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1 APOSTILA-RESUMO PARA CONCURSOS INCLUI: Resumos Tabelas Questões Marcelo Soares Oliveira Portela 2 » PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 INTRODUÇÃO Em busca da satisfação do Interesse Público, o Estado, representado por seus agentes públicos, recebe certas prerrogativas da ordem jurídica. Por outro lado há certas restrições para que essa atuação se limite estritamente ao atendimento do interesse público. -O conjunto de prerrogativas e deveres decorrem do regime jurídico administrativo (falado nos capítulos seguintes) a) Deveres Do administrador I – Poder-dever de Agir: poder conferido à administração pública para atingir o fim público é um verdadeiro dever. É irrenunciável. II – Dever de eficiência: exigencia de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa (produtividade + aperfeiçoamento = eficiencia). Prova disso é o estágio probatório que, em algumas carreiras, pode causar exoneração de servidores ineficientes; III – Dever de Probidade: Exige do agente público uma atuação ética, honesta e de boa-fé (se desobedecido, entra para o capítulo anterior, a Improbidade Administrativa); IV – Dever de prestar contas: decorre do princípio da Indisponibilidade do interesse público. Como o agente atua em nome da administração pública, que representa toda uma coletividade, o dinheiro público que é gasto deve ser discriminado de forma clara para informação da população representada. Pois bem, isto posto, chega a hora de analisar os poderes da administração. 2 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Conceito: São um conjunto de prerrogativas (instrumentos) de direito público, conferida aos agentes públicos pela lei, para permitir que o Estado busque seus fins. Poderes que esses agentes devem usar em estrita observância à finalidade pública e à Supremacia do Interesse público sobre o privado. Sabendo isso, vamos conhecer tais poderes. Excesso de poder (pg 5) – vício de competência OBS- ABUSO DE PODER Desvio de poder (pg 5) – desvio de finalidade 3 a) Poder Vinculado É simplesmente o poder que a administração dispõe de praticar atos Vinculados. É mais um dever do que um poder (propriamente dito), já que a vinculação está ligada ao estrito cumprimento da lei que define todos os elementos dos atos. b) Poder Discricionário É aquele conferido a Administração para a prática e revogação de atos discricionários, nos quais a lei abre uma margem de escolha ao administrador no que diz respeito ao mérito administrativo (conveniencia + oportunidade) relacionados aos elementos Motivo e Objeto. OBS- Pode se manifestar de duas formas c) Poder Hierárquico É o poder que verticaliza o exercício da função administrativa criando uma “linha” de subordinação entre órgãos, agentes ou órgão e agentes. OBS- Do Poder Hierárquico decorrem outros poderes (prerrogativas), veja: (lembra do bizu “DA FORD” – Delegar, Avocar, Fiscalizar, Ordenar, Revisar e Disciplinar) QUANDO A LEI CONFERIR MARGEM DE ESCOLHA AO ADMINISTRADOR QUANDO A LEI ADOTAR CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS NA DESCRIÇÃO DOS MOTIVOS DO ATO DECORREM DO PODER HIERÁRQUICO DELEGAR – Transfere o exercício FISCALIZAR – Acompanhar os subordinados ORDENAR – Comando interno REVISAR – Anula/revoga seus próprios atos DISCIPLINAR – Sanções Internas AVOCAR – Pegar para si a competência 4 OBS- DELEGAÇÃO (PG 4): Só é possível delegar atos administrativos, nunca atos políticos. Também não é possível delegar atribuições de um poder a outro, só nos casos que a Constituição permitir. Em contrapartida a isso, em nivel FEDERAL, apenas, pela lei 9784/99 (Regula o processo administrativo federal) a regra é de que é possível essa delegação, salvo impedimentos legais. Devendo essa delegação ser sempre parcial, ser dado publicidade, com ou sem subordinação hierárquica (pg 4), e os atos praticados por delegação devem explicitar essa condição. d) Poder Disciplinar Como visto anteriormente, o poder disciplinar decorre do poder hierárquico, mas mesmo assim constitui um poder próprio. É o poder que a administração tem de apurar infrações e impor sanções, seja relacionada a seus servidores ou particulares (desde que vinculados á administração por contrato ou outros vínculos jurídicos). No poder disciplinar há certa discricionariedade (Limites da puniçao, tipificação da infração), porém se verificada a infração, a punição é obrigatória. e) Poder normativo É a prerrogativa conferida à Administração pública para editar atos normativos secundários, abstratos e gerais que irão dar aplicabilidade à lei. Obs- ATOS JURÍDICOS SECUNDÁRIOS f) Poder regulamentar É o poder conferido exclusivamente ao chefe do executivo para regulamentar as leis OBS– Atos regulamentares existentes I – Decretos de execução – dá fiel execução à lei, é indelegável sua edição II – Decreto Autônomo – possibilidade que a CF dá ao chefe do executivo para inovar no direito. Hipóteses: extinção de cargos vagos, dispor sobre organização NÃO INOVAM NO ORDENAMENTO JURÍDICO NÃO CRIAM NEM EXTINGUEM DIREITOS NÃO CABE AÇÃO DE INCOSTITUCIONALIDADE NELES 5 da administração quando não implicar aumento de despesa (matérias com Reserva da Administração) III – Regulamento Autorizado - complementa disposições legais em razão de expressa determinação na própria lei. Não será admitido se a matéria for reservada à lei. g) Poder de Polícia IMPORTANTISSIMO para concursos!! Seu conceito se encontra no artigo 78 do Código tributário nacional (CTN) Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Além do conceito legal, tem-se também conceitos doutrinários que podem cair em prova, vejamos alguns: Hely Lopes: “é a faculdade de que dispõe a administração para condicionar ou restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado”; Junior (2000, p 549): “é a faculdade discricionária do Estado de limitar a liberdade individual, ou coletiva, em prol do interesse público” Os atos do poder de polícia são atos administrativos, podendo assim serem anulados judicialmente, ou revisados, revogados e anulados pela própria administração. O Poder de polícia tem seu fundamento na Supremacia Geral da Administração pública sobre os administrados, o interesse público deve ser superior aos demais. OBS- de onde decorre o poder de polícia? I – Atuação Preventiva (regra): evitar prejuízo ao bem comum II - Atuação Repressiva: penalidades impostas quando já constatado o prejuízo III – Atuação Fiscalizadora: fiscaliza o cumprimento de exigencias decorrentes das atuações Repressiva e Preventiva 6 OBS – ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA ATENÇÃO: apesar de tais atributos, em caso de danos causados aos cidadão por conta de exercício ilegal ou abuso de poder, estes cidadãos poderão acionar o judiciário para evitar ou reparar esse dano. Obs- questão doutrinária Para Celso Antonio Bandeira de Mello, a autoexecutoriedade se manifesta em 3 situações: I – Previsão legal; III – Se for o único meio de repressão. II – Urgencia ; Obs- polícia administrativa Obs – tabela pol. Administrativa x pol. Judiciária ATRIBUTOS DO PODER DE POLICIA DISCRICIONARIEDADE: É uma atuaçãofacultativa voltada ao juízo de conveniência e oportunidade (ex: porte de arma, autorização) AUTOEXECUTORIEDADE: A administração pode usar meios próprios para executar seus atos, não precisando de autorização judicial. Se divide em: COERCIBILIDADE: possibilidade de impor obrigações aos 3° independente de concordância destes EXIGIBILIDADE: Administração pode exigir do cidadão o cumprimento, recorrendo a meios indiretos de coação(ex:multa) EXECUTORIEDADE: a Administração executa materialmente aquilo que impôs ao cidadão e não foi cumprido (ex: demolir construção imprópria) Poder de Polícia SENTIDO AMPLO: É o ajuste da liberdade e propriedade ao interesse coletivo SENTIDO ESTRITO (POLÍCIA ADMINISTRATIVA): é a interdição baseada na aplicação da lei que limita exercícios de direitos individuais 7 ADMINISTRATIVA JUDICIÁRIA Incide sobre direitos, liberdades e bens particulares Incide sobre Pessoas Atuação é em regra preventiva, podendo ser repressiva Atuação é em regra repressiva, podendo ser preventiva Apura infrações relacionadas ao direito administrativo Apura infraçoes Criminais Exaure-se em si mesma Tem continuidade no Processo penal Obs – exercício do poder de policia I – originário: Pelo ente com competencia constitucional II – delegado: pessoa delegada pelo ente na administração indireta Para a doutrina tal delegação pode ser feita para Autarquias e Fundações Públicas, porém ainda não há entendimento firmado no que diz respeito as Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista. Obs – Limites do poder de polícia É limitado pela Necessidade (só atua sobre clara necessidade sua ou da coletividade); pela Proporcionalidade (ponderar entre o prejuízo e o limite ao direito individual de forma razoavel); pela Eficácia e Processo Legal, já que não se podem aplicar sanções administrativas sem as garantias constitucionais. Obs – Sanções As mais comuns são: Multa, interdição, fechamento do estabelecimento, demolição de construção irregular, apreensão, destruição de objetos. Tais sanções de natureza administrativa decorrem do poder de polícia, só será legitimo quando o ato praticado pela Administrado estiver previamente definido em lei como infração administrativa. Obs – Fases/Ciclos do poder de Polícia 1° Legislação – a Lei regula a atuação (ex: CTB) 2° Consentimento – a Administração permite ou não a atividade do particular, conforme requisitos ou de forma discricionária (ex: CNH) 3° Fiscalização – a Administração fiscaliza se os requisitos ainda estão sendo cumpridos 4° Sanção – a Administração pune o particular em caso de descumprimento. Conforme o STJ (Resp 817534/MG de 2009) apenas as fases de consentimento e fiscalizalização podem ser delegados para Pessoa Jurídica de Direito Privado, já os atos de de legislação e sanção derivam do poder de coerção da Administração pública, prerrogativa esta que os particulares não dispõem. 8 Já de acordo com o STF, a suprema corte apenas limitou-se a negar que haja possibilidade do exercício do poder de polícia por particular. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO E REVISÃO 1.(CESPE TCE-RO). AUDITOR - Determinado tribunal de contas editou ato administrativo, que foi considerado ilegal. Nessa situação, ainda que o ato seja válido, a administração, no exercício do poder discricionário, poderá AA cassar o ato administrativo, preservando os efeitos anteriores à data da cassação. Banular o ato administrativo, preservando os efeitos anteriores à data da anulação. Crevogar o ato administrativo, cujos efeitos ocorrerão a partir da revogação. Dconvalidar o ato administrativo, cujos efeitos ocorrerão a partir da convalidação. Econvalidar o ato administrativo, preservando os efeitos anteriores à data da convalidação. 2.(CESPE ANALISTA TJ-AM) No que se refere a atos administrativos, julgue o item a seguir.A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório. Certo Errado 3.(CESPE ANALISTA TJ-AM) No que se refere a atos administrativos, julgue o item a seguir. De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a validade de um ato administrativo vincula-se aos motivos indicados como seus fundamentos, de modo que, se inexistentes ou falsos os motivos, o ato torna-se nulo. Certo Errado 4.(VUNESP FISCAL DE TRIBUTOS) A respeito dos atos administrativos, assinale a alternativa correta. ASão quatro os atributos do ato administrativo: presunção de legitimidade e de veracidade, tipicidade e exigibilidade. BCertidões, apostilas, atestados e pareceres são exemplos de atos administrativos enunciativos. CRevogação é a extinção do ato administrativo que está em desconformidade com a ordem jurídica. DCaducidade é a extinção do ato administrativo em decorrência de ilegalidade superveniente. EDecretos, ofícios, circulares e portarias são exemplos de atos administrativos normativos. 5.(VUNESP AGENTE ADMINISTRATIVO) Considere o seguinte caso hipotético: A Prefeitura do Município “X” contrata diretamente agentes administrativos, sem qualquer concurso público, cometendo um ato ilegal. Diante do exposto, é correto afirmar que essa Prefeitura Municipal praticou um ato Aque não poderá ser considerado como administrativo em razão da ilegalidade. Badministrativo que poderá ser anulado pela própria administração em razão da ilegalidade. Cadministrativo que não poderá ser invalidado pela própria administração, mas somente pelo Poder Judiciário. Dadministrativo que, por não ser oportuno e conveniente, poderá ser revogado pelo Poder Judiciário. Eadministrativo que poderá ser revogado pela própria administração em razão da ilegalidade. 6.(CESPE ANALISTA TJ-AM) Acerca dos atos administrativos, julgue o item a seguir. São irrevogáveis os atos administrativos que, instituídos por lei, confiram direito adquirido. Certo Errado 7.(CESPE ANALISTA TJ AM) O prefeito de um município, agindo dolosamente, deixou de prestar as contas devidas em relação aos recursos financeiros que havia recebido em virtude de convênio firmado com o governo do estado.A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando o que dispõe a Lei n.º 8.429/1992. Em virtude da gravidade de sua conduta, o prefeito está sujeito às sanções de suspensão dos direitos políticos, pelo prazo 9 de oito anos a dez anos, e perda de eventuais valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio. Certo Errado 8.(FUNDATEC AUDITOR FISCAL) Considere a seguinte situação hipotética: um servidor municipal recebeu vantagem econômica por intermediar a liberação de verbas públicas, motivo pelo qual foi processado por improbidade administrativa. Considerando os termos da Lei nº 8.429/1992, a conduta desse servidor está inserida expressamente na modalidade de ato de improbidade administrativa: ADecorrente de concessão de benefício administrativo e financeiro. BQue atenta contra os princípios da administração pública. CDecorrente de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro. DCausador de prejuízo ao erário. EQue importa enriquecimento ilícito. 9.(IBADE AGENTE) Com relação aos crimes contra a administração pública, apresentam-se como atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário: A frustrar a licitude de concurso público Bnegar publicidade aos atos oficiais. Cfrustrar a licitude de processo licitatório. Ddeixar de praticar, indevida mente, ato de ofício. Edeixar de prestar contas quando esteja obrigado afazê-lo.10.(CONSULPLAN TITULAR DE CARTÓRIO TJ-MG) A regência da penalização aos atos ímprobos praticados no bojo da Administração Pública tem previsão principal na Lei nº 8.429/92, com norte na norma constitucional que agasalha a moralidade, estabelecendo a tratativa da questão por Lei Complementar (art. 14, §9º da CF/88.) Acerca da Improbidade Administrativa, é correto afirmar que: AO ato ímprobo é ilícito de natureza civil, pelo que a responsabilização se limita às esferas e natureza civil e administrativa. BDiante do objeto da Lei de Improbidade Administrativa, somente podem ser alcançados como sujeitos passivos os entes da Administração Pública Direta, vez que os bens tutelados atingidos a estes pertencem. CPara a caracterização de agente público praticante do ato ímprobo, este deve exercer em caráter permanente, de forma remunerada, por eleição, nomeação, designação ou meio diverso de ingresso/investidura/vínculo, com a administração pública direta. DO Ministério Público e a pessoa Jurídica interessada são legitimados a manejar ação com vistas à responsabilização por ato de improbidade administrativa, sendo vedada a transação, acordo ou conciliação por meio de referidas ações, à inteligência do art. 17 da Lei nº 8.429/92. 11.(FCC JUIZ SUBSTITUTO TJ-AL) Suponha que tenha sido interposta ação de improbidade administrativa em face de diretor de uma empresa na qual o Estado do Alagoas detém participação acionária minoritária, apontando a ocorrência de prejuízos financeiros à companhia em face da realização de investimentos em projetos deficitários. A inicial da ação judicial aponta, ainda, a responsabilidade de Secretários de Estado na formatação de tais projetos e possível conluio com o diretor da companhia para as aprovações societárias correspondentes. Considerando as disposições da legislação aplicável, a referida demanda afigura-se Acabível, tanto em face do diretor como dos Secretários de Estado, limitando-se a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos à companhia. Bcabível apenas em face dos Secretários de Estado, dada a necessária condição de agentes públicos, respondendo o diretor da companhia exclusivamente na esfera civil. Cdescabida, eis que não se verifica prejuízo a entidade pública ou a empresa na qual o poder público detenha a maioria do capital social. Dcabível apenas em face do diretor da companhia, nos limites da conduta lesiva apurada, não alcançando os Secretários de Estado, os quais poderão responder por crime de responsabilidade. E cabível apenas se apurada conduta dolosa dos imputados, eis que o elemento volitivo doloso é determinante para a caracterização de atos de improbidade, que não admitem modalidade culposa. 10 12.(COPEVE-UFAL PROCURADOR JURÍDICO -ADAPTADA) A Prefeitura Municipal de Delta, após a aprovação de lei autorizativa, criou a Fundagri, uma fundação pública de direito privado, através do registro público dos seus atos constitutivos. Tal fundação tem por finalidade a fiscalização da produção e comercialização de produtos agrícolas, atividade responsável pela maior empregabilidade na cidade. Algum tempo depois, com a mudança do poder executivo na cidade em virtude do término do mandato da gestão anterior, o novo prefeito resolveu investir a fundação de poderes de polícia coercitivos e sancionatórios. Diante de tal situação, dadas as afirmativas, I. A prefeitura não poderia ter criado fundação pública de direito privado, por tal ato ser afeto à iniciativa privada. II. O novo prefeito não poderia ter delegado poderes coercitivos e sancionatórios, apenas de consentimento e fiscalização. III. A prefeitura municipal praticou ato administrativo nulo por ser vedado pela jurisprudência a delegação do poder de polícia à fundação pública de direito privado. Conforme entendimento do STJ verifica-se que está(ão) correta(s) apenas: AI. BII. CIII. DI e III. EII e III. 13.(VUNESP – FISCAL DE TRIBUTOS) A respeito dos poderes administrativos, assinale a alternativa correta. AO poder disciplinar autoriza que a Administração aplique sanções a particulares que pratiquem infrações e que a ela estejam vinculados por um vínculo jurídico específico. BO poder hierárquico autoriza que a Administração Direta convalide os atos da Administração Indireta, ainda que não haja lei específica autorizativa. CO ato administrativo que, decorrente do exercício do poder discricionário, mostrar-se desproporcional deverá ser revogado. DO exercício do poder regulamentar, em regra, pode ser objeto de delegação administrativa. EO conceito restrito do poder de polícia engloba o poder de exercer a atividade legislativa de condicionar os direitos de liberdade e de propriedade para o atingimento do interesse público. 14.(CESPE PROCURADOR TCE-RO) Aplicação de multa a sociedade empresária em razão de descumprimento de contrato administrativo celebrado por dispensa de licitação constitui manifestação do poder Ade polícia. Bdisciplinar. Chierárquico. Dregulamentar. Evinculante. 15.(CONSULPLAN TITULAR DE REGISTROS TJ-MG) A atuação do Estado na defesa do interesse Público comporta a adoção de providências que coíbam ou limitem determinadas atividades privadas. A este proceder que tenha o fim de proteção ao bem supremo do interesse público nomina-se Poder de Polícia. O exercício do Poder de Polícia deve ser concretizado no intento de se fazer cessar ou impedir atos privados danosos. Acerca do Poder em questão, assinale a alternativa correta. AO exercício do Poder de Polícia compete ao ente que tenha recebido o múnus constitucional de regulação da matéria, tendo por atributos a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. BTanto a Polícia Administrativa quanto a Polícia Judiciária contemplam atividades cujo ciclo completo se dá na própria seara interna da administração, sendo ambas as atuações de funções administrativas em defesa do interesse público. CO atributo da autoexecutoriedade informa que os atos decorrentes do Poder de Polícia prescindem de previsão legal que lhes assegure a adoção de medidas que tornem efetivos seus comandos à independência da atuação de outro poder da administração. DNo exercício do Poder de Polícia, a Administração Pública pode expedir atos concretos, os quais contemplam destinatários 11 determináveis, de acordo com a subsunção fática ao instrumento normativo que o rege, a exemplo de Decretos, Portarias e Resoluções. 16.(FCC JUIZ SUBISTITUTO TJ-AL) A atuação da Administração Pública se dá sob diferentes formas, sendo o exercício do poder de polícia uma de suas expressões, Apresente na aplicação de sanções a particulares que contratam com a Administração ou com ela estabelecem qualquer vínculo jurídico, alçando a Administração a uma posição de supremacia em prol da consecução do interesse público. Bpresente nas limitações administrativas às atividades do particular, tendo como principal atributo a imperatividade, que assegura a aplicação de medidas repressivas, independentemente de previsão legal expressa, a critério do agente público. Cdotada de exigibilidade, que confere meios indiretos para sua execução, como a aplicação de multas, e admitindo, quando previsto em lei ou para evitar danos irreparáveis ao interesse público, a autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de coação. Dverificada apenas quando há atuação repressiva do poder público, tanto na esfera administrativa, com aplicação de multas e sanções, como na esfera judiciária, com apreensão de bens e restrições a liberdades individuais. Edotada de imperatividade, porém não de coercibilidade, pressupondo, assim, a prévia autorização judicial para a adoção de medidas que importem restrição à propriedade ou liberdade individual. 17.(IESES AGENTE DE POSTURAS) É exercidopelo agente público sem margem da liberdade, porque a legislação define previamente todos os aspectos relacionados com a expedição do ato. Assinale a alternativa correta a qual poder administrativo esse texto se refere: APoder disciplinar. BPoder de tutela. CPoder discricionário. DPoder vinculado. 18.(IESES AGENTE FAZENDÁRIO-SC) Poderes administrativos são fundamentais para que a finalidade de interesse público seja atingida, sobrepondo as necessidades coletivas as individuas e são usados para que sejam atingidos os objetivos do Estado. Sobre os Poderes administrativos assinale a questão correta. AO Poder hierárquico estabelece uma relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos, cargos e funções, fixando assim a hierarquia, dentro ou fora de uma mesma entidade. BConsidera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente sem limites da lei aplicável, com observância de processo legal e, tratando-se de atividade que a lei não tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. CPoder discricionário é absoluto, e não fixará os limites de atuação, dentro dos quais deve o agente atuar, sobe pena de prática desvio ou excesso de poder. DPoder Disciplinar, representa o poder-dever de a Administração Pública punir seus servidores sempre que cometam faltas, apuradas mediante sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar Pode também haver punição de particular submetido ao controle estatal, como no caso daquele que descumpre contrato administrativo. 19.(QUADRIX AGENTE ADMINISTRATIVO) Acerca dos poderes da Administração, julgue o item. No exercício do poder disciplinar, o administrador possui certa margem na escolha da sanção disciplinar a ser aplicada ao agente público faltoso, juízo esse, via de regra, imune ao controle jurisdicional. Certo Errado 20.(FCC TÉCNICO TJ CE) A doutrina de Direito Administrativo divide a atividade do poder de polícia em quatro ciclos, sendo o último conhecido como sanção de polícia. Tal sanção decorre da aplicação de penalidades quando o particular descumpre uma norma imposta pelo poder público, como ocorre nas multas e embargos de obras. De acordo com a doutrina, esse último momento, chamado de sanção de polícia, é: A indelegável à pessoa jurídica de direito privado, por retratar atividade de império; B indelegável à pessoa jurídica de direito privado, por estar ligada ao poder de gestão do Estado; Cdelegável à pessoa jurídica de direito privado, por retratar atividade de império; 12 Ddelegável à pessoa jurídica de direito privado, por estar ligada ao poder de gestão do Estado; Edelegável à pessoa jurídica de direito privado, por estar ligada aos poderes discricionário e hierárquico do Estado. 21.(VUNESP ADMINISTRADOR) Um prefeito recém-eleito e com larga experiência na área privada, mas sem qualquer experiência na área pública, elencou, em função do seu perfil empreendedor, uma série de projetos que gostaria de realizar, alguns dos quais em parceria com o setor privado e a sociedade civil. Contudo, a assessoria jurídica do município alertou o chefe do executivo de que parte das suas ideias não era viável, pois não havia respaldo legal para tais propostas. Para fundamentar corretamente o seu parecer diante dessa situação, a assessoria jurídica orientou o chefe do executivo da seguinte forma: Ao poder vinculado limita a Administração Pública a agir estritamente de acordo com a Lei, devendo obedecer ao princípio da legalidade. Bo poder disciplinar delimita o tipo de projeto que o administrador público deve ou não realizar, e é preciso seguir o princípio da moralidade e legalidade. Co poder hierárquico estabelece uma relação de poderes, na qual o executivo deve respeitar o judiciário, ou seja, está submetido às leis municipais. Do poder discricionário define as possibilidades e limites para o executivo público, e, em função das leis municipais vigentes, devem-se evitar determinados projetos. Eo poder regulamentar é a base legal para circunscrever o papel do executivo, e o gestor público deve se pautar pelas leis vigentes em seus projetos. 22.(FCC AUDITOR FISCAL -AM) O regular exercício de poder de polícia pela Administração pública Adepende de ratificação pelo Poder Judiciário dos atos de intervenção e de interdição, considerando que excedem o âmbito da limitação de direitos e da supremacia do interesse público. B implica instituição de obrigações aos administrados para melhor atendimento do interesse público, vedada a imposição de proibições sem previsão expressa em lei, dado o princípio da livre iniciativa. C insere-se dentre as funções típicas executivas, com a possibilidade de, nessa matéria, edição de atos administrativos e normativos de natureza originária. Dsujeita-se a controle repressivo por parte do Legislativo e do Judiciário, incidente em caso concreto, sob pena de não caracterização de dano ou prejuízo específico. Eadmite delegação à iniciativa privada de alguns aspectos, a exemplo das atividades meio, que não afetam direitos diretamente 23.(FCC PROCURADOR-CAMPINAS) A autuação por agentes públicos de fiscalização, acompanhada de apreensão de equipamentos de perfuração de solo que estavam sendo utilizados em obra particular próxima a grande avenida, em virtude de constatação de excesso de trepidação, aparentando ofertar riscos à estrutura viária existente, Aexcede os limites do poder disciplinar administrativo, que não incide sobre esfera juridicamente protegida de pessoas não sujeitas à relação jurídica com a Administração. Bé regular e válida, porque abrangida pelo poder disciplinar da Administração pública, que incide sobre servidores e particulares sujeitos à fiscalização administrativa. Cdepende de autorização judicial por se tratar de obra particular, âmbito que excede a competência de atuação da Administração pública. Dpode ser executada diretamente pela Administração pública, independentemente de ordem judicial, como expressão do atributo da imperatividade do poder de polícia. Eé medida regular autoexecutória que configura expressão do poder de polícia da Administração pública, ficando diferida a oportunidade de defesa pelo autuado. 24.(CESPE PGE PE) Acerca de poderes administrativos, julgue o item subsequente. O administrador público age no exercício do poder hierárquico ao editar atos normativos com o objetivo de ordenar a atuação de órgãos a ele subordinados. Certo Errado GABARITO PARTE 3 1.C; 2.CERTO; 3.CERTO; 4.B; 5.B; 6.CERTO; 7.ERRADO; 8.E; 9.C; 10.D; 11.A; 12.B; 13.A; 14.B; 15.A; 16.C; 17.D; 18.D; 19.CERTO; 20.A; 21.A; 22.E; 23.E; 24.CERTO.
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