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SEMIOLOGIA RENAL

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Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
Principais Sintomas em Nefrologia 
1. Distúrbios Miccionais 
Disúria Estrangúria Polaciúria Urgência 
Dor ou sensação de queimação 
durante a micção 
Eliminação lenta e dolorosa de urina 
em consequência de espasmo uretral 
ou vesical. 
Micções em intervalos anormalmente 
breves (aumento da frequência) 
Sensação exagerada de urinar 
Poliúria Oligúria Anúria Alteração do jato 
Aumento do volume urinário 
 
 Resposta a sobrecarga hídrica, 
osmolar ou sódica, diabetes insipido, 
insuficiência renal crônica ou aguda, 
tubulopatias. 
 
Fármacos diuréticos como furosemida, 
hidroclorotiazida, etc. 
Eliminação de volume urinário 
abaixo do qual a carga de resíduos 
metabólicos não pode ser excretada- 
diurese 
 
Principais causas: redução do fluxo 
sanguíneo (desidratação, hemorragia, 
insuficiência cardíaca) ou por lesões 
renais (glomerulonefrite aguda, 
necrose tubular aguda). 
 
 
 
Eliminação da urina<100mL/24h. 
 
Principais causas: obstrução bilateral 
das artérias renais ou dos ureteres, 
necrose cortical bilateral e 
insuficiência renal aguda grave. 
 
Força e/ou calibre- geralmente há 
esforço miccional. 
 
 
Retenção Urinária Incontinência Noctúria Pauraurese 
Incapacidade de esvaziar a bexiga, 
apesar de os rins estarem produzindo 
urina normalmente e o paciente 
apresentar desejo de esvaziá-la. 
 
Aguda: sensação de distenção da 
bexiga, associada à tensão e dor. 
 
Crônica: gradual dilatação da bexiga, 
queixa de polaciúria, hesitação, 
gotejamento. 
Perda involuntária de urina- contínua 
ou intermitente, com ou sem micções 
preservadas, relacionada ou não ao 
esforço abdominal. 
 
Causas: incompetência esficteriana, 
retenção urinária. 
 
 
 
Presença de desejo miccional noturno 
(com interrompimento do sono). 
 
Nictúria: maior frequência de micções 
durante a noite. 
 
Incapacidade de urinar diante de 
pessoas ou em ambientes estranhos. 
 
. 
 
 
Enurese 
Micção involuntária, inconsciente, 
que não deve ser confundida com 
incontinência- fisiológica até os 3 a 
4 anos de idade. 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
2. Dor e Edema 
Dor lombar (flanco) Cólica renal ou dor uretral Edema 
Sintoma frequente e, quando relacionado a doença 
renal, costuma ser unilateral, com localização entre 
a 12ª costela e a crista ilíaca e irradiação para o 
hipocôndrio ou em direção ao ligamento inguinal 
ou região genital, em cólica e sem posição de alivio- 
pode piorar com a posição ereta e se agravar no fim 
do dia. 
 
Principais causas: síndrome nefrótica, 
glomerulonefrite aguda, nefrite intersticial, 
pielonefrite aguda, obstrução urinária. 
 
Obstrução súbita do trato urinário, com dilatação 
súbita da pelve renal ou do ureter- dor tipicamente 
em cólica, com fases de espasmos dolorosos 
seguidos de alivio, costuma iniciar no ângulo 
costovertebral e acometer a região lombar e flanco, 
seguido de irradiação para a fossa ilíaca e região 
inguinal, alcançando o testículo e pênis (m) e 
grandes lábios (f). 
 
Principais Causas: Cálculos urinários, coágulos 
sanguíneos. 
Aumento do volume intersticial- quando 
ocasionado por doenças renais, costuma ser 
generalizado, decorrente de proteinúria maciça ou 
retenção hidrossalina. 
 
Principais causas: glomerulonefrite aguda, 
síndrome nefrótica, insuficiência renal aguda e 
crônica; 
 
Manifestações: ganho de peso, face e extremidades 
inchadas, aumento na circunferência abdominal e 
depressão cutânea após a pressão sobre a mesma 
(cacifo). 
 
3. Principais Doenças dos Rins e das Vias Urinárias 
Síndrome Nefrítica: Decorre de processo inflamatório do capilar glomerular. Disfunção renal de inicio abrupto, por graus variáveis de hematúria, cilindros 
hemáticos, edema, hipertensão arterial, oligúria, proteinúria subnefrótica, além de piúria. 
Glomerulonefrite Aguda Glomerulonefrite rapidamente 
progressiva 
Glomerulonefrite crônica 
Aparecimento súbito de urina escura, hipertensão arterial, 
edema e azotemia. 
 
Outros sinais/sintomas: falta de ar e tosse podem ocorrer 
devido a congestão de líquido nos pulmões, além de sintomas 
sistêmicos decorrente de processo infeccioso como artralgia, 
mialgia, febre e perda de peso. 
 
Causas: infecções bacterianas e virais, deposição de 
imunocomplexos e anticorpos circulantes que lesam a 
membrana base glomerular (síndrome de Goodpasture). 
Rápida perda de função renal (dias-
semana), geralmente acompanhada de 
oligúria ou anúria e alterações urinárias 
características de glomerulonefrite 
(hematúria, cilindros hemáticos e 
proteinúria). 
Manifesta de modo insidioso- normalmente não há 
queixas do paciente e a doença é descoberta em exames 
de rotina em pacientes com hipertensão ou que relatam 
apenas edema discreto. 
 
Via final comum de todas as glumerulopatias que 
evoluem para cronicidade e insuficiência renal terminal 
(com necessidade de diálise e transplante) 
 
Na evolução da doença, o paciente costuma apresentar 
episódios de proteinúria maciça, que leva a síndrome 
nefrótica. 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
Síndrome Nefrótica: Caracterizada pela presença de proteinúria maciça, edema, hipoalbuminemia, dislipidemia, além de estado de hipercoagulabilidade (sendo 
a trombose venosa a manifestação mais comum) e suscetibilidade a infecções (perda de imunoglobulinas e componentes do sistema complemento pela urina). 
Sinais e sintomas: 
• Edema palpebral/periorbital (matinal) 
• Edema de membros inferiores 
• Edema generalizado (anasarca) 
• Ascite 
• Derrame pleural 
 
 
 
 
 
 
 
Litíase Urinária 
• Denominada também, doença calculosa renal 
• Massa cristalina que se forma nos rins, possui tamanho clinicamente detectável 
• Também pode acometer ureter, bexiga e uretra 
• Maior prevalência em homens jovens e caucasianos 
Principais manifestações clínicas: 
1. Dor (cólica renal)- pode irradiar-se para o flanco, seguindo para a fossa ilíaca e região inguinal (com fases de espasmos dolorosos seguidos de alívio) 
2. Hematúria 
3. Disúria 
4. Obstrução (pode haver interrupção súbita do jato urinário) 
5. Predisposição a infecções urinárias 
Parâmetros Síndrome Nefrítica Síndrome Nefrótica 
Quadro Clínico Edema, hipertensão, hematúria Edema, proteinúria, Hipoalbuminemia 
Exame de urina Hematúria, Cilindros hemáticos Proteinúria, Cilindros hialinos 
Complemento sérico Baixo Normal 
Antecedente estreptocócico SIM NÃO 
Fisiopatologia Hipervolemia Hipovolemia 
Recidivas NÃO SIM 
Tratamento Diuréticos Corticosteroides 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
Anamnese Exame físico 
Investigar histórico de doença pregressa: Má absorção intestinal (doença de 
Crohn, cirurgia bariátrica), gota, hipertensão, DM2, hiperparatireoidismo 
primário, obesidade, infecções do trato urinário crônicas ou recorrentes. 
 
Investigar fatores de risco: Histórico dietético ; ganho de peso; volume 
urinário- debito urinário <1L/dia (aumenta o risco de litíase); ocupação 
(observação: trabalhar em ambiente quente ou não ter fácil acesso á agua ou a 
um banheiro). 
• Avaliação do peso 
• Pressão arterial 
• Presença de hipertensensibilidade no ângulo costovertebral (punho 
percussão lombar) 
• Ocorrência de edema nos membros inferiores 
• Sinais de outras condições sistêmicas 
Uropatia Obstrutiva 
• Interrupção ou diminuição do fluxo normal de urina 
• Pode ser congênita ou adquirida, uni ou bilateral, completa ou incompleta 
• Ocorre em qualquer nível do trato urinário 
• Principais causas: litíase, neoplasias, cicatrização de infecção, anomalias congênitas. Em mulheres → gravides e câncer uterino. Em homens→ câncer 
de próstata. 
• Há aumento da pressão hidrostática → dilatação da pelve renal e túbulos → hidronefrose 
• Redução do fluxo sanguíneo renal → isquemia renal → necrose → destruição papilar 
• Pode causar dados renais agudos ou crônicos: Agudo: injúria renal reversível; Crônico: isquemia, dano glomerular e fibrose. 
Manifestações Clínicas: 
1) Obstrução aguda: Dor (distensão da cápsula); Azotemia; Oligúria ou anúria. 
2) Obstruçãocrônica: Azotemia, Hipertensão, Poliúria, Natriurese. 
Anamnese Exame físico 
• Dificuldade para urinar 
• Disúria 
• Hematúria – sugere obstrução por cálculos 
• Dor no flanco durante a micção- indicativa de refluxo vesicouretral 
• Infecção urinária ou retenção vesical 
• Alteração do volume urinário 
Palpação: 
 
• Procurar massas palpáveis que possam sugerir a altura da obstrução no 
trato urinário; 
• Bexiga distendida pode sugerir obstrução; 
• Rim palpável sugere existência de obstrução ureteral com hidronefrose 
associada. 
 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
Insuficiência Renal Aguda 
• Síndrome caracterizada pelo rápido declínio da filtração glomerular com retenção de escórias nitrogenadas e outros produtos residuais eliminados 
normalmente pelos rins, de caráter potencialmente reversível. 
• Causas gerais: desidratação, insuficiência cardíaca grave, traumatismo, uso de medicamentos nefrotóxicos e estados de insuficiência cardiocirculatória; 
• Síndrome frequente em paciente hospilazados. 
IRA é classificada em 3 categorias. 
1) Insuficiência renal aguda pré-renal: 
 
• Condição mais comum 
• Não há defeito estrutural nos rins e a taxa de filtração é rapidamente restabelecida após a correção da perfusão renal 
• Causas: distúrbios hemodinâmicos com comprometimento da perfusão sanguínea renal (baixa ingestão hídrica, desidratação intensa, hemorragia, 
insuficiência cardíaca grave, etc) → hipovolemia, baixo débito cardíaco, diminuição hídrica do fluxo sanguíneo renal. 
• Manifestações clínicas: Hipovolemia, oligúria, diminuição da pressão arterial, hipotensão ortostática, veias periféricas colabadas. 
Anamnese Exame físico 
• Investigar histórico de IC ou insuficiência hepática 
• Verificar histórico de ingestão e perdas hídricas 
• Investigar uso de medicamentos (inibidores da ECA, inibidores de 
angiotensina) 
• Em pacientes hospitalizados, investigar hipotensão 
• Extremidades frias 
• Pulso rápido 
• Ausculta pulmonar (evidência de edema pulmonar) 
• Taquicardia 
• Membranas mucosas secas 
• Olhos encovados 
• Diminuição do turgor da pele 
• Estase jugular 
• Alterações da pressão arterial ortostática 
 
2) Insuficiência renal aguda pós-renal: 
 
• Ocorre por meio de obstrução bilateral ou unilateral com rim único- possui a menor prevalência entre os 3 tipos de IRA 
• Somente a desobstrução possibilita o restabelecimento da função do órgão 
• Principais causas: Litíase, tumores, coágulos, gravidez, bexiga neurogênica, malformações congênitas, traumatismo urinário, hipertrofia prostática. 
• Manifestações clínicas: Obstrução aguda: dor, azotemia, oligúria ou anúria; Obstrução crônica: azometia, hipertensão, poliúria, natriurese. 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
 
Anamnese Exame físico 
• Dificuldade para urinar 
• Disúria 
• Hematúria 
• Dor no flanco durante a micção 
• Alteração do volume urinário 
• Infecção urinária ou retenção vesical 
• Procurar massas palpáveis que possam sugerir a altura da obstrução no 
trato urinária 
• Bexiga distendida pode sugerir obstrução 
• Rim palpável sugere existência de obstrução ureteral com hidrofonese 
associada. 
 
3) Insuficiência renal aguda intrínseca: Lesões recentes ao parênquima renal em que não há reversão imediata após a remoção da causa inicial 
Principais causas e manifestações clínicas associadas: 
• Necrose tubular aguda: forma mais frequente de IRA intrínseca. Pode ser isquêmica, nefrotóxica ou por pigmentos. Manifestações clínicas: oligúria, 
vômitos, tremores, edema pulmonar, derrame pleural, edema periférico, confusão mental, apatia, aumento de peso. 
• Glomerulonefrites: Manifestações clínicas: oligúria, edema, hipertensão. 
• Vasculopatias: Manifestações clínicas: isquemia digital, placas retinianas, livedo reticularis, dor no flanco associada a filtrilação atrial e nódulos 
subcutâneos. 
• Nefrite intersticial aguda (fármacos, hipercalcemia, infecções): Manifestações clínicas: febre, rash cutâneo, artralgia, exantema. 
Anamnese 
• Uso de drogas ilícitas 
• Acidentes com animais peçonhentos 
• Manejo de metais pesados e/ou solventes orgânicos 
• Procedimentos com contrastes radiológicos 
• Medicamentos 
• Investigar IC, doença renal prévia, desidratação ou hipovolemia, DM, 
HAS, hipotensão, mieloma múltiplo. 
 
 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
4) Insuficiência Renal Crônica (IRC): Perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais (glomerular, tubular e endócrina). 
 
• Causas: DM, HAS, doença renal policística, amiloidose renal, pielonefrite crônica, nefroesclerose hipertensiva, etc. 
• Quadro Clínico Discreto e inespecífico: nictúria, oligúria, fadiga, sonolência, anorexia, emagrecimento, náuseas, vômitos,edema, prurido, palidez 
cutânea. 
• Quando Urêmico: anemia, mal-estar, prurido, fraqueza, astenia, fadiga fácil, noctúria, poliúria, pernas inquietas, impotência e perda de libido, dispneia 
progressiva, anorexia, náuseas e vômitos, soluços e sangramento digestivo. 
IRC é dividida em 5 estágios: 
Estágio 1-2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5 
Fase de insuficiência renal funcional Fase de insuficiência renal crônica 
laboratorial 
Fase de insuficiência renal crônica 
clínica 
Fase terminal de insuficiência renal 
crônica 
Os rins conseguem manter razoável 
controle interno- não há sinais ou 
sintomas clínicos importante de IR. 
 
Níveis normais de creatinina 
plasmática e ureia. 
Sinais e sintomas ligados á causa 
básica (DM, infecção urinária, HAS, 
etc). 
 
Sinais e sintomas da uremia podem 
estar presentes de maneira discreta. 
 
Níveis elevados de ureia e creatinina 
plasmática. 
Sinais e sintomas de uremia (anemia, 
hipertensão arterial, edema, fraqueza, 
mal-estar e sintomas digestivos). 
Faixa de função renal na qual os rins 
perderam o controle do meio interno- 
incompatível com a vida. 
 
Paciente intensamente sintomático. 
Opções terapêuticas: hemodiálise ou 
dialise peritoneal, transplante renal 
 
Anamnese Exame físico 
• Investigar doenças sistêmicas (DM, HAS, LES) e uso de 
medicamentos. 
• Investigar complicações associadas a uremia 
• Pressão arterial 
• Avaliação do precórdio 
• Fundo de olho (DM) 
• Edema periférico 
• Neurológico alterado: polineuropatia sensorial 
• Diminuição da massa corporal magra 
• Rins policísticos palpáveis 
• Anormalidades de pele 
 
 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
5) Infecção do Trato Urinário (ITU) 
 
Infecção Urinária: Considera-se que há infecção quando ocorre proliferação de microorganismo, com invasão tecidual, em qualquer parte do trato urinário. 
• A maioria das infecções são agudas e de curta duração (mas podem ter complicações quando passam para o trato urinário superior) 
• Aquisição: na comunidade ou hospitalar 
• Maior incidência em mulheres- uretra curta e proximidade vagina/anus 
• Gravidez e menopausa estão associadas a altas taxas de infecções no trato urinário devido a redução de estrogênio, que leva a redução da população de 
lactobacilos. 
Classificações: 
1. ITU alta: quando os rins estão envolvidos 
2. ITU baixa: bexiga, uretra, próstata, epidídimo 
3. Complicada: infecção associada a alterações estruturais do trato urinário, imunossupressão ou infecção urinária na mulher grávida 
4. Não-complicada: episódios de cistite ou pielonefrite principalmente em mulheres sem fatores de risco predisponentes a infecção 
5. Infecção aguda: caso sintomática inicial 
6. Recaída/recidiva: recorrência de bacteriúria ocasionada pelo menos microrganismo com urocultura positiva no controle de cura 
7. Reinfecção: ocorre após cura aparente por nova cepa. 
Anamnese Exame físico 
• Investigar número de ITUs por ano 
• Tratamentos anteriores e duração 
• Atividade sexual: frequência e parceiro 
• Hospitalizações prévias 
• Patologia nefro-urológica prévia 
• Hipertemia 
• Exame abdominal inferior e região suprapúbica/pélvica, punho 
percussão leve (pielonefrite). 
 
 
 
 
 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
6) Infecção do Trato Urinário Superior 
Pielonefrite:Infecção do trato urinário superior (rins e pelve renal). 
Pielonefrite aguda Pielonefrite crônica 
Invasão bacteriana aguda do rim e da pelve renal- costuma ser bilateral. 
 
Manifestações clínicas: 
• Calafrios 
• Náuseas e vômitos 
• Febre súbita (39-40ºC) 
• Prostração, taquicardia e hipotensão arterial (também pode ocorrer) 
• Disúria, polaciúria, urgência e eliminação de urina turva 
• Dor no flanco (com irradiação para a fossa ilíaca e região púbica) 
 
Predisposição: Obstrução do trato urinário, cálculos, neoplasias, mal 
formações anatômicas. 
 
Infecção: via ascendente do TGU- E.coli (75% dos casos); Pode haver também 
infecção pela via hematogênica. 
Surge geralmente após um episódio inicial de pielonefrite aguda ou cistite. 
 
Manifestações clínicas: 
• Perda de peso 
• Hipertensão arterial 
• Sintomas associados á uremia 
• Fraqueza geral, apatia 
• Bacteriúria 
• Polaciúria, dor lombar 
 
Predisposição: obstrução urinária, presença de cálculos, hipertrofia prostática, 
bexiga neurogênica e refluxo vesicouretral. 
 
 
 
7) Infecção do Trato Urinário Inferior 
Cistite e Uretrite Prostactite 
Infecção urinária restrita á bexiga e/ou uretra 
 
Quadro clínico: 
• Disúria, polaciúria, piúria 
• Dor lombar 
• Hematúria macroscópica 
• Urina turva e fétida 
• Desconforto e sensação dolorosa na região suprapúbica 
• Bacteriúria, corrimento uretral purulento entre micções (uretrite aguda) 
 
Predisposição: atividade sexual, gravidez, DM, bexiga neurogênica, 
instrumentação e cateterização urinária. 
Caracteriza-se por dor na região sacra e perineal, que acompanha desconforto 
retal e testicular; piúria e hematúria costumam ocorrer. 
 
Prostactite bacteriana aguda: febre alta e calafrios, acompanhando-se de 
disúria e polaciúria- toque retal com dor intensa, devido ao aumento de volume 
da glândula. 
 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
 
Neoplasias dos Rins e do Trato Urinário 
1. Adenoma renal: Neoplasia benigna mais comum 
• Normalmente assintomática 
• Possuem >5mm de diâmetro 
• Acometem a papila renal ou a arquitetura tubular 
 
2. Adenocarcinoma renal: neoplasia maligna mais frequente 
• Mais prevalente em homens (afeta 2x mais) 
• Fatores de risco: tabagismo, manejo de cádmio, asbesto e subprodutos do petróleo, hipertensão, obesidade, ... 
• Manifestações clínicas: Metástases em pulmões, fígado e ossos; Hematúria, cólica renal; Febre alta de longa duração; Perda de peso, fadiga; Dor no 
flanco, massa abdominal palpável. 
 
3. Tumor de Wilms (neofroblastoma ou embrioma renal) 
• Tumor renal maligno que ocorre quase que exclusivamente em crianças com <5 anos 
• Normalmente acomete apenas 1 dos rins 
• Causas: genéticas (?) 
• Fatores de risco: etnia (negros possuem maior risco), histórico familiar, indivíduos com gemi-hipertrofia, má formação do aparelho urinário e/ou genital 
e aniridia (ausência de íris) 
• Manifestações clínicas: Massa abdominal palpável, febre, hematúria, anemia, mal-estar, constipação, anorexia, náusea, vômito, dor abdominal, inchaço 
abdmonial, ... 
 
4. Carcinoma urotelial de trato urinário superior (UTUC): 
• Acomete a pelve renal e os ureteres 
• Pacientes com UTUC têm maiores chances de desenvolver tumores de bexiga e vice-versa 
• Fatores de risco: sexo masculino, caucasianos, tabagismo, idade avançada (>70 anos), exposição a aminas aromáticas. 
• Manifestações clínicas: Dependem da localização e do tamanho da neoplasia, hematúria, anorexia, perda de peso e dor óssea, edema periférico/dor 
lombar/em flanco (em caso de obstrução), hematúria. 
 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
5. Carcinoma urotelial de trato urinário inferior (LTUC) 
• Acomete a bexiga. 
• O principal fator de risco é o tabagismo 
• Manifestações clínicas: hematúria, enfraquecimento do jato urinário, dor/desconforto suprapúbico, irritabilidade vesical. 
Anamnese e Exame físico das neoplasias dos rins e do trato urinário: 
Anamnese Exame físico 
• Investigar histórico familiar de câncer 
• Mudanças no hábito urinário 
• Questionar sobre súbita perda de peso e febre constante 
• Fatores de risco associados 
• Presença de massa abdominal palpável 
• Pressão arterial elevada 
• Bexiga distendida pode sugerir obstrução neoplásica 
• Neoplasia vesical raramente é palpável 
 
Cisto e Doença Policística Renal 
Doença Renal Policística: Distúrbio genético que pode ter caráter dominante ou recessivo (ambos os rins são progressivamente afetados). 
Doença Renal policística autossômica dominante 
(DRPAD) 
Cistos Renais Simples Doença renal cística adquirida (DRCA) 
• Enfermidade renal hereditária mais comum em 
seres humanos. 
• Há destruição do parênquima renal que leva a 
perda de função renal. 
• Manifestações clínicas: Hipertensão arterial, 
Hematúria acompanhada de discreta proteinúria, 
Infecção urinária de repetição, progressão de 
insuficiência renal crônica, nefromegalia 
bilateral, noctúria, poliúria, isostenúria. 
• Anamnese: Investigar histórico familiar de 
doença renal policística; Pesquisae por 
diverticulite (maior incidência em pacientes com 
doença policística renal); Investigar sintomas 
associadas á uremia. 
• Exame Físico: rins palpáveis com superfície 
nodular, Dor/desconforto lombar ou em flancos. 
• Desordem herdada rara, com dilatações 
císticas nos ductos coletores 
• Acomete principalmente crianças 
• Fetal no primeiro ano de vida 
• Manifestações clínicas: nefromegalia, 
hipertensão, nefrolitíase, insuficiência 
renal, colangite, icterícia, 
trombocitopenia, sangramento 
gastrointestinal, ruptura de varizes 
esofágicas, esplenomegalia. 
• Geralmente se desenvolve em pacientes 
que já tem outros problemas renais 
• Mais comum em pessoas com 
insuficiência renal ou que estão em 
diálise 
• Normalmente ocorre em pessoas com 
idade avançada 
• Aumenta a chance de câncer renal 
• Em geral não há nefromegalia 
DRCA pode ser diferenciada de 
DRPAD pela ausência de história 
familiar, aparecimento após a instalação 
da uremia e pela presença de rins de 
tamanho normal ou diminuído. 
Caroline S. de Araujo Lima| Medicina 
 
Cistos Renais Cistos Renais Simples 
• Cavidade revestida por epitélio, repleta de líquido, em meio ao 
parênquima renal. 
• São distúrbios heterogêneos compreendendo formas hereditárias, 
desenvolvimentais, e ainda formas adquiridas. 
• São razoavelmente comuns 
• Ocasionalmente são confundidas com tumores malignos 
• Estão entre as principais causas de doença renal crônica 
• Apresentam paredes finas e reguladas; conteúdo líquido 
• São considerados benignos 
• Presentes em rins normais 
• Podem ser solitários ou múltiplos e bilaterais 
• Possui maior incidência em homens e em indivíduos >50 anos 
• Manifestações clínicas: assintomático na maioria das vezes 
• Cistos renais simples não evoluem para malignidade 
 
Doença cística da medula: 
Rim esponjoso medular Cistos Renais Simples 
• Doença rara caracterizada por anormalidades na região dos túbulos 
coletores medulares renais; 
• Ocorre ectasia e formações císticas dando um aspecto de esponja. 
• Distúrbio benigno que pode permanecer assintomático ao longo da 
vida ou ser diagnosticado mais tardiamente na meia-idade 
• Complicações clínicas: nefrolitíase de repetição, hematúria e 
infecção urinária recorremte. 
• Anomalia renal hereditária caracterizada por fibrose túbulo-
intersticial associada a rins de tamanho reduzido e múltiplos cistos 
medulares 
• Doença evolui para rins em fase terminal ao longo de 5-10 anos 
• Manifestações clínicas: poliúria, polidipsia, anemia, hipertensão 
grave, retinite pigmentosa.

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