Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENTENDA SOBRE ANIMAIS PEÇONHENTOS E COMO SE PROTEGER DE FORMA EFICIENTE TRILHAS: do iniciante ao expert Material Bônus São chamados de peçonhentos os animais que para caçarem ou se defenderem têm a capacidade de inocular substâncias tóxicas produzidas em glândulas especializadas de seu corpo. O meio utilizado para a inoculação dependerá da espécie do animal, que no caso das serpentes ocorrerá através dos dentes inoculadores de veneno, e nos escorpiões, através do aguilhão localizado na ponta de sua cauda. É importante salientar que os animais peçonhentos agem quando se sentem ameaçados. Existem animais que são venenosos, mas não são peçonhentos. Esses animais venenosos não possuem nenhum órgão capaz de inocular o veneno e essa é a principal diferença entre os animais venenosos e peçonhentos. O sapo é um animal venenoso e não peçonhento. Cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos são exemplos de animais peçonhentos, que são responsáveis por causar inúmeros acidentes, tanto nas cidades quanto nas áreas rurais. O CONCEITO Os sintomas das picadas de abelha variam de acordo com o local atingido, a quantidade de veneno injetada e o histórico alérgico do indivíduo. No caso de poucas picadas, por exemplo, podem surgir desde uma simples inflamação até uma forte reação alérgica. Há casos em que ferroadas múltiplas podem ser fatais. São os dias mais quentes que deixam as abelhas mais hostis, assim como, a época de florada - na primavera. Nesses períodos, a atenção em relação ao inseto deve ser redobrada, pois uma simples aproximação ou uma vibração causada por um forte barulho podem ser entendidos como um ataque ao enxame. Portanto, quando você estiver trilhando por aí e avistar um apiário (conjunto de colmeias utilizadas para criação de abelhas e produção de mel), passe longe e em silêncio. Caso seja na mata, sem apiário, e avistar um enxame, corra e fique quieto, em silêncio também. ABELHAS Abaixar-se, enquanto ainda não foi picado; Correr em ziguezague; Se estiver de camiseta, retirar a peça de roupa e usá-la para proteger o rosto, a cabeça e o pescoço (quanto mais picadas nessas regiões, maior chance de choque anafilático); Correr para um local em que é possível se abrigar; Fugir para locais onde há água: uma mangueira, um rio, uma piscina, uma cachoeira. Esperar que as abelhas cansem do ataque não funciona. Em uma colmeia existem de 60 a 100 mil insetos, contando rainha, zangões e operárias. Um ataque pode ser conduzido por até 3 mil abelhas, o que significa, a mesma quantidade de picadas. Por esse motivo, algumas orientações são fundamentais. Confira: O que fazer ao ser atacado por um enxame? Ao praticar caminhadas na natureza, fique atento aos zumbidos de abelhas, caso isso ocorrer, esteja atento e preparado. Olhando a foto acima, esta caranguejeira assusta muito, não é? Talvez você já tenha visto uma dessas nas trilhas, e se não teve a oportunidade, ainda verá. Ela é conhecida também como Tarântula e faz parte da família Theraphosidae. Seu porte varia de 20 a 30cm. Sua principal característica são os seus pelos urticantes, que podem se soltar na pele dos seus predadores ou presas. Ela parece ser realmente muito venenosa, porém não é. Ela pode assustar, mas é uma das mais "mansas" que existe e tÊm pessoas que até deixam ela caminhar sobre a suas mãos e braços. Ela não é um perigo a você, mas existem outras que certamente são e você precisa estar ciente. Há três tipos de aranhas que são consideradas de importância médica no Brasil: ARANHAS Aranha-armadeira: Os aracnídeos do gênero Phoneutria são conhecidos popularmente como Aranhas Armadeiras ou Aranhas de Bananeiras. Os acidentes provocados por Phoneutria ocorrem durante o ano todo, aumentando a incidência nos meses de abril e maio. Este período coincide com a época de acasalamento das armadeiras, o que as torna mais ativas. Causa dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis. Em casos raros, podem ocorrer náuseas, vômitos, agitação, diarreia e hipertensão arterial. Aranha-marrom: é um animal invertebrado que pertence à ordem araneae e ao gênero loxosceles. Uma vez picado pela aranha marrom, o indivíduo pode não sentir dor. Somente após 12 a 14h do acidente aparecem as primeiras manifestações clínicas, que podem surgir de forma cutânea ou cutâneo- visceral, podendo evoluir para ferida com necrose de difícil cicatrização. Viúva-negra: pertence à família de aranhas Theridiidae, seu veneno possui vários componentes químicos como o ácido aminobutírico, hialuronidase, fosfodiesterase, polipetídeos, além de proteínas como latrotoxinas, característica do grupo. Essas toxinas atuam sobre terminações nervosas sensitivas, provocando quadro doloroso no local da picada. Atuam também no sistema nervoso autônomo, o que leva à liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos e, na junção neuromuscular pré-sináptica altera a permeabilidade aos íons sódio e potássio. Estes 3 tipos são o que você precisa se preocupar, caso ocorrer algum acidente em uma de suas aventuras. Sempre fique atento ao apoiar-se em lugares na natureza. O período do verão – entre dezembro e março – exige maior cuidado dos brasileiros em relação aos acidentes com escorpiões, já que o clima úmido e quente é considerado ideal para o aparecimento desse tipo de animal peçonhento, que se abriga em esgotos e entulhos. Podem estar debaixo de pedras e dentro de fendas nas árvores ou troncos no meio da mata. As recomendações incluem ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo e, se possível, levar uma foto do animal para identificação da espécie. Caso algum dia você venha a tomar uma picada, limpe o local com água e sabão e busque atendimento médico imediatamente. Geralmente, em adultos, a maioria dos casos não é grave e os sintomas podem incluir dor imediata, vermelhidão e inchaço leve. Já em crianças menores de sete anos, os riscos de alterações graves é alto e, portanto, é imprescindível aplicação de soro antiescorpiônico o quanto antes. ESCORPIÕES Cobra, serpente e víbora: qual a diferença? SERPENTES COBRAS: A palavra cobra muitas das vezes é utilizada como sinônimo de serpente, porém, cientificamente a palavra cobra refere-se às serpentes da família Colubridae (colubrídeos). Fato interessante é que a maioria das serpentes fazem parte desta família, havendo cerca de 2000 espécies no mundo. Dentre as espécies existentes, grande parte delas são cobras inofensivas, de porte médio, ou seja, não são venenosas ou não possuem uma dentição adequada para inocular o veneno. Podemos chegar ao consenso que todas as cobras são serpentes, mas nem todas as serpentes são cobras. No Brasil, as cobras mais conhecidas são as Simophis rhinostoma e Rhinobothryum lentiginosum, duas espécies de falsa coral; a cobra-cipó (Chironius exoletus) e a caninana (Spilotes pullatus). São as cobras mais numerosas do Brasil em termos de gêneros e espécies. SERPENTES: O termo serpente deve ser utilizado quando nos referimos de modo genérico a todos os répteis rastejantes, sem patas, que apresentam o corpo alongado coberto de escamas e são pecilotérmicos. Sendo assim, as serpentes são animais vertebrados, da classe dos répteis, da ordem squamata e subordem serpentes (ophidia). Podemos concluir que as víboras e cobras são um tipo de serpente. Muitas serpentes são peçonhentas e injetam seu veneno através de dentições (presas inoculadoras) especializadas. No Brasil há aproximadamente 70 espécies de serpentes peçonhentas, ou seja, venenosas. Quando uma pessoa é picada por uma serpente venenosa, os sintomas podem ser imediatos ou não, pois depende da espécie em questão. Fato é que se não tratado corretamente, com soro específico, o indivíduo pode vir a óbito. Além da dentição específica, as serpentes peçonhentas possuem uma estrutura chamada de fosseta loreal ou lacrimal. A fosseta loreal fica localizada entre a narina e o olho do animal, sendo um órgão termorreceptor que permite a serpente identificara variação de temperatura ambiental. As fossetas loreais são conectadas diretamente ao encéfalo da serpente, sendo de suma importância para ela detectar a presença de presas ou predadores VÍBORAS: As víboras são animais vertebrados, pode-se afirmar que as víboras são serpentes do tipo venenosas, com dentição apta para a inoculação de veneno, com formato de cabeça triangular e super ágeis. Elas possuem grande habilidade em dar o bote em suas presas, sendo assim, são animais muito perigosos. As principais características das víboras são: presença de fosseta loreal, olhos pequenos com as pupilas em formato de fenda vertical, escamas alongadas e ásperas de igual aparência na cabeça e no corpo, cauda curta que afina bruscamente, hábitos noturnos, atacam quando se sentem ameaçadas, são ovovivíparas. As víboras são consideradas os répteis mais venenosos e bem adaptados que existem. As mais conhecidas são: jararaca, cascavel, surucucu, víbora da morte, víbora cornuda, víbora do gabão e víbora de russel. Outro grupo de víboras venenosas são as da família Elapidae, que tem como principal representante a coral verdadeira. Se você já pratica trilhas, talvez fique bastante "noiado" ao andar na natureza, com medo de encontrar ou pisar em alguma. Caso você pisar, possivelmente irá ocorrer um acidente. Redobrar a atenção e olhar sempre para o solo, é uma das melhores ações para se prevenir de um possível bote de uma cobra, mas há meios mais eficazes e mais tranquilos. COMO SE PROTEGER DE COBRAS DURANTE UMA TRILHA? A perneira de trilha é um equipamento essencial para todo trilheiro. Você irá colocá-lo na sua canela e irá preencher por completo a parte do seu joelho para baixo, região onde é mais vulnerável para uma picada de cobra. É comum ser usado perneiras quando você contrata o serviço de uma agência de turismo ou guia local, mas caso você não costume pagar por esses serviços de guiamentos, é muito importante que você invista então na perneira. Ela lhe trará maior segurança, bem-estar e tranquilidade na hora de trilhar. Outro item que pode lhe ajudar a evitar um bote de cobra é o famoso bastão de caminhada. Não sabemos se hoje você já usa este equipamento, mas já deve ter visto alguém usando nas trilhas. Ele tem como função ajudar no equilíbrio, aumento de desempenho e diminuição do impacto e peso nos joelhos e articulações. Mas além disso, serve também para você limpar teias de aranha durante a passagem da trilha ou então usar para afastar uma cobra do meio do seu percurso. Também pode ser usado como alerta, já que muitas vezes, primeiro você coloca o bastão na frente, depois você pisa. A bota de trilha possui cano alto e muitas vezes é feita de couro nobuk, também sendo outro item importante na sua segurança, em local onde a perneira não cobre. Sendo assim, os meios mais eficientes de você não ser picado por uma cobra são: Atenção e olhar profundo para frente e para o solo Perneiras anti-cobras Bastão de caminhada Bota de cano alto, em couro ou material similar Caso algum dia você for picado por alguma cobra, não se desespere. Você possui até 3h para que o efeito do veneno não cause grandes problemas a você. Neste tempo, busque imediatamente um hospital para tomar um soro antiofídico. Através deste material, apresentamos a você o conceito de animais peçonhentos e animais venenosos, indicamos quais animais são peçonhentos e quais você possui maior probabilidade de encontrar em uma trilha. Quais os efeitos dos seus ataques e o que fazer ao encontrar estes animais ou até ser picado pelos mesmos. Como se proteger e evitar ataques de cobras nas trilhas, pois as cobras são sempre as vilãs de toda aventura e pavor dos iniciantes. RESUMO Não somos biólogos, nem especialistas em animais peçonhentos, apenas queremos, através deste conteúdo, contribuir para o seu conhecimento e aptidão para tornar-se um trilheiro expert, sabendo mais sobre esses animais que você pode avistar ou até ser atacado em alguma aventura. Algo importante para comentar e finalizar este material é que, independente do animal que lhe picou ou atacou, sempre é aconselhável buscar atendimento médico o mais rápido possível, para confirmar se há a necessidade de algum soro, tratamento ou medicamento. ESTEJA PREPARADO. @VIVALASTRIPS
Compartilhar