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PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO Anna Catharina Garcia CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO: A QUEBRA DE PARADIGMA 1800 - França: O fim do livre controle do gestor na figura do Rei É só no PÓS GUERRA que há a efetivação da pirâmide de Kelsen e a Constituição se torna EPICENTRO do Direito Administrativo: O administrador não está mais "acima" do administrado, ele esta, inclusive, cerceado pelos Direito Fundamentais DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO Poder-Dever de Agir: O gestor tem o poder e o dever de agir. Dever de Eficiência: Rendimento funcional. Dever de Probidade: A maneira de agir do administrador deve ser proba/ética, estando sujeito às sanções da lei 8.429/92 (Lei da Improbidade Administrativa). Dever de Prestar Contas: É natural da Administração pública como encargo de gestão de bens e interesses prestar contas a sociedade, que realiza essa fiscalização de maneira mais "abstrata" + figura do Tribunal de contas em um controle concreto das contas públicas. CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO: NÃO há poderes, há deveres-poderes, o administrador só exerce o poder se ele cumpre com seus deveres. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA X PODERES ADMINISTRATIVOS: DISCUSSÃO DA DOUTRINA OBS: Cada esfera tem um controle e seus agentes. PODER DE POLÍCIA Art. 78 da Lei 5.172: "Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos." Critica da doutrina: conceito do CTB Não exige tributação, apesar do conceito, atua onde é necessário e deve estar totalmente regulado pela legalidade : discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade. Exemplo: Apreensão da CNH MECANISMO DE REPRESSÃO: O proprio judiciário PODER DISCIPLINAR É uma faculdade punitiva interna através da qual a autoridade administrativa pune as infrações funcionais dos servidores e de todos que estiverem sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Seu exercicio é OBRIGATÓRIO mas a punição NÃO, deve inclusive respeitar o devido processo legal. Exemplo: o servido público federal vai estar sujeito as sanções do estatuto federal (8112/90) PODER SANCIONADOR A adm publica pode diretamente aplicar sanções sem depender de um provimento do poder judiciário, a partir da sua capacidade de auto tutela e auto executoriedade. E essa sanção tem natureza punitiva, requerendo para isso um devido processo legal e todas as garantias processuais. Exemplo: ilícitos numa licitação. PODER REGULAMENTAR Segunda parte do inciso IV do art. 84 da CF/88 - IV sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; O sistema constitucional atribuiu ao poder executivo a função de concretizar as leis, pois, nem todas que sao produzidas pelo poder legislativo já estão prontas para aplicação, logo, ele irá concretizar melhor a previsao abstrata e será regulado politicamente pelo CN OBS: DECRETO NAO É REGULAMENTO. O regulamento não tem força própria para produzir normatização, enquanto o decreto tem. a CF ainda preve que o PR faça decretos executivos e excepcionalmente os autonomos. PODER DISCRICIONÁRIO: É PODER? CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELO ENTENDE QUE NÃO: Discricionariedade é uma medida de liberdade decisória do gestor publico dentro da legalidade. QUEM DA A MEDIDA DO GRAU DE DESCRICIONARIEDADE? A legalidade, que vai necessariamente parametrizar essa ação, todo ato será vinculado, e dentro da vinculatividade, a legalidade vai estabelecer um espaço decisório menor ou maior para o gestor, depende da matéria discutida. Quem parametriza POLITICAMENTE as decisões da adm publica, é o legislativo, pois, é a partir da legalidade que ela vai colocar o grau de abertura para o gestor (efetivando o sistema de FREIOS E CONTRAPESOS).
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