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VI ENANPARQ - ANAIS - ARTIGO

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1
BRASÍLIA 2020
VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
BRASÍLIA 2020
VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
 
LIMIARIDADE
PROCESSOS E PRÁTICAS EM ARQUITETURA E URBANISMO
2
BRASÍLIA 2020
VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
3
BRASÍLIA 2020
VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação 
em Arquitetura e Urbanismo (2021 : Brasília, DF). 
Programação do Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e 
Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 1 a 5 de outubro – 
Brasília: FAU-UnB, 2021. 
ISSN 2358-6214 
1. Arquitetura. 2. Urbanismo. 3. Arquitetura e Urbanismo 
– Congressos. 
I. Título. II. Faculdade de Arquitetura. 
III. Universidade de Brasília.
2219
BRASÍLIA 2020
VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
PRÁTICAS E 
POSSIBILIDADES EM 
INTERSTÍCIOS URBANOS NA 
VILA ARENS EM JUNDIAÍ-
SP
PRACTICES AND POSSIBILITIES IN URBAN 
INTERSTICES IN VILA ARENS (JUNDIAÍ/SP)
PRÁCTICAS Y POSIBILIDADES EN INTERSTICIOS 
URBANOS EN VILA ARENS (JUNDIAI/SP) 
EIXO TEMÁTICO: PROJETO, POLÍTICAS E PRÁTICAS
SOUZA, Ayalla Cristini Buzzio de
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo (Centro Universitário Padre Anchieta)
ayallabuzzio@gmail.com
CARMO, Carolina Guida Cardoso do
Mestre e Doutoranda em Arquitetura, Tecnologia e Cidade (FEC/UNICAMP); Docente no 
Centro Universitário Padre Anchieta
carolinagcdocarmo@gmail.com
2220
BRASÍLIA 2020
VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
RESUMO
O presente artigo é resultado de uma pesquisa a respeito de interstícios urbanos e ressignificação 
de espaços no centro do município de Jundiaí, e que, através de estudos de caso e levantamentos 
de campo, fora possível refletir a respeito de propostas de uso, revitalização e (re)apropriação 
desses intersticios, respeitando as dinâmicas existentes na região, assim como buscando promo-
ver contato social, qualificação urbana e diversidade de públicos, cumprindo com uma lógica 
de ativação da urbe e utilização de seu potencial.
PALAVRAS-CHAVE: intervenção urbana. Interstícios. Centro. Jundiaí. 
ABSTRACT
The present article is the result of a research about urban interstices and redefinition of spa-
ces in the center of the municipality of Jundiaí, and that, through studies and surveys, it was 
possible to reflect on proposals for use, revitalization and (re)appropriation of these urban 
interstices, respecting the dynamics existing in the region, as well as seeking to promote social 
contact, urban qualification and diversity of audiences, fulfilling a logic of activating the city 
and using its potential.
KEYWORDS: Urban intervention. Interstices. Urban Center. Jundiaí.
RESUMEN
El presente artículo es el resultado de una investigación sobre intersticios urbanos y redefinición 
de espacios en el centro del municipio de Jundiaí, y que, a través de estudios y encuestas, fue 
posible reflexionar sobre propuestas de uso, revitalización y (re) apropiación de estos inters-
ticios urbanos, respetando la dinámica existente en la región, así como buscando promover el 
contacto social, la calificación urbana y la diversidad de audiencias, cumpliendo una lógica 
de activación de la ciudad y el uso de su potencial.
PALABRAS-CLAVE: Intervencion Urbana. Interstícios. Centro. Jundiaí. 
2221
BRASÍLIA 2020
VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
INTRODUÇÃO
O presente artigo é resultado dos levantamentos e reflexões desenvolvidas na pes-
quisa “Interstícios Urbanos e Ressignificação dos Espaços”, realizada durante o ano de 2019 
e como resultado principal, fora possível pensar possibilidades de desenhos e ocupações 
urbanas vinculados a possíveis práticas sociais recorrentes, tanto nos estudos de caso 
como no território vivenciado. Assim, esse trabalho busca i) apresentar uma discussão 
teórica à respeito da importância de (re)pensar formas de intervenção em áreas centrais, 
assim como ii) apresentar o levantamento histórico e espacial do território estudado 
- bairro Vila Arens, no município de Jundiaí e, por fim iii) trazer ideias possíveis de ocu-
pações em interstícios urbanos a partir dos estudos e pesquisas desenvolvidas, buscando 
incentivar a vida coletiva e pública, dando enfoque nas possibilidades de intervenção 
em duas áreas estudadas, o edifício da antiga Ocupa Colaborativa e o terreno adjacente.
Z�s�'�w�Z�AU}'tw}B�AZw��t��UZwȟ
Na natureza, os elementos crescem e se desenvolvem de forma tão orgânica que, 
por vezes, parece não haver lógica definida para tal, porém, cada componente é precisa-
mente planejado e possui sua função dentro de um ecossistema, mesmo aparentando 
ser um espaço vazio ou supérfluo. As cidades, nessa lógica, também configuram um 
ecossistema; esse, por sua vez, definido e construído a partir das mãos humanas. No 
processo de urbanização, ao se pensar as edificações e demais equipamentos urbanos 
no território, surgem no tecido áreas residuais que, por analogia à biologia, passaram 
a ser denominados, em determinados estudos, como interstícios urbanos. Conforme 
Guerreiro explica em seu artigo, “usamos o conceito de interstício para designar o espaço 
não edificado, resultante da disposição e agregação dos edifícios.” (2008, pg.02) 
Interstícios urbanos são definidos como o conjunto dos espaços abertos 
da cidade, isto é, todos os ‘’vazios’’, delimitados e conformados por inter-
faces verticais e/ou horizontais, restando sempre, todavia, uma interface 
livre, de contato com o meio exterior. [...] Os interstícios são: os espaços 
convencionalmente classificados como livres (espaços públicos e semi-
-públicos como parques, praças, largos e térreos livres); os espaços que, 
apesar de livres em sua essência, não são vistos e apropriados como tal 
nas cidades brasileiras, por não caracterizarem espaços de convivência 
urbana (espaços públicos e semi-públicos como ruas, calçadas, galerias, 
miolos de quadra); e os espaços abertos que não são livres, mas sim 
2222
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VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
privados (jardins de casas e condomínios, quintais, varandas, terraços, 
coberturas). (PIZARRO, 2014, pg. 42)
Para Craveiro e Almeida (2013) interstícios são “[...] espaços residuais deixados 
vagos pelo abandono ou entregues à sua condição natural de reserva de solo e lugar 
expectante.” (p.02). O uso do termo no urbanismo tem origem a partir dos estudos das 
cidades orgânicas, ou seja, as cidades que crescem espontaneamente de acordo com 
as necessidades que surgem a longo do processo de desenvolvimento da mesma. Esse 
crescimento natural remete ao desenvolvimento de um organismo vivo, por isso a apro-
priação do termo pelo urbanismo. 
As escalas para pensar os interstícios também são relevantes, uma vez que áreas 
maiores não edificadas são comumente chamadas, nos estudos brasileiros, de “vazios 
urbanos” e, consequentemente, impactam de maneira diferente na dinâmica urbana. 
Phels e Silva (2018) propõem uma qualificação dos tipos de interstícios urbanos, de 
acordo com a região da cidade em que se localizam, assim como com a escala e dimensão 
da área[1] e, a partir dessa proposição, entendemos como foco desse trabalho, refletir as 
possibilidades dos chamados instertice of proximity[2], entendidos como praças, pequenas 
áreas restritas, espaços que envolvam serviços locais ou possíveis novas infraestruturas 
para os usuários.
Sendo assim, entendemos como necessário repensar esses espaços interstíciais 
de proximidade de forma a ressignifica-los, usando-os para levantar questionamentos 
sobre esses espaços em centros consolidados, como: Quais suas possibilidades? Que tipo 
de usos podem ser dados? Como reinserí-losnas dinâmicas de seus possíveis usuários?
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�ZUwZOA#�#ZwȚ�Z���wZ�#'�L�U#A�B�ȭ�wq
Intervenção em áreas centrais são recorrentes e se intensificaram a partir dos 
processos de consolidação do urbano e da necessidade de se olhar para os espaços sob 
uma nova ótica de uso e de condicionantes. Intervir em centros urbanos é um meio de 
perpetuar sua história ao longo das gerações, promover a reutilização de edifícios e áreas 
�ࢃࠀࢂ �¶ɽ�Ŕʠʋȶɭơɽ�ƎǫʽǫƎơȟ�ɽʠŔ�ƃȍŔɽɽǫ˪ƃŔƇŴȶ�ơȟࡪ�ǫ࢏�Insterstice of remotenessࢎ�ʽǫȥƃʠȍŔƎȶ�Ūɽ�ŖɭơŔɽ�
ɭʠɭŔǫɽ࡫�ƃȶȟȶ�ȟȶȥʋŔȥǠŔɽ�ơ�˫ȶɭơɽʋŔɽ࡫࢏�ǫǫ࢏�Regional Interstitial Territoryࢎ�ʽǫȥƃʠȍŔƎȶ�Ūɽ�ŖɭơŔɽ�Ǝơ�
Ǝȶȟǭȥǫȶ�ɭơnjǫȶȥŔȍ࡫�ƃȶȟȶ�ŖɭơŔɽ�Ǝơ�ɢɭȶʋơƇŴȶ࡫�ɢŔɭɩʠơɽ�ɭơnjǫȶȥŔǫɽ࡫࢏�ǫǫǫ࢏�Interstice of transitition 
�࡫ȶȶȍȷnjǫƃȶɽ˖�࡫�ƃȶȟȶ�njɭŔȥƎơɽ�ɢŔɭɩʠơɽ࡫ʽǫȥƃʠȍŔƎŔȶ�Ūɽ�ɭơnjǫɝơɽ�Ǝơ�ʋɭŔȥɽǫƇŴȶ�ơȥʋɭơ�ɭʠɭŔȍ�ơ�ʠɭŹŔȥȶࢎ
setores industrais) e iv) Interstice of Proximite.
[2] Tradução livre: Interstícios de proximidade.
2223
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VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
abandonadas ou subutilizadas, dinamizar as atividades sociais e comercias e, consequen-
temente, elevar o nível de qualidade de vida dos habitantes (VARGAS; CASTILHO, 2015). As 
autoras, que dissertam majoritariamente sobre intervenções urbanas em grandes escalas, 
utilizam de uma metodologia que também pode ser aplicada, de maneira contextuali-
zada, para leituras de aspectos urbanos e sociais em menores escalas, conforme tabela 
1. Dialogando com essa perspectiva, Jane Jacobs (2011), afirma que espaços habitados 
e com fluxo e permanência de pessoas são mais seguros e convidativos do que locais 
desertos - para isso, pensar em diversificar funções, garantir a presença de pessoas no 
espaço em horários distintos e providenciar uma concentração de pessoas, pode ser uma 
alternativa para essa vívida relação urbana, corroborando com as possibilidades de que 
intervenções urbanas, que dialoguem diretamente com os usuários e suas demandas, 
podem ser uma alternativa para reavivar centros e espaços abandonados.
þŔŹơȍŔࡪࠀ��¡ơʋȶƎȶȍȶnjǫŔ�Ǝơ�ȍơǫʋʠɭŔ�ɢŔɭŔ�ǫȥʋơɭʽơȥƇŴȶ�čɭŹŔȥŔࡲ�bȶȥʋơࡪ�ĪŔɭnjŔɽࡷ�-ŔɽʋǫȍǠȶࡲࠄࠀ߿ࠁ�࡫
Também é importante, a partir das possibilidades de intervenção urbana, discutir 
as mesmas de forma que dialoguem com o público e com a escala direta do usuário; Ler-
ner (2011) acredita que as possibilidades de intervir em escalas menores também pode 
garantir estímulos que possam resultar em propostas articuladas de melhoria urbana.
Assim como a medicina necessita da interação entre médico e paciente, 
em urbanismo também é preciso fazer a cidade reagir. Cutucar uma área 
de tal maneira que ela possa ajudar a curar, melhorar, criar reações 
positivas e em cadeia. (LERNER, 2011, pg. 7) 
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VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Somando-se à isso, Craveiro e Almeida (2013) acreditam que, por meio de interven-
ções, de cunho artístico, estrutural e social na escala do pedestre, é possível devolver a 
cidade às pessoas, retomando a função social do meio público, recuperando o sentimento 
de pertencimento aos espaços, diversificando e renovando os significados e usos do meio 
urbano para além das normas pré-estabelecidas. Estudos que apresentam intervenções 
em interstícios urbanos de proximidade, como o caso dos Espacios de Paz[3] (diversos 
municípios – Venezuela) apresentam o potencial existente nesses espaços nas cidades, 
transformando o que “antes era uma barreira intraurbana em um grande limiar que 
passa a reunir pessoas e diferentes formas de ocupação” (AGUIAR, 2017, pg. 764), além 
de estimular o pré-existente, edificado ou simbólico, criando a ligação ativa entre novo 
e antigo. Dessa forma, entendemos como essencial trabalhar a lógica de pensamento 
em que recuperar espaços urbanos de menores escalas também é (re)produzir a cidade 
e buscar sua vitalidade de acordo com novas características e demandas da região. 
Buscando trazer práticas possíveis em territórios urbanizados, é importante abor-
dar a perspectiva histórica e, consequentemente, simbólica que o centro de Jundiaí, foco 
do estudo, possui, assim como entender suas caractecterísticas atuais que implicarão 
diretamente nas potencialidades dos interstícios de proximidade presentes na região.
Jundiaí é um município do interior do estado de São Paulo, distante aproxima-
damente 50 kilometros da capital do estado, sendo que, de acordo com dados do Seade 
(2010), contava com aproximadamente 370.000 habitantes. A cidade é cortada por dois 
eixos rodoviários de extrema relevância para o estado e que a conecta com grandes 
municípios da região, a Rodovia Anhanguera e a Rodovia Bandeirantes, implantadas 
entre as décadas de 1940 e 1980.
[3] Os Espacios de Paz ljȶɭŔȟ�ơˉơƃʠʋŔƎȶɽ�ɢȶɭ�ƃȶȍơʋǫʽȶɽ�Ǝơ�ơɽƃɭǫʋȷɭǫȶɽ�Ǝơ�ŔɭɩʠǫʋơʋʠɭŔ�ơȟ�
parceria com o Governo Federal venezuelano e contaram com forte participação da comuni-
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VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
bǫnjʠɭŔࡪࠀ߿���ȶƃŔȍǫ˖ŔƇŴȶ�Ǝơ��ʠȥƎǫŔǭࢎ�ʽơɭȟơȍǠȶ࢏�ơȟ�ɭơȍŔƇŴȶ�Ŕȶ�ȟʠȥǫƃǭɢǫȶ�Ǝơ�òŴȶ�áŔʠȍȶࢎ�Ŕ˖ʠȍࡲ࢏�
FȍŔŹȶɭŔƇŴȶ�ɢɭȷɢɭǫŔࠈࠀ߿ࠁ�࡫
Habitada por povos indígenas até o fim do século XVII, a origem de Jundiaí está 
fortemente vinculada ao movimento bandeirista. A data precisa de fundação da cidade 
possuí controversas, porém, a versão atualmente mais aceita é a de que em meados de 
1615 a região recebe os primeiros colonizadores, Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes, 
que fundam a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro (SCHNEIDER, 2008). Ainda segundo 
a autora, no século XIX, acontece a expansão da produção cafeeira para o centro-oeste 
do país, rumo a Jundiaí, e traz consigo as ferrovias e a industrialização; em 1867 com a 
crise escravista e a consequente alta do preço dos escravos, torna-se necessária a busca 
por nova mão de obra, e é neste momento que abrem-se as fronteiras para o recebimento 
dos imigrantes, principalmente os italianos.
A imigração estimula o crescimento agrícola, comercial e industrial, assim como 
proporciona os primeiros traços de infraestrutura urbana, como por exemplo, a instalação 
de um sistema de canalização de água e a importante inauguração da ferrovia São Paulo 
Railway, construída pela Cia. Paulista de Trens, que traz destaque a posição geográfica 
do município no setor ferroviário por alocar a estação final da linha férrea que liga o 
2226
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VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
porto de Santos ao interior do estado de São Paulo, possuindo papel fundamental no 
escoamento da produção agrícola, bem como, transporte de passageiros. 
As estradas de ferro foram implantadas em São Paulo a partir da expan-
são cafeeira vivenciada no Brasil durante o século XIX. Essas ferrovias 
possibilitaram o desenvolvimento do Estado durante a era industrial, 
mudando o cenário do território paulista. O primeiro trecho ferroviário 
de São Paulo foi inaugurado em 1867 pela São Paulo Railway Company 
(SPR). Percorrendo o caminho entre Santos e Jundiaí, a SPR possibili-
tou a São Paulo assumir gradativamente seu papel de polo econômico 
e político. O município de Jundiaí recebeu destaquedevido sua 
localização privilegiada, que favorecia o transporte de cargas para 
o comércio do interior paulista e a cidade passou a ter, a partir 
de então, um enorme crescimento que não cessaria mais. (SILVA, 
2018, pg. 367. grifo nosso)
Schneider (2008) afirma que, a industrialização e expansão da cidade tem como 
marco zero o atual bairro denominado Vila Arens, por conta das vantagens geográficas 
naturais (topografia e cursos d’àgua). Sendo assim, a expansão urbana, por um período, 
margeou a ferrovia e o Rio Guapeva, cuja topografia é predominantemente plana, o que 
facilitava o prolongamento dos trilhos a outras áreas da cidade. Assim, o bairro Vila Arens 
tem origem como berço das indústrias pioneiras do município, sendo considerado por um 
longo período “[...] o grande parque industrial de Jundiaí em épocas passadas [...]” (CIPO-
LATO, 1977, pág. 02). O setor têxtil teve destaque no pioneirismo industrial jundiaiense, 
empresas como a Fiação e Tecelagem Fides, Companhia Jundiayana de tecidos, Fabrica 
Japi, Argos Industrial S/A, entre outras, tiveram o bairro da Vila Arens como base de sua 
implantação. Schineider (2008) relata ainda que tais empresas, sendo a Argos a precur-
sora, manifestaram forte importância na vida coletiva, social e cultural da população, 
implantando “creches, casas operárias, escolas, cinemas e outros benefícios [...] [bem como] 
projetos de cunho social e cultural para seus operários [...]. ” (SCHINEIDER, 2008, pg. 110). 
Com a expansão da cidade e consolidação do polo comercial de Jundiaí em um centro 
expandido, bem como o advento dos shoppings, a Vila Arens perde sua força industrial 
originária bem como a mercantil perante a população, consolidando o fenômeno do 
esvaziamento no centro. “Com o desenvolvimento do sistema de transportes, com a 
substituição das linhas férreas pelas novas rodovias, [...], a concentração da população 
nas áreas centrais das cidades diminuiu, expandindo-se para as periferias.” (FANELLI, 
2014, pg. 24)
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E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Vargas e Castilho (2015) explicam como acontece na localidade estudada um fato 
já conhecido historicamente em outras regiões, o esvaziamento dos centros.
“[...]quando a expansão das áreas urbanas intensifica-se, de modo espon-
tâneo ou planejado, essa noção de centro começa a diluir-se pelo surgi-
mento de uma rede de subcentros que passam a concorrer com o centro 
principal. Esse processo foi, sem dúvida, responsável pela aceleração da 
degradação dos centros urbanos [...]. “ (VARGAS; CASTILHO, 2015, pg. 02). 
É importante, entretanto, levar em consideração que mesmo com um esvaziamento 
padrão dos centros urbanos, os mesmos ainda são extremamente relevantes por conta 
não só das diversas ofertas de serviço e comércio que ainda se aglomeram na região, 
mas também pelo ponto importante de conexão com outras regiões da cidade sendo, 
usualmente, um grande ponto de ligação e distribuição de pessoas através dos diversos 
e possíveis modais de transporte, como é o caso do centro do referido município.
Apesar de o centro tradicional não atrair o deslocamento diário da popu-
lação que mora em bairros mais afastados ou próximos das rodovias, não 
deixa de ter papel importantíssimo no cotidiano social, pois no centro 
existem algumas edificações, usos e espaços públicos que em nenhuma 
outra centralidade podem ser encontrados. [...] No caso de Jundiaí, de 
segunda a sexta feira, no período comercial, o centro tradicional atrai as 
classes mais populares devido ao tipo de comércio oferecido. No Centro 
encontram-se muitas lojas com artigos diversificados e exclusivos dessa 
região, oferecendo produtos à preços mais acessíveis que em qualquer 
outro ponto da cidade. (FANELLI, 2014, pg. 89)
Ainda segundo Fanelli (2014), há um movimento de recuperação da área central do 
Jundiaí por parte não só dos moradores, mas também por parte do setor público, como 
é o caso de edificações que se tornaram equipamentos públicos[4]. 
Partindo da lógica de continua recuperação e manutenção da vitalidade central do 
município, assim como das reflexões e dados apresentados anteriormente, o exercício de 
intervenção nos interstícios urbanos de proximidade foi pensado dentro do território da 
[4] A fábrica Argos Industrial tornou-se um complexo educacional com: a Biblioteca Pública 
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2228
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VI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA 
E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Vila Arens (figura 02), a partir de uma lógica de conexão entre os mesmos, desenvolvida 
de acordo com as informações obtidas através da vivência de campo. 
A partir dos levantamentos de campo, foi possível observar que o território é majo-
ritariamente adensado; notam-se, na região de estudo, poucas áreas não edificadas, 
com exceção das ruas do tecido; estas por sua vez, representam vazios adjuntos a equi-
pamentos públicos consolidados ou áreas privadas de condomínios. Os fluxos na Vila 
Arens são predominantemente diurnos e acompanham os horários de funcionamento 
dos equipamentos ali implantados. Nota-se também a intensificação dos fluxos nas 
áreas de troca de modal, como por exemplo, na região do Terminal Vila Arens (terminal 
de ônibus) e a estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que liga 
Jundiaí ao município de São Paulo. Também é perceptível uma variação de usuários, de 
diferentes classes sociais e com diferentes objetivos, como por exemplo trabalhadores, 
jovens praticando esportes e/ou pessoas circulando apenas como espaço de ligação à 
outras regiões do município.
Figura 02: Referência de localização da demarcação da Vila Arens e setor de intervenção. Ela-
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A partir das visitas de campo, foi possível encontrar espaços intersticiais que 
correspondem, a priori, com a literatura utilizada e como possíveis cenários de proje-
tos. Dessa forma, foram mapeados 16 interstícios no bairro, a partir de uma lógica de 
proximidade e conexão pedonal observada, conexões essas feitas a partir de espaços 
públicos já consolidados e com equipamentos usufruídos por usuários. Esses espaços 
foram classificados em três categorias: i) Nível 1: áreas vazias e inutilizadas; ii) Nível 2: 
Nível 2: áreas consolidadas[5] e subutilizadas e iii) Nível 3: áreas consolidadas e com usos, 
sendo todas essas categorias resultado das observações in loco.
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Como forma de abordar, de maneira prática e com maior detalhamento as propos-
tas de intervenções desenvolvidas, apresentamos o caso de dois interstícios analisados 
e estudados para propostas locais, demarcados na figura 03 como “áreas 11 e 12” sendo, 
respectivamente, o edifício da antiga Ocupa Colaborativa e o terreno adjacente.
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A Ocupa Colaborativa nasceu dos braços do coletivo sem fins lucrativos denomi-
nado “Casa Colaborativa”, fundado em 2013 e que tinha como sede um imóvel alugado 
na Rua Prudente de Moraes, no Centro de Jundiaí. Após três anos realizando eventos de 
diversas vertentes artísticas, políticas e sociais, o proprietário do imóvel solicitou o encer-
ramento do contrato de aluguel e ocoletivo encontrou-se frente ao desafio de encontrar 
uma nova sede para realização de suas atividades. Perante a inviabilidade de prosseguir 
com os trabalhos pagando o aluguel de um espaço, o grupo levantou a hipótese de ini-
ciar uma ocupação cultural. Apoiados por outros coletivos da cidade, como o Coletivo 
Coisarada, a Casa 493 entre outros, e após diversas visitas a campo, para levantamento 
de áreas abandonadas na cidade, visitas técnicas e pesquisas sobre outros movimentos 
semelhantes e questões legais sobre o assunto, definiram como alvo o imóvel conhecido 
como popularmente “Edifício da Ocupa Colaborativa”.
Abandonado há mais de 20 anos, a edificação encontrava-se completamente suja, 
depredada e com diversos problemas estruturais, além se ser objeto de insegurança e 
preocupação para os residentes do entorno, uma vez que foi cenário de atos de violência 
e um incêndio, além de acumular lixo e insetos (KOCH, 2016; OCUPAÇÃO 2016). O edifício 
abandonado pertence a uma empresa do ramo de litografia do grupo Araguaia, que veio 
a falir e encerrou suas atividades, deixando para trás um débito de mais de R$250 mil 
reais de IPTU perante o município e dívidas trabalhistas com os antigos funcionários 
(BATISTA, 2017). 
O galpão permaneceu vazio até o dia 06 de maio de 2016, quando o movimento 
“Ocupa Colaborativa” adentrou o prédio para promover ações socioculturais e de lazer 
no local. Nos dias subsequentes a ocupação, um mutirão voluntário se organizou para 
realizar a limpeza e adequações de infraestrutura, que permitiram a utilização do 
ambiente e abertura da agenda de atividades. 
Organizados de maneira horizontal e divididos em diversas frentes de trabalho, o 
coletivo era composto por “profissionais das áreas de produção cultural, comunicação, 
educação, marcenaria, moda, música, teatro, artes visuais, dança e áreas correlatas” 
(CASA, 2016) além de voluntários, que trabalharam durante 8 meses proporcionando 
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mais de 250 eventos, mesclados entre intervenções, shows, oficinas, palestras, rodas de 
conversa, teatros, saraus, exposições, bazares, entre outros, sendo a maioria destes ofe-
recidos de forma gratuita ao público; os eventos pagos, por sua vez, angariavam verba 
para manutenção do espaço, que contabilizou a passagem de mais de 7 mil pessoas no 
período (BATISTA, 2017). 
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Em 10 de Janeiro de 2017, foi executada a reintegração de posse do edifício. O 
recurso foi ganho pelo proprietário que justificou a venda ou aluguel do imóvel para 
pagamento das dívidas, e assim as atividades do Ocupa Colaborativa foram encerradas. 
Desde então, até a atualidade[6], o edifício continua vazio e desocupado, portanto, 
partindo desse contínuo abandono, juntamente com o estado de degradação do imóvel, 
o mesmo foi inserido como um interstício urbano pois, por mais que o mesmo esteja 
edificado, a ausência de utilização faz com que suscitem possibilidades de intervenção e 
ocupação, buscando respeitar a identidade dos possíveis usuários, assim como dialogar 
com uma demanda que ainda existe na cidade. Atualmente, Jundiaí ainda conta com 
diversos coletivos semelhantes a Casa Colaborativa, como o Ateliê casarão, Bloco do 
Loki, Coletivo coisarada, Casa amarela e Cine clube consciência que seguem produzindo 
cultura e arte hoje, bem como outros, que por diversos motivos tiveram de encerrar ou 
pausar suas atividades, como o Ateliê ̂plano, Coletivo confluências, Espaço cultural barra 
vento, Casa 493 e Ocupa Ponte Torta.
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Assim, o estudo intenta retomar os usos de sucesso prévio, reativando o local em 
forma de um “Centro Colaborativo”, que abrigará atividades socioculturais bem como 
funcionará como a centralizadora das ações que aconteceram nas demais áreas de 
intervenção. Promovendo a reforma do prédio e reativando o local por meio de um 
programa de necessidades baseado no partido da integração, executado por meio de um 
térreo livre com pé direito duplo, que permite a prática de diferentes atividades e um 
pavimento superior, composto por um mezanino metálico acessado por meio de uma 
rampa externa em estrutura metálica. Para preservar a história da construção, optou-se 
por manter o volume das esquadrias originais abrindo-se apenas novas passagens para 
otimizar os fluxos no interior do prédio, que faz ligação direta com o terreno adjacente, o 
que permite aos transeuntes cruzar o quarteirão por dentro da construção e não somente 
pelo lado de fora (pela calçada), o que promove a descoberta de novas possibilidade de 
caminhos e do próprio prédio. 
Figura 08: Proposta de intervenção para o edifício da antiga Ocupa Colaborativa. Elaboração 
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As propostas para o Centro Colaborativo, desde seu programa de ocupação até 
os eixos de circulação e espaços comuns definidos, foram pensadas de forma a não só 
criar locais onde as pessoas possam ter experiências urbanas diversificadas em regiões 
favorecidas pela localização e infraestrutura, mas também como forma de oferecer um 
espaço que acolha atividades que nem sempre encontram um lugar simbólico na cidade. 
Essa concepção espacial, que suaviza a transição entre o espaço edificado e o espaço livre, 
também é fundamental para, de acordo com Silva (2013) possibilitar maior aproxima-
ção social dos potenciais usuários e, consequentemente, maior apropriação do espaço.
Como uma forma de somar nas atividades propostas no edifício, assim como em 
diversificar as possibilidades de uso da região central do município – que oferece alguns 
espaços de lazer com um programa de ocupação tradicional, optou-se por propor um 
parque de esportes urbanos no terreno adjacente, promovendo estrutura para atividades 
físicas como skate, patins, longboard, bmx, parkour, calistenia, slackline, danças, exibições 
e demais artes, complementando as atividades que aconteceriam no interior do Centro 
Colaborativo e atendendo uma demanda existente na região, visto que há uso constante 
de skatistas no entorno do bairro, de acordo com percepção de campo. Atualmente, a área 
é utilizada como um grande estacionamento, sendo que, dentro da realidade do centro 
do município, vinculada à localização estratégica e usuários diversificados, a mesma 
possui potencialidades de ocupação mais dialógicas com o processo de qualificação e 
manutenção do espaço urbano.
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A partir das propostas desenvolvidas e apresentadas, buscamos reforçar as possi-
bilidades de alternativas para repensar as transformações das cidades, não só a partir 
das grandes escalas, mas também com um olhar para espaços intersticiais que possam 
corresponder, de maneira mais próxima, com as mudanças, possibilidades e anseios 
das pessoas.
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De maneira geral, esse artigo busca apresentar as possibilidades de ocupação e for-
mas de transformar os espaços intersiticias urbanos, dialogando com as possibilidadese usos coerentes com os transeuntes e usuários do espaço. É preciso pensar em espaços 
atrativos para a população como um todo, porém, de maneira que respeite a população 
fixa do local, analisando as possibilidades sob uma perspectiva coletiva.
Intervenções funcionam como uma ferramenta da ressignificação, atuando nos 
espaços de maneira ora direta ora subjetiva para ativação dos mesmos, sendo que, com 
esse trabalho, discutimos essas práticas a partir de uma escala de proximidade maior 
com o usuário. Quando as pessoas possuem ligação sentimental com os lugares, o uso e 
preservação dos mesmos acontece de maneira mais efetiva, visto que o valor de perten-
cimento é uma variável fundamental para cuidar dos lugares e objetos, ao vivenciar a 
cidade ela deixa de ser apenas cenário para as atividades e transforma-se em protagonista 
das ações, possibilitando experimentações e experiências aos usuários (AGUIAR, 2017). 
Promover espaços de apoio para incentivar atividades coletivas e, assim, contri-
buir com a sociedade e desenvolver a cultural local, é de extrema importância para que 
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iniciativas não se percam ao longo de suas jornadas, visto que todo projeto demanda 
tempo, orçamento e dedicação, sendo assim, utilizar um espaço abandonado é, além de 
sustentável, por utilizar um estrutura já existente, evitando o consumo de novos recursos, 
é também cumprir a lei e fomentar o desenvolvimento social.
Interstícios, portanto, são áreas com potencialidades latentes e é importante romper 
com a lógica de abandono e degradação desses espaços, trazendo novas possibilidades 
de uso potencializadores para a sociabilidade, como lazer, cultura e demais atividades 
pertinentes ou experimentais (AGUIAR, 2017). Enquanto arquitetos e urbanistas, entender 
que, se é de praxe que as edificações devem possuir qualidade projetual e arquitetônica, 
a base onde as mesmas são inseridas, bem como os espaços residuais que a rodeiam, 
também devem seguir parâmetros qualitativos, visto que são componentes coexistentes.
Assim, é importante reconhecer as intervenções urbanas como pontos relevantes 
para a valorização do espaço público, por ser um mecanismo que pode promover con-
tato social, qualificação urbana e diversidade de públicos, cumprindo com uma lógica 
de ativação da urbe e utilização de seu potencial.
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