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Ação Penal

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Ação Penal
Conceito: é o direito da acusação ingressar em juízo requerendo a aplicação da lei penal no caso concreto.
Direito de Ação: público, subjetivo, abstrato, autônomo e instrumental. CF, art. 5º, XXXV.
Natureza Híbrida da Ação Penal: penal e processual penal;
Espécies de A. P.:
A.P Pública de Iniciativa Privada (art.100)
A.P. Pública: CF, art.129; Denúncia 
A.P. Pública Incondicionada 
A.P. Pública Condicionada
(A requisição do Minst. Da Justiça art. 141 e145 do CP.)
A. P. Privada 
A.P. Privada Subsidiaria. (A.P. Privada Subsidiária da Pública art. 5º, LIX da CF, CPP art. 29| somente em caso de omissão)
Art. 24 § 2º do CPP. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 
1) Pública: 
Condicionada: (requisição do Ministro da Justiça) somente se procede mediante representação.
Incondicionada: regra geral 
Subsidiária: art.100, §3º do CP, se o MP em omissão do prazo legal, não cabe se houver pedido de arquivamento.
2) Privada: (somente mediante queixa)
Exclusiva;
Personalíssima (art.236, §único, do CP) se morreu acabou.
	AÇÃO PENAL PÚBLICA
	AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 
	Princípio do ne procedat iudex ex officio (inércia): coma adoção do sistema acusatório pela Constituição Federal, ao juiz não é dado iniciar um processo de ofício
	Princípio do ne procedat iudex ex officio (inércia): também se aplica à ação penal de iniciativa privada
	Princípio do ne bis in idem: ninguém pode ser processado duas vezes pela mesma imputação
	Princípio do ne bis in idem: também se aplica à ação penal de iniciativa privada. 
	Princípio da intranscendência: a ação penal pública só pode ser proposta em relação ao provável autor do delito.
De acordo com esse princípio, a pena não passará da pessoa do condenado. Ou seja, só
quem pode responder por um crime é a pessoa que praticou esse crime.
	Princípio da intranscendência: a ação penal de iniciativa privada só pode ser proposta em relação ao provável autor do delito.
De acordo com esse princípio, a pena não passará da pessoa do condenado. Ou seja, só quem pode responder por um crime é a pessoa que praticou esse crime.
	Princípio da Obrigatoriedade (ou legalidade processual): presentes as condições da ação penal e havendo justa causa para a deflagração de um processo criminal, o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia.
OBS: a Transação Penal, art. 76 da lei de nº 90995/95, para os crimes de infração penal de menor potencial ofensivo. O MP irá propor uma medida diferente da pena privativa de liberdade.
	Princípio da oportunidade ou da conveniência: mediante critérios próprios de oportunidade ou conveniência, o ofendido pode optar pelo oferecimento (ou não) da queixa-crime
	Princípio da indisponibilidade: se, por conta do princípio da obrigatoriedade, o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia, não pode desistir da ação penal pública, nem tampouco do recurso que haja interposto (CPP, arts. 42 e 576).
OBS: Apesar de a ação penal ser indisponível, isso não significa que o MP não possa pedir a
absolvição do réu.
A Lei n. 9.099/1995 também traz uma mitigação ao princípio da indisponibilidade. Trata-se
da chamada suspensão condicional do processo (art. 89). Assim, mesmo que o MP já tenha
ajuizado a ação penal, ele poderá propor a suspensão condicional desse processo. 
	 Princípio da disponibilidade: se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a critérios próprios de oportunidade ou conveniência do ofendido ou de seu representante legal, isso significa dizer que o querelante poderá dispor do processo penal em andamento.
Podendo ele desistir.
	Princípio da (in) divisibilidade: parte da doutrina entende que vigora na ação penal pública o princípio da indivisibilidade.
Decisão do STF apontou que o princípio da indivisibilidade não se aplica à ação penal pública.
 
 
	Princípio da indivisibilidade: o ofendido não é obrigado a agir (princípio da oportunidade ou conveniência). Porém, se quiser exercer seu direito de queixa-crime, é obrigado a exercê-lo em relação a todos os coautores e partícipes do fato delituoso. Art. 47 do CPP. Ele não pode escolher quem vai processar será todos ou nenhum. 
Para CESPE: A. P. Pub. Pode ser publica condicionada ou incondicionada. Em relação à A.P.P. Condicionada à representação, há a exigência da manifestação do ofendido ou de quem tenha a qualidade de o representá-lo. 
· A.P.P. Condicionada: 
Representação: manifestação de vontade (Inequívoca) da vítima ou de seu representante legal. Pode ser estrita ou oral. Para o delegado, o MP (o Juiz).
Ofendido ou Procurador com poderes especiais. 
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
§ 1º A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
§ 2º A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.
§ 3º Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
§ 4º A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
§ 5ºO órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.
· Natureza Juridica: é uma condição de procedibilidade (sempre será AP Pública nunca na privada).
A representação dispensa rigores formais (STF)
· Prazo: art38 CPP (Decandecial)
6 meses contado do dia em que vier saber quem é autor do crime. 
· Retratação: 
-Cabe dentro do prazo decadencial de 6 meses.
-Até o oferecimento da denúncia
-Lei Maria da Penha: não é automática. O juiz designará uma audiência para saber se a pessoa quer mesmo se retratar. 
· A. P. Privada
-Quando: a lei penal disse. 
-Queixa: é peça que dá início à ação penal privada.
-Prazo: 6 meses (decadencial) conta a partir da descoberta do autor.
Querelante: é ofendido ou seu representante.
Antes da Ação: Oportunidade
Depois do Ajuizamento: Disponibilidade.
	PERDÃO
	RENÚNCIA 
	Art. 51 do CPP
Ocorre após a queixa
Princ. Da Disponibilidade
Bilateral ( o réu tem que aceitar o perdão)
Indivisibilidade 
	Art. 49 e 50 do CPP
Princ. Da Oportunidade
Unilateral ( como não existe ação o ofendido decidi sozinho se quer ou não a prosseguir)
Indivisibilidade]
Expressa ou tácita. 
· Perempção:
Somente na Ação Privada art. 60 do CPP.
 Art. 60- Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
 III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

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