Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria Doenças Benignas da Mama: Anomalias do desenvolvimento: - CONGÊNITAS: o tecido mamário no embrião sai da pelve e percorre a linha mamária até o tórax, qualquer parte nessa linha de progressão pode ficar algum tecido mamário. • Agenesia (amastia/ amzsia): - Síndrome de Poland: amazia, sindactilia, deformidades torácicas). - Falta do desenvolvimento congênito das glândulas mamárias: amazia. • Politelia (1 a 2%). - Mais de 2 mamilos. • Polimatia (mama acessória). - Mais de 2 tecidos mamários, principalmente ocorre na região das axilas. - Tratamento sempre cirúrgico (lipoplastia). - Pode ser adquirida após a gravidez. • Assimetria (uma mama maior que a outra). • Inversão da papila. • Hipo/ hipermastia. - ADQUIRIDAS: quando a menina está desenvolvendo o broto mamário e ocorre alguma interferência. • Iatrogênicas: - Biópsia de broto mamário. • Retiram achando que é patológico mas não é. - Radioterapia torácica na infância. • Deformidades traumáticas. - Ex: queimadura. Alterações funcionais benignas das mamas (AFBM): - CONCEITO: condição caracterizada por dor e/ ou nódulos que incidem no menacme no período pré menstrual e regridem após a menopausa. • 60 a 70% da mulheres. • Substitui o termo displasia/ mastopatia fibrocística. - Fisiopatologia durante o ciclo menstrual normal: os próprios hormônios do ciclo atuam de forma proliferativa na mama. • Estímulo do estrogênio e progestagênio cíclico: - Proliferação do epitélio e do estroma, ocasionado secreção (fluxo papilar) e modularidade (espessamento). • Estímulo da progesterona: - Ação vasodilatadora, formando edema e dor. Catarina Alipio XXII-B Página 1 AmaziaGigantomastia PoliteliaInversão do mamilo Assimetria Polimatia ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria - Outros fatores associados: • Prolactina: embora com níveis normais, ocorre alteração no ritmo de secreção. • Ingestão reduzida de ácidos graxos essenciais ou excesso de metilxantinas carecem de comprovação científica. - Fatores agravantes: ‣ Estilo de vida da mulher moderna: engravidando menos (a mama se torna totalmente madura no período gravídico puerperal). - Fator de risco para o câncer de mama (1ª gravidez após 35 anos). ‣ Menarca precoce/ menopausa tardia. ‣ Nuliparidade/ oligoparidade. ‣ Primiparidade tardia. ‣ Amamentação curta ou ausente. - Manifestações associadas: ✓Dor cíclica (que acompanha o período após a ovulação, mais progesterona circulante). - Dor que antecede o ciclo menstrual. ✓ Fluxo papilar (secreção pela papila). ✓ Cistos. ✓Nodularidades (espaçamentos —> mama mais densa). ❖ Ficar atentos no espessamentos persistentes após a menstruação e que permanece por 3 ciclos. ❖ Diferenciar de câncer e fibroadenomas. ❖ Biópsias nos casos suspeitos para descartar atipias ou carcinomas. Cistos mamários: - Uma das patologias mais frequentes das mulheres entre 35 e 55 anos. - Podem ser únicos ou múltiplos, uni ou bilaterais. - Aparecimento súbito (refere de um ciclo para o outro), contornos regulares, móveis e são dolorosos. - Consistência amolecida ou fibroblástica (tensão). - Geralmente assintomáticos. - Normalmente regridem. - FISIOPATOLOGIA: • Pelos nossos próprios hormônios menstruais (ciclos ovulatórios sucessivos —> manutenção do estímulo E/P) + tendência genética individual de cada mulher. • Levando à uma ativação constante do estroma mamário. • Síntese crônica de colágeno. • Fibrose. • Obstrução de ductos mamários gerando retenção e formação de macro e microcistos. - CONDUTA: • Nos cistos mamários palpáveis: - Investigar fazendo uma PAAF (diagnóstica e terapêutica): punção aspirativa com a agulha fina. Quando é um cisto, a seringa sai cheia de líquido: • Conteúdo seroso/ esverdeado/ marrom: mandado para citologia apenas para documentar, mas sem valor patológico. - Reavaliar em 30 dias. • Recidiva: PAAF + citologia. Catarina Alipio XXII-B Página 2 ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria • Resolução: seguimento habitual com ginecologista. • Conteúdo hemorrágico: manda para citologia, avalia com USG e se tiver algum componente sólido deve ser retirado cirurgicamente (cistos complexos). • Nos cistos não palpáveis: encontrados em exames de imagem. - Cistos simples (somente líquido): • Indolor: seguimento habitual. • Doloroso: puncionar (PAAF) e segue fluxograma anterior. • Não tem necessidade de fazer USG mamário todo mês para avaliação. - Cistos complexos (componete sólido): • Cirurgia. Mastalgia: - Dor na mama. - Queixa mais comum na maioria das mulheres. • Principalmente associada ao ciclo menstrual. - Condição auto-limitada. - A maioria é solucionada com orientação. - Como queixa isolada, tem risco de 0,02% de ser câncer. - CÍCLICA: relacionada ao ciclo menstrual, sem conotação patológica. • Ocorre retenção hídrica na fase lútea por ação da progesterona com regressão no período menstrual. • Estrogênio e progesterona estimulam proliferação mamária —> distende o tecido mamário —> dor. • Regride com o ciclo menstrual. - ACÍCLICA: observa-se todos os sinais flogísticos nas mastites e necrose gordurosa nos traumas. - EXTRA MAMÁRIAS: • Neurite intercostal: decorre geralmente de espondiloartrose causando queimação difusa que piora no período pré-menstrual por causa do ingurgitamento. • Síndrome de Tietze: comprometimento da articulações esternocostais (pode mimetizar mastalgia) levando à dor à palpação. • Doença de Mondor: tromboflebite da veia torácicas superficial ou tributárias. A trombose dessas veias pode dar dor. - DIAGNÓSTICO: • História clínica é suficiente para fazer o diagnóstico. • Exames subsidiários somente em casos específicos. • NÃO se antecipa rastreamento de câncer nos casos de mastalgia cíclica. • Exame radiológico cervical na suspeita de artroses. Catarina Alipio XXII-B Página 3 Cisto simples, com conteúdo anecóide. Cisto complexo deve ser removido cirurgicamente. ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria - TRATAMENTO: • Orientação verbal resolve 80% dos casos das mastalgias cíclicas. • AINH/ ACHO (mantém níveis regulares de hormônios)/ cuidados gerais (avisar sutiã com ferrinho, dormir com top de ginástica…). • Agonistas dopaminérgicos: inibidores/ redutores da prolactina para aliviar sintomas da dor. - Bromoergocriptina e cabergolina. • Modulador seletivo do receptor de estrogênio: - Tomoxifenico (ação anti estrogênica no parênquima mamário). • Para pacientes muito sintomáticas ou com gigantomastia no pré operatório. • Vitamina E (precisa de mais estudos). - Por 3 meses. - Melhora os sintomas. Fluxo papilar: - 95% dos casos apresenta alteração benigna. • 5% são relacionados à alguma patologia —> investigar. - Saída de alguma secreção liquida pelo mamilo fora do ciclo gravídico puerperal. - FUNCIONAIS: • Qualquer estímulo na fase do ciclo. • Estresse. • Auto expressão (cancerofobia)/ estímulo sexual. • Hiperprolactinemia (galactorreia). - Pode ser causada por medicamentos. - Saída de secreção lactéa pelo mamilo. - ORGÂNICAS: • Não neoplásicas (ectasia ductal e mastite subareolar). • Neoplásicas (papilomas/ carcinomas). - PSEUDO FLUXOS: • Mamilos invertidos. • Eczemas. • Traumas. • Herpes. • Abcessos dos tubérculos. Papiloma intraductal: gera fluxo papilar. - A etiologia mais frequente de fluxo papilar sanguinolento, unilateral, em paciente de 45 anos. - Projeção sólida no epitélio do ducto gerando irritação e secreção pelo mamilo. • Neoplasia epitelial benigna de baixo risco para malignidade. - Secreção sanguinolenta espontânea, unilateral e uniductal. • Característica de “água de rocha” ou sanguinolento. - Não temos como diferenciar clinicamente um papiloma de um carcinoma papilífero maligno. • Investigar (biópsia). - Fluxo intermitente quando ocorre necrose e eliminação de parte do papilomaque posteriormente se regenera. - Geralmente é único. - Exame: digito pressão (comprimir toda a areola até descobrir o ponto de gatilho para secreção). • Investigar de que parte da mama sai essa secreção. - DIAGNÓSTICO: • Clínico: pesquisa do ponto de gatilho pressionando os pontos cardinais do complexo areolo-papilar. - Exame: digito pressão (comprimir toda a areola até descobrir o ponto de gatilho para secreção). • Investigar de que parte da mama sai essa secreção. • Não se faz citologia desses fluxos: citologia tem baixo valor preditivo para malignidade. Catarina Alipio XXII-B Página 4 ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria • Ultrassom e/ou mamografia (> 35 anos). • Nos carcinomas: fluxo papilar é transparente (“água de rocha”) ou hemorrágico. - Sempre investigar. - TRATAMENTO: • Sempre é cirúrgico (exérese do ducto comprometido) —> setorectomia. • Não realizar exame de congelação (lesões pequenas). - CONDUTA: do fluxo papilar. • Não espontâneo: - Poliductal, bilateral, colorido/seroso: • Somente orientar (sem valor). • Espontâneo: - Uniductal, unilateral, hemorrágico ou aquoso. • Se for palpável ou sem nódulo com mamografia normal: - Sempre cirúrgico (exérese do ducto). Galactorréia: - CAUSAS: • Medicamentos com uso prolongado. - Anti-hipertensivos. - Anti-depressivos. - Anti-ácidos. - Anti-heméticos. • Neoplasias. • Doenças sistêmicas. - Hipotireoidismo (ação do TRH —> aumento da prolactina). - Insuficiência renal crônica (IRC). - Tuberculose. - Sarcoidose. - Não medicar a paciente, somente orientar. • Diminuir a prolactina pode inibir o efeito dos anti psicóticos. Mastites: - Diagnóstico diferencial com carcinomas. I. LACTACIONAIS: estacionais e lactacionais. II. NÃO LACTACIONAIS ESPECÍIFCAS: • Tuberculose. • Luética. • Micóticas. • Lúpicas. • Sarcoidose. • Parasitárias. • Virais. • Doença de Mondor. • Esteatonecrose. Catarina Alipio XXII-B Página 5 ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria III. NÃO LACTACIONAIS INESPECÍFICAS: a. Mastite recidivante periareolar. b. Mastite da ectasia ductal. c. Após trauma. a. MASTITE RECIDIVANTE PERIAREOLAR:: - Incide entre 30 e 40 anos. - Relação com o tabagismo em 90% dos casos. - Epitélio dos ductos é cilíndrico até próximo da papila, onde passa a ser pavimentos estratificado. - Fisiopatologia: • Metaplasia escamosa do epitélio que acaba obstruindo o ducto, levando à estase dos produtos de descamação. - O fumo é um indutor dessa metaplasia e tem ação hipoestrogênica nos ductos. • Essa estase facilita a colonização bacteriana (relacionada ao cigarro - anaeróbios e estafilococcos aureus). • Forma um abcesso, que vai aumentando a pressão até formar fistulas (pertuito não anatômico entre duas estruturas) entre a aréola e a pele ou fluxo papilar purulento. - Quadro clínico: ✓Tumor/ espessamento periareolar com sinais flogísticos. ✓Descamação, hiperemia, com uma ou mais fístulas. ✓ Esse processo geralmente é crônico e recidivaste levando a retração cutâneo-areolar, inversão da papila e cicatrizes. - Diagnóstico diferencial: • Câncer localmente avançado/ câncer inflamatório. • Tuberculose/ cisto sebáceo infectado. • Esteatonecrose/ miíase. - Tratamento: • Inicialmente clínico sempre por 7 a 10 dias. - Usamos geralmente mais de um AB (combinado). • Cefalexina 500mg VO 6/6h + metronidazol 400mg VO 8/8h ou clindamicina 150mg VO 6/6h ou cloranfenicol 500mg VO 6/6h. • Cafalozina 500mg IM 12/12h com metronidazol ou clindamicina ou cloranfenicol. • Associar amoxilina 500mg VO e ácido clavulônico 125mg VO 8/8h. • Associar sulfametoxazol 880mg e trimetoprin 160mg VO 12/12h. • Cirúrgico: - Drenagem em casos de abcessos volumosos. - Setorectomia em fuso com retirada da fístula e ductos comprometidos. Catarina Alipio XXII-B Página 6 - (1) Aguda. - (2) Crônica —> fazer 3 investigações: • Cultura com antibiograma (p/ saber qual a bactéria). • Pesquisar tuberculose. • Anatomopatológico para descartar câncer ou granulomas. ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria • Temos que ir trocando os AB conforme as recidivas vão surgindo, isso porque a paciente vai se tornado resistente ao AB. - Mastite crônica. - Recidiva em 15%. • Associar profilaxia prolongada por 3 a 6 meses com metronidazol 400mg/ dia ou bromoergocriptina 2,5mg/dia. • Parar de fumar. b. MASTITE DA ECTASIA DUCTAL: • Mastite das células plasmáticas ou comedomastite. • Dilatação do ducto que acontece com a idade. - Mulheres com > 50 anos. • Não tem relação com tabagismo. • Hipoestrogenismo promove susbtituição do colágeno por elastina nos ductos, aumentando a complacência ductal, acarretando no acúmulo de células descamadas e material lipídico. c. APÓS TRAUMA. Neoplasias benignas das mamas: - Definição: neoformações teciduais que apresentam crescimento expansivo, rechaçando tecidos vizinhos sem comprometê-los. - Classificação (OMS-2003): • Tumores epiteliais: papilomas e adenomas. • Tumores mesenquimais: - Hemangiomas, miofibroblastomas, lipomas, neurofibromas, schwanomas, leimiomas. • Tumores fibroepiteliais: - Fibroadenoma. - Tumor phylloides. - Harmatomas. - Adenomioepiteliomas. • Tumores de mamilo. - FIBROADENOMA: análogo ao mioma no útero. • 2ª patologia benigna mais frequente nas mulheres jovens (normalmente surgem antes dos 30 anos, mas pode aparecer em qualquer fase da vida). • Esteróides sexuais (nossos próprios hormônios) são prováveis agentes promotores. • Crescimento auto-limitado atingindo 3 a 4 cm. • Quadro clínico: ✓ Nódulos bem delimitados, 2 a 4cm, móveis ovalados, bocelados, crescimento lento, fibroblástico. ✓ Indolores, exceto na gravidez. ✓ Bilaterais em 10 a 15%/ múltiplos em 10%. ✓ Malignidade é rara (0,1 a 0,3%). • Diagnóstico: - Clínico: crescimento lento, fibroelástico, indolor. - Ultrassom: nódulo circunscrito, hipoecóico, margens bem delimitadas, largura maior que a altura (BI-RADS 3 —> provavelmente benigno e realizar novos exames em 6 meses). • BI RADS: padronização de mamografia. • Risco para Ca no Bi-Rads 3 é menor que 2%. - Biópsias da mama: PAAF (líquido)/ CORE (de fragmento): indicada para casos de risco de câncer, dificuldade em seguimento posterior e palpáveis. • Principalmente em mulheres > 35 anos. - Mamografia: indicada a partir dos 40 anos (textura radiológica do fibroadenoma é semelhante ao tecido). • Ou quando for nódulo suspeito à palpação, mesmo em paciente jovem. • Tratamento: cirúrgico. - Indicação dependerá do tamanho (palpáveis > 2-3cm), idade, risco para câncer, cancerofobia. Catarina Alipio XXII-B Página 7 ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria - A cirurgia deixa cicatriz radiológica (distorções), assim, devemos ter critérios nas indicações. - Incisões estéticas respeitando as linhas de força, periareolares e inframamárias. - Orientação adequada quanto ao baixo risco de malignidade. • Diagnóstico diferencial: - Nódulos dominantes das AFBM. - Cistos. - Câncer circunscrito (medular e mucinoso). - Tumor phylloides (filóides): devem ser removidos pois não param de crescer. • Conduta: - < 35 anos: • Fazer ultrassom, se resultar em BI-RADS 3: - Se for < 2 cm (não palpável): seguimento a cada 6 meses por 6 anos. • Se manter estável —> controle habitual. • Se crescer: investigar com biópsia (PAAF/ BAG/ exérese). - Se for > 2 cm (palpáveis): investigar com biópsia (PAAF/ BAG/ exérese). - > 35 anos: realizar mamografia e USG e seguir a conduta caso for BI-RADS 3. Tumor phylloides: - Raro (0,3 a 0,9%) que aparece na 4ª a 5ª década. - Em 80% dos casos é benigno, porém com alta taxa de recidiva (retirar o tumor com margem de segurança). - Crescimento rápido atingido tamanhos volumosos. - Fibroelásticos/ únicos/ raramente sao múltiplos. - Diagnóstico diferencial: • Fibroadenoma juvenil: - Tem também crescimento rápido. - Mulheres mais jovens.- Não apresentam recidivas locais. • Carcinoma. Catarina Alipio XXII-B Página 8 . . . . ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria • Fibroadenomas. - Tratamento: • Cirurgia com margem de segurança de 2cm para diminuir o risco de recidivas. • Em tumores muito volumosos, é indicado adenomastectomia com reconstituição não sendo necessário esvaziamento axilar. • Os malignos tem prognóstico reservado, devido à baixa resposta à QT, radioterapia e endocrinoterapia. Procedimentos diagnósticos invasivos em mastologia: - PAAF (punção aspirativa com agulha fina): • Dirigida ou não por ultrassom. • Citologia. - Material colhido é colocado em uma lâmina e é feito um exame citológico. • Indicada para cistos. - BIÓPSIA COM AGULHA GROSSA (BAG ou CORE BIOPSY): • Indicados para nódulos sólidos, para ter um fragmento do nódulo. • Retira um fragmento. • Dirigida por USG ou MG (estereotaxia). • Histologia - anatomopatológico. - BIÓPSIA COM AGULHA GROSSA A VÁCUO (Mamotomia); • Deixa para pacientes com alguma alteração na mamografia. • Dirigida por USG ou MG (estereotaxia). • Retira lesões de até 1,5cm. - Remoção completa em tumores pequenos. • Histologia - anátomopatológico. Questões: 1. Paciente de 30 anos, com queixa de nódulo de mama há 6 meses de crescimento lento. Em seus antecedentes refere avó com câncer de Catarina Alipio XXII-B Página 9 . PAAF CORE BIÓPSIA MAMOTOMIA ATD1 - Ginecologia 09/03 Professora Maria mama aos 75 anos. No momento em uso de ACHO combinado, nuligesta, sem outras comorbidades. Ao exame, mamas de médio volume, palpa-se nódulo fibroelástico, móvel, bem delimitado, de 2 cm em mama esquerda. A palpação de linfonodos foi negativa. • Qual é a hipótese diagnóstica? - Fibroadenoma, por sua consistência fibroelástica. - Não é um cisto, pois ele cresce rápido, é doloroso e mole, e lambe não é um câncer (muito endurecido). • Quais exames a serem solicitados? - Por ser < 35 anos e o nódulo ser palpável, solicita um ultrassom e manter acompanhamento. • Qual a melhor conduta? - Se for pedir uma biópsia, (se for um nódulo Bi-Rads 3), preferir a CORE BIOPSY. • Como orientá-la quanto ao risco de câncer? - Avó com 75 anos e câncer de mama: baixo risco. - 85% dos cânceres de mama sao aleatório, sem fator genético. 2. Paciente com 42 anos procurou PA com história de trauma na mama D há três dias após briga conjugal. Em uso de AINH desde então mas está apresentando piora progressiva associada a vermelhidão, dor intensa, calafrios e sudorese. Ao exame físico nota-se abaulamento com hiperemia no quadrante súpero lateral da mama direita. A palpação esse abaulamento corresponde a um espessamento dolorido. Sem linfonodos palpáveis. Trouxe mamografia de 6 meses com resultado BI-RADS 2 por calcificações benignas bilaterais. • Qual a hipótese diagnóstica? - Mastite pós trauma. • Qual é a melhor conduta? - Só um antibiótico (cefalosporina). - Reavaliação em 3/ 4 dias. • Do que suspeitar se o quadro não melhorar em até 72 horas? - Suspeitar de abcesso (o tecido se organizou formando um abcesso que o AB não faz efeito lá, pois está obstruído). • Qual conduta frente essa nova situação? - Exame: USG (para confirmar e ajudar a drenar). - Drenar. 3. A etiologia mais frequente de fluxo papilar sanguinolento, unilateral, em paciente de 45 anos é: A. Fibroadenoma. B. Papiloma intraductal. C. Carcinoma de mama. D. Alterações funcionais benignas da mama. E. Ectasia ductal. • O carcinoma também dá fluxo sanguinolento, mas o mais frequente e1 o papiloma intraductal (85%). 4. O abcesso subareolar recidivante está relacionado com: • I. Staphylococcus aureus e Anaeróbios. • II. Alcoolismo. • III. Tabagismo. • IV. Fibroadenoma. • Está correto apenas o contido em: A. I, II e III. B. I e III. C. II e IV. D. I, III e IV. E. I. Catarina Alipio XXII-B Página 10
Compartilhar