A terceira lição de psicanálise

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Teorias da Personalidade 
Psicodinâmicas 
 
A terceira lição de psicanálise... 
Após o abandono da técnica de hipnose sugestiva e catártica, 
Freud começa com a associação livre 
• Associação livre: “me fale o que vier em sua cabeça” → a fala, 
pela associação, é levada ao conteúdo recalcado. 
No emprego dessa técnica, ainda há perturbações sobre como o 
doente se detém em sua fala, afirmando não saber mais nada. 
Se assim fosse, se o doente tivesse razão, o método ter-se-ia 
revelado impraticável. 
- 2 forças na fala: uma da lembrança e a outra da resistência 
 As ideias livres nunca deixam de aparecer, mas a 
resistência do doente a afasta 
 
 
 
 
 
 
 
Na obra... 
“Duas forças antagônicas atuavam no doente; 
de um lado, o esforço refletido para trazer à 
consciência o que jazia deslembrado no 
inconsciente; de outro lado a resistência, já 
nossa conhecida, impedindo a passagem para o 
consciente do elemento reprimido ou dos 
derivados deste.” 
 
• Formações do inconsciente: 
- Chistes: “situações semelhantes às que admitimos produzem 
resultados iguais”. 
A censura é furada e algo que não pode ser dito seriamente, 
acaba saindo em tom de piada (piadas espontâneas). 
- Sonhos: estrada real para o inconsciente. Para entender o 
patológico, é necessária a compreensão do “normal”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Sonhos infantis: a criança sonha sempre com a realização de 
desejos que o dia anterior lhe trouxe e que ela não satisfez. 
- Sonhos adultos: realização velada de desejos reprimidos. Os 
sonhos estão distorcidos o processo psíquico correspondente 
teria originariamente uma expressão verbal muito diversa. 
 
 
 
Na obra... 
O conteúdo manifesto do sonho é o substituto deformado 
para os pensamentos inconscientes do sonho. Esta 
deformação é obra das forças defensivas do ego, isto é, das 
resistências que na vigília impedem, de modo geral, a 
passagem para a consciência, dos desejos reprimidos do 
inconsciente; enfraquecidas durante o sono, estas 
resistências ainda são suficientemente fortes para só os 
tolerar disfarçados. Quem sonha, portanto, reconhece tão 
mal o sentido de seus sonhos, como o histérico as 
correlações e a significação de seus sintomas 
 
Na obra... 
A ansiedade é uma das reações do ego contra desejos reprimidos 
violentos, e daí a presença dela no sonho, quando a elaboração 
deste se pôs excessivamente a serviço da satisfação daqueles 
desejos reprimidos. 
 
→ Manifesto: como o sonho se apresenta 
→ Latente: significado oculto 
Como já dito, os sonhos são realizações veladas de desejos 
recalcados. 
→ Deslocamento: retirar o afeto de um elemento e colocar em 
outro. 
→ Condensação: elemento para o qual um ou vários 
deslocamentos destinaram sua carga afetiva 
- Sintoma: também disfarça o conteúdo recalcado. Ex: crise das 
histéricas, sintoma de não conseguir beber água (Anna Ó) 
- Lapsos/Atos falhos: 
1. Memória: esquecimentos 
2. Linguagem: falada, escrita e leitura 
3. Motores: ações 
 
Os atos falhos, como os sintomáticos e fortuitos, não são assim 
tão destituídos de valor como por uma espécie de acordo tácito 
e hábito admitir. São extraordinariamente significativos e quase 
sempre de interpretação fácil e segura, tendo-se em vista a 
situação em que ocorrem; verifica-se que mais uma vez 
exprimem impulsos e intenções que devem ficar ocultos à própria 
consciência, ou emanam justamente dos desejos reprimidos e dos 
complexos que, como já sabemos, são criadores dos sintomas e 
formadores dos sonhos. 
Em suma... 
Fica claro a posição freudiana de entender um conflito de 
forças internas, sendo que as formações do inconsciente 
surgem como disfarces do conteúdo recalcado, por isso 
são simbólicas.