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Relatório de Libras 
 
Química 
 
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
 
 
NÚCLEO DE QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acadêmico: Tiago Sá de Paula 
 
Curso: Licenciatura em Química 
 
Professor: Hamilton Pereira Rodrigues 
 
Assunto: Entrevista com um surdo(a) 
 
 
 
 
 
 
 
I. INTRODUÇÃO 
 
 
 
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil (Lei nº 
9394/96) preceitua que as crianças “portadoras de necessidades educativas 
especiais”, devem ter sua escolaridade atendida, fundamentalmente, pela 
escola regular, de modo a promover a integração/inclusão. Porém, o que é 
visto no encadeamento escolar, é uma fuga da implantação desse processo 
integração/inclusão, no entanto com grandes expectativas desta 
implantação não só para o surdo, como também para sua família ou até 
pela sociedade ouvinte. 
 
No entanto, considerando uma realidade oposta a essa utopia de 
adequações e criatividade no espaço escolar, autores afirmam que existe 
uma fragilidade das propostas de inclusão, pois ela remete, frequentemente, 
a um discurso que contradiz a realidade educacional brasileira, caracterizada 
por classes superlotadas, instalações físicas insuficientes, quadros docentes 
cuja formação não é adequada (TADA et al., 2012; SCHEMBERG et al., 
2012). Essas condições de existência do sistema educacional põem em 
questão a própria ideia de inclusão como política que, simplesmente, propõe 
a inserção dos alunos nos contextos regulares de ensino, sem maiores 
preocupações com a qualidade da formação ofertada e da inclusão. 
 
Em meio a esse cenário, entre a utopia da inclusão e a realidade das 
escolas brasileiras, está o surdo que, historicamente, não era acreditado 
enquanto capaz de aprender, mas que no decorrer dos anos foi 
conquistando o direito ao acesso aos conhecimentos e ganhando espaço 
dentre as reflexões no âmbito educacional (GUARINELLO, 2007; TADA et 
al., 2012). 
 
O trabalho consiste na aplicação de um questionário em caráter 
descritivo relatando os obstáculos enfrentados e a importância da LIBRAS 
ao longo do processo de ensino/aprendizagem. A entrevistada, Rosângela 
da Silva Soares, reside em Governador Eugenio Barros - MA, concluiu 
recentemente o terceiro ano do ensino médio na escola estadual Centro de 
Ensino Dias Carneiro. 
 
II. OBJETIVOS 
 
• Compreender a vivência do surdo diante de uma sociedade majoritária 
ouvinte; 
 
• Avaliar sua trajetória escolar (inclusão nas escolas); 
 
 
III. METODOLOGIA 
 
Neste trabalho foi realizada uma entrevista com uma jovem surda que 
concluiu recentemente o ensino médio. 
 
 
IV. ENTREVISTA 
 
A entrevista foi realizada por transmissão on-line via Google Meet, 
tendo em vista o fato de que ela mora em um povoado distante da cidade, o 
que impossibilitou a entrevista presencial com a formada no ensino médio 
Rosângela da Silva Soares, 35 anos de idade que reside na cidade de 
Governador Eugenio Barros. A entrevista foi feita com a ajuda da interprete 
de Libras professora Rayane Rodrigues Jardim Araújo. 
 À esquerda, entrevistada: Rosângela da Silva Soares 
À direita, interprete de Libras: Rayane Rodrigues Jardim Araújo 
Em baixo, acadêmico: Tiago Sá de Paula 
 
Segundo a entrevistada, sua surdez se deu por conta de um acidente 
que aconteceu quando ela tinha apenas 11 anos de idade. Ela caiu de uma 
árvore e bateu com a cabeça, ficou gravemente hospitalizada e em poucos 
meses perdeu completamente a audição. 
 
Em relação ao dialogo com seus familiares, a entrevistada disse que 
foi bastante complicado no começo, mas que aprendeu a fazer leitura labial 
e é dessa maneira que se comunica com os familiares que não sabem 
Libras ou usando sinais próprios (caseiros). 
 
Podemos perceber que este é um caso que é vivenciado por grande 
parte da comunidade surda, pois muito comumente os familiares fazer uso 
de sinais próprios para comunicar-se com os surdos, sendo que, na maioria 
das vezes estes não têm conhecimento da língua brasileira de sinais, para 
que possam se comunicar melhor. 
 
Ao ser perguntada se na escola em que concluiu o ensino médio 
havia algum professor interprete de libras, ela respondeu que nunca teve e 
que tinha que se esforçar pra conseguir entender os assuntos, fazendo 
leitura labial e que muitos professores eram indiferentes e impacientes com 
ela. Inclusive, Rosângela disse que, essa ‘indiferença e impaciência’ por 
parte dos professores foi a sua maior dificuldade enfrentada na escola. 
 
 Essa é uma triste realidade de muitos surdos que tentam estudar nas 
escolas públicas, principalmente em municípios isolados do Brasil. A Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394/96 (Brasil, 1996), 
no Capítulo III, art. 4º, inciso III, diz que é dever do Estado garantir o 
“atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com 
necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. 
 
Inclusive, o capítulo 5 da LDB 9.394/96 trata somente de aspectos 
referentes à Educação Especial. Entre os pontos especificados, o art. 58. § 
1º diz que, sempre que for necessário, haverá serviços de apoio 
especializado para atender às necessidades peculiares de cada aluno 
portador de necessidades especiais. Mas como se pode ver no caso da 
entrevistada, a realidade é bem diferente. 
 
Com respeito a relação com os colegas ouvintes na escola, a 
entrevistada disse que tinha um bom relacionamento com seus colegas de 
classe. Rosângela disse que: “Meu relacionamento com os colegas era 
ÓTIMO porque todos me respeitavam [...]”. 
 
Assim, apesar das dificuldades, ela concluiu o ensino médio e se 
sente feliz porque sabe que foi muito difícil e as vezes desanimador. 
 
Apesar de saber Libras, como ficou claro na entrevista, não foi na 
escola que ela aprendeu. Ao ser questionada como foi que aprendeu a 
língua brasileira de sinais, Rosângela disse que foi com a ajuda das 
Testemunhas de Jeová. Pois eles têm um curso Bíblico gratuito em 
qualquer idioma, incluindo Libras e que pode ser feito tanto on-line como 
presencial. Foi por meio do curso e com a ajuda da sua instrutora que ela 
aprendeu Libras. Eles têm um aplicativo chamado JW Library Sign 
Language que contém muito conteúdo tudo em Libras. 
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
Pode-se perceber que a surdez não é um problema para o surdo, pois 
foi relatado pela entrevistada, seu bom relacionamento com seus colegas 
ouvintes. 
 
Muitas crenças e preconceitos permanecem muito vivos e fortes na 
nossa sociedade, porém Segundo Gesser há um sentimento de mudança 
pairando no ar. A obrigatoriedade de formação nas áreas de licenciatura no 
ensino superior para surdos, a inclusão da LIBRAS em alguns 
currículos...Sem dúvida, o momento é do surdo e para o surdo. Mas nas 
ondas das boas novas também se infiltram as velhas praticas e os velhos 
discursos. 
 
A educação inclusiva no Brasil ainda está em seu estado embrionário, 
e sabemos que o apoio e o investimento dos governos são necessários. 
Todavia, esperamos que o contínuo aprimoramento de projetos nesse 
sentido, tanto na formação, como na formação continuada de professores, 
com o tempo sane ou pelo menos minimize os pontos decadentes do 
atendimento aos portadores de necessidades especiais. Por exemplo, em 
uma classe regular com inclusão pode haver um aluno surdo que necessite 
de um professor de apoio que saiba LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) 
para auxiliá-lo em todas as disciplinas. Quando as escolas públicas do 
Brasil dispuserem desses profissionais, independentemente de onde 
estejam inseridas, comcerteza, realidades como a vivenciada pela 
entrevistada serão evitadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO A 
 
 
Questionário 
 
Nome: Rosângela da Silva Soares 
 
 
Idade: 35 anos 
 
 
Onde mora: Governador Eugênio Barros - MA 
 
 
Estado civil: Solteira 
 
 
1. Surdo de Nascença? 
 
 
2. Como se dá sua comunicação com seus familiares? 
 
 
3. Algum de seus professores sabia LIBRAS? 
 
 
4. Foi oralizada, faz leitura labial ou o que? 
 
 
5. Qual foi sua maior dificuldade na escola? 
 
 
6. Qual sua relação com seus colegas ouvintes? 
 
 
 
7. Como aprendeu LIBRAS? 
 
 
REFERENCIAS 
 
 
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de 
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. 
Brasília: MEC, 1996. 
 
TADA, I.N.C.et al. Conhecendo o processo de inclusão escolar em Porto Velho-
RO. Psicologia: teoria e pesquisa, Brasília - DF, v. 28, n.1, p.65-69, 2012. 
 
SCHEMBERG, S.; GUARINELLO, A.C.; MASSI, G. O ponto de vista de pais e 
professores a respeito das interações linguísticas de crianças surdas. Revista 
Brasileira de Educação Especial, Marília, v.18, n.1, p.17-32, 2012 
 
GUARINELLO, A.C. O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São Paulo: 
Plexus, 2007. 
 
JW LANGUAGE: //www.jw.org/pt/ajuda-online/jw-library-sign-language

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