Avaliar 
característica, se vem de ducto único ou múltiplo. 
Mais comum de tumores malignos: água de rocha. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Uma vez diagnosticado qualquer massa/nódulo na 
mama, realizar exame de imagem. 
o Mamografia: se acima de 40 anos. Se 
menos de 40: USG. Diferencia glândula e 
estroma. 
o Ultrassonografia: importante na suspeita 
de câncer – nódulos palpáveis, mamas 
densas. Indicada quando mamografia não 
é o suficiente. Separa nódulo sólido de 
cístico. 
o Ressonância magnética: complemento de 
mamografia, principalmente em mulheres 
que fizeram mamoplastia. 
o Doppler - neovascularização tumoral. 
 
 
 
o Tomossíntese mamária – une imagens 
contínuas, mostrando uma imagem final 
em 3D. 
 
→ TODO NÓDULO DE MAMA (acima de 1 cm) 
DEVE SER PUNCIONADO: 
o PAAF: avaliação citológica. Não é 
necessário botão anestésico. 
o Biópsia de fragmento/core biopsy: 
avaliação histológica. Agulha grossa. Há 
necessidade de botão anestésico. 
 
» NÃO DEVE SER ESTIMULADO O AUTO 
EXAME DA MAMA – não faz diagnóstico 
precoce. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Gx – o grau de diferenciação não pode ser 
avaliado; 
G1 – bem diferenciado; 
G2 – moderadamente bem diferenciado 
G3 – pouco diferenciado; 
G4 – indiferenciado. 
 
SUBTIPOS MOLECULARES 
♦ Tratamento diferenciado para cada subtipo. 
• Luminal A: índice mitótico menor; 
• Luminal B: índice mitótico maior; 
• HER-2 positivo: HER-2 é protooncogênico. 
Em algumas pacientes eles podem estar 
hiperexpressos – processo mitótico se 
torne perpétuo → formação de tumor; 
• Triplo negativo: não positiva em nenhum 
dos outros critérios, então o tratamento é 
mais sistêmico. 
 
→ LUMINAL: apresentam receptores hormonais 
positivos – estrogênio e progesterona. Tumores 
mais bem diferenciados. 
 
 
 
FATORES PROGNÓSTICOS 
 
 
 
♦ Presença de celulite 
♦ Pele com aspecto de casca de laranja – pior 
prognóstico. 
TRATAMENTO 
● Mastectomia radical X cirurgia conservadora 
 
 
 
● Linfonodo sentinela: injeta tecnécio coloidal 
sobre o tumor e por meio da cintilografia, localiza-
se o linfonodo sentinela. Retirada do tumor e 
encaminha para biópsia. 
 
● Radioterapia: irradiar a mama como um todo – 
irradiação em 8 cantos, para diminuir 
queimaduras. 
 
● Quimioterapia: em casos de tumores triplo 
negativo. Atinge também as células normais. 
 
● Drogas Alvo: para tumores que não são triplos 
negativos. Diminui efeito colateral e aumenta 
eficácia. 
- Para Luminal A/B: retirar estrogênio – 
Tamoxifeno e Inibidor da aromatase (não há 
produção de estrogênio). 
- HER-2 positivo: usa-se receptina, um anticorpo 
monoclonal. 
 
● Imunoterapia contra o câncer: permite o 
reconhecimento do tumor como não próprio, e o 
organismo atua sobre ele. VO. 
 
DIAGNÓSTICO PRECOCE 
MAMOGRAFIA 
o Mulheres entre 50 e 69 anos, bienalmente. 
o Mulheres com histórico familiar, > 40 anos. 
o Mulheres com síndromes genéticas, iniciar 
10 anos antes da idade alvo. 
 
CIRURGIA PROFILÁTICA 
● Adenectomia profilática: bilateral. Retira a 
glândula e introduz a prótese. 
» Não acaba com a incidência de CA de mama.

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