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Semiologia Cardiológica

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Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
1 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
SINTOMAS MAIS FREQUENTES NA ANAMNESE: 
DISPNÉIA: 
 Referido pelo paciente como falta de ar, cansaço 
e fôlego curto 
 Anormal quando ocorre em repouso ou para 
atividade que previamente não a causavam 
 Se a tosse vir antes da dispneia pensa em causa 
pulmonar, se for ao contrário pensa em uma 
causa cardíaca 
 Causas: cardíacas, pulmonares, caixa torácica e 
ansiedade 
 Edema pulmonar, disfunção do ventrículo 
esquerdo e estenose mitral 
 Cardíacas: cardiomiopatias, doença isquêmica, 
doenças valvares e síndrome do marca-passo 
 Pulmonares: DPOC (doença pulmonar 
obstrutiva crônica), asma, doenças intersticiais 
pulmonares e câncer 
 Causas Diversas: refluxo gastroesofágico, 
ansiedade, hiperventilação, 
descondicionamento físico, obesidade, 
gravidez, hipertensão arterial sistêmica e 
hipertireoidismo 
 Tipos: 
 Súbita: causada por tromboembolismo 
pulmonar, pneumotórax, EAP, pneumonia ou 
obstrução de vias aéreas 
 TEP: dispneia súbita, associada a apreensão, 
palpitações, hemoptise ou dor torácica 
pleurítica 
 Pneumotórax: dispneia súbita, associada a 
dor torácica pleurítica 
 Insuficiência Cardíaca Crônica: ocorre um 
desenvolvimento progressivo de dispneia aos 
esforços 
 Ocorre dispneia aos esforços 
 Ortopneia: hipertensão venosa e capilar 
pulmonar, acompanhada por edema de MMII, 
hepatomegalia e dispneia paroxística noturna 
 Acompanhada por tosse, sibilos e sudorese 
fria 
 Alivia ao sentar 
 Funcional: ocorre somente em repouso e não 
nos esforços 
 Crises de pânico: associada à hiperventilação 
 Associada a sibilos: ocorre na asma 
 Pulmonar: aliviada pela eliminação de 
secreções 
 Denominações Especiais: 
 Dispneia de Esforço: é o nome dado ao 
surgimento ou agravamento da sensação de 
dispneia por atividades físicas 
 Ortopnéia: é a denominação dada ao 
surgimento ou agravamento da sensação de 
dispneia com a adoção da posição horizontal 
 Dispneia Paroxística Noturna: o paciente 
acorda com dispneia, fazendo com que ele 
sente e procure um local mais arejado, para 
diminuir os sintomas. Normalmente ocorre na 
fase REM do sono. 
 Platipnéia: dispneia ao ficar em pé 
 Trepopnéia: é a sensação de dispneia que 
surge quando o paciente adota a posição de 
decúbito lateral 
 Classificação da Dispneia: 
 Dispneia Metabólica: 
 Ritmo de Cantani: taquipneia com aumento 
da amplitude respiratória, devido a acidose 
metabólica 
 
 Ritmo de Kussmaul: taquipneia com 
amplitude respiratória aumentada, que 
intercala com fases de apnéia na inspiração e 
na expiração. É devido a uma acidose mais 
grave que a primeira 
 
 Taquipnéia Anoxia: possui amplitude 
respiratória pequena 
 Dispneias Neurogênicas: 
 Ritmo de Biot: caracterizado por uma 
irregularidade na amplitude respiratória 
devido a alteração encefálicas, que levam a 
edema cerebral acentuado 
 
 Dispneias Objetivas da Insuficiência 
Respiratória tipo Ventilatória: 
 Inspiratória: pode ser associada a cornagem 
ou traqueísmo ou tiragem 
 Expiratória: associada ao abaulamento 
intercostal respiratório 
 Mista: associação de tiragem e abaulamento 
 Dispneia da Insuficiência Cardíaca Subjetiva e 
Objetiva: 
 Dispneia de Esforço 
 Dispneia de Decúbito 
 Ortopnéia: paciente apresenta dispneia em 
posição ortostática 
 Trepopnéia: paciente apresenta dispneia em 
decúbito lateral 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
2 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
 Ritmo de Cheynestokes: caracterizada por 
fases de hiperpnéia crescente e depois 
decrescente, alternadas com fases de apnéia 
que possuem duração variáveis. 
 
 Dispnéia Paroxística Noturna: paciente 
acorda com dispneia 
 Classificação da Nyha: 
 I – Atividades cotidianas não causam dispneia 
 II – Limitação leve da atividade física, com as 
atividades cotidianas causando dispneia, que 
melhora com o repouso 
 III – Limitação marcante da atividade física. 
Atividades básicas causam dispneia, melhora 
com o repouso 
 IV – Incapacidade de realizar qualquer 
atividade sem dispneia, o paciente tem 
dispneia mesmo no repouso 
DOR TORÁCICA: 
 Causas cardíacas e não cardíacas (aorta, artéria 
pulmonar, árvore brônquica, pleura, esôfago, 
diafragma, parede torácica, músculos, junções 
costo-condrais, medula espinhal e órgãos 
subdiafragmáticos) 
 Descrição: 
 Localização, irradiação, características, o que 
provoca e o que aliviam duração, frequência, 
recorrência, situações em que ocorre e 
sintomas associados 
 Se restrita à pele ou estruturas superficiais, se 
o paciente pode apontá-la e se for reproduzida 
por pressão localizada, geralmente não é 
isquêmica (parede) 
 Se localiza no mamilo esquerdo ou irradiar-se 
mais para o membro superior direito 
geralmente não é isquêmica (costocondral, 
estômago) 
 Quando a duração é rápida geralmente é de 
origem muscular, hérnia hiatal ou funcional 
 Se durar mais que 15 minutos e em repouso 
pode se tratar de uma angina instável ou 
infarto agudo do miocárdio 
 Se durar horas pode se tratar de uma 
pericardite, dissecção de aorta, dor músculo-
esquelética ou psicogênica 
 Localização: 
 Retroesternal: causada por isquemia, dor 
pericárdica, esofágica, aórtica, mediastinal e 
TEP 
 Interescapular: causada por isquemia, dor no 
músculo esquelético, na vesícula biliar, no 
pâncreas e na aorta 
 Hemitórax Anterior Direito: pode ser causada 
por dor na vesícula, fígado, abcesso 
subdiafragmático, pleurisia pneumônica, TEP, 
úlceras péptica perfurada e miosite aguda 
 Epigástrica: causada por isquemia, dor 
pericárdica, esofágica, gastroduodenal, 
vesícula e fígado 
 Hemitórax Esquerdo Inferior: causada por 
neuralgia intercostal, TEP, miosites, 
pneumonia, pleurisia, baço e abcesso sub-
diafragmático 
 Braços: causada por isquemia e dor cérvico-
dorsal 
 Ombros: causada por isquemia, pericardite, 
abscesso subdiafragmática, cérvico-espinhal e 
muscular 
 Angina Pectoris: 
 Desconforto no peito ou áreas adjacentes 
associada a isquemia miocárdica sem necrose 
 Com duração de 2-10 minutos 
 É descrita como aperto, pressão, sufocamento, 
estrangulamento, constrição, queimação, peso, 
gases e indigestão 
 Pode estar associada a náuseas e tonteiras 
 Geralmente é dor difusa 
 Varia de dia para a dia e no mesmo dia 
 Pode irradiar para a parte ulnar do antebraço 
esquerdo, mandíbula inferior, dentes, pescoço 
e ombros 
 Geralmente ocorre aos esforços (correr ou 
subir morros) emoções fortes ou medo, frio e 
fumar 
 Localização: retro-esternal, sub-esternal, 
ombro, braço, pescoço e intra-escapular 
 Pode ser desencadeada por emoções ou frio 
 Pode ser acompanhada de B4 ou sopro 
 Alivia com repouso 
 IAM: infarto agudo do miocárdio 
 Dor retroesternal com irradiação 
 Descrita como pressão, peso, aperto, 
queimação, indigestão e constrição 
 Dor súbita, que dura 10 minutos ou mais 
 Pode ser desencadeada por esforços, 
emoções, frio e pode ocorrer no repouso 
 Não alivia 
 Pode estar acompanhada de dispneia e 
sudorese 
 Pericardite: 
 Localização: esterno ápice do pescoço e ombro 
 Descrita como fincada, pontada aguda e 
facada 
 Com duração de hora ou dias, podendo ir e 
voltar 
 Desencadeada por respiração profunda, 
rotação torácica e supina 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
3 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
 Melhora com a posição de prece\ maometana e 
ao sentar 
 Pode estar associada a atrito pericárdico 
 Dissecção Aórtica: 
 Localização: tórax anterior e dorso 
 Descrita como uma dor lancinante, rasgante, 
fincada e intensa 
 Dor de início súbito sem alívio 
 Desencadeada por HAS e síndrome de Marfan 
 Não alivia 
 Pode estar associada a sopro, assimetria de 
pulso e PA, déficits 
 Embolia Pulmonar: Localização: subesternal ou na área do infarto 
pulmonar 
 Descrita como dor anginosa ou pleurítica 
 Dor de início súbito, com duração de minutos 
ou horas 
 Piora com a respiração 
 Pode estar associada a taquipnéia, taquicardia, 
hipotensão arterial, insuficiência cardíaca 
direita, crepitações, hemoptise e atrito pleural 
 Esofágica: 
 Localização: subsesternal ou epigástrica 
 Descrita com queimação, espasmo e angina 
 Ocorre pós-refeições e ao deitar 
 Melhora com o uso de antiácidos 
 Pode estar associada a dor a palpação 
abdominal 
 Psicogênica: 
 Localização: ápice cardíaco 
 Descrita como aperto ou pontadas 
 Com duração de horas e pode ser 
desencadeada por emoções 
 Melhora com o uso de analgésicos, 
tranquilizantes e com exercícios 
 Pode estar associada a hiperventilação, 
depressão e ansiedade 
 Herpes Zoster: 
 Localizadas nos dermátomos 
 A dor é muito sensível ao toque 
 Dor contínua 
SÍNCOPE: 
 Definição: súbita e transitória perda de 
consciência e tônus postural, com recuperação 
espontânea. A causa básica da síncope é a 
redução da perfusão cerebral 
 Mediada por Reflexos: aumento do tônus vagal e 
ausência do tônus simpático, podendo 
desencadear bradicardia, vasodilatação e 
hipotensão ou síncope 
 Gatilhos: micção, defecação e deglutição 
 Neuralmente Mediada (Neurocardiogênia ou 
vasovagal): 
 Início súbito de hipotensão com ou sem 
bradicardia deflagrada por situações que 
reduzem o enchimento ventricular ou 
aumentam a secreção de catecolaminas (visão 
de sangue, dor, ortostatismo prolongado, 
banho quente, estresse), ocorre reflexo 
paradoxal pela redução da pré-carga de débito 
cardíaco e PA 
 Hipersensibilidade do Seio Carotídeo: 
 Pausa sinusal de mais de 3 segundos e queda 
da pressão arterial sistólica em 50 mmhg ou 
mais 
 Ocorre em 1\3 dos idosos com síncope 
 Estimulação dos barorreceptores carotídeos 
(leve pressão local por 5-10 segundos provoca 
síncope). Por isso deve evitar em idosos 
portadores de sopros carotídeos e com 
passado de AVC 
 O tratamento é o implante de marcapasso 
 Causas Cardíacas: arritmias, estenoso aórtica e 
TEP maciça 
 Causas Neurológicas: enxaqueca e convulsões 
 Causas Metabólicas: hipoglicemia, 
hiperventilação e distúrbios psiquiátricos 
 Exames Laboratoriais: Tilt-test (padrão ouro), 
ecocardiograma, teste ergométrico, ECG, Holter, 
Lopp e EEF 
PALPITAÇÕES: 
 Sensação desagradável de um batimento 
cardíaco mais forte ou mais rápido 
 Importante avaliar início e fim, temporalidade, 
fatores desencadeantes, sintomas associados e 
regularidade 
 Se ocorrer como saltos ou arrancos isolados 
deve-se suspeitar de extrassístoles 
 Com ataques com início abrupto, FC de 120 
bpm, regulares ou não deve-se suspeitar de 
taquipnéia paroxística 
 Se ocorrer independentes dos esforços deve-se 
suspeitar de fibrilação atrial, flutter, tireotoxicose, 
anemia, febre e ansiedade 
 Se ocorrer em ataques rápidos independentes 
dos esforços deve-se suspeitar de hemorragia, 
hipoglicemia e tumores adrenais 
 Se ocorrer concomitante ao uso de drogas deve-
se suspeitar do uso de cigarro, café, álcool, chá, 
efedrina, aminofilina, hormônio T3, IMAO e 
cocaína 
 Se ocorrer em pé deve-se se suspeitar de 
hipotensão postural 
 Se ocorrer em mulheres de meia idade, com 
sudorese e flushes deve-se suspeitar de 
climatério 
 Se ocorrer com frequência normal e ritmo regular 
deve-se suspeitar de ansiedade 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
4 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
CIANOSE: 
 Cianose Central: é causada por: 
 Diminuição da saturação arterial do oxigênio: 
 Altitude elevada (baixa pressão atmosférica) 
 Alteração da função pulmonar: 
hipoventilação, alterações na relação 
ventilação\ perfusão, alterações da difusão de 
oxigênio 
 Shunts Anatômicos: cardiopatia congênitas 
(obstruções ao fluxo da via de saída do 
ventrículo direito, tetralogia de Fallot, reação 
de Eisenmenger), fístulas arteriovenosas 
pulmonares e microfístulas pulmonares 
múltiplas (raramente) 
 Anormalidades da Estrutura da Hemoglobina: 
 Metemoglobinemia hereditária ou adquirida 
 Sulfaemoglobinemia 
 Excesso de Hemoglobina: 
 Policitemia vera 
 Eritrocitoses secundárias 
 Ciano Periférica: causada por: 
 Por vasoconstrição: 
 Baixo débito cardíaco 
 Exposição ao frio 
 Choque (redistribuição do fluxo sanguíneo) 
 Por doença vascular periférica: 
 Obstrução arterial 
 Obstrução venosa 
 Distúrbios vasoespásticos 
 Fenômeno de Raynaud 
 Cianose Mista: causada por insuficiência 
cardíaca grave com congestão pulmonar 
dificultando as trocas gasosas e baixo débito 
cardíaco 
INSPEÇÃO: 
 Pele: 
 Perfusão periférica 
 Eritemas 
 Fáscies: 
 De Elfin: ocorre na estenose supravalvar 
aórtica 
 
 Unhas: 
 Hemorragias 
 Vidro de Relógio: acontece em cardiopatias 
congênitas cianóticas e DPOC com 
comprometimento grave da função pulmonar 
 
 Cabeça e Pescoço: 
 Insuficiência aórtica e aneurisma de aorta: o 
sinal aparece com a flexão e extensão da 
cabeça 
 Estase Jugular: acontece na insuficiência 
cardíaca 
 
 Tórax: 
 Pericardite: ocorre retração do processo xifoide 
e da 11ª e 12ª costela 
 Nutrição 
 Atitude 
 Aracnodactilia: ocorre na síndrome de Marfan 
 
 Sulco diagonal da orelha: pode aparecer na 
doença coronária 
 
 Precórdio: Verifica-se: 
 Ictus cordi 
 Batimento do ventrículo direito: ocorre me caso 
de hipertensão pulmonar ou cardiopatias que 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
5 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
sobrecarreguem o ventrículo direito, é feita com 
a mão em garra 
 Impulsos sistólicas 
 Oco external 
 Artéria pulmonar 
 Bulhas 
 Frêmito 
PALPAÇÃO: 
PULSOS ARTERIAIS: 
 Definição: flutuação periódica no sistema 
causada pelo coração 
 É uma onda de pressão dependente da 
pressão arterial, é percebida como uma 
expansão da parede arterial síncrona com o 
batimento cardíaco 
 Alterações no fluxo sanguíneo, na pressão 
arterial e nas dimensões dos vasos 
 O que deve ser analisado: frequência, ritmo, 
déficit, simetria, amplitude, tensão, estado da 
parede arterial, localização e formato 
 Técnica de Palpação: 
 Na palpação do pulso carotídeo deve sempre 
auscultar antes de palpar, pois caso tenha um 
sopro indica que tem uma placa aterosclerótica, 
levando ao desprendimento dessa placa 
causando um acidente cerebral 
 É realizada com as polpas digital e a face 
ventral dos dedos indicador e médio 
 Locais: 
 Pulso Carotídeo: 
 Técnica: 
 Paciente em decúbito dorsal com a cabeça 
levemente fletida. Faz-se a palpação com 
as polpas dos dedos indicador e médio. 
 Paciente em pé ou sentado com o 
examinador à sua frente. Realiza-se a 
palpação do pulso carotídeo direito com a 
polpa do polegar esquerdo, enquanto os 
dedos médio e indicador fixam-se sobre as 
últimas vértebras cervicais. A mesma 
técnica é aplicada do outro lado. 
 Localização: palpar profundamente à borda 
anterior do músculo esternocleidomastóideo. 
 
 Pulso Braquial: 
 Técnica: Sustentar o antebraço do paciente, 
fazendo leve flexão sobre o antebraço; 
 Mão em garra, utilizar o polegar como ponto 
de fixação na face lateral do braço; 
 Localização: sulco bicipital 
 
 Pulso Radial: 
 Técnica: 
 A mão do paciente deve repousar na mesa 
de exame em completa supinação; 
 Mão em pinça, com o polegar fixado 
delicadamente no dorso do punho do 
paciente; 
 Localização: entre a apófise estilóide do radio 
e o tendão dos flexores 
 
 Pulso Ulnar: A artéria ulnar pode ser palpada 
com o paciente sentado ou em decúbito dorsal. 
O médico fica na frente ou ao lado do paciente, 
conforme esteja ele sentado ou deitado; com a 
mão homolateral, segura a mão do paciente, 
fazendo leve flexão, e com os dedos indicador,médio e anular da mão contralateral procura 
sentir as pulsações da artéria cubital, situada 
entre os músculos flexor superficial dos dedos 
e o flexor ulnar do carpo, utilizando o polegar 
como ponto de apoio no dorso do punho 
 Pulso Femoral: 
 Técnica: Com o paciente em decúbito dorsal, 
o médico se posta do lado que será 
examinado e, com os dedos indicador, médio 
e anular, procura sentir as pulsações da 
artéria femoral comum no triângulo de 
Scarpa. Como a artéria femoral comum é 
superficial, não se deve fazer sobre ela muita 
compressão, principalmente nos indivíduos 
magros, pois isso pode provocar 
estreitamento do lúmen arterial com formação 
de um “falso” frêmito 
 Localização: é palpada na região 
inguinocrural, logo abaixo do ligamento 
inguinal, em sua porção média 
 Pulso Poplíteo: 
 Técnica: 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
6 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
 Paciente em decúbito dorsal com a perna 
do paciente em posição semifletida; 
 Segurar o joelho do paciente com as duas 
mãos, fixando os polegares na rótula e 
aprofundando os dedos indicadores, médios 
e anulares na face posterior do joelho; 
 Localização: região média do oco poplíteo ou 
côncavo do joelho. 
 
 Pulso Tibial Posterior: 
 Técnica: 
 Pedir para o paciente flexionar levemente o 
joelho; 
 Mão em pinça, com o polegar fixado na 
região maleolar externa; 
 Localização: região retromaleolar interna. 
 
 Pulso Pedioso: 
 Técnica: 
 O paciente mantém o joelho levemente 
flexionado; 
 Examinador: com uma das mãos, fixar o pé 
do paciente em dorsiflexão; 
 Localização: palpar entre o primeiro e o 
segundo metatarsianos. 
 
 Formato: 
 Bisferiens: pulso amplo com dois componentes 
durante a sístole 
 Corrigan: caracterizado por aumento da 
amplitude de pulso, percebido como 
um pulso forte e rápido. 
 Ocorre na insuficiência aórtica 
 Parvus e Tardus: amplitude diminuída e retardo 
da elevação do pulso que se encontra 
lentificado 
 Alternante: alterna intensidade maior ou menor 
com a mesma frequência 
 É mais perceptível no pulso radial 
 É um sinal precoce de disfunção ventricular 
 Ocorre na insuficiência cardíaca 
 Paradoxal: diminui de intensidade ou 
desaparece com a inspiração 
 Pesquisado na aferição da pressão arterial 
 Ocorre com a respiração de Kussmaul 
 Ocorre no tamponamento cardíaco, 
pericardite constritiva e asma grave 
PULSOS VENOSOS: 
 Possui relação anatômica com o átrio direito. 
Veia cava superior e veia jugular interna, 
compondo um sistema tubular não valvado, 
permite que a pressão da cavidade atrial direita, 
representando em última análise, a pressão 
venosa central, seja transmitida dessa coluna 
líquida e percebida na região cervical. 
 O nível da pulsação varia com a respiração 
seguindo passivamente as mudanças da 
pressão intratorácica: cai na inspiração e 
aumenta na expiração 
 É uma estimativa do pulso venoso central 
 Aumenta com a compressão abdominal 
 Varia com a mudança de postura, mais alto na 
posição horizontal do que vertical 
 O movimento é suave, difuso e ondulante 
 É melhor caracterizado na inspeção 
 Composição: 
 Onda A: corresponde a contração atrial 
 Desaparece na fibrilação atrial 
 Seio Descendente X: corresponde ao 
relaxamento atrial 
 Crista C: corresponde ao fechamento da 
tricúspide 
 Crista V: corresponde ao enchimento do átrio 
 Na insuficiência tricúspide ela fica gigante 
 Seio Descendente Y: corresponde a fase de 
enchimento ventricular rápido 
 
BATIMENTO DO VENTRÍCULO DIREITO: 
 Localização: do 3º ao 5º espaço intercostal 
esquerdo na linha axilar 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
7 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
 Técnica: palpação mão em garra, com palpação 
suave 
 Possui o objetivo de estimar aumento da 
cavidade 
 Causada pela hipertensão pulmonar 
 A manobra facilitadora é a apnéia pós 
inspiratória 
ICTUS CORDI: 
 Caracterização: 
 Localizado no 4º ou 5º espaço intercostal a 
linha hemiclavicular 
 Pode se estender por até 2 cm 
 Possui amplitude variável 
 Com duração no terço inicial da sístole 
 Com mobilidade de até 1 cm 
 Considerações: 
 Depende da configuração do tórax 
 Pode ser impalpável sem significar 
anormalidade 
 As manobras facilitadoras são: apnéia pós 
expiratória e o decúbito lateral esquerdo 
 Batimentos abdominais 
 Na dilatação é desviado de acordo com a 
relação à linha axilar anterior com extensão 
maior que 2 cm 
 Na hipertrofia ventricular esquerda pode estar 
normal ou desviado 
IMPULSÕES SISTÓLICAS: 
 Oco esternal: ocorre em pacientes com 
coarctação da aorta, aneurisma de aorta, doença 
valvar aórtica e hipertensão arterial 
 Pode ser fisiológico e ocorrer em estados 
hipercinéticos 
 Artéria Pulmonar: ocorre na hipertensão da 
circulação pulmonar 
BULHAS: 
 Primeira: 
 Mitral: um espaço intercostal acima do ictus, 
utilizando a polpa digital com firmeza 
 Apnéia pós-expiratória e decúbito lateral 
esquerdo são manobras facilitadoras 
 É palpável na estenose mitral sem 
calcificação 
 Tricúspide: no 4º espaço intercostal esquerdo 
 Facilitada pela apnéia pós-inspiratória 
 É palpável na estenose tricúspide 
 Segunda: 
 Aórtica: localizada no 2º espaço intercostal 
direito na linha paraesternal 
 É facilitada pela apnéia pós-expiratória e pela 
posição sentada com o tórax inclinado para 
frente 
 A popa utilizada suavemente 
 É palpável na hipertensão arterial sistêmica 
 Pulmonar: localizada no 2º espaço intercostal 
na linha paresternal 
 É facilitada pela apnéia pós-inspiratória 
 Palpável na hipertensão pulmonar 
FRÊMITO: 
 Definição: sensação tátil do conjunto de 
vibrações que formam os sopros 
 Análise: da localização, fase do ciclo cardíaco, 
local de maior intensidade, irradiação e duração 
PRESSÃO ARTERIAL: 
 Importante no diagnóstico e prognóstico 
 Aferição Direta: é feita através da introdução de 
um cateter em uma artéria periférica 
 Aferição Indireta: é feita através do 
esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou 
aneroide 
 Essa técnica e baseada na percepção de que 
ao desinflar o manguito que oclui totalmente 
uma artéria, diferentes tipos de sons (ruídos de 
Kototkoff) são perceptíveis com o estetoscópio, 
o que corresponde a diferentes graus de 
obstrução parcial da artéria. 
 Fases de Korotkoff: 
 I – Corresponde ao aparecimento do primeiro 
som, ao qual se seguem batidas 
progressivamente mais fortes, bem distintas e 
de alta frequência. Correlaciona-se com o nível 
da pressão sistólica 
 II – O som adquire características de zumbido e 
sopro, podendo ocorrer sons de baixa 
frequência que eventualmente determinam o 
hiato auscultatório 
 III – Sons nítidos e intensos 
 IV – Abafamento dos sons, correspondendo ao 
momento próximo ao desaparecimento deles 
 V – Desaparecimento total dos sons 
 Fatores que influenciam: ambiente, 
equipamento, observador e paciente 
 Técnica: 
 1 – Explicar o procedimento ao paciente 
 2 – Certificar-se que o paciente não está com a 
bexiga cheia, não praticou exercícios físicos, 
não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, 
ou fumou até 30 minutos antes da medida 
 3 – Deixar o paciente descansar por 5-15 
minutos 
 4 – Localizar a artéria braquial por palpação 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
8 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
 5 – Colocar o manguito firmemente cerca de 2 
a 3 cm acima da fossa antecubital 
centralizando a bolsa de borracha sobre a 
artéria braquial. A largura da bolsa de borracha 
do manguito deve corresponder a 40% da 
circunferência do braço e seu comprimento 
deve envolver pelo menos 80% do braço 
 6 – Manter o braço do paciente à altura do 
coração 
 7 – Posicionar os olhos ao mesmo nível da 
coluna de mercúrio ou do mostrador do 
manômetro aneroide 
 8 – Palpar o pulso radiale inflar o manguito até 
o seu desaparecimento, para estimativa do 
nível de pressão sistólica, desinflar 
rapidamente e aguardar 15-30 segundos antes 
de inflar novamente 
 9 – Colocar o estetoscópio nos ouvidos com a 
curvatura voltada para a frente 
 10 – Posicionar a campânula do estetoscópio 
suavemente sobre a artéria braquial, na fossa 
antecubital evitando a compressão excessiva 
 11 – Solicitar ao paciente que não fale durante 
o procedimento de medição 
 12 – Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, 
até 10 a 20 mmHg acima do nível estimado 
 13 – Proceder a deflação, com velocidade 
constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo, 
evitando congestão venosa e desconforto para 
o paciente 
 14 – Determina a pressão sistólica no momento 
do aparecimento do primeiro som (fase I de 
Korotkoff), que se intensifica com o aumento da 
velocidade da deflação 
 15 – Determina a pressão diastólica no 
desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), 
exceto em condições especiais. Auscultar 
cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som 
para confirmar seu desaparecimento e depois 
proceder a deflação rápida e completa. Quando 
os batimentos persistirem até o nível zero, 
determinar a pressão diastólica no abafamento 
dos sons (fase IV de Kototkoff) 
 16 – Registrar os valores das pressões sistólica 
e diastólica, complementando com a posição 
do paciente, o tamanho do manguito e do 
braço em que foi feita a mensuração. Deverá 
ser registrado sempre o valor da pressão obtido 
na escala do manômetro, que varia de 2 em 2 
mmHg, evitando-se arredondamentos e valores 
de pressão terminados em “5” 
 Esperar de 1-2 minutos antes de realizar novas 
medidas 
 O paciente deve ser informado sobre os 
valores da pressão arterial e a possível 
necessidade de acompanhamento 
 Aspectos Relevantes: 
 Cuff inapropriadamente pequenos: menor que 
80% do comprimento e 40% da largura em 
relação à circunferência do braço 
 Pode superestimas a pressão arterial, 
importante no caso de obesos 
 Cuff inapropriadamente grande: maior do que 
80% do comprimento e 40% da largura em 
relação a circunferência do braço 
 Ocorre com mais frequência indivíduos 
obesos e em hipertensos com lesão de 
órgão-alvo já estabelecida e pode refletir 
flutuações na pressão 
 Ocorrência do som de Korotkoff até 0 mmHg: 
som de korotkoff se mantem mesmo até o cuff 
estar totalmente desinflado 
 Ocorre em pacientes com refluxo valvar 
aórtico grave, crianças, gestante ou na 
presença de grandes fístulas arteriovenosas 
nesses casos deve-se anotar as fases 4 e 5 
dos sons 
 Diferença entre pressões nos membros 
superiores maiores do que 10 mmHg: 
normalmente as medidas nos braços não 
devem variar mais do que 10 mmHg 
 Pode ocorrer em até 20% dos indivíduos 
normais acima disso pode ser relacionado a 
doença da artéria subclávia, estenose aórtica 
supravalvar, coarctação ou dissecção aórtica 
 Pressão Sistólica nos Membros inferiores maior 
que 20 mmHg acima da medida em membros 
superiores: é normal até 20 mmHg 
 Diferenças acima de 20 mmHg ocorrem na 
insuficiência aórtica grave (sinal de Hill) 
 Hipotensão ortostática: queda da pressão 
sistólica maior do que 20 mmHg e\ou queda da 
diastólica maior do que 10 mmHg no períodos 
de 3 minutos após mudança da posição supina 
para a ortostática 
 Influenciada por condições como: idade, 
hidratação, medicações, dieta e disfunção 
autonômica 
 Manobra de Osler: positivo quando o pulso 
radial ainda é palpável, a despeito da oclusão 
proximal da artéria braquial pelo manguito 
 A manobra de osler positiva é sugestiva de 
pseudo-hipertensão, condição na qual a 
artéria está rígida, espessada, calcificada e 
não compressível, não é sinal específico pois 
é positivo até 1\3 dos paciente idosos 
internados 
 
 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
9 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
AUSCULTA CARDÍACA: 
BULHAS: 
 Primeira Bulha (B1): é formada por uma série de 
vibrações de intensidade variada que se iniciam 
na fase de contração isovolumétrica e estendem 
até o início da ejeção ventricular. 
 Coincide com o pulso arterial, é mais grave e 
de maior duração do que a segunda bulha 
 Seu local de maior intensidade é no foco mitral 
 O som é TUM 
 Intensidade: pode ser considerada 
normofonética (normal), hipofonética 
(diminuída) e hiperfonética (aumentada) 
 Técnica: utilizar a membrana do estetoscópio 
aplicado de forma suave sobre o tórax 
 Fechamento das valvas atrioventriculares: dois 
componentes\ desdobrada (M1, T1) 
 Mais proeminente no ápex; desdobramento 
mais nítido 
 Abertura das semilunares normalmente é 
inaudível 
 Bloqueio completo do ramo direito (BCRD): 
nesse caso ocorre desdobramento amplo, com 
retardo em T1 
 Bloqueio completo do ramo esquerdo (BCRE): 
B1 única, com retardo em M1 
 Hipofonese: ocorre na contratilidade, infarto do 
miocárdio, insuficiência mitral e aórtica, 
intervalo PR longo, bloqueio de ramos 
esquerdo, diâmetro antero-posterior 
aumentado, cifose, idosos, obesos, pericardite 
e derrame pericárdico 
 Segunda bulha (B2): 
 Fechamento das valvas semilunares: dois 
componentes\ desdobrada (A2, P2) 
 Mais proeminente nos focos da base 
 Desdobramento inspiratório deve-se ao atraso 
em P2, expiração aproxima os 2 e B2 torna-se 
única 
 A2 mais intenso que P2 
 Intensidade: pode ser considerada 
normofonética, hipofonética e hipofonética 
 Desdobramento: ausculta dos componentes 
separadamente pode ser fisiológico ou indicar 
anormalidade 
 Técnica: utilizar a membrana no estetoscópio 
aplicado de forma suave sobre o tórax 
 Hiperfonese: 
 Aórtico: pode ser causada por hipertensão 
arterial, estado hiperdinâmico, exercício 
físico, ansiedade e diâmetro torácico 
 Pulmonar: pode ser causada por hipertensão 
pulmonar, comunicação interventricular e 
dilatação da artéria pulmonar 
 Hipofonese: 
 Aórtico: pode ser causada por hipotensão 
arterial, estenose aórtica, insuficiência aórtica, 
diâmetro torácico e infarto do miocárdio 
 Pulmonar: pode ser causada por estenose 
pulmonar e calcificação da valva pulmonar 
 Desdobramentos: 
 São auscultados no foco pulmonar 
 Auscultar na apnéia pós-inspiratória e 
posteriormente na apnéia pós-expiratória 
 B2 Única: um componente é ausente ou os 2 são 
persistentemente sincrônicos 
 Mais em idosos, na estenoso pulmonar ou 
aórtica 
 Desdobramento: 
 Mecanismo Fisiológico do Desdobramento na 
inspiração: 
 A diminuição da pressão intratorácica gera 
um aumento do gradiente entre as porções 
extra e intratorácicas das grandes veias 
 Gerando um maior enchimento do ventrículo 
direito 
 Fazendo com que haja um alongamento do 
período de contração do ventrículo direito 
 Gerando um retardo do componente 
tricúspide e pulmonar ocorrendo o 
desdobramento das bulhas 
 A diminuição da pressão intratorácica gera 
um aumento da capacidade de 
armazenamento de sangue nas grandes 
veias e capilares pulmonares 
 Não há aumento do enchimento do átrio e 
ventrículo esquerdo podendo até diminuir 
 A contração do ventrículo esquerdo não se 
prolonga ou está ligeiramente encurtada 
 Os componentes mitral e aórtico ocorrem no 
mesmo tempo ou ligeiramente mais cedo 
 Gerando o desdobramento das bulhas 
 Mecanismo Fisiológicos do Desdobramento na 
expiração: 
 Aumento da pressão intratorácica gera uma 
diminuição do gradiente de pressão entre as 
porções extra e intratorácicas das grandes 
veias 
 Ocorrendo um menor enchimento do 
ventrículo direito 
 Gerando um encurtamento do período de 
contração do ventrículo direito 
 Adiantando os componentes do lado direito, 
fazendo com que os componentes fiquem 
juntos 
 O aumento da pressão intratorácica gera uma 
diminuição do armazenamento de sangue nas 
grandes veias e capilares pulmonares 
 Aumentando o enchimentodo átrio 
esquerdo e ventrículo direito 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
10 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
 Prolongando a contração do ventrículo 
esquerdo 
 Fazendo com que os componentes mitral e 
aórtico ocorram no mesmo ou ligeiramente 
mais cedo 
 Tipos: 
 Desdobramento Persistente: A2 e P2 
permanecem audíveis na inspiração e 
expiração, mas variam: BCRD ou IM 
 Desdobramento mais largo: tem um 
desdobramento maior do componente 
pulmonar 
 
 Desdobramento invertido: ocorre um 
desdobramento pulmonar primeiro que o 
aórtico 
 Tendo uma separação na inspiração e na 
expiração uma aproximação 
 
 Desdobramento Fixo: amplo e não varia com 
a respiração. Características de comunicação 
interatrial 
 Desdobramento Paradoxal: componente 
pulmonar fecha antes do aórtico 
 Terceira Bulha: ruído protodiastólico, de baixa 
frequência originado das vibrações da parede 
ventricular na fase de enchimento ventricular 
rápido, campânula 
 Causas: dilatações (miocardiopatia dilatada, 
insuficiência valvar), estados hipercinéticos e 
pericardite constritiva 
 Chamada de galope ventricular 
 Faz o som de TU 
 Quarta Bulha: ruído telediastólico de baixa 
frequência, originado da contração atrial ou da 
distensão da parede ventricular nesta fase do 
ciclo cardíaco ou de ambos 
 Causas: hipertrofia (miocardiopatia hipertrófica 
e HAS), doença valvar (estenose mitral e 
aórtica) e doença arterial coronariana 
 Chamada de galope atrial 
CLIQUES: 
 Definição: são ruídos agudos, breves, de alta 
frequência, e notável intensidade, são sistólicos 
e pode ser chamados também de ruídos de 
ejeção 
 Protosistólicos: 
 Aórtico: não se modifica com a respiração, é 
melhor audível no 3º e 4º espaço intercostal 
direita na linha paraesternal direita 
 Ocorre no ateroma aórtico, aneurisma 
dissecante e sifilítico da aorta, coarcatação da 
aorta e HAS 
 Pulmonar: é a mais precoce que o aórtico, varia 
com a respiração, é audível no 2º e 3º espalho 
intercostal esquerdo na linha paraesternal 
esquerda 
 Ocorre nos defeitos do septo atrial, dilatação 
idiopática da artéria pulmonar, embolia 
pulmonar e hipertensão pulmonar 
 Mais comum são os estalidos de abertura da 
mitral na estenose mitral 
 Alta frequência 
 Audíveis na região apical 
 Sons mesodiastólicos e telediastólicos: 
 Mesodiastólico é na terceira bulha 
 Telediastólico; são pré-sistólicos é na quarta 
bulha 
 Baixa frequência 
 Audíveis na região apical 
 B3: enchimento ventricular rápido, devido a 
dilatação e insuficiência cardíacas 
 B4: contração atrial aumentada produz 
distensão ventricular pré-sistólica, devido a 
hipertrofia e isquemia 
 Próteses Valvares: 
 Os vários tipos de válvulas prostéticas e 
tissulares podem produzir sons na sua abertura 
e no seu fechamento 
 A relativa intensidade destes sons varias de 
acordo com o desenho da válvula 
ESTALIDOS: 
 Definição: são ruídos secos de curta duração 
diastólicos, ocorrem entre a 3ª e 4ª bulha 
 Mitral: 
 Estalidos de abertura da valva mitral é 
protodiastólico, é melhor audível no 3ª e 4º 
espaço intercostal esquerdo na linha 
paraesternal esquerda, e deve ser diferenciado 
do desdobramento da 2ª e 3ª bulha 
 Ocorre na estenose mitral 
 Desaparece quando há acentuada calcificação 
e\ou hipertensão pulmonar 
 Tricúspide: é de tonalidade mais alta e menos 
forte que o mitral, varia com a inspiração 
profunda ficando mais nítido, é mais audível na 
borda esternal esquerda e ocasionalmente na 
direita. 
 Deve ser diferenciado do desdobramento da 2ª 
bulha 
 Ocorre na estenose de tricúspide 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
11 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
 Sons meso e telesistólicos são mais comuns 
associados ao prolapso da valva mitral 
 Possuem alta frequência 
SOPROS: 
 Definição: são um conjunto de vibrações de 
maior duração que as bulhas, se originam dentro 
do próprio coração e\ou em um de seus grandes 
vasos 
 Mecanismos: 
 Fluxo de sangue através de uma obstrução 
parcial 
 Fluxo de sangue através de uma irregularidade 
valvar ou intravascular 
 Aumento do fluxo de sangue através de 
estruturas normais 
 Fluxo de sangue dentro de uma câmara 
dilatada 
 Fluxo regurgitante através de uma valva 
incompetente 
 Classificação de Levine: 
 I – Audível só com muito esforço 
 II – Suave, mas facilmente detectável 
 III – Proeminente, sem frêmitos 
 IV – Intensos, com frêmito 
 V – Muito intensos, estetoscópio próximo à pele 
 VI – Sem necessidade de estetoscópios 
 Situação no Ciclo Cardíaco: 
 Estenose ou insuficiência 
 As bulhas são os referenciais 
 Sistólico: 
 Holosistólico: 
 
 Protosistólico: 
 
 Mesosistólico: 
 
 Telesistólico: 
 
 Diastólico: pode ser holo, meso, proto e 
telediastólico 
 Irradiação: quanto maior o sopro maior a 
irradiação 
 Audível na axila indica insuficiência mitral 
 Audível na carótida indica origem aórtica 
 Manobras Facilitadoras: 
 Apnéia Respiratória: 
 Expiratória: sopro do lado esquerdo 
 Inspiratória; sopro do lado direito 
 Posição do Corpo: 
 Decúbito lateral esquerdo: sopro mitral 
 Sentando com o tórax inclinado: sopro aórtico 
 Sopro Sistólicos: 
 Obstrução à ejeção ventricular 
 Dilatação da raiz da aorta ou tronco pulmonar 
 Fluxo sistólico acelerado na aorta ou pulmonar 
 Inocentes ou normais 
 Algumas formas de regurgitação mitral 
 Sopros Mesossistólicos: 
 Estenose Aórtica: configuração em diamante 
começado após B1, com pico sistólico, rude, 
áspero e terminando antes de B3 
 Irradiação para a direita, para braço 
esquerdo e para o pescoço 
 Sinal de Gallavardin: se refere ao sopro da 
estenose aórtica que reflete no foco mitral, 
simulando uma insuficiência mitral 
 Inocentes: sopro de still curtos, puros e de 
média frequência 
 Ocorre em crianças, adolescente e adultos 
jovens 
 Periódicas vibrações nas valvas pulmonares 
ou de falso tensão do ventrículo esquerdo 
 Mais audível entre o ÁPEX e a BEEI 
 Sopros Holossistólicos: 
 Começa com B1 e ocupa toda a sístole, 
ofuscando B2 
 Regurgitações mitral e tricúspide 
 Mitral: irradiação para axila, escápula, borda 
escapula esquerda inferior e até superior 
 Tricúspide: sinal de cavalo (aumento seletivo 
da intensidade com a inspiração) 
 Sopros Diastólicos: 
 Sopros Prodiastólicos: 
 Regurgitação aórtica; melhor audível com o 
diafragma, com o paciente inclinado e 
expiração forçada 
 Começa junto com A2, a configuração 
reflete a gravidade da regurgitação 
 Normalmente aspirativo, decrescendo 
 Sopros Mesodiastólicos: 
 Estenose Mitral: ocorrem após B2, suaves 
 Melhor audível com a campânula, com o 
paciente em decúbito lateral esquerdo e na 
região apical 
 Sopros Contínuos: 
 Conexões aorto-pulmonares 
 Conexões arteriovenosas 
 Ducto arterioso patente: rude, audível no 2º 
espaço intercostal esquerdo 
 
Cardiologia – Amanda Longo Louzada 
12 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
ATRITOS: 
 É um ruído extra-cardíaco 
 Pericardite serofibrinosa 
 Deve analisar a situação no ciclo cardíaco, 
localização, irradiação, intensidade e timbre

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