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SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 SISTEMA CARDIOVASCULAR VOLUME DIASTÓLICO FINAL: volume de sangue passado do átrio para o ventrículo, quando o ventrículo relaxa totalmente - diástole. Quando o ventrículo atinge o volume máximo de sangue, ele atinge o VDF. Em média, o Volume Diastólico Final de um adulto normal é de 135 mL. VOLUME DE EJEÇÃO OU DÉBITO SISTÓLICO (POWER STROKE): volume de sangue ejetado pelo ventrículo quando ele contrai/ volume ejetado em uma contração. O volume de sangue perdido por esse ventrículo é de, em média, 70 mL → não perde todo o sangue em uma contração. Após essa contração e a perda de aproximadamente 70 mL, sobram cerca de 65 mL de sangue no ventrículo. VOLUME SISTÓLICO FINAL: volume de sangue residual, que sobra no ventrículo após a sístole/ após a ejeção de sangue devido a contração. O VSF é, em média, 65 mL. DÉBITO CARDÍACO (DC): volume de sangue ejetado em um minuto. DC = Frequência Cardíaca X Volume de Ejeção Volume de Ejeção: VDF – VSF → ponto em que há aumento da frequência cardíaca, mas diminuição do débito cardíaco = se aumentar a frequência cardíaca, o ventrículo vai ejetar mais sangue e haverá, assim, um aumento do débito cardíaco. Se houver um aumento muito elevado da frequência cardíaca, entretanto, vai ter-se menos tempo para a diástole (enchimento do ventrículo). Esse menor tempo faz com que o ventrículo receba menos sangue na diástole, diminuindo o volume de sangue disponível para a ejeção e, assim, diminuindo o débito cardíaco. ALÇA DE PRESSÃO: gráfico que faz a representação dos volumes e da pressão dentro das câmeras do coração. em A ocorre a abertura da valva mitral (por diferença de pressão; em B ocorre o fechamento da valva mitral ( VDF ); em C ocorre a abertura da válvula aórtica e ocorre a ejeção de sangue ( DS ); SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 em D ocorre o fechamento da válvula aórtica ( VSF ). Contração Isovolumétrica = o coração mantém o seu volume, uma vez que não há mais a entrada, nem o vazamento de sangue para o coração = as duas valvas estão fechadas. Isso ocorre uma vez que as duas valvas, tanto a mitral (do átrio para o ventrículo esquerdo), quanto a semilunar (do ventrículo esquerdo para a artéria aorta), estão fechadas. Ao mesmo tempo em que as duas estão fechadas, ocorre uma certa contração → por isso, contração isovolumétrica. Vai chegar um momento, entretanto, em que a pressão vai aumentar tanto, que a valva semilunar vai acabar se abrindo. A quantidade de sangue ejetada pela câmara ventricular (Volume de Ejeção) em cada batimento é determinada por três variáveis: Contratilidade: eficiência que o coração tem de contrair mais ou menos. O aumento da contratilidade aumenta o volume de ejeção, mas diminui o volume sistólico final – ejeta mais sangue, deixando menos sangue residual no ventrículo -. Pré-carga: quantidade de sangue que um ventrículo está recebendo. Pode ser alta ou baixa. Pós-carga: dificuldade que um ventrículo está tendo de tirar o sangue do ventrículo. Se tem um aumento da pós-carga, diminui o volume de ejeção, aumenta a pressão e aumenta o VSF – tira menos, sobra mais -. Se diminui o pós-carga, aumenta o volume de ejeção, diminui a pressão e diminui o VSF – tira mais, sobra menos -. O coração é o único órgão que recebe sangue na diástole; os demais órgãos recebem sangue na sístole. As coronárias estão acima da valva semilunar. Na sístole, o coração contrai e manda sangue para todos os órgãos. Essa contração comprime as coronárias, impedindo que o sangue jorre pelas coronárias e que o coração seja irrigado durante a sístole. Quando se tem a diástole, o coração está relaxado e a valva semilunar está fechada; essa região acima da valva está “inundada” em sangue, que jorra pelas coronárias, irrigando o coração. SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 ÁTRIOS E VENTRÍCULOS – FUNCIONAMENTO Os ventrículos e os átrios funcionam em sincronia entre si. Quando o direito contrai, o esquerdo também vai estar. O ventrículo esquerdo perde 5L/min de sangue para o corpo; ao mesmo tempo, o ventrículo direito perde 5L/min de sangue para os pulmões – por isso o sistema pulmonar tem uma grande quantidade de vasos linfáticos, para suportar essa grande quantidade de sangue que chega ao pulmão; se não tem esses vasos eficientes, é comum o surgimento de edemas pulmonares -. Se ocorrer uma paralisia do lado esquerdo do coração, não se despacha sangue o suficiente para o corpo. Assim, há o represamento de sangue do lado direito do coração e a sobrecarga desse lado, formando assim o EDEMA PULMONAR → o acumulo de líquido no lado direito aumenta a pressão, extravasa líquido para o líquido intersticial, há o afastamento dos vasos, não é possível a troca de oxigênio e ocorre a formação de edemas pulmonares. SINAPSES DO CORAÇÃO No coração, se tem sinapse química E elétrica: a química ocorre através da inervação simpática – noradrenalina, aumenta a frequência cardíaca - ou parassimpática – acetilcolina, diminuindo a frequência cardíaca -. a elétrica ocorre entre as células musculares do coração, sendo as predominantes no coração. A elétrica é muito mais rápida. Ela estimula a mesma resposta nas células que em que age e há pouca plasticidade. Na elétrica, há a transferência de íons diretamente entre os citoplasmas das células (devido a presença das junções comunicantes – poros que permitem a passagem de íons - entre as células) → quanto maior for a junção comunicante, quanto maior for a sinapse, quanto mais poros (conexinas) tiver entre as células, menor é a resistência interna da membrana e maior a velocidade – mais fácil para as cargas passarem -. VELOCIDADE DA CONTRAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO → Feixe de Hiss → estão dentro das paredes do septo interventricular. Tem no lado esquerdo e no lado direito. A condução do potencial de ação tem início no nódulo sinoatrial e se direciona para o nódulo atrioventricular por meio das vias intermodais – presentes no átrio esquerdo e direito -. A condução continua, então, no AV e, por fim, se espalha de modo simultâneo pelo feixe de Hiss para o lado esquerdo e direito. A condução chega do nódulo S.A ao A.V com uma velocidade, onde ocorre um leve retardo; depois, passa pelo feixe de Hiss com uma velocidade ainda maior. Essa diferença de velocidade ocorre devido as diferentes conformações de junções comunicantes (maior, mais rápido; menores, mais lento). Portanto, há no coração diferentes velocidades de condução elétrica → essa diferença de velocidade ocorre uma vez que o coração não pode contrair todo junto, SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 permitindo que os átrios e os ventrículos trabalhem de modo intercalado. As células que contraem no coração são chamadas de células de trabalho. Há, também, as células de condução, que são células especializadas responsáveis única e exclusivamente pela condução do potencial de ação → são essas células de condução que compõe o Feixe de Hiss. Quando esse potencial de ação é conduzido ao longo do feixe pelas células de condução, ela estimula as células vizinhas. Esse feixe de Hiss é importante, pois é a partir dele que é possível conseguir coordenar a contração do coração, ativando de forma cadenciada as células. Se não houvessem essas células, a contração do coração ocorreria de modo muito difuso. O sentido da despolarização do coração é de cima para baixo (nó S.A. → nó A.V. → feixe de Hiss → feixes de Purkinje). O esqueleto fibroso do coração é um isolante elétrico que envolve as valvas direitas e esquerda. Esse esqueleto fibroso atua evitando que os sinais elétricosatravessem do átrio para os ventrículos. Há, na parte central desse esqueleto fibroso, o nó A.V., que possui uma trilha/tronco que perfura esse isolante elétrico e que permite a distribuição da condução do coração para o lado esquerdo e direito do coração. POR QUE É NECESSÁRIO DIRECIONAR OS IMPULSOS ATRAVÉS DO NÓ AV? Pois o sangue que é bombeado pelos ventrículos deixa o coração por aberturas localizadas na porção superior dessas câmaras. Se o impulso elétrico vindo dos átrios fosse conduzido diretamente para os ventrículos, estes iniciariam a contração pela parte superior. Então, o sangue seria impulsionado para baixo, onde ficaria represado (como espremer um tubo de creme dental em direção ao lado em que o creme sai). A contração direcionada do ápice para a base empurra o sangue para a abertura das artérias situadas na base do coração. O sangue vem de baixo para cima. Um segunda função do nó AV é atrasar um pouco a transmissão dos potenciais de ação, permitindo que os átrios terminem sua contração antes que os ventrículos comecem a contrais. As fibras do coração são espiraladas, a fim de aumenta a força de ejeção – potência de disparo do sangue é muito maior -. O potencial de ação é a representação da atividade de uma célula. O eletrocardiograma é a representação da atividade do coração. SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 CÉLULA DO NÓ SINOATRIAL A célula do nodo sinoatrial tem como principal característica ser uma célula marca- passo, ou seja, ela nunca descansar, nunca entra em repouso verdadeiro. Toda vez que ela atinge o “repouso”, em -60, em milissegundos ela já começa a repolarizar. Quando a célula atinge o limiar (- 40mV), abrem-se canais de cálcio. Com a abertura desses canais de cálcio, entram, na célula do nodo sinoatrial, cargas positivas. Essa entrada de carga fez com que a célula chegue em +20mV. A fase ascendente desse potencial de ação, é pelos canais de cálcio. Quando o cálcio atinge o potencial de equilíbrio dele (+20mV), para de entrar cálcio e abrem-se os canais de potássio - começa a sair potássio -. O potássio, ao sair da célula, leva consigo carga positiva. A saída do potássio com as cargas positivas deixa a célula do nodo sinoatrial negativa. Nessa situação, a célula começa a retornar para um valor negativo, para o seu “repouso” (-60mV). Quando a membrana retorna para “- 60mV”, há uma corrente hiperpolarizante. Essa corrente hiperpolarizante ativa um terceiro canal, que é ativado quando a membrana atinge -60mV, por carga negativa, por uma corrente hiperpolarizante. Esse terceiro canal abre canais de sódio. Quando se abre esse canal, entram cargas positivas que faz com que o potencial da membrana saia de -60mV e chegue em - 40mV, que, por sua vez, ativa os canais de cálcio, iniciando o ciclo outra vez. Toda vez que a célula vai voltar para o seu estado de repouso, ela abre os canais de sódio. Por ocorrer de modo cíclico, ela sempre funciona. O potencial de ação é de -40mV em diante. SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 CÉLULAS MIOCÁRDICAS CONTRÁTEIS FASE 4: POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO. As células miocárdicas contrateis tem um potencial de repouso estável de aproximadamente - 90 mV. FASE 0: DESPOLARIZACAO. Quando a onda de despolarização entra na célula contrátil através das junções comunicantes, o potencial de membrana torna-se mais positivo. Os canais de Na+ dependentes de voltagem se abrem, permitindo que a entrada de Na+ despolarize rapidamente a célula. O potencial de membrana atinge cerca de - 20 Mv antes de os canais de Na+ se fecharem. FASE 1: REPOLARIZACAO INICIAL. Quando os canais de Na+ se fecham, a célula começa a repolarizar à medida que o K+ deixa a célula pelos canais de K+ abertos. FASE 2: O PLATO. A repolarizacao inicial e muito breve. O potencial de ação, então, se achata e forma um platô como resultado de dois eventos: uma diminuição na permeabilidade ao K+ e um aumento na permeabilidade ao Ca2+. Os canais de Ca2+ dependentes de voltagem ativados pela despolarização foram abertos lentamente durante as fases 0 e 1. Quando eles finalmente abrem, o Ca2+ entra na célula. Ao mesmo tempo, alguns canais “rápidos” de K+ se fecham. A combinação do influxo de Ca2+ com a diminuição do efluxo de K+ faz o potencial de ação se achatar e formar um platô. Platô é criado a partir da entrada de cálcio. Esse cálcio entrando faz com que o potencial de ação dure mais. Esse potencial tem que ter maior duração a fim de evitar a tetânia, a contração sustentada → quando termina um potencial de ação, termina também a contração, não podendo soma-los e, assim, criar uma contração sustentada. Eles terminam quase ao mesmo tempo justamente porque o potencial de ação tem maior duração, devido a entrada de cálcio na célula. Importância do platô → perda de potássio e entrada de cálcio (compensação). Garante tempo para que a célula faça o seu trabalho, faça a contração. SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 FASE 3: REPOLARIZACAO RAPIDA. O platô termina quando os canais de Ca2+ se fecham e a permeabilidade ao K+ aumenta mais uma vez. Os canais lentos de K+, responsáveis por essa fase, são ativados pela despolarização, mas são abertos lentamente. Quando os canais lentos de K+ se abrem, o K+ sai rapidamente e a célula retorna para seu potencial de repouso (fase 4). O CORAÇÃO É FORMADO POR 4 CÂMERAS: 2 ÁTRIOS E 2 VENTRÍCULOS. HÁ A VALVA AV DIREITA (TRICUSPIDE) E A VALVA AV ESQUERDA (MITRAL OU BICÚSPIDE). HÁ AS VALVAS SEMILUNARES ARTERIAL E PULMONAR. CICLO DO CORAÇÃO O fluxo sanguíneo sempre flui de uma região de maior pressão para uma região de menor pressão. A contração aumenta a pressão, ao passo que o relaxamento diminui a pressão. 1 – Coração em repouso: diástole atrial e ventricular Breve momento em que tanto os átrios quanto os ventrículos estão relaxados. Os átrios estão se enchendo com o sangue vindo das veias e os ventrículos acabaram de completar uma contração. À medida que os ventrículos relaxam, as valvas AV se abrem e o sangue flui passivamente dos átrios para os ventrículos. Os ventrículos relaxados expandem-se para acomodar o sangue que entra. ** Na diástole ventricular, a valva tricúspide está aberta, devido a redução da pressão ventricular. Isso gera a entrada passiva do sangue do átrio para o ventrículo. 2 – Termino do enchimento ventricular: sístole atrial A maior quantidade de sangue entra nos ventrículos enquanto os átrios estão relaxados, ao passo que a outra parte de sangue entra devido a contração atrial – o aumento de pressão empurra o sangue para dentro do ventrículo -. Embora as aberturas das veias se estreitem durante a contração, uma pequena quantidade de sangue é forçada a voltar para as veias, uma vez que não há valvas unidirecionais para bloquear o refluxo de sangue. 3 – Contração ventricular precoce e primeira bulha cardíaca A sístole ventricular inicia no ápice do coração. O sangue empurrado contra a porção inferior das valvas AV faz elas se fecharem, de modo que não haja refluxo para os átrios. As vibrações seguintes ao fechamento das valvas AV geram a primeira bulha cardíaca, o “tum” do “tum-tá”. Com ambos os conjuntos de valvas AV e válvulas semilunares fechadas, o sangue nos ventrículos não tem para onde ir. Entretanto, os ventrículos continuam a se contrair, comprimindo o sangue. Essa fase é chamada de contração ventricular isovolumétrica, em que o volume sanguíneo no ventrículo não está variando. Enquanto os ventrículos iniciam a sua contração, as fibras musculares atriaisestão relaxando. Quando as pressões no átrio atingem valores inferior às pressões nas veias, o sangue volta a fluir das veias para os SISTEMA CARDIOVASCULAR EDUARDA MICHELIN ATM 2024.2 átrios. O fechamento das valvas AV isola as câmaras cardíacas superiores das inferiores e, dessa forma, o enchimento atrial é independente dos eventos que ocorrem nos ventrículos. ** Quando um ventrículo contrai, o sangue é empurrado contra o lado de baixo da valva AV, empurrando-a para cima para assumir a posição fechada. As cordas tendíneas (ligadas aos músculos papilares do ventrículo) impedem que a valva seja empurrada para dentro do átrio, do mesmo modo que as varetas de um guarda-chuva impedem que ele vire do avesso quando há um vento muito forte. 4- A bomba cardíaca: ejeção ventricular. Quando os ventrículos contraem, eles geram pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares e empurrar o sangue para as artérias. A pressão gerada pela contração ventricular torna-se a força motriz para o fluxo sanguíneo. O sangue com alta pressão é forçado pelas artérias, deslocando o sangue com baixa pressão que as preenche, empurrando-o ainda mais adiante na vasculatura. Durante essa fase, as valvas AV permanecem fechadas e os átrios continuam se enchendo. 5 - Relaxamento ventricular e a segunda bulha cardíaca. No final da ejeção ventricular, os ventrículos começam a repolarizar e a relaxar, diminuindo a pressão dentro dessas câmaras. Uma vez que a pressão ventricular cai abaixo da pressão nas artérias, o fluxo sanguíneo começa a retornar para o coração. Este fluxo retrógrado enche os folhetos (cúspides) em forma de taça das válvulas semilunares, forçando-os para a posição fechada. As vibrações geradas pelo fechamento das válvulas semilunares geram a segunda bulha cardíaca, S2, o “tá” do “tum-tá”. Uma vez que as válvulas semilunares se fecham, os ventrículos novamente se tornam câmaras isoladas. As valvas AV permanecem fechadas devido à pressão ventricular que, embora em queda, ainda é maior que a pressão nos átrios. Esse período é chamado de relaxamento ventricular isovolumétrico, porque o volume sanguíneo nos ventrículos não está mudando. A parede esquerda é sempre mais espessa que a direita.
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