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Resumo - Fisiologia SCV

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Rafaela Pamplona 
Propriedades Mecânicas do Coração e Ciclo Cardíaco
Objetivos 
Características morfofuncionais do músculo cardíaco = identificar a 
estrutura e saber sua função 
Válvulas cardíacas = crucial para o funcionamento cardíaco 
Ciclo cardíaco e suas fases = acontecimentos entre o início da 
contração (sístole) e o final do relaxamento (diástole). 
Conceitos de pré e pós-carga = importantes para avaliar a função 
cardíaca. 
Mecanismos de controle da bomba cardíaca 
Lembrar!! Artéria Veias 
 vasos sanguíneos 
que saem do 
coração 
vasos sanguíneos 
que chegam ao 
coração 
 
► Coração 
➢ Câmaras - Possui 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos 
Na face anterior de cada átrio encontra-se a , uma estrutura 
enrugada, saculiforme. Cada aurícula aumenta ligeiramente a capacidade do 
átrio, armazenando maior volume de sangue. Além disso, na superfície do 
coração encontra-se uma série de depressões, chamadas de , 
contendo os vasos sanguíneos coronários e gordura. Cada sulco marca o 
limite externo entre duas câmaras do coração. 
- Sulco coronário: profundo, circunda a maior parte do coração e marca 
o limite externo entre os ventrículos e os átrios. 
- Sulco interventricular anterior: raso na face anterior do coração que 
marca o limite entre os ventrículos direito e esquerdo. 
- Sulco interventricular posterior: continuação do anterior, marca o limite 
entre os ventrículos na face posterior do coração 
→ : forma a margem direita, recebe o sangue de três veias: 
cava superior, cava inferior e seio coronário. Possui a parede anterior 
enrugada devido aos músculos pectíneos, que se estendem até a aurícula. 
O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito através de uma 
valva chamada de valva tricúspide ou atrioventricular direita (=três folhetos 
ou cúspides). O septo interatrial divide o átrio direito e esquerdo. As valvas 
do coração são compostas de tecido conjuntivo denso recoberto pelo 
endocárdio. 
→ : forma a face anterior. Seu interior contém trabéculas 
cárneas. As válvulas da valva tricúspide estão conectadas a cordões 
tendinosos, que estão conectadas a trabéculas cámeas coniformes (= 
músculos papilares). Internamente, o ventrículo direito é separado do 
ventrículo esquerdo por uma divisão chamada de septo interventricular. O 
 
sangue passa do VD, pela valva do tronco pulmonar ou semilunar pulmonar, 
para uma grande artéria, chamada de tronco pulmonar, que se divide nas 
artérias pulmonares direita e esquerda. 
Obs.: valva deve ser restrito às quatro estruturas cardíacas, enquanto 
válvula denomina as demais estruturas vasculares, viscerais e os 
componentes da valva. Assim, a valva possui válvulas 
→ : forma a base, recebe sangue dos pulmões através das 
quatro veias pulmonares. A parede posterior e anterior é lisa. O sangue 
passa do AE para o VE pela valva atrioventricular esquerda (bicúspide ou 
mitral) que, como seu nome sugere, possui duas válvulas (cúspides). 
→ : forma o ápice, contém trabéculas cárneas e 
possui cordas tendíneas que ancoram as válvulas da valva atrioventricular 
esquerda aos músculos papilares. O sangue passa do VE, pela valva da aorta 
ou semilunar aórtica, para a parte ascendente da aorta. Um pouco de sangue 
da aorta flui para as artérias coronárias, que são ramos da parte ascendente 
da aorta e levam o sangue até́ a parede do coração. O restante do sangue 
passa para o arco da aorta e para a parte descendente da aorta (partes 
torácica ou abdominal da aorta). Os ramos do arco e da parte descendente 
da aorta levam o sangue para todo o corpo. 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
➢ Bombas Cardíacas - Possui 2 câmaras: 1 direita e 1 esquerda 
O coração está́ dividido por uma parede central, ou septo, em metades 
esquerda e direita. Cada metade funciona como uma bomba independente 
com um átrio e um ventrículo. Os átrios recebem o sangue que retorna ao 
coração dos vasos sanguíneos, e os ventrículos bombeiam o sangue para 
dentro dos vasos sanguíneos. 
→ ou bomba pulmonar: recebe sangue a partir dos 
tecidos e o bombeia sangue para os pulmões 
→ : recebe o sangue recém-oxigenado dos pulmões e 
o bombeia sangue para os órgãos periféricos. 
A partir do AD, o sangue flui para dentro do VD do coração, de onde ele 
é bombeado pelas artérias pulmonares para os pulmões, onde é oxigenado. 
Dos pulmões, o sangue vai para o lado esquerdo do coração através das 
veias pulmonares. Os vasos sanguíneos que vão do VD para os pulmões e 
os que voltam para o AE são denominados circulação pulmonar. 
O sangue dos pulmões entra no AE e passa para o VE. O sangue é 
bombeado para fora e entra na aorta. Os vasos sanguíneos que levam o 
sangue do lado esquerdo do coração para os tecidos e de volta para o lado 
direito do coração são denominados circulação sistêmica. 
 
► Morfologia Externa 
Localizado sobre o diafragma, próximo a linha mediana cavidade torácica, no 
mediastino, entre os pulmões, com 2/3 para a esquerda. 
: para cima e para direita, ligeiramente direcionado para a porção 
posterior 
: para baixo e para esquerda, ligeiramente direcionado para a porção 
anterior 
: - Esternocostal (anterior): é profunda ao esterno e as costelas 
- Diafragmática (inferior): é a porção entre o ápice e a margem 
direita, repousa sobre o diafragma 
: - Direita: voltada para o pulmão direito, vai da face diafragmática 
até a base 
- Esquerda ou Pulmonar: voltada para o pulmão esquerdo, vai 
da base ao ápice 
 
 
 
► Morfologia Interna 
A parede dos ventrículos é bem mais espessa que a parede dos átrios, isso 
possibilita que eles suportem maior tensão e exerçam uma maior força de 
ejeção. E a do VE é ainda mais espessa que a do VD, pois ele é responsável 
por ejetar o sangue para a circulação sistêmica. 
• : feixes irregulares de miocárdio que se 
salientam na superfície interna do ventrículo. Sua função é 
promover o turbilhonamento do sague, favorecendo o aumento da 
pressão dentro do ventrículo. Com esse aumento da pressão, o 
ventrículo necessidade de menos força de contração para ejetar o 
sangue, resguardando a função cardíaca. 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
• : projeções digitiformes do miocárdio que 
tem a função de manter as cordas tendíneas retesadas durante a 
sístole. Suas fibras saem da parede do miocárdio e se estendem até 
as cordas tendíneas. 
• : feixes fibrosos que unem 
as cúspides aos músculos papilares. Atuam junto com os músculos 
papilares impedindo que a válvula abra no sentido oposto, evitando 
o refluxo. 
 
 
► Valvas Cardíacas 
O aparelho valvar consiste em: 
- anel fibroso em torno do óstio atrioventricular; 
- valva (constituída de várias válvulas ou cúspides - cada cúspide se 
insere no anel fibroso que constitui o óstio); 
- cordas tendíneas, que ligam as válvulas aos músculos papilares e os 
músculos papilares. 
 
Atrioventriculares Semilunares 
Tricúspide Pulmonar 
Mitral Aórtica 
Finas e 
membranosas 
Fibrosas e 
resistentes 
 
 
 
Mecanismo Valvar 
Conforme cada câmara do coração se contrai, empurra um volume de 
sangue para o ventrículo ou para fora do coração por uma artéria. As valvas 
se abrem e se fecham em resposta às alterações de pressão quando o 
coração se contrai e relaxa. Cada valva ajuda a assegurar o fluxo unidirecional 
do sangue, as AV evitam o refluxo durante a sístole e as semilunares 
durante a diástole. 
Quando as estão abertas, as válvulas se projetam em direção 
ao ventrículo. Quando os ventrículos estão relaxados, os músculos papilares 
estão relaxados, as cordas tendíneas estão frouxas e o sangue se 
movimenta de uma pressão mais elevada, nos átrios, para uma pressão 
mais baixa, nos ventrículos, através das valvas AV abertas. Quando os 
ventrículos se contraem, a pressão do sangue empurra as válvulas para 
cima até fechar. Ao mesmo tempo, os músculos papilares se contraem, o 
que puxa e retesa as cordas tendíneas, evitando a eversão dasválvulas da 
valva (abertura na direção dos átrios) em resposta à pressão ventricular alta. 
 à medida que os 
átrios se contraem, uma pequena quantidade de sangue flui de volta dos 
átrios para esses vasos. No entanto, o fluxo retrógrado é minimizado porque 
quando o músculo atrial se contrai, comprime e praticamente faz com que 
os pontos de entrada venosos entrem em colapso. 
Nas , durante a sístole ventricular, a pressão no ventrículo 
se eleva, e quando ela ultrapassa a pressão no vaso a valva se abre, liberando 
o sangue acumulado no interior do vaso. Quando a sístole termina, a pressão 
ventricular cai rapidamente, forçando a valva a se fechar. Dessa forma o sangue 
só pode se mover de forma unidirecional para o vaso. Sua composição, é rica 
em colágeno, sofrendo pouca deformação, o que também ajuda a impedir 
que a valva abra no sentido oposto. 
Além disso, as valvas semilunares apresentam um sistema em forma de 
“bolsa”. À medida que recebem sangue as bolsas se enchem e as valvas se 
fecham, impedindo o refluxo sanguíneo, surgindo os seios. Existe o seio 
pulmonar e o seio aórtico. Logo após as valvas, os vasos sofrem uma leve 
dilatação onde uma quantidade de sangue se mantém acumulada a cada 
sístole. 
As válvulas semilunares apresentam 
um nódulo em suas extremidades 
(= espessamento central da tela 
fibrosa). Estendendo-se a cada 
nódulo existe uma espessa área em 
forma decrescente, denominada 
lúnula, que não apresenta tela fibrosa. Os seios estão nos espações entre 
as lúnulas. No caso do seio aórtico, as artérias coronárias têm seu suprimento 
sanguíneo quando o seio se enche, ou seja, somente após a ejeção, o 
fechamento da valva aórtica e o fluxo sanguíneo retrógrado para o seio. 
Deste modo, o enchimento das artérias coronárias só ocorre quando o 
miocárdio está relaxado. 
 
Rafaela Pamplona 
 
► Anatomia e Fisiologia 
- Músculo com 250 – 350g (0,5% do peso corporal) 
- Recebe 5% do débito cardíaco 
- Contrai-se 3 bilhões de vezes durante a vida 
- Alto gasto energético (10x mais mitocôndrias que no m. esquelético) 
- Utiliza múltiplas fontes de energia (ácidos graxos, glicose, ácido lático) 
- Células não se regeneram na vida adulta, devido ao alto grau de 
especialização 
Funções 
- Transporte de O2 e CO2 
- Transporte de nutrientes 
- Distribuição de hormônios 
- Termorregulação 
- Manter a pressão arterial 
Existem três grupos de células fundamentais para o desempenho da 
atividade cardíaca: o músculo atrial, o músculo ventricular e as fibras 
especializadas excitatórias e condutoras. 
Os tipos atrial e ventricular de músculo se contraem quase como os 
músculos esqueléticos, mas com maior duração da contração. Já as fibras 
excitatórias e de condução se contraem fracamente por conterem poucas 
fibras contrateis, mas apresentam descargas elétricas rítmicas automáticas, 
na forma de PA, ou fazem a condução desses PA pelo coração, 
representando sistema excitatório que controla os batimentos rítmicos. 
 
O miocárdio funciona como Sincício 
Os discos intercalares são membranas que separam as células cardíacas. 
Essas membranas fundem-se entre si, de modo a formar junções 
“comunicantes permeáveis (junções abertas”, que permitem a difusão de 
íons. 
 
 
 
O potencial de ação trafega pelas células passando pelos discos intercalares 
com restrição mínima. O coração possui dois sincícios: 
→ : forma a parede dos dois átrios. 
→ : forma a parede dos ventrículos. 
 Essa divisão do músculo cardíaco em 2 sincícios funcionais ocorre 
devido a presença do tecido fibroso que circunda as válvulas AV, permitindo 
que os átrios se contraiam pouco antes dos ventrículos, o que é importante 
para a eficiência do bombeamento cardíaco. 
 
Os potenciais de ação originados no 
nodo SA se propagam pelas fibras 
musculares atriais. Desse modo, o PA se 
espalha por todo o átrio até o nodo AV 
esse retardo permite que os átrios se 
contraiam e esvaziem seu conteúdo 
nos ventrículos antes que comece a 
contração ventricular. O responsável por esse retardo é o tecido fibroso, 
que promove isolamento elétrico. A condução do nodo AV, pelo feixe AV, 
para os ventrículos é feita pelas fibras de Purkinje especializadas. 
 
Sincício: refere-se a massa multinucleada de citoplasma, formada pela 
fusão de células originalmente separadas. 
 
► Ciclo Cardíaco 
É o conjunto de eventos cardíacos que ocorre entre o inicio e um 
batimento e o início do próximo. Cada ciclo tem início quando é gerado um 
potencial de ação espontâneo no nodo sinusal, localizado na parede superior 
do átrio direito, próximo da abertura da veia cava superior. Este PA se 
propaga pelos átrios, atinge o feixe A-V e se encaminha em seguida para 
os ventrículos. Essa disposição permite um atraso de cerca de 1/10s na 
passagem do impulso dos átrios para os ventrículos, permitindo que os 
átrios se contraiam antes dos ventrículos e colaborando com o enchimento 
ventricular antes da sua contração. 
Fases 
 
 
Rafaela Pamplona 
Sístole Atrial Contração atrial 
Sístole Ventricular 
Contração isovolumétrica 
Ejeção Rápida 
Ejeção Lenta 
Diástole Ventricular 
Relaxamento isovolumétrico 
Enchimento rápido 
Enchimento lento 
 
• Sístole: período de contração, durante o qual a cavidade cardíaca se 
esvazia. 
• Diástole: período de relaxamento, durante o qual a cavidade cardíaca se 
enche de sangue. 
 
 
 
Sístole atrial 
Abertura das valvas AV. Átrios contraem, sangue 
adicional passa para os ventrículos 
Contração 
isovolumétrica 
Todas as valvas estão fechadas. Início da contração 
ventricular, aumento da pressão 
Ejeção 
ventricular 
(rápido e lento) 
Abertura das valvas semilunares. Saída de sangue 
para as artérias. 
Relaxamento 
isovolumétrico 
Todas as valvas estão fechadas. Relaxamento dos 
ventrículos = início da diástole 
Enchimento 
ventricular 
(rápido e lento) 
Abertura das valvas AV. Antes da contração atrial, o 
sangue entra no ventrículo 
 
Obs.: Não confundir – o nome das fases!! 
Eles são relacionados aos acontecimentos nos ventrículos. Portanto, a sístole 
atrial, que representa a contração do átrio, ocorre quando o ventrículo ainda 
não iniciou sua contração, portanto o nome da fase permanece em diástole. 
 
 
 
• Relaxamento Isovolumétrico: os átrios, na diástole, têm enchimento 
sanguíneo completo com fechamento das valvas AV, causando elevação 
gradual da pressão atrial. A pressão nos ventrículos continuam a cair. Volume 
ventricular está no mínimo e está pronto para o enchimento novamente 
com sangue. 
Diástole Ventricular 
Coração: fechamento das valvas 
semilunares, relaxamento ventricular 
Pressões e volumes: aumento gradual 
das pressões atriais, diminuição 
elevada das pressões ventriculares, 
volume ventricular mínimo 
ECG: ausente 
♥ Sons: 2ª bulha (Fechamento das valvas semilunares) 
 
• Enchimento Ventricular Rápido: as válvulas AV se abrem, o sangue 
acumulado nos átrios flui rapidamente para os ventrículos. Isto ocorre antes 
da contração atrial. (1º etapa da diástole). O volume ventricular (branco) 
aumenta rapidamente à medida que o sangue flui dos átrios para os 
ventrículos. 80% do volume é preenchido nessa fase. 
Coração: abertura valvas AV, 
escoamento rápido para os ventrículos 
Pressões e volumes: aumento rápido 
do volume ventricular 
ECG: ausente 
♥ Sons: 3ª bulha 
 
 
Obs.: Enquanto a pressão nos átrios estiver maior que a pressão nos 
ventrículos as válvulas A-V permanecem abertas. 
 
• Enchimento Ventricular Reduzido (= diástase): pequena quantidade de 
sangue que flui diretamente das veias, passando pelos átrios e chegando 
até os ventrículos (2º etapa da diástole). Volume ventricular aumenta 
lentamente. Os ventrículos continuam com enchimento sanguíneo até que 
eles estejam quase cheios. 
Coração: continuação do enchimento 
ventricular 
Pressões e volumes: aumento leve do 
volume ventricularECG: Ausente 
Sons: Ausente 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Sístole Atrial (3º etapa da diástole): quando os átrios se contraem, é dado 
um impulso com pequeno volume adicional aos ventrículos (20% do total). 
A contração atrial termina antes da contração ventricular. A onda “a” ocorre 
quando o átrio se contrai, aumentando a pressão (amarelo). 
Coração: 75% do sangue flui diretamente 
enchendo os ventrículos; e os 20% 
restantes flui com a sístole atrial 
Pressões e volumes: pressão atrial elevada; 
♥ Sons: ausente (pode estar presente a 4ª 
bulha – entrada de sangue para os 
ventrículos durante a sístole atrial) 
 
• Contração Isovolumétrica: início da sístole ventricular, que é definida como 
o intervalo entre o fechamento das valvas AV e a início da abertura das 
semilunares. As valvas AV se fecham quando as pressões nos ventrículos 
(vermelho) excedem as pressões nos átrios (amarelo). Quando os 
ventrículos se contraem isovolumetricamente seus volumes não se alteram 
(branco), as pressões aumentam no interior e se aproximam das pressões 
na aorta e artérias pulmonares (verde). 
Sístole Ventricular 
Coração: fechamento das válvulas AV; 
Contração ventricular (sem mudança no 
volume); 
Pressões e volumes: pressão ventricular 
elevada; Manutenção dos volumes 
ventriculares; 
ECG: Complexo QRS 
♥ Sons: 1ª bulha (Fechamento das valvas AV) 
 
• Ejeção Rápida: as valvas semilunares se abrem no início desta fase. 
Enquanto os ventrículos continuam se contraindo, as pressões nos 
ventrículos (vermelho) excedem as pressões nas artérias (verde), fazendo 
as valvas semilunares se abrem, o sangue deixa os ventrículos e o volume 
diminuem rapidamente (branco). Como mais sangue entra nas artérias, a 
pressão se eleva até que o fluxo sanguíneo atinge um pico. 
A onda "c" da pressão atrial não é normalmente discernível no pulso venoso 
jugular. A contração ventricular direita empurra a valva tricúspide no átrio e 
aumenta a pressão, criando uma pequena onda na veia jugular. 
Coração: pressão ventricular > pressão 
artérias, abertura valvas semilunares e 
escoamento rápido de sague (70%); 
Pressões e volumes: altas pressões 
ventriculares e arteriais; Diminuição rápida do 
volume ventricular 
ECG: ausente 
Sons: ausente 
 
• Ejeção Lenta: final da sístole. No final desta fase, as valvas semilunares se 
fecham. Após o pico nas pressões ventriculares e arteriais (vermelho e 
verde), os fluxos de saída dos ventrículos diminuem e os volumes 
ventriculares diminuem mais lentamente (branco). Quando a pressão no 
ventrículo cai abaixo da pressão das artérias, ocorre um fluxo retrógrado de 
sangue das artérias aos ventrículos, causando fechamento das valvas 
semilunares. Isto marca o final da sístole ventricular mecanicamente. 
Coração: término do escoamento e sístole 
ventricular 
Pressões e volumes: Diminuição lenta do vol. 
Ventricular e das pressões ventriculares e 
arteriais 
ECG: Onda T (repolarização ventricular) 
Sons: Ausente 
 
~ Função Ventricular = Bomba Principal 
- Enchimento ventricular, após a sístole ventricular 
Diástole: divide em 3 etapas 
1º → Enchimento rápido ventricular 
2º → Enchimento lento (diástase): pequena quantidade de sangue 
flui para os ventrículos, sendo esse sangue que continua a chegar 
aos átrios, vindos das grandes veias, fluindo diretamente para os 
ventrículos. 
3º → Sístole atrial: os átrios se contraem, dando impulso adicional 
ao fluxo sanguíneo para os ventrículos (≈20% do total). 
 Como não há mecanismo valvar entre as grandes veias e os átrios, o 
sangue flui de forma contínua para os átrios. 
 
~ Função Atrial = Bomba Escorva (auxiliar) 
- 80% do sangue flui do átrio para o ventrículo antes da contração atrial. 
- 20% restante são impulsionados na contração atrial 
 
Variações da Pressão Atrial 
 
 
 
→ causada pela contração atrial. 
→ início da contração dos ventrículos. É a evidência do pequeno 
refluxo que ocorre nos átrios, no início da contração ventricular, e do 
 
Rafaela Pamplona 
abaulamento das válvulas A-V, em direção aos átrios, devido ao aumento 
da pressão nos ventrículos. 
→ : próximo do fim da contração ventricular, evidencia o fluxo 
lento de sangue das veias para os átrios, enquanto as válvulas A-V 
encontram-se fechadas. O desaparecimento da onda “v” pode ser notado 
quando termina a contração ventricular, e as válvulas A-V abrem-se, 
permitindo que o sangue armazenado nos átrios flua rapidamente para os 
ventrículos. 
 
Ciclo associado ao Eletrocardiograma 
Começando o ciclo cardíaco pela diástole - os ventrículos acabaram de 
ejetar parte do sangue contido em seu interior, enquanto os átrios recebiam 
sangue das veias que desembocam neles (veias cavas inferior e superior e 
seio coronariano para o átrio direito e veias pulmonares para o átrio 
esquerdo). Nesse momento, os ventrículos atingiram seu ponto máximo de 
pressão e vão iniciar o relaxamento. 
Ao mesmo tempo os átrios estão recebendo sangue de suas respectivas 
veias e aumentando a pressão em seu interior. À medida que o ventrículo 
relaxa a pressão em seu interior tende a cair, o átrio ainda não atingiu 
pressão suficiente para abrir as valvas A-V e a aorta já superou a pressão 
no interior dos ventrículos fechando assim as valvas semilunares. Essa fase 
do ciclo é chamada relaxamento isovolumétrico, pois devido às diferenças 
de pressão, todas as valvas estão fechadas permitindo que os ventrículos 
relaxem sem receber nenhum volume de sangue. Essa fase coincide com 
o início do seguimento ST no eletrocardiograma. 
Quando os átrios recebem sangue o bastante para vencer a pressão dos 
ventrículos e abrir as valvas A-V, os ventrículos recebem o sangue que 
estava represado nos átrios de maneira abrupta, caracterizando a fase de 
enchimento rápido A partir daí, a pressão nos ventrículos voltam a aumentar 
enquanto a pressão atrial tende a decair. 
Com isso, o sangue, antes abundante nos átrios, passa a representar apenas 
o volume proveniente das veias determinando uma redução da velocidade 
do fluxo, mas ainda assim aumentando a pressão dentro dos ventrículos. 
Essa fase é conhecida como enchimento lento. Ambas as fases de 
enchimento ventricular ocorre a onda T no eletrocardiograma. 
Com o ventrículo já todo relaxado, inicia-se a última fase da diástole, a sístole 
atrial. A contração atrial contribui com cerca de 30% do volume de sangue 
do débito sistólico final do ventrículo, e coincide com a onda P no 
eletrocardiograma. 
Ao término da diástole, o ventrículo se prepara para ejetar o sangue. Nesse 
momento, os ventrículos estão repletos de sangue e a pressão em seu 
interior reflete a pressão diastólica final. O ventrículo inicia sua contração, 
vencendo a pressão nos átrios e fechando as valvas atrioventriculares. 
Como o ventrículo ainda não atingiu níveis pressóricos suficientes para 
vencer a pressão das artérias, a contração nesse momento não é suficiente 
para abrir as valvas semilunares, caracterizando a fase de contração 
isovolumétrica, em que todas a valvas estão fechadas, e coincide com o 
início do complexo QRS. 
Prosseguindo com a contração ventricular, o momento em que as pressões 
dentro dessas cavidades vencem as pressões aórtica e pulmonar, abrem-se 
as valvas semilunares e o sangue é ejetado dos ventrículos de maneira 
abrupta, determinando a fase de ejeção rápida. 
À medida que o sangue vai sendo ejetado as pressões no vasos vai 
aumentando, levando a diminuição da velocidade do fluxo da ejeção 
determinando a fase de ejeção lenta. Esses dois períodos coincidem com o 
complexo QRS no eletrocardiograma. 
Terminada a sístole, o coração se prepara para a diástole novamente 
completando um ciclo. 
 
Fase do Ciclo Fase do ECG 
Relaxamento Isovolumétrico Segmento ST 
Enchimento Rápido dos Ventrículos Onda T 
Enchimento Lento dos Ventrículos Onda T 
Sístole Atrial Onda P 
Contração IsovolumétricaInício do complexo QRS 
Ejeção Rápida Complexo QRS 
Ejeção Lenta Complexo QRS 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Conceitos Importantes 
• : quantidade de sangue bombeada para a aorta a cada 
minuto. É a quantidade de sangue que flui pela circulação sendo responsável 
pelo transporte de substâncias dos tecidos. 
 
 
• : consiste na capacidade do ventrículo de ejetar o 
sangue nas grandes artérias. 
• : é a pressão que o sangue exerce na parede dos ventrículos, 
correspondendo ao grau de tensão do músculo quando ele começa a se 
contrair. Refere-se ao máximo de estresse da parede do ventrículo, quando 
está cheio de sangue (pressão de enchimento ventricular). 
• : é a força que o músculo aplica para realizar o esvaziamento 
ventricular, influenciada pela pressão arterial e resistência vascular periférica 
(pressão de ejeção ventricular). 
 
► Valores Normais 
• Volume Diastólico Final (VDF): ou pré-carga, é o volume de sangue nos 
ventrículos ao final da diástole. 110 – 120ml 
• Volume Sistólico Final (VSF): é o volume de sangue que permanece no 
ventrículo após a ejeção, no final da sístole 40 – 50ml (permanece no 
ventrículo após a contração) 
• Volume Sistólico (VS): ou débito sistólico, é o volume de sangue ejetado 
durante a sístole. 70 ml 
• Fração de Ejeção: é a porcentagem do volume diastólico final que é 
ejetada → 60% 
• Débito Cardíaco: volume de sangue bombeado a cada minuto. 
VS x Frequência cardíaca = 4,5 a 6,5 L/min 
 
► Relação entre as Valvas e as Bulhas Cardíacas 
Não se ouve a abertura das valvas. Porém, quando as valvas se fecham, os 
folhetos valvares e o sangue vibram sob a influência da variação abrupta da 
pressão, originando sons que se disseminam em todas as direções do tórax. 
Durante cada ciclo cardíaco, há quatro bulhas cardíacas, mas em um coração 
normal, apenas a primeira e a segunda bulhas cardíacas (B1 e B2) são altas 
o bastante para serem ouvidas com um estetoscópio. 
 
→ º a contração dos ventrículos causa de início o súbito refluxo 
do sangue contra as valvas A-V, fazendo com que elas se fechem e se 
curvem para os átrios até que as cordas tendíneas interrompam de modo 
abrupto essa protrusão retrógrada. O retesamento elástico das cordas 
tendíneas e das valvas faz com que o sangue refluído seja lançado 
novamente para o interior do ventrículo. O choque do sangue nas paredes 
ventriculares e as valvas retesadas, provoca turbulência vibratória no sangue. 
As vibrações se propagam pelos tecidos até a parede torácica, onde elas 
podem ser ouvidas. 
→ º fechamento súbito das valvas semilunares ao final da sístole. 
Quando as valvas semilunares se fecham, elas se curvam em direção aos 
ventrículos, e seu estiramento elástico repuxa o sangue para as artérias, 
causando curto período de reverberação do sangue para a frente e para 
trás entre as paredes das artérias e das valvas, e vice-versa. Quando as 
vibrações dos vasos ou dos ventrículos entram em contato com a parede 
torácica, produzem sons. 
→ º ressonante e fraca é ouvida no início do terço médio da 
diástole, ocorre devido ao turbilhonamento de sangue entre as paredes dos 
ventrículos, iniciada pelo influxo de sangue dos átrios. A frequência desse 
som é em geral tão baixa que não se pode ouvi-lo. 
→ º ou Bulha Cardíaca Atrial: esse som ocorre quando os átrios 
se contraem, e presumivelmente é causado pelo influxo de sangue nos 
ventrículos que desencadeiam vibrações similares às da terceira bulha. A 
frequência desse som é em geral tão baixa que não se pode ouvi-lo. 
 
1º Bulha 
Fechamento das 
A-V 
Início da 
Sístole 
“TUM” 
2º Bulha 
Fechamento das 
Semilunares 
Final da 
Sístole 
“TA” 
3º Bulha 
(após a B2) 
Turbilhonamento 
do sangue 
Enchimento 
Rápido 
Crianças ou 
pode estar associada a 
hipertrofia excêntrica 
4º Bulha 
(antes da B1) 
Turbilhonamento 
do sangue 
Sístole 
Atrial 
Acima de 50 anos ou 
pode estar associada a 
hipertrofia concêntrica 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Regulação do Bombeamento Cardíaco 
→ : em resposta às variações no aporte do volume 
sanguíneo em direção ao coração 
• Mecanismo de Frank-Starling: é a capacidade intrínseca do coração 
de se adaptar a diferentes volumes, pois a quantidade de sangue 
bombeada pelo coração a cada minuto é determinada pelo volume de 
sangue que chega pelas veias, o chamado retorno venoso. 
Maior 
débito 
cardíaco 
Maior distensão 
dos 
sarcômeros 
Maior 
volume 
diastólico 
Maior força 
de 
contração 
 
A lei de Frank-Starling equaliza o débito dos ventrículos direito e esquerdo, 
mantendo o mesmo volume de sangue fluindo pelas circulações pulmonar 
e sistêmica. Se o lado esquerdo do coração bombeia um pouco mais de 
sangue do que o lado direito, o volume de sangue que retoma para o 
ventrículo direito (retomo venoso) aumenta. O aumento do VDF provoca 
uma contração mais intensa do ventrículo direito no batimento seguinte, 
equilibrando os dois lados. 
 Distensão do nodo sinusal, na parede do átrio direito, tem efeito direto 
sobre a ritmicidade do próprio nodo, aumentando por até 10% a 15% a FC 
Além disso, o átrio direito distendido desencadeia reflexo nervoso, designado 
como , que passa primeiro pelo centro vasomotor 
do encéfalo e, a seguir, de volta ao coração, pela via nervosa simpática e 
vagal, acelerando também a frequência cardíaca. 
 
→
: a eficácia 
do bombeamento também é 
controlada pelos nervos simpáticos e 
parassimpáticos (vago), influenciando 
a FC através do controle antagônico. 
Os nodos sinoatrial e atrioventricular 
são inervados principalmente por nervos parassimpáticos, enquanto os 
nervos simpáticos distribuem-se principalmente pelos ventrículos. 
 
• Estimulação Simpática: aumenta a FC, a força de contração, o 
volume e a pressão de ejeção. A inibição dos nervos simpáticos pode 
diminuir moderadamente o 
bombeamento cardíaco, pois sob 
circunstâncias normais, as fibras 
simpáticas têm descarga contínua, 
mas em baixa frequência, só o 
suficiente para manter o 
bombeamento cerca de 30% acima 
do que seria sem a presença de 
estímulo simpático. 
A liberação de noradrenalina (NA), neurotransmissor simpático, liga-se e ativa 
os receptores β1-adrenérgicos nas células autoexcitáveis. 
Os receptores β1 utilizam o sistema de segundo mensageiro (AMPc) para 
alterar as propriedades de transporte dos canais iônicos. Isso aumenta o fluxo 
iônico através dos canais If e de Ca2+. A entrada mais rápida de cátions 
acelera a taxa de despolarização, fazendo a célula atingir o limiar mais 
rapidamente e, assim, aumentando a taxa de disparo do PA Quando o 
marca-passo dispara PA mais rapidamente, a FC aumenta. 
 
 
• Estimulação Parassimpático ou Vagal: diminui a FC, suas fibras 
vagais se distribuem mais pelos átrios, tendo mais influência na FC que na 
força. O neurotransmissor parassimpático acetilcolina (ACh) ativa os 
receptores colinérgicos muscarínicos (M2) que influenciam os canais de K+ 
(↑ permeabilidade – hiperpolariza) e Ca2+ (↓ permeabilidade – retarda o PA) 
nas células marca-passo. A combinação dos dois efeitos faz a célula levar 
mais tempo para alcançar o limiar, atrasando o início do PA no marca-passo 
e diminuindo a FC. 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Controle do Coração pelos Íons K+ e Ca2+ 
→
O excesso de potássio nos líquidos extracelulares pode fazer com que o 
coração se dilate e fique flácido, além de diminuir a FC. 
Grandes quantidades de potássio podem vir a bloquear a condução do 
impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos pelo feixe A-V, 
desencadeando arritmia seguida de parada cardíaca. 
Alta concentração de potássio nos líquidos extracelulares diminuir o potencial 
de repouso das membranas das fibras miocárdicas. 
→
O excesso de íons cálcio induz o coração a produzir contrações espásticas, 
efeito oposto ao potássio. A causa disso é o efeito direto dos íons cálcio na 
deflagração doprocesso contrátil cardíaco. 
A deficiência dos íons cálcio causa fraqueza cardíaca, semelhante à causada 
pelo aumento do potássio 
 
► Propriedades Cardíacas 
• (excitabilidade) responde a um estimulo com um PA 
• força de contração é proporcional ao Ca2+ no citoplasma. 
• (automatismo) depende do SNA e do mecanismo de 
Frank-Starling 
• (condutibilidade) propagação do PA para todas as 
fibras musculares 
• : pressão gerada na cavidade ao término da diástole 
• : resistência a ser vencida, constituída pela pressão aórtica no 
final da diástole e durante a sístole (PA) 
 
► Efeitos da Temperatura no Coração 
↑
- Moderada: leve melhora da força contrátil (aumenta a permeabilidade 
da membrana aos íons) 
- Exacerbada: aumento da FC as vezes até o dobro do valor normal 
(exaure os sistemas metabólicos do coração) 
↓
- Diminuição da FC (temperatura corporal de 15 – 21°C gera poucos 
batimentos por minuto → morte por hipotermia) 
 
► Excitação Rítmica do Coração 
O sistema especializado excitatório e 
condutor do coração é responsável 
por controlar a frequência rítmica de 
contrações por minuto. É composto 
pelo nodo sinoatrial, pelas vias 
internodais, pelo nodo atrioventricular, 
pelo feixe atrioventricular e pelo feixe de Purkinje. 
Nodo Sinoatrial ou Sinusal (SA) Geração do PA rítmico 
Vias internodais Conduz do SA para o AV 
Nodo Atrioventricular (AV) Retarda o impulso 
Feixe de His Conduz dos átrios para os ventrículos 
Fibras de Purkinje Conduz pelos ventrículos 
 
Nodo 
Sinoatrial 
Localiza-se na parede póstero-lateral superior do AD, 
ínfero-lateral a Veia Cava Superior 
Quase não possuem filamentos contráteis 
1/3 do diâmetro das fibras atriais (3-5 µm) 
Conectam-se diretamente com as fibras atriais 
Autoexcitação → automática e rítmica 
Controla a FC 
O nodo SA controla o batimento cardíaco porque sua frequência de 
descargas rítmicas é mais alta que a de qualquer outra porção do coração. 
Portanto, o nodo sinusal e ́ quase sempre o marca-passo do coração normal. 
• Marca-passo anormal ou Ectópico é quando o nodo AV ou as fibras de 
Purkinje desenvolvem uma frequência rítmica mais rápida que a do nodo 
SA Isso normalmente ocorre na tentativa de compensar algum bloqueio na 
condução do impulso. Essa compensação só se inicia após 5 a 20s, a 
retomada tardia dos batimentos é chamada de Síndrome de Stokes Adams. 
 
Mecanismo de Ritmicidade e Autoexcitação do Nodo SA 
→ : o potencial de repouso da membrana da fibra sinusal é 
menos negativa se 
comparada a fibra muscular 
ventricular. Isso ocorre 
porque as membranas 
celulares das fibras sinusais 
são mais permeáveis ao 
Ca2+ e ao Na+ 
Nas fibras do nodo sinusal, o valor “de repouso” é bem menos negativo – 
apenas −55 milivolts. Nesse valor, os canais rápidos de sódio já foram 
inativados e ficaram bloqueados. Dessa maneira, só os canais lentos de sódio-
cálcio podem se abrir e assim deflagrar um novo PA. Com isso, o PA no 
nodo SA ocorre mais lentamente que o PA do músculo ventricular. Além 
disso, a volta do potencial para seu estado negativo também ocorre 
lentamente, diferentemente do retorno abrupto nas fibras ventriculares. 
→ : há uma tendência ao influxo de íons sódio devido à alta 
concentração extracelular e pré-abertura de seus canais, isso aumenta 
gradativamente o PA. Quando atinge o limiar ≈-40milivolts, os canais de 
cálcio do tipo L são “ativados”, originando o PA. 
Eventos que evitam a despolarização constante: inativação dos canais de 
cálcio do tipo L logo após abertura e abertura de muitos canais de potássio. 
Assim, a entrada de íons positivos (cálcio e sódio) cessa, enquanto grandes 
quantidades de íons positivos (potássio) saem. Esses dois efeitos negativam 
o potencial de membrana que volta a seu valor de repouso e põem fim ao 
 
Rafaela Pamplona 
PA. O fechamento gradual dos canais de potássio promove uma 
hiperpolarização momentânea, até seu fechamento total. 
Vias Internodais 
Conduzem o PA do Nodo SA para Nodo Atrioventricular: 
- Músculo atrial 
- Bandas interatriais (+ rápida): anterior (para átrio esquerdo), média e 
posterior. A maior velocidade nessas faixas é por causa da presença de 
fibras condutoras especializadas, semelhantes as fibras de Purkinje. 
 
Nodo 
Atrioventricular 
Localiza-se na parede do AD, abaixo da válvula 
tricúspide 
Conecta as vias internodais ao feixe AV 
Efeito Retardante 
Poucas junções gap 
O retardo no nodo AV, antes que o impulso alcance a porção penetrante 
do feixe A-V, pelo qual atinge os ventrículos, ocorre pela presença do tecido 
fibroso que separa os átrios dos ventrículos associada a pouca quantidade 
de junções comunicantes, isso provoca uma grande resistência a passagem 
de íons excitatórios. 
 
Sistema de Purkinje 
Transmissão do PA para os ventrículos quase instantânea, isso ocorre 
devido a muitas junções gap e poucas miofibrilas (pouca contração). 
Característica especial: transmissão unidirecional = transmissão anterógrada 
(átrio → ventrículo). A transmissão do impulso no músculo ventricular se 
origina no endocárdio e segue para o pericárdio (dentro para fora). 
 
Potencial de Ação nas Células Cardíacas 
 
 → não precisa de estímulo voluntário. 
 
É provocado pela abertura de dois tipos de canais: 
(1) : abertura desses canais permite a entrada 
de imensa quantidade de Na+, seguido pelo fechamento abrupto, evento 
responsável por desencadear o PA. 
(2) – : possui 
abertura lenta. Grande quantidade de Ca2+ e Na+ flui para o interior da 
fibra, o que mantém o período prolongado de despolarização, causando 
o . Além disso, os íons cálcio tem participação importante na 
excitação do processo contrátil da fibra. Imediatamente após o início do 
PA, a permeabilidade da membrana para K+ diminui por cerca de 5x. 
Essa redução da permeabilidade ao potássio pode ser provocada pelo 
influxo excessivo de cálcio. A permeabilidade reduzida ao K+ diminui 
acentuadamente o efluxo de íons K+ durante o platô do potencial de 
ação, impedindo o retorno precoce da voltagem do potencial de ação 
para o seu valor de repouso. 
(3) a abertura dos canais de potássio permite a 
difusão de grandes quantidades de íons positivos de potássio para o 
exterior da fibra muscular, trazendo o potencial de membrana de volta 
a seu nível de repouso. 
 
Fases do PA durante o Ciclo Cardíaco 
~ : despolarização, abertura dos canais rápidos de Na+ 
~ : ocorre entrada de Ca2+ e saída de K+. 
o Fase 1: repolarização transitória, canais de Na+ se fecham 
o Fase 2: platô, canal de Ca2+ abre e canal rápido de K+ fecha 
o Fase 3: repolarização, canal de Ca2+ fecha e canal lento de K+ abre 
~ : potencial de repouso 
As células marca-passo podem gerar o estímulo elétrico espontaneamente. 
Essas células têm potencial de repouso próximo do potencial limiar e na fase 
de repouso permitem a entrada de Na+ e Ca2+, produzindo uma 
despolarização diastólica espontânea, que determina subida na fase 4 do PA. 
 
► Tipos de Potencial de Ação 
→ : leva mais tempo para despolarizar e ocorre nas células 
marca passo. 
→ : leva menos tempo para despolarizar e ocorre nas 
células de trabalho. (cardiomiócitos) 
 
 = evento de corrente elétrica que mantem a despolarização para 
dar tempo de todos os cardiomiócitos serem estimulados. 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Eletrocardiograma 
 
O Eletrocardiograma reflete a atividade elétrica do coração, e o fato de ser 
uma “visão” elétrica de um objeto tridimensional, é que se faz necessária a 
utilização diversas derivações para avaliar a função cardíaca. 
O ECG funciona como se “câmeras” fossem posicionadas em volta do 
coração em locais pré-determinados, que registram os impulsos elétricos 
que se aproximam ou se afastam de cada eletrodo. A atividade elétrica 
cardíaca gera uma DDP que é registrada pelo aparelho. O pré-requisito para 
que haja uma DDP é a existênciade dois pontos com potenciais diferentes. 
Uma derivação, portanto, é uma câmera que registra a atividade em dois 
pontos. As derivações são compostas sempre por dois polos (bipolares). 
→ O ECG é um exame que permite o registro extracelular das variações 
do potencial elétrico do músculo cardíaco. O que vemos no ECG é fruto 
das ondas elétricas vindas do coração., que são a representação da 
despolarização e da repolarização. Quando a inversão da carga elétrica da 
membrana celular (despolarização) se propaga em direção a um eletrodo, 
temos uma onda positiva. Do contrário, a onda é negativa. 
 
 
 
 
 
► Despolarização Atrial 
Como o nó sinusal localiza-se na porção superior do átrio direito, próximo 
da veia cava superior, o estímulo elétrico ativa inicialmente o átrio direito, e 
logo em seguida o átrio esquerdo. O vetor resultante da somatória das 
forças elétricas dos átrios, denominado SAP, é, portanto, orientado para a 
esquerda e para baixo. A onda P registrada no eletrocardiograma é a soma 
das variações de potencial dos átrios. 
 
 
 
 
 
 
 
► Despolarização Ventricular 
A corrente elétrica, ultrapassando o nó atrioventricular, percorre 
rapidamente os feixes de His, estimulando simultaneamente os dois 
ventrículos a partir do endocárdio em direção ao interior do miocárdio. 
Inicialmente, o septo é ativado. A corrente elétrica proveniente do ramo 
direito do feixe de His despolariza o septo do lado direito em direção ao 
esquerdo, e a do ramo esquerdo, da esquerda para a direita. Como a massa 
do ventrículo esquerdo é cerca de 2 a 3 vezes maior que a do ventrículo 
direito, as forças elétricas da parede septal esquerda predominam sobre as 
do lado direito. Dessa forma, o vetor resultante das forças elétricas do septo, 
denominado . Um eletrodo 
colocado à esquerda do coração registra no ECG uma onda inicial negativa 
( ), correspondente à despolarização do septo. 
Em seguida, ocorre a despolarização das paredes livres dos ventrículos, 
como são denominadas as paredes não septais, que apresentam maior 
massa muscular. Nesse momento, a soma das forças elétricas das paredes 
dos dois ventrículos determina o , 
. O ECG exibe uma onda positiva de 
maior magnitude ( ), que corresponde à despolarização 
predominante da parede ventricular esquerda. 
Finalmente, a ativação das porções basais dos ventrículos, é responsável 
pelo , uma pequena onda final negativa no ECG ( ). 
Essa variação do sentido da corrente elétrica é registrada no ECG como 
um complexo polifásico denominado . As porções iniciais 
correspondem à ativação septal, as intermediárias resultam da 
despolarização das paredes livres dos ventrículos e as finais ocorrem em 
razão das porções basais. O vetor resultante SAQRS de todas as forças 
elétricas dos ventrículos orienta-se para a esquerda e para trás, apontando 
para o ventrículo esquerdo. 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
► Repolarização Ventricular 
O sentido do processo de repolarizac ̧ão dos ventrículos é inverso ao de 
despolarização, ocorrendo do epicárdico em direção ao endocárdio, pois as 
células próximas do epicárdico repolarizam-se mais rapidamente que aquelas 
das regiões vizinhas ao endocárdio. Como o processo de repolarização tem 
sentido contrario ao da despolarização, a onda T é paralela ao QRS, e o 
vetor espacial SAT tem a mesma orientação do SAQRS no plano frontal. 
 
 
 
► Eletrocardiograma Normal 
O ECG é registrado em papel milimetrado, em que na direção vertical 1mm 
equivale a 0,1 mV e na horizontal 1mm corresponde a 0,04s. A velocidade do 
papel, padronizada, é de 25 mm/s. Portanto, em 1min o aparelho registra 
1.500 mm de traçado. 
Dividindo o espaço correspondente a 1min (1.500 mm) pelo número de ciclos, 
obtém-se a FC (bpm). As linhas quadriculadas mais escuras, espaçadas em 
5mm, auxiliam o cálculo rápido da FC. Por exemplo, quando o intervalo RR 
corresponde a 15 mm, a FC é de 100 bpm. 
O registro gráfico do ECG normal exibe uma sequência de ondas 
denominadas pelas letras consecutivas do alfabeto: P, QRS, T 
 
 
 
→ : é o registro da despolarização atrial, é uma onda pequena e 
arredondada. 
→ : representa a despolarização ventricular. Tem voltagem 
mais elevada porque a massa do miocárdio ventricular é maior que a dos 
átrios. A orientação predominante do QRS normal é sempre para a 
esquerda (entre -30º e +90º) e para trás, direcionada para o VE, devido a 
sua predominância elétrica. É importante avaliar a progressão normal das 
ondas R nas derivações precordiais, que aumenta progressivamente de V1 
até VS ou V6. 
→ repolarização ventricular. É uma onda de maior duração e 
menor voltagem, com porção ascendente mais lenta que a descendente. 
→ : é o tempo medido do início da onda P ao início do QRS. 
Representa o intervalo entre a despolarização do nó SA até o início da 
despolarização ventricular. A maior parte do intervalo PR decorre do atraso 
fisiológico da condução no nodo AV, necessário para que os átrios sejam 
esvaziados antes da contração ventricular. A duração sofre influência do 
tônus simpático e do parassimpático, variando inversamente com a 
frequência cardíaca e apresentando uma nítida diminuição em frequências 
cardíacas elevadas. O intervalo PR também tende a aumentar com a idade. 
→ : é medido do início do QRS ao término da onda T. 
Representa a sístole ventricular, que é o tempo total da despolarização e 
da repolarização dos ventrículos no ECG. Quanto ↓FC ↑ QT 
→ : entre o fim da onda P e o início do QRS 
→ : entre o fim do QRS e o início da onda T. O fim do 
complexo QRS é chamado “ponto J”. É no ponto J que se inicia o segmento 
ST, indo até o início da onda T. Representa o início da repolarização das 
células ventriculares e está relacionada à fase 2 (=platô) do PA. O segmento 
ST é, portanto, uma fase de silêncio elétrico, já que todas as células 
miocárdicas estão em platô. Quando as primeiras células começam a se 
repolarizar, a onda T se inicia de maneira gradual. 
 
 
Rafaela Pamplona 
Infra ou supra-desnivelamento desse segmento pode sugerir doença 
coronariana aguda, sobrecarga ventricular ou alguns outros diagnósticos 
diferenciais. O infra-desnivelamento de ST ao esforço e na presença de dor 
torácica sugere isquemia miocárdica. Outras condições, como hipertrofia de 
VE, podem causar infra-desnivelamento de ST. O supra-desnivelamento de 
ST pode significar infarto agudo do miocárdio, na presença de história 
sugestiva. Lembrar de outras causas de supra-desnivelamento, como 
repolarização precoce, hipercalemia, bloqueio de ramo esquerdo, pericardite, 
síndrome de Brugada. 
 
 
Resumo: ondas, intervalos e segmentos no ECG 
 
 
► Atividade Elétrica e sua Expressão no ECG 
 
 
1: O nó sinusal se despolariza e inicia a ativação atrial direita e esquerda: 
onda P. 
2: O estímulo elétrico corre lentamente pelo nó AV: intervalo PR. 
3: O ventrículo começa a despolarizar: complexo QRS. 
4: A repolarização ventricular se completa. 
 
► Derivações 
O eletrocardiógrafo é um galvanômetro que registra pequenas DDP entre 
dois pontos da superfície corpórea. Derivação é a linha imaginária que une 
esses dois pontos e que representa uma orientação espacial determinada. 
A derivação fornece uma visão da atividade elétrica do coração entre um 
polo positivo e outro polo negativo. O eixo da derivação, se refere à direção 
da corrente que passa pelo coração. A direção da corrente afeta o sentido 
para o qual a onda aponta no ECG. Quando não há atividade elétrica, ou a 
atividade é muito fraca para ser detectada, o traçado assemelha-se a uma 
linha reta e é conhecido como traçado isoelétrico. 
 
♥ O vetor aponta na direção do potencial elétrico, gerado pelo fluxo de 
corrente, com a ponta voltada para a direção positiva e o comprimento da 
seta é proporcional a voltagem do potencial. 
O ECG de 12 derivações registra a atividadeelétrica a partir de 12 
perspectivas diferentes do coração e fornece um quadro completo da 
atividade elétrica. Essas 12 perspectivas são obtidas aplicando-se os eletrodos 
nos membros e no tórax do paciente. As derivações dos membros e as 
derivações torácicas (ou precordiais) fornecem as informações obtidas dos 
diferentes planos do coração. Cada derivação fornece informações 
diferentes. 
• As seis derivações dos membros – I, II, III, vetor direito ampliado (aVR), 
vetor esquerdo ampliado (aVL) e vetor dos pés ampliado (aVF) – 
fornecem informações sobre o plano frontal (vertical) do coração. As 
derivações I, II e III necessitam de eletrodos negativos e positivos para 
realizar o monitoramento, e isto as torna bipolares. As derivações 
ampliadas registram informações de uma única derivação e são 
conhecidas como unipolares. 
• As seis derivações precordiais (ou V) – V1, V2, V3, V4, V5 e V6 – 
fornecem informações sobre o plano horizontal do coração. Assim como 
ocorre com as derivações ampliadas, as precordiais também são 
unipolares e necessitam de apenas um eletrodo. O polo oposto dessas 
derivações é o centro do coração, conforme é determinado pelo ECG. 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
DI lateral aVR V1 septal V4 anterior 
D2 inferior aVL lateral V2 septal V5 lateral 
D3 inferior aVF inferior V3 anterior V6 lateral 
 
→ três derivações bipolares denominadas D1, D2 e 
D3, cujos eletrodos seriam colocados no braço esquerdo (L), braço direito 
(R) e na perna esquerda (F), constituindo teoricamente um triangulo 
equilátero – triangulo de Einthoven. 
- D1: eletrodo negativo no braço direito e positivo no esquerdo. Avalia a 
despolarização do átrio. 
- D2: eletrodo negativo no braço direito e positivo na perna esquerda. 
Avalia a despolarização do ventrículo. 
- D3: eletrodo negativo no braço esquerdo e positivo na perna esquerda. 
Despolarização inicial da propagação do endocárdio para o pericárdio. 
 
 
 
 
Obs.: A leitura do ECG sempre é feita do menor carga para a maior carga! 
 
Lei de Einthoven afirma que se os ECG forem registrados simultaneamente 
nas três derivações dos membros, a soma dos potenciais registrados nas 
derivações I e III é igual ao potencial da derivação II. 
→ : obtidas conectando-se os três membros a 
uma central terminal. Quando o eletrodo explorador é colocado em um 
membro, a DDP representa o potencial absoluto do respectivo membro, 
sendo a derivação designada pela letra V. Os registros obtidos nessas 
derivações (VR, VL e VF) apresentam voltagem reduzida em comparação 
com as derivações bipolares. Para corrigir essa distorção inventaram-se as 
derivações aumentadas de voltagem. Criando as derivações aVR, aVL e aVF, 
que é obtida pela DDP entre o eletrodo explorador e a central terminal 
assim modificada em cada membro. 
- aVR: eletrodo positivo no braço direito 
- aVL: eletrodo positivo no braço esquerdo 
- aVF: eletrodo positivo na perna esquerda 
 
 
 
 
 
→ : no plano horizontal, são utilizadas 
seis derivações com eletrodos colocados em determinados pontos do 
precórdio. Os diferentes registros são conhecidos como derivações V1, V2, 
V3, V4, V5 e V6. 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
~ V1: linha paraesternal direita 4º espaço intercostal 
~ V2: linha paraesternal esquerda 4º espaço intercostal 
~ V3: entreV2 e V4 
~ V4: linha hemiclavicular 5º espaço intercostal esquerdo 
~ V5: entre V4 e V6 
~ V6: linha axilas média 5º espaço intercostal esquerdo 
Cada derivação torácica registra principalmente o potencial elétrico da 
musculatura cardíaca situada imediatamente abaixo do eletrodo. Por isso, 
anormalidades relativamente pequenas nos ventrículos, em especial da 
parede anterior, podem provocar alterações acentuadas nos ECG. 
 
- V1 e V2: complexo QRS do coração normal são na maioria das vezes 
negativos, o eletródio torácico dessas derivações está mais próximo da 
base cardíaca que do ápice, e a base do coração permanece 
eletronegativa durante a maior parte do processo de despolarização 
ventricular. 
- V4, V5 e V6: complexos QRS são em sua maior parte positivos, porque 
o eletródio torácico dessas derivações está mais próximo do ápice do 
coração que permanece eletropositivo durante a maior parte da 
despolarização 
 
Interpretação do ECG 
O ECG fornece informações da frequência cardíaca e do ritmo, da 
velocidade de condução e da condição dos tecidos do coração. 
- Frequência Cardíaca: cronometrada do início de uma onda P até o início 
da próxima onda P, ou do pico de uma onda R até o pico da onda R 
seguinte. De 60 a 100 bpm = normal 
- Ritmo: regular = intervalos regulares 
irregular ou arritmia: pode ser resultado de um batimento extra 
benigno ou de condições mais sérias, como a fibrilação atrial, 
na qual o nó SA perde o controle de marca-passo. 
 
 
Condições Anormais que Causam Desvio de Eixo 
• Hipertrofia Ventricular: o eixo do coração é desviado na direção do 
ventrículo hipertrofiado. A maior quantidade de músculo aumenta o tempo 
para que a onda de despolarização passe pelo ventrículo. 
- Desvio a Esquerda: hipertensão crônica não tratada, estenose valvar 
aórtica, regurgitação valvar aórtica ou cardiopatias congênitas que causem 
hipertrofia do ventrículo esquerdo. 
- Desvio a Direita: estenose valvar pulmonar congênita, tetralogia de Fallot 
e o defeito do septo interventricular. 
• Bloqueio de Ramo no Sistema de Purkinje: se um dos ramos dos feixes 
estiver bloqueado, o impulso cardíaco se espalhará pelo ventrículo normal 
muito antes do que pelo outro. 
- Desvio para Esquerda bloqueio do ramo esquerdo 
 
 
- Desvio para Direita bloqueio do ramo direito 
 
 
Condições que Causam Voltagens Anormais do QRS 
• Voltagem Aumentada: hipertrofia do músculo 
• Voltagem Diminuída: antigos infartos causam diminuição da massa 
muscular; líquido no pericário. 
 
Padrões Prolongados e QRS 
• Hipertrofia ou Dilatação Cardíaca: a condução prolongada do impulso nos 
ventrículos sempre causa prolongamento do QRS. 
• Bloqueio do Sistema de 
Purkinje: quando há bloqueio o 
impulso é conduzido para o 
músculo ventricular, isso diminui a 
velocidade de condução, 
causando o prolongamento do 
QRS. 
• Taquicardias: causam estreitamento do QRS. 
 
Alterações Hidroeletrolíticas – Potássio 
- Hipocalemia: < 3,5 mEq/L – grave se <3,0 mEq/L 
Ondas T planas ou deprimidas e Segmento ST deprimido 
 
Rafaela Pamplona 
- Hipercalemia: >6,0 mEq/L: Surgem alterações sequenciais na repolarizac ̧ão 
e repolarização, conforme elevam-se os níveis de potássio. 
1º fase: onda T – base estreita e apiculada (↑amplitude e sem simetria) 
2º fase: onda P e PR – alarga-se o intervalo PR e a onda P começa a 
reduzir de amplitude até ficar imperceptível, muitas vezes 
impossibilitando a identificação da origem do estímulo pelo ECG, apesar 
de ainda ser sinusal. 
3º fase: complexo QRS – progressivo alargamento do complexo QRS 
e redução da amplitude. 
4º fase: arritmias letais – ex.: fibrilação ventricular 
 
 
Corrente de Lesão 
Anormalidades cardíacas fazem com que parte do coração permaneça 
parcial ou totalmente depolarizada durante todo o tempo. Com isso, a parte 
lesada é negativa e o resto do coração é neutro ou positivo. 
 
 
 
♥ ECG de 12 derivações 
− As seis derivações dos membros fornecem informações do coração 
no plano frontal (vertical). 
− As derivações bipolares (I, II e III) requerem um eletrodo negativo e 
outro positivo para o monitoramento. 
− As derivações unipolares (aVR, aVL e aVF) registram informações de 
uma única derivação e requerem apenas um eletrodo. 
− As seis derivações precordiais (V1-V6) fornecem informações do 
coração no plano horizontal. 
Derivações I, II e III 
− As derivações I, II e III geralmente produzem deflexões positivas nos 
traçados do ECG. 
− A derivação I ajuda a monitorar arritmias atriais e hemibloqueios. 
− A derivação II geralmentefacilita o monitoramento rotineiro e a 
detecção das arritmias do nodo sinusal e dos átrios. 
− A derivação III ajuda a detectar alterações associadas a um infarto da 
parede inferior do miocárdio. 
Derivações precordiais 
• Derivação V1 
– Bifásica 
– Diferencia entre os batimentos ectópicos originados dos 
ventrículos direito e esquerdo 
– Monitora arritmias ventriculares, alterações do segmento ST e 
bloqueios de ramo 
• Derivações V2 e V3 
– Bifásicas 
– Monitoram elevações do segmento ST 
• Derivação V4 
– Gera uma onda bifásica 
– Monitora alterações do segmento ST e da onda T 
• Derivação V5 
– Produz deflexão positiva no ECG 
– Monitora alterações do segmento ST ou da onda T (quando é 
utilizada com a derivação V4) 
• Derivação V6 
– Produz deflexão positiva no ECG 
– Detecta bloqueios de ramo 
 
Bradicardia em Atletas 
O coração do atleta bem treinado é muitas vezes maior e 
consideravelmente mais forte que o de pessoa normal, permitindo que o 
coração do atleta bombeie grande débito sistólico por batimento, até 
mesmo durante os períodos de repouso. Quando o atleta está em repouso, 
quantidades excessivas de sangue bombeadas para a árvore arterial a cada 
batimento desencadeiam reflexos circulatórios de feedback ou outros 
efeitos para provocar a bradicardia 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Potencial de Ação 
Os sistemas do corpo sempre buscam a homeostase. Homeostase é o 
trabalho celular sem acionar sistemas de recompensas (auxilio de outros 
sistemas). 
A bicamada lipídica tem permeabilidade seletiva. As moléculas hidrofóbicas, 
carregadas ou grandes precisam de canais proteicos (transmembranas) para 
entrar e sair da célula. 
“A energia só flui espontaneamente de níveis mais altos para mais baixos, 
do contrário é preciso gastar energia.” 
 
 
 
 
O potencial de ação é um evento eletroquímico das células excitáveis 
(neurônios e músculos) para que estas possam executar seu trabalho, 
sinapse e contração respectivamente. 
1: Célula em repouso 
1 → 2: Abertura de canais iônicos, sem gasto de energia 
2 → 3: Abrem-se os canais de Na+, despolarização de membrana 
3: Fecha a comporta, período refratário absoluto (PRA) 
3 → 4: Abertura dos canais de K+ 
4: Repolarização 
5: Repouso 
Obs.: a voltagem da abertura e fechamento das comportas muda de 
acordo com o tipo de célula. 
O estímulo chega, os canais de Na+ abrem (despolariza). 
Os canais de Na+ (entra) são inativados (PRA) 
Canais de K+ (sai) abrem (repolariza).

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