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Resumo Tecido Epitelial

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Eduarda Michelin ATM 2024.2 
Metaplasia: adaptação à lesão tecidual e precursora da displasia –sequência do câncer. É 
resultado da reprogramação de células-tronco, quando as células-tronco daquele tecido –que eram 
de um tipo- se diferenciam para outros tipos de células também para aquele tecido, com diferente 
morfologia e, consequentemente, função diferente. Pode ou ser reversível, dependendo da 
gravidade dos danos, por exemplo. A metaplasia é acionada por estímulos do meio, que podem 
agir com os efeitos danosos dos microrganismos e inflamações. Uma marca da metaplasia é a 
mudança da identidade celular. A metaplasia pode ser induzida ou acelerada por algum tipo de 
estímulo anormal, como a mudança do PH, hormônios, cigarros e álcool. Nesse contexto, a célula 
original se adapta ao estresse do meio por meio da mudança de identidade. Exemplos: 
 Epitélio pseudo-estratificado da traqueia e brônquios, sob a ação da fumaça do cigarro, se 
transforma em epitélio estratificado pavimentoso; 
 Refluxo gástrico (esôfago de Barrett) onde o epitélio EPnQ pode sofrer transformação 
metaplásica em colunar com células caliciformes (epitélio glandular de tipo intestinal); 
 Metaplasia pavimentosa do uretélio está frequentemente associada a infecções parasitárias 
crônicas, como a esquistossomose. 
 
Transdiferenciação: troca de uma célula adulta por OUTRO tipo de célula adulta para o mesmo 
tecido. Quando uma célula já diferenciada sofre alterações morfológicas –e funcional-, 
transformando-se em outro tipo de célula adulta. Por exemplo, uma célula adulta colunar sofre 
divisões, virando várias células cúbicas e um tecido estratificado. É mais difícil retornar ao estado 
normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
 
Tecidos 
 Todos os tecidos são formados por células e por matriz extracelular (MEC). A MEC é 
composta por diversos tipos de moléculas, algumas altamente organizadas, formando estruturas 
complexas, como as membranas basais e as fibrilas de colágeno. 
As células produzem a MEC e controlam a sua composição ao mesmo tempo em que são 
influenciadas e controladas por moléculas da matriz. Portanto, diz-se que as células e a matriz têm 
continuidade física, que funcionam e respondem conjuntamente às ordens do organismo. 
A maioria dos órgãos é constituída de dois componentes: o parênquima, composto pelas 
células responsáveis pelas funções típicas do órgão, e o estroma, que é o tecido de sustentação 
representado quase sempre pelo tecido conjuntivo. 
 
Tecido Epitelial 
 As principais funções são o revestimento e a secreção. Revestimento de superfícies 
internas ou externas ou, ainda, do corpo como um todo (pele), o que está quase sempre associado 
às funções de proteção, absorção de íons e moléculas e percepção de estímulos. Camadas com 
contato com meio externo são todas revestidas por um epitélio. A secreção ocorre tanto em células 
do epitélio de revestimento, quanto por glândulas –células epiteliais que se reúnem para construir 
estruturas específicas-. Algumas células epiteliais podem ter proteínas contrateis, as mioepiteliais. 
 Praticamente todos os epitélios estão apoiados em tecidos conjuntivos. Nos epitélios 
que revestem órgãos ocos (aparelho digestivo, respiratório e urinário), esta camada de tecido 
conjuntivo recebe o nome de lâmina própria. Esse tecido conjuntivo serve não só para sustentar o 
epitélio, mas também para a sua nutrição, para trazer substâncias necessárias para as células 
glandulares produzirem secreção e para promover adesão do epitélio a estruturas subjacentes. 
A área de contato entre o epitélio e o tecido conjuntivo subjacente pode ser aumentada pela 
existência de uma interface irregular entre os dois tecidos, sob forma de evaginações do conjuntivo, 
chamadas papilas. As papilas –projeções da derme para a epiderme- existem com maior frequência 
em tecidos epiteliais de revestimento sujeitos a forças mecânicas, como pele, língua e gengiva. Há 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
também as cristas dérmicas, também comuns em regiões de maior atrito, que são projeções da 
epiderme para a derme, para facilitar a “junção” entre os tecidos. 
 Com raras exceções, os vasos sanguíneos não penetram nos epitélios, que são 
avasculares – mas sempre em contato com o sangue-. Portanto, todos os nutrientes das células 
epiteliais devem vir dos capilares sanguíneos existentes no tecido conjuntivo subjacente. Eles se 
difundem pela lâmina basal e entram nas células epiteliais pela superfície basolateral, normalmente 
por processo de energia. 
 Neoplasias: Adenocarcinoma –neoplasia glandular-; Carcinoma –neoplasia de origem 
epitelial (maioria de cânceres em humanos)-; Sarcoma –neoplasia que atinge as células 
mesenquimais, podendo atingir tecido conjuntivo e muscular-. 
 Biologia dos tecidos epiteliais: 
o Polaridade: a distribuição de organelas é diferente nas diferentes porções da 
célula. Essas características bioquímicas estão associadas a cada superfície celular e, junto com 
os arranjos geométricos das células epiteliais, determinam a polaridade da célula. Isso significa que 
diferentes partes dessas células podem ter diferentes funções, assim como a membrana plasmática 
das células epiteliais pode ter composições moleculares diferentes em seus diferentes polos. 
A membrana basal e basolateral é responsável por captar nutrientes vindos do tecido 
conjuntivo abaixo por processos que consomem energia; receptores químicos estão localizados na 
membrana basolateral. Já na porção apical de células que realizam processos de absorção, há 
enzimas que completam os processos digestivos antes da absorção. 
o Inervação: A maioria dos tecidos epiteliais é ricamente inervada por 
terminações nervosas provenientes de plexos nervosos da lâmina própria. Além da inervação 
sensorial (muito presente na córnea, por exemplo), o funcionamento das células epiteliais 
secretoras depende da inervação que inibe ou estimula sua atividade 
o Renovação: ocorre por atividades mitóticas, mas tem taxa é bem variável. Pode 
ser rápida, como no epitélio intestinal –renova a cada semana- ou lenta, como no fígado e pâncreas. 
Quanto mais rápida, mais suscetível à erros, tumores. Em tecidos epiteliais de revestimentos 
estratificados e pseudoestratificados, as mitoses ocorrem na camada basal, onde se encontram as 
células-tronco desses epitélios. Nos estratificados, as novas células continuamente migram para a 
superfície ao mesmo tempo que as células dessa descamam. 
o Controle da atividade glandular: as glândulas são sensíveis tanto ao controle 
nervoso como ao endócrino. Esse controle se dá por terminações nervosas motoras e ação 
hormonal. A ação é dos mensageiros químicos, para quais as células secretoras têm receptores 
químicos em suas membranas; os mediadores são constituídos por hormônios ou por mediadores 
químicos liberados nas sinapses nervosas estabelecidas na superfície das células glandulares. 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
o Transporte de íons: dividido em ativo e passivo. O transporte passivo, o que 
requer energia para ser efetivado, é quando há a movimentação contra uma concentração e contra 
um gradiente de potencial elétrico, de um local menos concentrado para mais concentrado. A 
passiva, que não requer ou requer muito pouca energia, é quando se está a favor do gradiente de 
concentração, de um local mais concentrado para menos concentrado. 
Junções estreitas têm um papel importante no processo de transporte. Em razão de sua 
relativa impermeabilidade a íons, água e moléculas grandes, elas impedem o retorno de grande 
parte dos materiais transportados pelo epitélio, impedindo o desperdício de energia. 
o Pinocitose: processo em que moléculas do meio extracelular são interiorizadas 
para o citoplasma por vesículas de pinocitose. É intensa nos epitélios simples pavimentosos que 
revestem os capilares sanguíneos e linfáticos ouque revestem as cavidades do corpo. Essas 
células usam vesículas para transportar moléculas entre uma cavidade e o tecido conjuntivo em 
que se apoiam e que este transporte pode fluir através das células em ambas as direções. 
o Células mioepiteliais: ao redor das unidades secretoras de algumas glândulas 
exócrinas (sudoríparas, lacrimais, salivares e mamárias), entre a lâmina basal e o polo basal das 
células secretoras ou células dos ductos, existem células epiteliais fusiformes e de forma estrelada 
chamadas células mioepiteliais. Elas se organizam longitudinalmente ao longo dos ductos e estão 
conectadas umas às outras, e às células epiteliais, por junções de adesão e desmossomos. O seu 
citoplasma contém inúmeros filamentos de actina e miosina, além de filamentos de queratina, 
confirmando sua origem epitelial. É uma célula epitelial com característica de muscular. 
A sua função auxiliar a expulsar as secreções para o exterior das glândulas. Também se 
encontram ao redor de vasos, auxiliando a manutenção da pressão dos mesmos. 
o Sistema neuroendócrino difuso – DNES: é um grupo de células distribuídas 
pelo corpo e encontradas em outros órgãos; estão em quantidades pequenas, não chegando a 
produzir um epitélio, mas produzindo substancias importantes e com funções diferenciada 
conforme o local em que são encontradas. Se originam da crista neural, um componente do sistema 
nervoso embrionário, com aproximadamente 35 tipos de células endócrinas isoladas, presentes no 
sistema digestório, respiratório, urogenital, hipófise e na tireoide. Há no pâncreas endócrino e nos 
melanócitos na pele. 
Secretam hormônios polipeptídicos e das aminas adrenalina, noradrenalina 5-
hidroxitriptamina (serotonina). Esse produto pode ser transportado endócrina ou parácrinamente, 
regulando e coordenando a atividade do tecido como um todo. As células endócrinas do DNES são 
consideradas glândulas endócrinas unicelulares. As células enteroendócrinas estão dispersas pelo 
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trato gastrointestinal. Importantes, também, as células C (produzem calcitonina, encontrado nos 
folículos tireoidiano, na tireoide, importante para a fixação do cálcio). 
o Células endócrinas especializadas na síntese de esteroides: são células 
acidófilas poliédricas ou arredondadas, com núcleo central e citoplasma geralmente com 
numerosas gotículas de lipídeos. São encontradas em vários órgãos do corpo, como em testículos, 
ovários e adrenais. O citoplasma das células secretoras de esteroides tem abundante retículo 
endoplasmático liso, que contêm enzimas para a sintetizar o colesterol a partir de acetato e também 
para transformar a pregnenolona produzida nas mitocôndrias em andrógenos, estrógenos e 
progestágenos. As mitocôndrias, por sua vez, são alongadas ou esféricas e contem cristas 
tubulares no lugar de cristas em forma de prateleira. O processo de síntese de esteroides resulta 
da colaboração íntima entre o REL e as mitocôndrias. 
o Células serosas: as células do pâncreas e das glândulas salivares parótidas 
são exemplos de células serosas. Essas células são poliédricas ou piramidais, têm núcleos 
arredondados e polaridade bem definida. Na região supranuclear há um complexo de Golgi bem 
desenvolvido e muitas vesículas arredondadas, envolvidas por membrana e com conteúdo rico em 
proteínas, chamas vesículas ou grânulas de secreção. Em células que possuem enzimas 
digestivas, como as células acinosas de pâncreas, essas vesículas são chamadas de grânulos de 
zimogênio. 
o Células mucosas: contém numerosos grânulos de secreção na região apical da 
célula e o núcleo fica normalmente situado na região basal, a qual é rica em retículo endoplasmático 
rugoso e onde a maioria das proteínas são sintetizadas. Os grânulos se coram fracamente e contêm 
muco, este que é constituído por glicoproteínas hidrofílicas. 
Monossacarídeos são acrescentados às proteínas por enzimas glicosiltranferases. Quando 
a secreção é liberada pela célula, ela se torna, assim, altamente hidratada e forma o muco, um gel 
viscoso, elástico e lubrificante. 
As células caliciformes –secretora de muco- são encontradas nos intestinos e no 
revestimento de grande parte da árvore respiratória. Há também diferentes células no esôfago, no 
estômago, em glândulas salivares, no trato respiratório e no trato genital. 
 
 Lâmina basal = Membrana basal, só diferencia devido ao tipo de microscópio usado. 
o Lâmina basal: vista pelo microscópio eletrônico. Têm uma camada elétron-
sena que constitui uma delgada rede de fibrilas (lâmina densa). Também pode apresentar uma 
camada de elétrons-lucentes, formando a lâmina lúcida. Em alguns casos ainda, fibras reticulares 
produzidas pelo tecido conjuntivo estão intimamente ligadas, formando a lâmina reticular. 
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Os componentes da lâmina basal –secretados por células epiteliais, musculares, adiposas e 
de Schwann- são colágeno tipo IV, as glicoproteínas laminina e entactina e proteoglicanos. Além 
desses, as lâminas se prendem ao tecido conjuntivo por uma camada de fibrilas de ancoragem 
constituídas por colágeno tipo VII. 
As funções são várias. Adesão das células do tecido epitelial ao tecido conjuntivo subjacente. 
Filtrar moléculas, influenciar a polaridade, regular a proliferação e diferenciação celular, influir no 
metabolismo celular, servir como caminho e suporte para migração de células, etc. 
As lâminas basais entre células muito próximas, como os alvéolos pulmonares e glomérulos 
renais, são mais espessas, pois são resultado da fusão de ambas as lâminas. 
o A membrana basal é vista pelo microscópio ótico. É a camada abaixo de 
epitélios. É mais espessa, pois inclui as proteínas que estão no tecido conjuntivo próximo a lâmina 
basal. Portando, é “constituída” pela LB e fibras reticulares tipo III com proteínas. Suas funções 
variam entre orientação do crescimento, regeneração e cicatrização. 
 
 Células epiteliais: 
As células do epitélio são poliédricas (com muitas faces) e justapostas. Entre elas, há 
pouca MEC. A forma das células varia muito, assim como a dos núcleos, que geralmente 
acompanha a morfologia celular. 
Apresentam uma intensa adesão mútua, podendo apresentar variações conforme o tipo 
de epitélio. Essa coesão é especialmente desenvolvida em epitélios sujeitos a fortes trações e 
pressões, como o caso da pele. A adesão é parcialmente devido à ação de coesão das caderinas 
–glicoproteínas-. Essas, entretanto, perdem a capacidade de adesão na ausência de Ca2+. As 
especializações de células epiteliais, entre outras funções, auxiliam no aumento de adesão entre 
as células. 
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 Especializações de Membrana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Domínio Basolateral 
É a região junto a lâmina basal –basal- e que faz o contato célula-célula –lateral-. 
Existência de proteínas únicas –moléculas de adesão celular – que constituem parte das 
especializações juncionais. Dentro desse domínio, tem-se o complexo juncional que constituem a 
barreira e o dispositivo de fixação entre as células epiteliais. 
 Interdigitações são dobras das membranas que se encaixam nas 
interdigitações de células adjacentes; 
 Junções de oclusão ou junções firmes são impermeáveis e formam a barreira 
de difusão intercelular, limitando o movimento de diversas moléculas. Por estar na porção mais 
apical, ela impede a migração de lipídeos e proteínas entre a porção apical e lateral, mantendo a 
separação físico-química desses compartimentos. 
 Junções de adesão fornecem a estabilidade mecânica das células, criando e 
sustentando a unidade tecidual. Encontradas na superfície lateral. Também desempenham 
importante papel no reconhecimento intercelular, na morfogênese e na diferenciação. 
 Junções comunicantes (GAP) permitem a comunicação entre as células 
vizinhas por passagem de pequenas moléculas, possibilitando, assim,as atividades celulares 
coordenadas que mantêm a homeostase dos órgãos. 
 Desmossomos ou mácula de adesão é um tipo de junção de adesão. Eles 
interagem com os filamentos intermediários, sendo seus locais de ancoragem. Eles fazem uma 
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fixação intercelular por meio de uma ligação particularmente forme, com uma junção semelhante a 
um ponto, entre as células. Estão localizadas no domínio lateral. 
Caso clínico: algumas pessoas produzem anticorpos contra as proteínas dos desmossomos, 
especialmente aquelas da pele, produzindo uma doença cutânea chamada “penphigus vulgaris”, 
ou epidemólise bolhosa. A ligação dos auto-anticorpos com as proteínas dos Desmossomos destrói 
a adesão celular, resultando na formação de bolhas que se espalham pelo corpo. 
 Hemidesmossomos diferenciam dos desmossomos somente quanto as 
proteínas transmembranosas. Nos locais em que aparece –córnea, pele e na mucosa da cavidade 
oral, esôfago e vagina-, aparecem como se houvesse metade de um desmossomos, por isso o 
nome. Estão na superfície basal da célula. Fornecem maior adesão à lâmina basal. 
 
o Domínio Apical 
Voltado para a luz ou meio externo. Estruturas especiais para realizar funções 
específicas e, por isso, contêm enzimas específicas, canais iônicos e proteínas carreadoras. 
 Microvilosidades ou Microvilos são prolongamentos contendo um núcleo de 
actina. Eles variam amplamente quanto a sua aparência, número e formato, relacionando-se com 
a capacidade absortiva da célula. Nas células absortivas intestinais, são denominadas borda 
estriada; já nas células dos túbulos uriníferos, é a borda em escova. As primeiras, em relação as 
segundas, são mais ordenadas e mais uniformes em sua aparência. 
 Estereocílios ou estereovilosidades são microvilosidades de comprimento 
incomum –longas- e imóveis. Não estão amplamente distribuídos entre os epitélios. Estão limitadas 
ao epidídimo e às células sensoriais (pilosas) da orelha interna. Facilitam a absorção. 
 Cílios são prolongamentos citoplasmáticos contento uma estrutura interna 
constituída por microtúbulos –axonema-. São modificações comuns, estando presentes em quase 
todas as células do organismo. São móveis, sendo capazes de mover líquidos e partículas ao longo 
das superfícies epiteliais. Conferem uma aparência de “cabelo cortado à escovinha”. Estão 
presentes nos espermatozoides em forma de flagelos, sendo prolongamentos mais longos e 
responsáveis pelo movimento daquele. 
Caso clínico: Discinesia Ciliar primária (DCP) é o nome atribuído às doenças nas quais 
ocorrem alterações ultraestruturais e/ou da função ciliar, com consequente alteração do transporte 
mucociliar. 
 Glicocálice serve como uma barreira mecânica, fazendo a seletividade ou 
permeabilidade. Tem sítios receptores para moléculas alvo, sendo receptores de hormônios. Eles 
estabelecem os microambientes extracelulares na superfície da membrana que desempenham 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
funções específicas no metabolismo, reconhecimento celular e na associação das células. Mais 
desenvolvido em epitélios cilíndricos com microvilos. 
 
o Disco intercalar: ocorrência de um complexo de três junções celulares – 
desmossomos, zônulas de aderência e junções comunicantes (GAP) -. Essa tríade ocorre só no 
tecido cardíaco, que fazem a adesão forte das células que garantem o funcionamento do coração 
como um sincício. 
 
 Tipos de epitélios: se dividem entre epitélio de revestimento e epitélio glandular, o que não 
significa que células de um não possam atuar como as células das outras –como o revestimento 
do estômago, em que todas as células secretam-. 
 
o Epitélio de revestimento: 
É responsável por separar o tecido conjuntivo subjacente do meio externo ou de uma das 
cavidades do corpo, funcionando como protetor e controlador da passagem de algumas 
substâncias. Elas estão sempre apoiadas em algum tipo de tecido conjuntivo, que contêm os vasos 
sanguíneos nutridores do epitélio. 
As suas células se dispõe em folhetos que cobrem a superfície externa do corpo ou que 
revestem as cavidades internas, as grandes cavidades do corpo, o lúmen dos vasos sanguíneos, 
o lúmen dos órgãos ocos, tubos, etc. 
As membranas que combinam o epitélio com o tecido conjuntivo são a membrana 
cutânea –pele, epiderme e derme-, a membrana mucosa –reveste as cavidades úmidas, como 
boca, bexiga e intestino- ou, ainda, a membrana serosa, um epitélio simples pavimentoso 
mesotélio. Esse, por sua vez, envolve os pulmões e reveste a caixa torácica. O peritônio reveste a 
cavidade abdominal e envolve os órgãos abdominais. Por fim, tem-se o pericárdio, que é o musculo 
que reveste o coração. 
Esses epitélios são classificados de acordo com o número de camadas de células dos 
folhetos e conforme as suas características morfológicas. 
 Camadas: simples -uma única camada celular, com intensa atividade 
metabólica-; estratificado -várias camadas celulares-; pseudoestratificadas -uma única camada 
celular, com núcleos em alturas diferentes, o que passa a imagem de várias camadas-. 
 Forma das células em epitélios simples: 
Pavimentoso ou escamoso- células achatadas como ladrilhos e núcleos alongados. 
Revestem o lúmen dos vasos sanguíneos e linfáticos, constituindo o endotélio. Quando reveste 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
grandes cavidades do corpo, como a pleural, pericárdica e peritoneal, e recobre seus órgãos, é 
chamado mesotélio. Além disso, fazem o revestimento da córnea, como mesotélio. Túnica serosa 
é quando onde houver o pavimentoso e adventícia onde não houver. 
 Cúbico- células isodiamétricas, cuboides e núcleos 
arredondados. É encontrado na superfície externa do ovário e formando a parede de ductos 
excretores de muitas glândulas. Há também no revestimento interno dos tubos coletores da papila 
renal. 
 Prismático, colunar ou cilíndrico- células altas, colunares, 
alongadas com núcleos alongados e elípticos. O maior eixo das células é perpendicular à 
membrana basal, assim como os seus núcleos. Está no revestimento do lúmen intestinal e do lúmen 
da vesícula biliar –trato digestivo. Alguns desses epitélios são ciliados, como o da tuba uterina, por 
exemplo, que ajuda no transporte de espermatozoides. Outros têm microvilosidades, como o 
revestimento interno do intestino delgado. Com estereocílios, fazem o revestimento interno do 
epidídimo e do canal deferente. 
 
 
 
 
 Forma das células em epitélios estratificados: 
 Cúbico- raro no organismo. Encontrado em curtos trechos de 
ductos excretores de glândulas; 
 Prismático- também raro. Encontrado na conjuntiva do olho. 
 Pavimentoso- se distribuem em várias camadas e a morfologia 
celular depende de onde as células se situam. As mais basais, próximas ao tecido conjuntivo, são 
normalmente cúbicas ou prismáticas. No momento em que migram para a superfície, mudam a sua 
forma, se tornando mais alongadas e achatadas – pavimentosas- e nomeando, assim, esse tipo de 
epitélio (sempre, a mais externada, usada para a nomeação). Quando essas células descamam, 
vão sendo substituídas por células que continuamente saem da membrana basal. Esse epitélio faz 
o revestimento do esôfago e de cavidades úmidas –boca, esôfago, vagina, etc-, sujeitas a atrito e 
força mecânica e é mais corretamente denominado EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO 
NÃO QUERATINIZADO –na verdade, tem, mas é uma quantidade muito pequena, pois sofrem a 
passagem continua de muco, que retira a queratina desses epitélios-. 
A pele é um EPITÉLIO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO. Nesse epitélio, as células mais 
superficiais morrem, perdem organelas e o seu citoplasma é ocupado por uma grande quantidade 
de queratina, o que confere grande proteção à superfície da pele, resistência ao atrito e impede a 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
perda de líquido. As células mortas –devido à impregnação de queratina, proteína insolúvel namaioria dos solventes e muito resistente- descamam gradativamente. 
 De transição- reveste a bexiga urinária, o ureter e a porção da uretra. É 
um epitélio estratificado cuja forma varia conforme o estado de distensão ou relaxamento do órgão. 
No caso da bexiga, quando ela está vazia, as células são mais prismáticas. Quando está cheia, 
mais pavimentosas. (vazia X cheia) 
 
 
 
 
 
 
 Forma das células em pseudoestratificados: 
 Prismático ciliado- reveste as passagens respiratórias, desde o 
nariz até os brônquios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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o Epitélio glandular: 
Constituídos por células especializadas na atividade de secreção interna ou externa. As 
moléculas a serem secretadas são temporariamente armazenadas em vesículas envoltas por uma 
membrana, as chamadas grânulos de secreção. 
Essas células podem sintetizar, armazenar e eliminar glicídios, proteínas –pâncreas-, 
lipídeos – adrenal e glândulas sebáceas – ou complexos de carboidratos e proteínas –glândulas 
salivares -. As secreções variam no quesito fluidez. 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
As mamárias secretam todos os três tipos de substâncias. As menos comuns são as células 
de glândulas que têm baixa atividade sintética, como as sudoríparas, cuja secreção é constituída 
principalmente por substâncias transportadas do sangue ao lúmen da glândula. 
Quanto a estrutura, essas células são “compostas” por duas estruturas, o parênquima 
glandular e o estroma. O parênquima glandular são as células secretoras de uma glândula; 
enquanto que o estroma glandular é o tecido conjuntivo no interior da glândula e que sustenta tudo, 
as células secretoras, os vasos sanguíneos, os vasos linfáticos e os nervos. 
As unidades secretoras de algumas glândulas – glândulas mamárias, sudoríparas e salivares 
- são envolvidas por células mioepiteliais. São células ramificadas que contêm miosina e um grande 
número de filamentos de actina. Elas são capazes de contração, agindo na expulsão da secreção 
dessas glândulas. 
A atividade de uma glândula depende principalmente de estímulos nervosos 
(neurotransmissores) e hormonais. 
As glândulas se originam a partir do 
epitélio de revestimento, cujas células se 
proliferam e invadem o tecido conjuntivo 
subjacente, seguido da diferenciação. O 
local das nossas glândulas é definido por 
células epiteliais que sofrem influência do 
ambiente onde estão sendo formadas. Para 
glândulas exócrinas, por exemplo, o 
ambiente estimula o destaque do tecido 
epitelial. 
As células sem destacamento agem 
nas células ao seu redor. Já as células com 
destacamento, endócrinas, atuam em 
várias células que não estão ao seu redor, justo pela passagem dos vasos sanguíneos. 
As glândulas podem ser classificadas de acordo com vários critérios de avaliação. 
Eduarda Michelin ATM 2024.2 
 
 Número de células: 
 Unicelulares- células caliciformes (produz muco), encontrada no 
revestimento do intestino delgado, traqueia e brônquios. 
 Pluricelulares- demais células. Dois tipos importantes são o ácino 
seroso e o túbulo mucoso. Algumas são compostas por ambas, como a glândula salivar 
submandibular. 
Os ácinos são pequenas porções secretoras formadas por células colunares ou piramidais. 
Apresentam um lúmen reduzido que se continua por um ducto excretor. Os seus núcleos são 
arredondados e ficam na porção basal, onde há muito RNA, enquanto a região apical é formada 
por grãos de secreção. Tem uma secreção fluida e constituída principalmente por proteínas. Está 
no sistema digestivo, parótida e pâncreas. 
(Ácino mucoso: existe em vários locais do tubo digestivo (mucosa bucal, glândulas salivares, 
esôfago, duodeno, sebáceas) e no aparelho respiratório. Estas glândulas podem estar isoladas ou 
esparsas (tecido conjuntivo da língua e nas paredes das bochechas e lábios) ou em grandes 
aglomerados (a glândula salivar sublingual). A porção secretora tem forma tubular, com forma 
desde quase retilínea até contorcida); 
Já os túbulos mucosos são estruturas alongadas, tubulares, variando entre únicas e 
ramificadas. Têm um lúmen dilatado que se continua com um ducto excretor. Suas células são 
largas, geralmente piramidais. Núcleos com cromatina condensada, normalmente. 
 Local de liberação da secreção: 
 Glândulas exócrinos- mantêm sua conexão com o epitélio do qual se 
originaram. Essa conexão tem a forma de ductos tubulares constituídos por células epiteliais, por 
onde as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade. É o caso 
das glândulas salivares e sudoríparas. Elas sempre têm duas porções, a secretora, responsáveis 
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pelo processo secretório, e os ductos excretores, que transportam a secreção eliminada pelas 
células. Há classificações (após). 
 Glândulas endócrinas- a conexão com o epitélio é obliterada e 
reabsorvida durante o desenvolvimento; logo, não tem ductos e suas secreções são lançadas e 
transportadas para o seu local de ação pela circulação sanguínea. É o caso da adrenal, hipófise e 
tireoide. 
 Cordonal: formado por um maciço de células que se dispõem em 
cordões anastomosados entre si, entremeados por capilares sanguíneos. É o caso da adrenal, 
paratireoide, lóbulo anterior da hipófise, ilhotas de Langerhans do pâncreas endócrino e fígado. 
 Vesicular: é formada por vesículas cuja parede é constituída por 
uma única camada celular que limita o espaço onde a secreção é acumulada. É o caso da tireoide. 
 Glândulas anfícrinas- mistas, como no suco pancreático. Essa divisão 
ocorre no parênquima da célula, que tem as células endócrinas e as células exócrinas. Parte 
endócrina produz insulina –pela célula beta-, glucagon – pela célula alfa-, etc. Já a parte exócrina 
tem bicarbonato, enzimas, água, o suco pancreático. Logo, elas secretam tanto endócrino como 
exócrino, ou seja, uma única célula pode funcionar de ambas as maneiras. 
 
 Maneira como a secreção sai: 
 Glândulas merócrinas: sai da célula apenas o produto da secreção, sem 
perda de material celular. É o caso das glândulas salivares e do pâncreas exócrino. 
 Glândulas holócrinas: toda a célula é secretada, junto com a secreção; 
ou seja, é um processo que envolve a destruição das células repletas de secreção. É o caso das 
glândulas sebáceas da pele. 
 Glândulas apócrinas: o polo apical da célula é secretado junto com as 
substâncias. É o caso das glândulas sudoríparas e mamária. 
 Tipo de secreção: 
 Secreção mucosa- secretam muco, substância viscosa de função 
protetora e lubrificante, rica em mucopolissacarídeos que nas preparações histológicas aparecem 
fracamente coloridas. Um exemplo são as glândulas esofagianas. 
 Secreção serosa: têm secreção fluida e rica em proteínas 
(glicoproteínas). Nas preparações histológicas, se colore 
intensamente. Um exemplo é a secreção exócrina do pâncreas e 
parótida. 
 Secreção seromucosas ou mistas: têm 
secreção serosa e mucosa. Um exemplo é a glândula submandibular 
(glândula salivar). Semilua serosa ou mucosa - conforme substância abundante, mesmo a 
glândula sendo em maioria de outro tipo - só em glândula mista. 
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 Classificações glândulas exócrinas: 
 Número de ductos- 
 Simples: têm um ducto não ramificado, podendo ser, conforme a 
forma de sua porção secretora, tubulares, tubulares enoveladas, tubulares ramificadas ou acinosas. 
Sudorípara –simples-. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Compostas: têm ductos ramificados. Podem ser tubulares, 
acinosas ou mistas tubuloacionosas. Parótida, pâncreas exócrino, sublingual –composta-. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Forma da porção: 
 Acinosa: parótida e pâncreas exócrino. 
 Tubulosa: mucosa intestinal e uterina. 
 Tubuloacionosa:esôfago. 
 Quanto ao produto de secreção: 
 Serosa: secretam fluido proteico. 
 Mucosa: fluido glicoproteico – muco. 
 Mista: seromucosas. 
 
 
 
 Glândula exócrina simples tubular: intestino grosso; 
 Glândula exócrina simples tubular ramificada: estômago (igual o intestino, mas essa forma 
evaginações, criptas, e não vilosidades, como o intestino). 
 Glândula exócrina simples tubular enovelada: glândula sudorípara. 
 Glândula exócrina simples ramificada acinosa (alveolar): glândula sebácea. 
 Útero: glândulas tubulares simples, tubular simples ramificada, tubular simples enovelada. O 
mesmo epitélio varia a porção secretora e o número de células, com o estágio hormonal e com o 
estágio de desenvolvimento daquela mulher. 
 Glândula exócrina acinosa composta: pâncreas. 
 Glândula exócrina tubular composta: duodeno 
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 Brotoeja: entupimento na glândula secretora de suor, pela superprodução do mesmo. 
Existem vários tipos, desde estágios mais graves, até mais leves. 
 Glândula exócrina túbulo-acinosa composta: glândula mamária. Ela involui, diminuindo o 
número de células, de lobos e de lóbulos quando não está “em uso”

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