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LETRAS/LIBRAS BACHARELADO
FERNANDA SILVA PEREIRA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM INTERPRETAÇAÕ E TRADUÇÃO
MARINGÁ 2020
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FERNANDA SILVA PEREIRA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório apresentado como requisito parcial para a conclusão da disciplina Estágio Supervisionado em Interpretação e Tradução da Língua de Sinais Brasileira do curso de Letras/Libras Bacharelado da Faculdade EFICAZ, orientado pela Professora Ercilia Alves Ferreira.
MARINGÁ 2020
FOLHA DE APROVAÇÃO
Relatório apresentado como requisito parcial para a conclusão da disciplina Estágio Supervisionado em Interpretação e Tradução da Língua Brasileira de Sinais do curso de Letras/Libras Bacharelado da Faculdade Eficaz, orientado pela Professora Ercilia Alves Ferreira.
Aprovado em 	de 	de 2020
Ercilia Alves Ferreira
RESUMO
O presente relatório de Estágio Supervisionado relata as atividades desenvolvidas pelo estagiário da disciplina Estágio Supervisionado em Interpretação e Tradução da Língua Portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais. O estágio iniciou-se em 15 de agosto e terminou em 24 de setembro, incluindo, na modalidade Interpretação, a interpretação de vídeos relacionados à educação 10h/a, vídeos referentes à saúde, ao bem estar e ao jurídico 5h, vídeos referente a cultos e/ou missas ou interpretação presencial de cultos e/ou missas 10h. Preparação de material, pesquisas e organização da sinalização 65h. Na modalidade Tradução inclui a produção de um artigo cientifico75h na categoria pesquisa e a legenda de um vídeo 25h na categoria extracurricular, totalizando uma carga horária de 200h com a supervisão da Professora Ercilia Alves Ferreira.
Palavras-chave:
Palavras-chave: Comunidade. Intérprete. Surdo.
Porque dediquei parte de minha profissionalização na aprendizagem de LIBRAS. Lingua Brasileira de Sinais 
 Eu, Fernanda Silva Ferreira, nascida e criada em São Francisco MG, pequena cidade do Norte de Minas, de onde se tem uma das muitas lindas curvas do rio São Francisco.
 Encontrei muita dificuldade para ingressar nos estudos uma vez que demorou um pouco para que este curso chegasse aqui em Minas com uma maneira mais fácil de acessar. 
Mas mesmo com tantas dificuldades me esforcei e hoje aqui estou no final do meu curso de Libras bacharelado. Eu trabalho como intérprete de libras acompanhando dois alunos surdos em escolas distintas, eu amo o meu trabalho com a comunidade surda. 
Assim então, surgiu o meu desejo em me capacitar para que pudesse oferecer o melhor aos alunos surdos enquanto como intérprete educacional, já fiz outros cursos de Libras, vários cursos na área, e em 2018 tive a oportunidade de ingressar na Faculdade de Letras Libras Bacharelado. 
E a partir de então busco concluir esse meu sonho que é me formar na área, ser uma intérprete qualificada e ser um canal de acessibilidade entre surdos e ouvintes.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................06
CARACTERIZAÇÃO DOS CAMPOS DE ESTÁGIO	08
REFERENCIAL TEÓRICO	19
DESENVOLVIMENTO	38
Relato de interpretação na modalidade saúde...............................................41 
Relato de interpretação na modalidade acessibilidade	42
Relato de interpretação na modalidade educacional	43
Relato de tradução na modalidade pesquisa	45
CONSIDERAÇÕES FINAIS	54
REFERÊNCIAS	57
ANEXOS	59
ANEXO A – TERMO DE RESPONSABILDADE DO ISOLAMENTO SOCIAL	60
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a qualidade do ensino nos cursos responsáveis pela formação de professores vem sendo amplamente discutida e questionada, tanto no panorama educacional brasileiro quanto no cenário internacional.
 A necessidade de se repensar e reestruturar a formação inicial dos professores é consenso entre os pesquisadores da área, entre os quais Pimenta e Lima (2004), Ramalho, Nuñez e Gauthier (2004), Libanêo (1998), Perrenoud (2001), Alarcão (2003) Nóvoa (1995) e Tardif (2008) concordam em: 
[...] é preciso romper com o paradigma da racionalidade técnica que historicamente tem predominado nos currículos, em direção a novas perspectivas epistemológicas e pedagógicas que assegurem uma formação mais adequada às exigências e necessidades apresentadas pelo contexto escolar contemporâneo. 
A implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores de Educação Básica veio ao encontro dessa demanda, estabelecendo direcionamentos e normas legais para uma reforma curricular dos cursos de licenciatura em todo o país. Para Leite (2006), as novas legislações buscam responder e superar as inúmeras questões e problemas apontados nas pesquisas acadêmicas, que precisam ser enfrentados pelas instituições educacionais na formação inicial dos professores. 
No âmbito dos cursos de Bacharelato de Tradução e Interprete d LIBRAS, as exigências apresentadas pelas já referidas diretrizes e a criação de novas orientações para os cursos de graduação na área desencadearam mudanças significativas no cenário da Educação Física no Brasil. 
A comunidade acadêmica está mobilizada, construindo e socializando estudos, debates e reflexões em busca de propostas curriculares inovadoras e criativas para a formação de professores da disciplina. 
Essa experiência envolve as disciplinas Estágio e Trabalho de Conclusão de Curso e considera os princípios orientadores instituídos no projeto pedagógico do curso e a estrutura operacional e metodológica assumida na proposta de estágio supervisionado. 
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório Não Remunerado do Curso de Bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras e Língua Portuguesa (TILSP), é parte da grade curricular do referido curso de graduação e está amparado na legislação vigente:
• Lei Federal Nº 11.788 de 25/09/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e trata da definição, classificação e relações de estágio.
• Portaria GR nº 282/09 de 14/09/2009, que aprova a Resolução do Conselho da Graduação da UFSCar Nº 013 de 15/06/2009 e dispõe sobre a realização de estágios de estudantes dos Cursos de Graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
É componente curricular obrigatório, previsto e contemplado no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) pela oferta das disciplinas Estágio Supervisionado I, Estágio Supervisionado II e Estágio Supervisionado III.
Prevê o cumprimento da carga horária total de 270 horas para a conclusão do Curso e obtenção do diploma de Bacharel .
O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quarta-feira (18/03) a Portaria nº 343, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação.
Foi autorizada, em caráter excepcional, a utilização de meios e tecnologias para substituição das aulas presenciais pelo prazo inicial de 30 (trinta) dias durante a pandemia do COVID-19, podendo ser prorrogado conforme orientação do Ministério da Saúde.
Dentro da autonomia acadêmica pedagógica, já abordada e explicada nos vídeos que a ABMES produziu e divulgou nos últimos dias, foi assegurado que será de responsabilidade das instituições a definição das disciplinas que poderão ser substituídas e a disponibilização de ferramentas aos alunos que permitam o acompanhamento dos conteúdos ofertados, inclusive avaliações.
Depois que a pandemia chegou ao Brasil e o novo corona vírus começou a se espalhar pelo país, acadêmicos em conclusão de curso , assim como estudantes em geral tiveram sua a sua rotina do estágio alterada.
A faculdade UNIFACIL dentro do atual contexto propôs um estágio que compreenderia entre a interpretação e tradução. O estágio foi desenvolvido com a interpretação de temas diferentes simulando os lugares onde seriam realizados os estágios em tempo normais sem a pandemia vivida atualmente.
A opção que foi proposta e cumprida foi da seguinte forma; na modalidade Interpretação, a interpretação de vídeos relacionados à educação 10h/a, vídeosreferentes à saúde, ao bem estar e ao jurídico 5h, vídeos referente a cultos e/ou missas ou interpretação presencial de cultos e/ou missas 10h. Preparação de material, pesquisas e organização da sinalização 65h. Na modalidade Tradução inclui a produção de um artigo de 75h na categoria pesquisa e a legenda de um vídeo de 25h na categoria extracurricular. O estágio inteiro então foi realizado sem ter o contato com nenhuma pessoa mas com o aprendizado de colocar em prática como pode um dia ocorrer na profissão.
O estágio totalizou uma carga horária de 200h e foi realizado no período de 15 de agosto até 23 de setembro de 2020 de forma remota como proposto pela a faculdade. Em cada modalidade escolhida foi feito um vídeo que compreendia o que era solicitado, esses vídeos serão encaminhado para faculdade comprovando a prática do estágio conforme é solicitado em toda graduação. Apesar de muitas dificuldades encontradas na produção do vídeo o estágio foi importante pois me possibilitou conhecer os possíveis campos de atuação da minha profissão. 
Assim como a UniFácil, universidades e faculdades do Brasil e do mundo têm se destacado na proposição de soluções para enfrentamento da Covid-19 e de seus impactos na sociedade. No entanto, os desafios impostos pela pandemia também afetam diretamente as instituições de ensino superior e as colocam diante da necessidade de se adequar às transformações do mundo atual. 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DOS CAMPOS DE ESTÁGIO
COVID-19 (do inglês Corona virus Disease 2019) é uma doença infeciosa causada pelo corona vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço.[1][2] Entre outros sintomas menos comuns estão dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, congestão nasal, conjuntivite, perda do olfato e do paladar e erupções cutâneas.
 Cerca de 80% dos casos confirmados são ligeiros ou assintomáticos e a maioria recupera sem sequelas.  No entanto, 15% são infeções graves que necessitam de oxigénio e 5% são infeções muito graves que necessitam de ventilação assistida em ambiente hospitalar.
 Os casos mais graves podem evoluir para pneumonia grave com insuficiência respiratória grave, septicémia, falência de vários órgãos e morte. Entre os sinais de agravamento da doença estão a falta de ar, dor ou pressão no peito, dedos de tom azul ou perturbações na fala e no movimento. O agravamento pode ser súbito, ocorre geralmente durante a segunda semana e requer atenção médica urgente.[2][12]
A doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infetadas. Ao espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em contato próximo. Estas gotículas podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem infetar quem nelas toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão seja menos comum. 
O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de 2 a 14 dias, sendo em média 5 dias. Entre os fatores de risco estão a idade avançada e doenças crónicas graves como doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças pulmonares. O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e fatores de risco e confirmado com ensaios em tempo real de reação em cadeia de polimerase para detecção de ARN do vírus em amostras de muco ou de sangue.
 Os coronas vírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronas vírus que infectam animais podem infectar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo corona vírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a COVID-19, sendo em seguida disseminada e transmitida pessoa a pessoa.
Em 31 de dezembro de 2019 o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informado sobre casos de pneumonia de origem desconhecida detectados na cidade de Wuhan, localizada na província de Hubei, na parte central da China, cuja população estimada é de 11 milhões de habitantes.
As autoridades chinesas informaram à OMS que alguns pacientes trabalhavam em um mercado atacadista de peixes e animais vivos, localizado em Wuhan, denominado Huanan Seafood Market, maior mercado da cidade com 600 estabelecimentos e 1.500 trabalhadores. Esse mercado foi fechado em 1 de janeiro de 2020 para ações de saneamento e desinfecção ambiental.
COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo novo corona vírus (SARS-CoV-2), agente causador da doença.
Não é certo quanto tempo o vírus que causa a COVID-19 sobrevive na superfície. Estudos sugerem que as coronas vírus podem persistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias. Isso pode variar sob diferentes condições (por exemplo: tipo de superfície, temperatura ou umidade do ambiente. Se você acha que uma superfície pode estar infectada, limpe-a com um desinfetante simples para matar o vírus e proteger a si e aos outros. Limpe as mãos com álcool gel a 70% ou lave-as com água e sabão. Evite tocar nos olhos, boca ou nariz.
Entre as medidas de prevenção estão a lavagem frequente das mãos, evitar o contato próximo com outras pessoas e evitar tocar com as mãos na cara. A utilização de máscaras cirúrgicas é recomendada apenas para pessoas suspeitas de estar infetadas ou para os cuidadores de pessoas infetadas.[18][19] Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a doença. O tratamento consiste no alívio dos sintomas e cuidados de apoio. As pessoas com casos ligeiros conseguem recuperar em casa. Os antibióticos não têm efeito contra vírus. 
O SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em seres humanos em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. Pensa-se que o SARS-CoV-2 seja de origem animal.[22] O surto inicial deu origem a uma pandemia global que à data de 13 de outubro de 2020 tinha resultado em 37 722 044 casos confirmados e 1 078 411 mortes em todo o mundo,
 Os corona vírus são uma grande família de vírus que causam várias doenças respiratórias, desde doenças ligeiras como a constipação até doenças mais graves como a síndrome respiratória aguda grave (SARS). Entre outras epidemias causadas por corona vírus estão a epidemia de SARS em 2002-2003 e a epidemia de síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) em 2012. 
Não podemos esquecer que saúde física e saúde mental andam juntas. A duração prolongada do confinamento, a falta de contato pessoal com os colegas de classe, o medo de ser infectado, a falta de espaço em casa – torna o estudante menos ativo fisicamente do que se estivesse na escola, e a falta de merenda para os alunos menos privilegiados são fatores de estresse que atingem a saúde mental de boa parte dos estudantes da Educação Básica e das suas famílias. 
Estimular a solidariedade, a resiliência e a continuidade das relações sociais entre educadores e alunos nesse período é fundamental, pois ajuda a minorar o impacto psicológico negativo da pandemia nos estudantes. Agora, importa prevenir e reduzir os níveis elevados de ansiedade, de depressão e de estresse que o confinamento provoca nos estudantes em quarentena.  MAIA; DIAS,( 2020 ).
No momento atual, muitas escolas, públicas e privadas, estão exagerando nas expectativas do que professores e familiares conseguem fazer. Há diferenças substanciais entre as famílias, atualmente, em confinamento. Algumas podem ajudar seus filhos a aprender mais do que outras. Fatores como a quantidade de tempo disponível para se dedicar aos estudos dos filhos, auxiliando-os com as aulas online muitos pais estão em home office cumprindo horário laboral integral e outros tantos precisam trabalhar externamente para garantir a renda mensal.
As habilidades não cognitivas dos genitores; a possibilidade de acessar o material online; a quantidade de conhecimento inato dos pais – afinal, é difícil ajudar o filho se tiver de aprender algo estranho ao que se conheceu e aprendeu são questões a serem levadosem conta quanto ao papel dos pais na Educação dos filhos em tempos de pandemia. 
Toda essa situação gerará um aumento da desigualdade na Educação e no progresso do estudante (CIFUENTES-FAURA, 2020).
Além disso, os secretários de Educação e os gestores das escolas precisam pensar na saúde mental de todos, até porque, os professores também estão fragilizados. Se os educadores ficarem exaustos mentalmente, e aproximarem-se de um esgotamento físico e mental, não poderão ajudar a si ou aos alunos (MAIA; DIAS, 2020).
Para construirmos um futuro mais saudável, próspero e seguro, precisamos de políticas públicas que garantam um financiamento adequado para a Educação, fazer uso inteligente das tecnologias disponíveis, priorizar os mais vulneráveis e proteger educadores e alunos.
Uma das principais ferramentas contra a disseminação do corona vírus é a informação de qualidade, mas há um público que tem pouco acesso a essas informações e orientações produzidas pelos especialistas: as pessoas surdas e que se comunicam somente na Língua Brasileira de Sinais (Libras). 
Pensando nestas pessoas, algumas Universidades e Faculdades tomaram a iniciativa de elaborar vídeos sobre a Covid-19 em Libras.
Inicialmente, os vídeos são produzidos de forma simples, com poucos recursos e sem edição, nos estúdios da TV UFSC. Lá são gravadas lives na rede social Instagram. Esse formato foi pensado de modo a minimizar o deslocamento e aglomeração de pessoas no estúdio, levando em conta as estratégias de distanciamento social. 
Com um mundo cada vez mais globalizado, há necessidade da atuação de profissionais com a capacidade de converter gestos, falas ou textos de um idioma para o outro.
Embora essas áreas sejam muito semelhantes, existem pequenas diferenças de uso para cada uma. Sendo assim, a cada uma delas, existe uma aplicação específica dentro de uma situação.
O papel do tradutor é basicamente traduzir textos escritos de um idioma para o outro. Para atuar como tradutor, é preciso ter proficiência em uma língua estrangeira, de modo que conheça ela sistematicamente e consiga adaptar o texto que está escrito em outro idioma de forma que possa ser estabelecida a comunicação plena entre texto e leitor.
O Tradutor e interprete de LIBRAS utiliza diversas ferramentas específicas, como editores de texto, aplicativos de tradução e o computador é o seu melhor amigo para realizar essa tarefa, enquanto o tradutor trabalha com a modalidade escrita, o intérprete trabalha com a fala oral ou gestual.
A Interpretação simultânea tem como objetivo transmitir as informações ditas por um orador. O contexto desse trabalho geralmente é feito em eventos, conferências, palestras, entre outras. O intérprete fica em uma cabine captando a fala do orador e transmite ao público a decodificação através de aparelhos eletrônicos. Portanto, para essa modalidade é necessário o uso de equipamentos específicos para facilitar o uso da comunicação.
Já a Interpretação consecutiva: não requer o uso de equipamentos especiais e a interpretação é feita durante as pausas do orador. Desse modo, requer um tempo um pouco maior e é o modo de interpretação feito simultaneamente ou consecutivamente, que permite que uma ou mais pessoas se comuniquem com aqueles que não compartilham da mesma língua. Essa modalidade é recomendada para eventos com menor tempo de duração e com um número pequeno de espectadores devido ao tempo um pouco mais prolongado entre a audição do orador e a decodificação estabelecida pelo intérprete.
Entre as atribuições do tradutor e intérprete de Libras estão a efetuar a comunicação de surdos com ouvintes, com outros surdos e com cegos; interpretar atividades didático-pedagógicas em escola do nível fundamental; atuar em processos seletivos; apoiar o acesso a serviços públicos; e prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em órgãos administrativos ou policiais.
É possível perceber que a tarefa de traduzir e interpretar desenvolvida pelo profissional em questão é multifacetada. Ainda não encontramos definições claras e consensuais a seu respeito, o que torna a questão, também, bastante discutível. Com isso, igualmente, o profissional intérprete sofre com as variações de sentidos atribuídas ao seu trabalho.
Conforme destaca Pereira (2008a, p. 137),
O processo de tradução recebe muitas designações: reformulação, retextualização, conversão, transformação, e o tradutor ora é encarado como um mero reprodutor de textos, uma espécie de adaptador de voltagem entre línguas, ora alça a posição de co-autor
Essa pluralidade se reflete na constituição do próprio TILS (tradutor interprete de língua de sinais), que se vê diante de olhares fragmentados acerca da sua atuação e da sua identidade.
Tem-se debatido muito, no universo da tradução de língua de sinais, a respeito das especificidades que envolvem a diferença entre os atos de traduzir e de interpretar como práticas das atribuições desse profissional, que por diversas vezes é percebido de maneira equivocada pela sociedade.
Nessa perspectiva, Quadros et al. (2009, p. 19) esclarecem que:
[...] A interpretação envolve textos ‘orais’ (aqui, ‘orais’ [é entendido] como aqueles textos que estão sendo produzidos tanto no português falado, como na língua de sinais, ‘sinalizados’). Interpretação envolve tanto a da Libras sinalizada para o Português falado quanto do Português falado para a Libras sinalizada. Tradução envolve textos ‘escritos’. Pode ser da Libras escrita ou do Português escrito. [...] (O intérprete pode ler a respeito [do assunto apresentado em uma palestra, por exemplo], mas não tem como prever totalmente o que será dito pelo palestrante; somente na hora ele fará a interpretação de acordo com o que o palestrante disser). Na tradução, o tradutor pode estudar o texto a ser traduzido antes de traduzi-lo definitivamente. Ele pode fazer a tradução e arrumá-la antes de colocá-la à disposição do público.
Com base nessas definições, os mesmos autores destacam o TILS como aquele profissional que trabalha com a língua de sinais brasileira e a língua Portuguesa fazendo a tradução e/ou interpretação em basicamente três funções, em que:
a. Intermediação da comunicação entre as pessoas surdas usuárias de Libras e as pessoas ouvintes usuárias da Língua Portuguesa em diferentes contextos; b traduz os textos da Libras para a Língua Portuguesa e os textos da Língua Portuguesa para a Libras; c. auxilia no esclarecimento da forma escrita produzida pelos surdos em quaisquer contextos que se façam necessários (concursos, avaliações em sala de aula, documentos etc.) (p.19)
Neste relatório de estágio. Interessa-nos, porém, ir além dessas acepções. Precisamos entender o que está em questão no ato da tradução e/ou da interpretação e que conhecimentos estão envolvidos na interação que se constrói através do traduzir e traduzir-se, de modo a contribuir para uma possível ressignificação desse profissional.
Pereira (2008) salienta algumas inquietações recorrentes entre os TILS. Para ela,
“Ser intérprete é ser, intrinsecamente, um profissional atormentado por ter que estar presente e fingir-se invisível, algo ainda mais impensável para um intérprete de uma língua que é percebida prioritariamente pelo canal visual, como uma língua de sinais; e por não poder ser o ‘eu’ nem o ‘tu’ plenamente, por estar sempre em uma posição instável e escorregadia de um simbiótico locutor-interlocutor”. (p.137)
Quando pensamos, portanto, nas suas tarefas, compreendemos essa posição conflituosa e peculiar.
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é complexa como qualquer outra, considerada língua por ser composta por diferentes níveis linguísticos, possuindo expressões e estruturas gramaticais próprias. Como nas linguagens baseadas em fonemas, a comunicação por sinais possui diferentes línguas em vários países. A LIBRAS, por exemplo, tem origem na linguagem de sinais francesa, e possui expressões e regionalismos próprios do Brasil.
Em 24 de abril de 2002, a Lei nº 10.436 foi sancionada a lei reconhecendo a LIBRAS como meio legal de comunicação e expressãono país. Desde então, vários avanços foram feitos. No concurso para escolha da Miss Brasil 2008, por exemplo, a candidata cearense Vanessa Alves se comunicava através de uma intérprete de LIBRAS. Como boa parte da comunidade surda, a Miss Ceará rejeitou a classificação de "deficiente auditiva", que pode conotar preconceito.
Qualquer tipo de discussão sobre inclusão social é importante. A surdez no Brasil ainda é um grande desafio, tanto que foi o tema da redação do ENEM em 2017. Na ocasião os alunos tiveram que elaborar um texto sobre “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.
Segundo dados do próprio governo federal, existem no país mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva, 20% são completamente surdos.
No Brasil temos milhares de pessoas surdas, mas o grande número parece não ser o suficiente para alterar a realidade que vivemos em nosso país. Não há o mínimo de preocupação das escolas em oferecer uma educação inclusiva ou ainda das empresas em oferecer uma chance de trabalho para os surdos e essas pessoas sofrem com a exclusão.
Para acabar com essa barreira que separa as pessoas surdas foi criada a linguagem de sinais, chamada de libras. A Lei nº 10.436 tornou a Língua Brasileira de Sinais a segunda linguagem oficial do país, além disso, os órgãos públicos e empresas vinculadas ao governo tem por obrigação ajudar na inclusão dos surdos e na popularização das libras.
A Língua Brasileira de Sinais é desconhecida para a maioria dos brasileiros
Mesmo sendo a segunda língua oficial do nosso país, as libras são quase desconhecidas para muitos brasileiros. É difícil encontrar empresas que tenham em seu quadro de funcionários alguma pessoa surda, além disso, não existe a preocupação de oferecer treinamentos para ensinar aos empregados a linguagem dos sinais. Devido a isso, se um dia um surdo for até essa empresa, não terá como ser atendido.
Dentro das escolas o trabalho que deveria ser de inclusão acaba desempenhando o papel inverso. Aceitar a matrícula de alunos surdos está longe de ser o necessário. Esses estudantes com necessidades especiais deveriam estar junto ao restante dos alunos, mas o que vemos é a criação de salas exclusivas para surdos, que são educados separados do restante.
No mercado de trabalho a inclusão é ainda mais complicada. São poucos os empresários que dão abertura para surdos em suas equipes. Cabe às empresas buscarem adaptações ao ambiente de trabalho para receber uma pessoa que possua qualquer tipo de deficiência.
A inclusão de surdos na sociedade brasileira está longe do cenário ideal. Empresas que não dão chances para funcionários com essa deficiência, escolas que acabam afastando os alunos com necessidades especiais do restante dos estudantes. A linguagem de libras foi criada para tentar alterar essa realidade, entretanto poucas pessoas a conhecem e procuram aprendê-la.
3. REFERENCIAL TEORICO
A surdez geralmente resulta de danos no nervo ou no ouvido interno. Pode ser causada por um defeito congênito, lesão, doença, certos medicamentos, exposição a ruído alto ou desgaste relacionado à idade.
O principal sintoma é a incapacidade de ouvir sons. Em alguns casos, cirurgia ou o uso de um aparelho auditivo podem restaurar a audição. Habilidades de leitura labial, texto escrito e língua de sinais podem ajudar com a comunicação.
Chama-se pessoa surda (ou surdo) MOURA 2012 àquela que é portadora de surdez e que possui uma identidade, uma cultura, uma história e uma língua próprios.
Em meados dos anos setenta, emergiu uma nova forma de encarar a surdez, que encara o surdo como pertencendo a uma comunidade linguística minoritária, pelo facto de usar uma língua distinta da maioria ouvinte. 
Estudiosos há que acreditam que "o problema dos surdos não é a surdez … mas as representações dominantes". Assim, a concepção antropológica defende como um de seus objetivos primários garantir o acesso dos surdos à língua gestual, a sua língua de aquisição natural.  (KOSLOWSKI 1995).
A chamada Identidade e cultura surda é a interação social que nos socializa. As escolhas sobre o ambiente linguístico em que a criança crescerá, a opção do uso ou não da língua gestual e a escolha de ajudas técnicas e tipo de educação adoptado vão determinar a maneira como o desenvolvimento social da criança se irá processar. 
Se for negada à criança a oportunidade de adquirir e desenvolver uma língua natural, crescerá com um enorme défice a nível linguístico, que comprometerá todo o seu desenvolvimento social, cultural, psicológico e afetivo, o que dificultará na construção identitária de qualquer criança inclusive uma criança surda. 
Pelo contrário, se a criança for exposta a uma língua gestual poderá adquirir um conhecimento cultural, sobre o mundo e as relações interpessoais, semelhante ao adquirido por uma criança ouvinte, afinal criança é criança ouvindo ou não, enxergando ou não, andando ou não.
A comunicação é vital na construção da identidade. O contato precoce entre o adulto surdo e a criança surda, através de uma língua gestual, é o que proporcionará o acesso à linguagem. Desta forma, estará também assegurada a identidade e cultura surda, que serão transmitidas naturalmente à criança surda pelo adulto surdo em questão.
 Quanto mais precoce o acesso à língua gestual, mais cedo a criança adquirirá uma identidade própria, consciente e sólida.
No entanto, de acordo com a história dos surdos, as representações sobre a surdez sempre foram fundamentadas por mitos com base na religião, na ideologia, nos interesses de foro económico e nas diferenças sociais.
Estas representações afetam o processo identitário do surdo, participando de processos de inclusão/ exclusão dos membros da sociedade e padronizando a "normalização social". Segundo estudos, o surdo apenas se sente pessoa se a sociedade o considerar como tal. O surdo, na sua diferença, representa um perigo. (Perscrutar e Escutar a Surdez, pág. 24) 
Daí advém a tentativa de muitos de considera-lo apenas uma pessoa com deficiência  
No entanto, o surdo como pessoa existe - esta é uma diferença que existe, que estigmatiza o surdo - a sua negação estigmatiza-o ainda mais, já que não permite o seu desenvolvimento, a sua formação de identidade como ser inteiro e integrante de uma comunidade de indivíduos diferentes como ele mesmo (GOFFMAN(1988) 
 
A história dos surdos registra seus acontecimentos históricos como grupo, que possui uma língua, uma identidade e uma cultura.
Ao longo das eras, os Surdos travaram grandes batalhas pela afirmação da sua identidade, da comunidade surda, da sua língua[1] e da sua cultura,[2] até alcançarem o reconhecimento que têm hoje, na era moderna.
No Egito, os surdos eram adorados, como se fossem deuses, serviam de mediadores entre os deuses e os Faraós, sendo temidos e respeitados pela população.
Na época do povo Hebreu, na Lei Hebraica, aparecem pela primeira vez, referências aos Surdos.
Na Antigüidade os chineses lançavam os surdos ao mar, os gauleses os sacrificavam ao Deus Teutates, em Esparta eram lançados do alto dos rochedos. Na Grécia, os Surdos eram encarados como seres incompetentes. Aristóteles, ensinava que os que nasciam surdos, por não possuírem linguagem, não eram capazes de raciocinar. 
Essa crença, comum na época, fazia com que, na Grécia, os Surdos não recebessem educação secular, que não tivessem direitos, que fossem marginalizados (juntamente com os deficientes mentais e os doentes) e que muitas vezes fossem condenados à morte. No entanto, em 360 a.C., Sócrates, declarou que era aceitável que os Surdos se comunicassem com as mãos e o corpo. Séneca afirmou:
	
	“Matam-se cães quando estão com raiva; exterminam-se touros bravios; cortam-se as cabeças das ovelhas enfermas para que as demais não sejam contaminadas; matamos os fetos e os recém-nascidos monstruosos; se nascerem defeituosos e monstruosos, afogamo-los, não devido ao ódio, mas à razão, para distinguirmos as coisas inúteis das saudáveis”
	
	
	
	
Mais tarde, Santo Agostinho defendia a ideia de que os pais de filhos Surdosestavam a pagar por algum pecado que haviam cometido. Acreditava que os Surdos podiam comunicar por meio de gestos, que, em equivalência à fala, eram aceites quanto à salvação da alma.
Os cristãos, até à Idade Média, criam que os Surdos, diferente dos ouvintes, não possuíam uma alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir os sacramentos.
John Beverley, em 700 d.C., ensinou um Surdo a falar, pela primeira vez (em que há registo). Por essa razão, ele foi considerado por muitos como o primeiro educador de Surdos.
Foi só no fim da Idade Média e inicio do Renascimento, que saímos da perspectiva religiosa para a perspectiva da razão, em que a deficiência passa a ser analisada sob a óptica médica e científica.
Depois da Revolução Francesa e durante a Revolução Industrial, entrou-se numa era de disputa entre os métodos oralistas e os baseados na língua gestual. 
Roch-Ambroise Cucurron Sicard foi um abade francês, famoso pelo seu trabalho como educador de Surdos; Sicard fundou a escola de Surdos de Bordéus, em 1782, posteriormente sucedeu a L'Épée, como director do instituto criado pelo mesmo, também apoiou a criação de vários institutos de surdos em todo o país. 
Pierre Desloges, francês, tornou-se surdo aos 7 anos, devido à varíola, foi defensor da língua gestual, tendo sido autor do primeiro livro publicado por um surdo, onde revelava a sua indignação contra as ideias do Abade Deschamps, que havia publicado um livro que criticava a língua gestual. Desloges, a esse respeito, declarou o seguinte:
	
	“Tal como o francês vê a sua língua desvirtuada por um alemão que apenas conhece algumas palavras da língua francesa, penso que devo defender a minha língua contra as acusações falsas deste autor”.
	
Desloges, em seu livro, defende a ideia de que a língua gestual (Antiga Língua Gestual Francesa) já existia, mesmo antes do aparecimento das primeiras escolas de surdos, como criação dos surdos e sua língua natural.
Em 1838 foi fundada a Sociedade Central de Assistência e Educação de Surdos-Mudos - a primeira associação de Surdos do mundo.
O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma vez que lá um grupo de ouvintes, tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (o comité do congresso era unicamente constituído por ouvintes.) Em consequência disso, o oralismo foi a técnica preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX.
O Congresso durou 3 dias, nos quais foram votadas 8 resoluções, sendo que apenas uma (a terceira) foi aprovada por unanimidade. As resoluções são:
1. O uso da língua falada, no ensino e educação os surdos, deve preferir-se à língua gestual; 2 uso da língua gestual em simultâneo com a língua oral, no ensino de surdos, afeta a fala, a leitura labial e a clareza dos conceitos, pelo que a língua articulada pura deve ser preferida; Os governos devem tomar medidas para que todos os surdos recebam educação; 3. O método mais apropriado para os surdos se apropriarem da fala é o método intuitivo (primeiro a fala depois a escrita); a gramática deve ser ensinada através de exemplos práticos, com a maior clareza possível; devem ser facultados aos surdos livros com palavras e formas de linguagem conhecidas pelo surdo; 4.Os educadores de surdos, do método oralista, devem aplicar-se na elaboração de obras específicas desta matéria; 5.Os surdos, depois de terminado o seu ensino oralista, não esqueceram o conhecimento adquirido, devendo, por isso, usar a língua oral na conversação com pessoas falantes, já que a fala se desenvolve com a prática; A idade mais favorável para admitir uma criança surda na escola é entre os 8-10 anos, sendo que a criança deve permanecer na escola um mínimo de 7-8 anos; nenhum educador de surdos deve ter mais de 10 alunos em simultâneo; Com o objetivo de se implementar, com urgência, o método oralista, deviam ser reunidas as crianças surdas recém admitidas nas escolas, onde deveriam ser instruídas através da fala; essas mesmas crianças deveriam estar separadas das crianças mais avançadas, que já haviam recebido educação gestual, a fim de que não fossem contaminadas; os alunos antigos também deveriam ser ensinados segundo este novo sistema oral.[10]
Uma década depois do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual quase tinha desaparecido das escolas em toda a Europa, e o oralismo espalhava-se para outros continentes.
A Educação Especial é o ramo da educação voltado para o atendimento e educação de pessoas com alguma deficiência. Preferencialmente em instituições de ensino regulares ou ambientes especializados (como por exemplo, escolas para surdos, escolas para cegos ou escolas que atendem a pessoas com deficiência intelectual). 
São também considerados público-alvo dessas escolas crianças com transtornos globais de desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação de acordo com o art. 58 da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que diz.
“Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.”
A educação especial é uma educação organizada para atender especifica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas dedicam-se apenas a um tipo de necessidade, enquanto outras se dedicam a vários. O ensino especial tem sido alvo de críticas por não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. Por outro lado, a escola direcionada para a educação especial conta com materiais, equipamentos e professores especializados. O sistema regular de ensino precisa ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva.
Assim, os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral. O que difere, entretanto, é o atendimento, que passa a ser de acordo com as diferenças individuais do aluno.
O atendimento educacional especializado (AEE) é uma modalidade de ensino amparada juridicamente por um conjunto de legislações no Brasil que asseguram a inclusão de alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, oferecendo recursos pedagógicos e de acessibilidade que atendam às demandas de suas necessidades específicas. 
O atendimento às necessidades educacionais especiais, além de exigir uma sólida formação inicial e contínua de professores e profissionais, também requer que o professor do AEE busque articulação com as demais áreas de políticas setoriais para fortalecer uma rede Inter setorial de apoio ao desenvolvimento integral do aluno.
"A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema osteo articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidade variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. (BRASIL, 2004, p. 11). "
A educação é crucial no crescimento da pessoa. A educação da criança surda é um direito, faz parte da sua condição como ser humano, e o dever de educar é uma exigência da pessoa adulta, dos pais e dos educadores. Para a criança surda, tal como para a criança ouvinte, o pleno desenvolvimento das suas capacidades linguísticas, cognitivas, emocionais e sociais é uma condição imprescindível para o seu desenvolvimento.
É por meio dos relacionamentos sociais que descobrimos o que é necessário para viver na sociedade. O primeiro contato social da criança é no meio familiar. Segundo Santana e Bergamo (2005), os surdos foram durante muito tempo condenados por sua condição, considerados doentes, pela falta da comunicação oral e escondidos da sociedade pela sua família. A língua de sinais era proibida. Recentemente, a Língua Brasileira de Sinais (Libras)foi reconhecida como língua materna dos surdos, através da Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002, o que proporcionou aos mesmos um reconhecimento perante a sociedade
.O Decreto Federal n° 5.62, de 22 de dezembro de 2005, estabelece que os alunos surdos tenham direito a educação da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a língua portuguesa como sua segunda língua; logo as crianças devem ter acesso a língua especial o mais cedo possível, o que em geral acontece nas escolas.
No ano de 2006 e 2009, o ministério da educação (MEC) certificou mais de 5.000 interpretes da língua de sinais. Mais de 7,6 mil cursos superiores como pedagogia, fonoaudiologia e letras oferecem a disciplina, porém o número para atender a demanda das escolas é muito pequeno. São Paulo contém apenas 19 interpretes para atender mais de 200 alunos; 
Estimasse que no Brasil exista 230 interpretes capacitados em sala de aula. A inclusão da Libras no cotidiano da sociedade, principalmente nas escolas, seria indispensável para o desenvolvimento social do surdo. É importante para os surdos que as pessoas consigam comunicar-se com eles através da Libras.
Serviços básicos como saúde, educação e comércio em geral muitas vezes não possuem pessoas qualificadas para o atendimento ao surdo, fazendo com que ele se sinta ainda mais excluído.
Nas escolas é fundamental os recursos visuais para ajudar o desenvolvimento dos surdos, sempre com materiais pedagógicos ilustrados e com maior quantidade possível de referências que possam ajudar como: caderno de vocabulário, dicionário, manuais em libras, etc., devem também oferecer apoio no contra turno.
A utilização de Libras nas escolas deve ser obrigada, as crianças com deficiência têm a necessidade de aprender o quanto antes, o aprendizado da língua deve ser incentivado tornando a educação dos surdos facilitada e incluída na educação brasileira. 
A aprendizagem social ou educacional precisa de contribuições desde o nascimento da criança, sendo compreendida pelas suas características. O relacionamento interpessoal familiar, faz diferença no modo como essa criança irá se identificar enquanto parte das relações sociais.  
A língua brasileira de sinais (Libras) é a língua de sinais (língua gestual) usada por surdos dos centros urbanos brasileiros] e legalmente reconhecida como meio de comunicação e expressão. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone, que é natural da região ou do território em que habita, quanto da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais diferente, a língua gestual portuguesa (LGP).
Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguística como:  fonologia, morfologia, sintaxe e semântica.
 Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinético-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo a comunicação de forma correta, evitando o uso do "Português sinalizado".
Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos — e também de expressões faciais e corporais que transmitem os sentimentos que para os ouvintes são transmitidos pela entonação da voz, os quais juntos compõem as unidades básicas dessa língua.
 Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como em qualquer língua, também na LIBRAS existem diferenças regionais. Portanto, deve-se ter atenção às suas variações em cada unidade federativa do Brasil.
O antigo Instituto dos Surdos, hoje, Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES) foi a primeira escola para surdos no Brasil, fundada em 1857 por Dom Pedro II e teve como primeira denominação o nome Colégio Nacional para Surdos (de ambos os sexos). Foi a partir deste, com a miscigenação da antiga língua de sinais brasileira com a língua de sinais francesa, que, definitivamente, nasceu a língua brasileira de sinais (Libras)
Por ser a única instituição para surdos no país e no continente, o INES foi muito procurado por brasileiros e estrangeiros, virando referência na educação, socialização e profissionalização de surdos.
No entanto, em 1880, houve em Milão um Congresso que proibiu a língua de sinais (gestual), achou-se por melhor adotar a oralização julgando que esta seria de melhor valia para a educação e o aprendizado dos surdos. Muitos surdos e professores criticaram tal ação, pois legitimavam a comunicação sinalizada.
Através de diversos movimentos e muita pesquisa na área, foi legitimada como Língua a comunicação gestual entre surdos. Foi apenas no fim do século XX que os movimentos se intensificaram querendo a oficialização da língua brasileira de sinais (Libras), em 1993 o projeto de lei entrou na longa batalha para a regulamentação da Libras no país.
Apenas no ano de 2002 a língua brasileira de sinais foi oficialmente reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, através da Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, apesar de não poder substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.
Mesmo com um andamento lento o progresso para a cultura Surda acontece. O século XXI começou e fez a Libras realmente avançar.
Em 2005, através do decreto 5.626 a língua brasileira de sinais foi regulamentada como disciplina curricular. Já em 2007, a estrutura de língua foi aplicada a Libras, já que ela é uma língua natural e possui complexidades próprias e comunicação eficaz. Em 2010 foi regulamentada a profissão de Tradutor/ Interprete de Libras através da Lei 12.319 de 1° de setembro de 2010, simbolizando mais uma grande conquista.
É dever do Poder Público garantir acesso e educação para surdos nas escolas regulares de ensino, garantindo seu aprendizado e progressão educacional.
Portanto, a partir desta Lei, a Língua Brasileira de Sinais passou a ser considerada como um meio de comunicação e expressão e não interpretada apenas por gestos ou mímicas. 
Mesmo com o passar dos anos a Libras (Língua Brasileira de Sinais) continua fazendo parte de uma minoria linguística na qual é constituída por surdos e o meio social em que ele vive, através dessa língua ele consegue mostrar sua capacidade e seu desenvolvimento no meio social. 
Contudo, a lei existe, mas não é executada da maneira correta em diversos lugares, não só nas escolas, como por exemplo nos bancos, consultórios médicos e supermercados, ou seja, ainda falta infraestrutura e profissionais qualificados que possam atender os surdos como está constituído nesta lei. 
É importante saber que a atualidade é um período de plena informação e tecnologia avançada, mas encontramos ainda a crença de que no Brasil todos falam português, se esquecendo das línguas indígenas, imigrantes e da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que foi reconhecida como a língua oriunda das comunidades surdas do país, através da lei nº10.436/2002, garantido o direito do reconhecimento da Libras como língua de manifestação e expressão das pessoas surdas no acesso à educação, à saúde, à cultura e ao trabalho. 
Estão garantidas no Brasil, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da língua brasileira de sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
O governo do estado brasileiro de São Paulo produziu um dicionário voltado para os surdos, elaborado com o intuito de diminuir ao máximo a exclusão digital. Produzido em CD-ROM, o dicionário tem 43 606 verbetes, 3 000 vídeos,4 500 sinônimos e cerca de 3 500 imagens.
Entre as iniciativas em órgãos públicos para possibilitar a acessibilidade a surdos e cidadãos que se comunicam por sinais está a apresentação de ideias legislativas em Libras pelo Portal e-Cidadania. O Senado se tornou o primeiro órgão do Brasil a receber ideias legislativas por meio de vídeo, em 2019. A primeira ideia legislativa apresentada em Libras já foi transformada em projeto de lei.
A Interpretação em língua de sinais (português brasileiro) ou Interpretação em língua gestual (português europeu), são expressões que identificam a interpretação que lida com uma língua oral e uma língua de sinais (gestual). Outras expressões relacionadas são intérpretes de língua de sinais ou intérpretes de língua gestual. É importante lembrar que sempre a interpretação entre as duas línguas é bidirecional, podendo partir, também, da língua de sinais para a língua oral, ou vice-versa.
 Este tipo de interpretação tem sido amplamente divulgado porque tanto surdos como ouvintes necessitam da mediação do chamado "intérprete para os surdos" em um número infinito de situações de interação entre surdos e ouvintes.
O reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua oficial no Brasil aumentou a demanda por intérpretes.
Com um importante papel social e um mercado crescente, essa profissão tem oportunidades de trabalho em diferentes áreas pela necessidade de empresas e instituições em adequar sua comunicação aos deficientes auditivos.
Sancionada em 2002, a Lei 10.436 promove o acesso à comunicação para pessoas portadoras de deficiência auditiva, legitimando a Libras como uma forma de comunicação e expressão.
A partir do mesmo princípio, a Lei 13.146, de 2015, também promove condições de igualdade a pessoas com qualquer tipo de deficiência e garante acessibilidade dentro do ambiente de trabalho.
Desde então, as empresas e os serviços públicos devem adequar-se à comunicação pela língua de sinais com seus trabalhadores.
Da mesma forma, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira estabelece que os sistemas de ensino devem garantir professores especializados ou devidamente capacitados que possam atuar com alunos especiais na sala de aula.
Com a criação dessas leis que garantem a integração das pessoas com deficiência auditiva, a busca por intérpretes de Libras vem crescendo todos os dias.
Boa parte dos intérpretes e tradutores trabalha na área da educação, já que é grande a demanda por esses profissionais em sala de aula.
As áreas de atuação, porém, vão muito além disso. Os focos de contratação podem incluir centros culturais, instituições públicas e privadas, bancos, hotéis, igrejas, emissoras e estúdios de televisão, indústria e comércio.
Por parte dessas áreas serem ligadas a instituições públicas, há concursos com vagas específicas para intérpretes de Libras.
Segundo pesquisa salarial do Trabalha Brasil, o salário médio de um intérprete de Libras como trainee em uma empresa de pequeno porte é de R$ 1,2 mil. A remuneração pode chegar a R$ 3,1 mil no nível máster em empresas maiores.
Além de empregos fixos, é possível atuar como prestador de serviços em tradução de eventos, vídeo aulas, congressos e programas de televisão. Dessa forma, a remuneração varia de acordo com o trabalho.
Apesar de muitos campos de atuação, ainda há muitas possibilidades de emprego pela falta de profissionais atuando como intérpretes.
Segundo o Prolibras, programa do Ministério da Educação que certifica os profissionais em Libras, o número de certificados emitidos entre 2006 e 2010 foi de 6.101. É um número baixo se considerarmos que, de acordo com o IBGE, aproximadamente 9,7 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência auditiva (o equivalente a 5,1% da população).
A profissão de intérprete de Libras é regulamentada por lei, que também exige desse profissional uma formação especial para exercer sua função.
É importante ressaltar que, como qualquer intérprete, deve-se ter fluência verbal e gramatical em ambas as línguas (português e língua de sinais) para traduzir as mensagens em Libras de forma compreensível.
Para isso, o profissional deve ser imparcial e ter boa desenvoltura e linguagem corporal, que muito auxilia na compreensão dos deficientes auditivos.
	
	
	
A Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010 regulamenta a profissão de Tradutor e interprete da Língua de Brasileira de Sinais. LIBRAS. Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Contendo em seus primeiros artigos:
Art. 2o  O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das 2 (duas) línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação da Libras e da Língua Portuguesa. Art. 4o  A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de: I - cursos de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou;  II - cursos de extensão universitária; e III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação. 
Parágrafo único.  A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das instituições referidas no inciso III.
O código de ética dos profissionais de Tradução e Interprete de Língua brasileira de Sinas:
 LIBRAS consta em seus artigos iniciais :
Artigo 1 São deveres fundamentais do intérprete: 1°. O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais e não poderá trair confidencias, as quais foram confiadas a ele;
Artigo2 O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja requerido pelo grupo a fazê-lo; Artigo 3 O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar dos limites de sua função e não ir além de a responsabilidade. Artigo 4O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e ser prudente em aceitar tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e/ou profissionais, quando necessário, especialmente em palestras técnicas; Artigo 5 O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços, mantendo a dignidade da profissão e não chamando atenção indevida sobre si mesmo, durante o exercício da função.
Seguindo dos capítulos II – III 
Relações com o contratante do serviço Artigo 6. O intérprete deve ser remunerado por serviços prestados e se dispor a providenciar serviços de interpretação, em situações onde fundos não são possíveis; Artigo 7 Acordos em níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a tabela de cada estado, aprovada pela FENEIS. CAPITULO III Responsabilidade Profissional Artigo 8 O intérprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem decisões legais ou outras em seu favor Artigo 9 O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais bem como da Língua Portuguesa; Artigo 10 Artigo 11 O intérprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a pureza das línguas envolvidas. Ele também deve estar pronto para aprender e aceitar novos sinais, se isso for necessário para o entendimento; Artigo 12
O intérprete deve esforçar-se para reconhecer os vários tipos de assistência ao surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades particulares.
Em casos legais, o intérprete deve informar à autoridade qual o nível de comunicação da pessoa envolvida, informando quando a interpretação literal não é possível e o intérprete, então terá que parafrasear de modo claro o que está sendo dito à pessoa surda e o que ela está dizendo à autoridade;
O artigo 13 do Capitulo IV Reconhecendo a necessidade para o seudesenvolvimento profissional, o intérprete deve agrupar-se com colegas profissionais com o propósito de dividir novos conhecimentos de vida e desenvolver suas capacidades expressivas e receptivas em interpretação e tradução.
Parágrafo único. O intérprete deve esclarecer o público no que diz respeito ao surdo sempre que possível, reconhecendo que muitos equívocos (má informação) têm surgido devido à falta de conhecimento do público sobre a área da surdez e a comunicação com o surdo.
Diante deste código de ética, apresentar-se-á a seguir diferentes situações que podem ser exemplos do dia-a-dia do profissional intérprete. Tais situações exigem um posicionamento ético do profissional intérprete. Sugere-se que, a partir destes contextos, cada intérprete reflita, converse com outros intérpretes e tome decisões em relação a seu posicionamento com base nos princípios éticos destacados no código de ética.
 Desde os anos 80 e começo dos anos 90, inicia-se, no contexto internacional, um movimento por profissionais, pais e pessoas com deficiência que lutam contra a ideia de que a educação especial deva ser considerada como um mundo separado dos outros. 
Surge um movimento que aparece nos EUA denominado “Regular Education Iniciative” (REI), com objetivo de incluir nas escolas comuns as crianças com alguma deficiência. Discute-se a unificação da educação especial e a regular no sistema educativo. 
Para Sánchez (2005), aparecia, pela primeira vez, uma defesa muito importante à prevalência de um único sistema educativo para todos. Como continuação desse movimento surge no final dos anos 80 e começo dos 90, o movimento de integração escolar em outras partes do mundo, o movimento da inclusão. 
O interesse nesses temas provocou mudanças nos sistemas educacionais que passaram a programar ações condizentes, estendendo a educação a todos os alunos em contextos regulares e não segregados. 
Assim ocorreu o surgimento e a defesa da educação inclusiva que coloca em destaque as necessidades educacionais especiais, e, por outro lado, estabelece uma forte crítica às práticas da educação em geral. 
Esse movimento assume um caráter internacional. (SÁNCHEZ, 2005). O UNICEF4 e a UNESCO5 realizam um trabalho importante em prol da educação, alcançando todas as crianças em idade escolar. Podemos verificar esse trabalho numa série de ações e encontros internacionais que têm sido convocadas para conseguir chamar a atenção do mundo a este respeito. 
Dentre essas reuniões, destaca-se a Convenção dos Direitos da Criança realizada em Nova York em 1989; a Conferência Mundial de Educação para Todos, que aconteceu em Jomtien (Tailândia) em 1990; a Conferência Mundial sobre “Necessidades Educativas Especiais”, desenvolvida em Salamanca (Espanha), 1994; e a que aconteceu no ano de 2000, em Dakar (Senegal), com o título de “Fórum Consultivo Internacional para a Educação para Todos” (SÁNCHEZ, 2005). 
A Declaração Mundial sobre Educação para Todos de Jomtien em 1990 destacou a educação para todos com os objetivos de satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, expandindo o enfoque que deve ser capaz de ir além dos níveis atuais de recursos, das estruturas institucionais, dos currículos e dos sistemas convencionais de ensino, além de universalizar o acesso à educação e promover a equidade proporcionando a educação a todas as crianças, jovens e adultos. 
Outro objetivo é concentrar a atenção na aprendizagem para que através de oportunidades as pessoas aprendam conhecimentos úteis, habilidades de raciocínio, aptidões e valores. Ampliar os meios do raio de ação da educação básica, proporcionar um ambiente adequado à aprendizagem, fortalecer as alianças, desenvolver uma política contextualizada de apoio, mobilizar os recursos e fortalecer a solidariedade internacional.
O Decreto n˚ 5.626/05 trata-se sobre a formação do tradutor e intérprete de Libras/Português, e no artigo 17 é afirmado que essa formação deve ocorrer por meio de curso superior de tradução e interpretação, com habilitação em Libras/Português. Dessa forma, há o reconhecimento da profissão em igualdade com os tradutores e intérpretes de outras línguas, assim como se reconhece a importância dessa formação em nível superior. Art. 17. A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve efetivar-se por meio de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - Língua Portuguesa. Na realidade, a formação desses profissionais vem acontecendo na prática, devido à falta de cursos disponíveis no Brasil.
 Ainda são tímidas as iniciativas para se criar cursos de nível superior, e a demanda pelos profissionais vem sendo exigida a cada dia, com a legislação em vigor e as pessoas surdas e interessados pela área tomando ciência de seus direitos. 
Esse mesmo decreto, no artigo 18, diz que nos 10 anos seguintes, a partir de 2005, a formação do tradutor e intérprete de Libras/Português, em nível médio, deve ser realizada por meio de cursos de educação profissional, cursos de extensão universitária e cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por secretarias da educação.
 E no artigo 19, propõe-se para o intervalo de 10 anos, caso não haja pessoas com a titulação exigida, que os profissionais, para serem intérpretes educacionais, devam ter o seguinte perfil: pessoa ouvinte, com nível superior, com competência e fluência em Libras e com aprovação em exame de proficiência promovido pelo MEC.
 Assim poderá atuar em todos os níveis de ensino. Sendo ouvinte, com formação em nível médio, com competência e fluência em Libras e com aprovação no exame de proficiência, poderia atuar na educação básica (LACERDA, 2011).
Em vários países há tradutores e intérpretes de língua de sinais. A história da constituição deste profissional se deu a partir de atividades voluntárias que foram sendo valorizadas enquanto atividade laborai na medida em que os surdos foram conquistando o seu exercício de cidadania. 
A participação de surdos nas discussões sociais representou e representa a chave para a profissionalização dos tradutores e intérpretes de língua de sinais. Outro elemento fundamental neste processo é o reconhecimento da língua de sinais em cada país. À medida em que a língua de sinais do país passou a ser reconhecida enquanto língua de fato, os surdos passaram a ter garantias de acesso a ela enquanto direito linguístico. 
Assim, consequentemente, as instituições se viram obrigadas a garantir acessibilidade através do profissional intérprete de língua de sinais. A seguir serão apresentados os fatos históricos relevantes sobre a constituição do profissional intérprete de língua de sinais na Suécia, nos Estados Unidos e no Brasil.
4. DESENVOLVIMENTO 
Segundo portal do MEC as modalidades das línguas são classificadas em oral-auditiva, visual-espacial, gráfica-visual. 
As línguas apresentam diferentes modalidades. Uma língua falada é oral-auditiva, ou seja, utiliza a audição e a articulação através do aparelho vocal para compreender e produzir os sons que formam as palavras dessas línguas. Uma língua sinalizada é visual-espacial, ou seja, utiliza a visão e o espaço para compreender e produzir os sinais que formam as palavras nessas línguas. 
Tanto uma língua falada, como uma língua sinalizada, pode ter representações numa modalidade gráfica visual, ou seja, podem ter uma representação escrita. Modalidades de tradução-interpretação - língua brasileira de sinais para português oral, sinais para escrita, português para a língua de sinais oral, escrita para sinais - Uma tradução sempre envolve uma língua escrita. 
Assim, poder-se-á ter uma tradução de uma língua de sinais para a língua escrita de uma língua falada, da língua escrita de sinais para a língua falada, da escrita da língua falada para a língua de sinais, da língua de sinais para a escrita da língua falada, da escrita da língua de sinais para a escrita da língua falada e da escrita da língua falada para a escrita da língua de sinais. 
A interpretação sempreenvolve as línguas faladas/ sinalizadas, ou seja, nas modalidades orais-auditivas e visuais-espaciais. Assim, poder-se-á ter a interpretação da língua de sinais para a língua falada e vice-versa, da língua falada para a língua de sinais. Vale destacar que o termo tradutor é usado de forma mais generalizada e inclui o termo interpretação.
Como condutores de sua história, os surdos adentram nas mais diversas instâncias sociais falando em sua língua e atuando nos mais variados campos de conhecimento como agentes de produção e como sujeitos ativos socialmente. E a partir desse movimento inclusivo e de participação social, surge a necessidade de profissionais que façam a tradução/interpretação dos discursos produzidos em línguas de sinais e em línguas orais.
O profissional responsável por essa função no Brasil é o tradutor intérprete de Libras/português (TILSP) 2 que medeia a interação entre pessoas surdas e ouvintes que não saibam se comunicar em Libras (língua brasileira de sinais)
Basicamente, esse profissional atua em três frentes: a) intermedeia a comunicação entre as pessoas surdas usuárias de Libras e as pessoas ouvintes usuárias da língua portuguesa em diferentes contextos; b) traduz os textos da Libras para a língua portuguesa e os textos da língua portuguesa para a Libras; c) auxilia no esclarecimento da forma escrita produzida pelos surdos em quaisquer contextos que se façam necessários (concursos, avaliações em sala de aula, documentos, etc.) (QUADROS et al., 2009).
Dentre as frentes de atuação supracitadas encontra-se o processo de interpretação da Libras para o português na modalidade oral, comumente chamada de interpretação de voz pelos profissionais da área. Nessa modalidade, os TILS dão voz sonora ao discurso gestual-visual-espacial dos sujeitos surdos, legitimando, para os leigos em Libras, a voz política conquistada por essa comunidade.
Padden fala que as unidades gramaticais nas línguas de sinais incorporam mais informações (are more “packed”) que as das línguas orais e que as línguas de sinais caracterizam-se pelas restrições estruturais impostas por sua modalidade. 
Segundo ela, um intérprete hábil incorpora dimensões espaciais ao conteúdo da língua oral por ser isto mais significativo para os sinalizadores e porque há a oportunidade de usar sinais mais densamente enriquecidos durante a tradução
 […] Intérpretes de língua de sinais podem incorporar mais detalhes sob um risco menor de ficarem para trás na interpretação (2000, p.180,). 
O Tradutor é a pessoa que traduz de uma língua para outra. Tecnicamente, tradução refere-se ao processo envolvendo pelo menos uma língua escrita. Assim, tradutor é aquele que traduz um texto escrito de uma língua para a outra. 
O Tradutor-intérprete é a pessoa que traduz e interpreta o que foi dito e/ ou escrito. Tradutor-intérprete de língua de sinais - Pessoa que traduz e interpreta a língua de sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer modalidades que se apresentar (oral ou escrita).
As línguas de modalidade oral-auditiva são bem mais lineares que as línguas de sinais de modalidade gesto-visual, nas quais a simultaneidade se destaca. Segundo Brito (1995, p.29),
 […] a modalidade de língua (gestual-visual ou oral-auditiva) pode impor restrições à estruturação da língua […] Entre as diferenças existentes entre as línguas orais (Francês, Português, Inglês…) e as línguas de sinais, salientamos a ordem sequencial linear da fala e a simultaneidade dos parâmetros na constituição dos sinais, assim como a simultaneidade de sinais na formação de várias orações em língua de sinais. Obviamente, apesar de se passar em espaço multidimensional, as línguas gestuais-visuais também fazem uso da linearidade temporal. Por outro lado, as línguas orais nem sempre são exclusivamente unidimensionais. Por exemplo, no caso da sequência de palavras acompanhadas de entonação e no caso dos traços distintivos dos fonemas, há simultaneidade.
Nas línguas orais, as relações temporais e espaciais são bem mais lineares. Já nas línguas de sinais essas relações possuem características quadridimensionais,
 “pois utilizam o espaço e o tempo ‘encarnado’ no corpo do tradutor/ator e expressam, por meio do espaço e dos movimentos, relações temporais e espaciais quase como uma encenação, mas em forma de uma língua” (QUADROS, SOUZA, 2008, p.176).
 Segundo Meier (2004, p.11, tradução nossa), o meio para a fala é fundamentalmente unidimensional; a fala realiza-se ao longo do tempo. Todavia, as línguas de sinais são transmitidas através de um meio multidimensional: as características articulatórias e perceptuais da modalidade gesto-visual dão acesso às línguas de sinais por quatro dimensões de espaço e de tempo.
Ao abordar o processo de tradução da Língua Portuguesa escrita para a Libras, em sua versão oral (isto é, que não está em sua versão escrita, mas em sinais), Quadros e Souza (2008) e Quadros, Souza e Segala (2012) apresentam algumas técnicas de tradução que vêm sendo empregadas nesse processo e refletem sobre os efeitos de modalidade relacionados ao fato de se traduzir entre uma língua oral e outra de sinais, visto que a tradução é registrada em vídeo, envolvendo a imagem do tradutor/ator.
 Diferentemente da tradução ou da interpretação entre línguas orais, o processo tradutório e interpretativo entre uma língua oral e outra de sinais depende, respectivamente, da presença material do corpo do tradutor ou do intérprete. No processo tradutório, a presença do corpo do tradutor/ator deve-se ao fato de que ainda não temos uma versão escrita da Libras, devidamente reconhecida e difundida no país.
4.1 RELATÓRIO DE TRADUÇÃO
VIDEO LEGENDADO: Saúde da mente
Vídeo de informativo: TRASNTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA E ESTRESSE: 4 SINAIS PARA O DIAGNÓSTICO.
MÉDICO: dr. Marco Abud
Link: https://youtu.be/JNjbzZu_Zu4 
Publicado no dia: 14/10/2017.
O transtorno de ansiedade generalizada ocorre quando a pessoa sente nervosismo e preocupação excessivos em relação a diversas atividades ou acontecimentos. A pessoa passa mais dias com ansiedade que não durante seis meses ou mais.
A pessoa fica ansiosa e preocupada com diversos problemas, atividades e situações, e não apenas com um tipo.
Para que esse transtorno seja diagnosticado, vários outros sintomas (por exemplo, a tendência de se cansar facilmente, dificuldade de concentração e tensão muscular) precisam acompanhar a ansiedade.
O tratamento envolve uma combinação de farmacoterapia (normalmente à base de ansiolíticos e ocasionalmente antidepressivos) e psicoterapia.
O transtorno de ansiedade generalizada é um tipo comum de transtorno de ansiedade. 
Aproximadamente 3% dos adultos sofrem desse transtorno anualmente. As mulheres têm o dobro de probabilidade de sofrer deste transtorno. Começa frequentemente na infância ou na adolescência (consulte transtorno de ansiedade generalizada em crianças), mas pode ter início em qualquer idade. Na maioria das pessoas, esse transtorno é oscilante e, ocasionalmente, agrava-se (sobretudo em períodos de estresse) e persiste ao longo de vários anos.
4.2 RELATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO MODALIDADE ACESSIBILIDADE - SAÚDE
Vídeo de informativo: 
PROFESSOR: Paulo Jubilut
Link: https://youtu.be/6EcnJoYd5ol
Publicado no dia: 30/03/2020.
O vírus se espalha por meio de gotículas transmitidas ao ar pela tosse ou pelo espirro, que as pessoas ao redor podem absorver pelo nariz, pela boca ou pelos olhos. As partículas virais dessas gotículas viajam rapidamente para o fundo das vias nasais e para as membranas mucosas do fundo da garganta, conectando-se a um receptor específico nas células. 
É aí que tudo começa. As partículas do corona vírus têm proteínas com espinhos em sua superfície, e esses espinhos se prendem às membranas celulares, permitindo que o material genético do vírus entre na célula humana. A dificuldade que encontrei ao interpretar esse vídeo foi a sinalização de palavras relacionadas a BIOLOGIA na qual não tenho contato diário. Foi um vídeo extenso, mas comuma mensagem clara e objetiva. 
Eu finalizo a minha interpretação a partir do momento que o professor aborda outra situação mais dentro da medicina.
	
4.3 RELATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO MODALIDADE EDUCACIONAL - AULA DE PORTUGUES
Vídeo: SUBSTANTIVO
Professor: LETICIA
Link: https://youtu.be/JWduxThfUOQ
Publicado no dia: 23/04/2018.
O vídeo vem explicar os tipos de substantivos e classes de palavras. A professora aborda os substantivos simples, comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo e ainda explica detalhadamente sobre os gêneros (feminino e masculino) número, (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo); ainda aborda de maneira minuciosa para esclarecer sobre a diferença do substantivo concreto e abstrato.
Ela ministra de forma muito acelerada a aula e como tem muitas referências passadas que não possuem sinais eu fiz o uso do classificador.
4.5 RELATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO MODALIDADE RELIGIOSA
Celebração culto – interpretação sermão
Vídeo: Não é hora de perder a cabeça ( Ao vivo).
Pastor: Diego Menin
Link: https://youtu.be/28rbM72xjaQ 
Publicado no dia: 03/08/2020.
O culto foi feito ao vivo no canal do youtube, no vídeo pastor faz a pregação para que os fiéis não desistam não se percam em meio as dificuldades e batalhas emocionais que lhes serão enfrentadas.
Escolhi interpretar este sermão primeiramente porque como foi opcional e eu costumo acompanhar os cultos e gosto dos sermões do pastor Diego cheios de sabedorias e palavras de direção espiritual , também gosto da maneira em que ele conduz suas pregações. A dificuldade que encontrei ao interpretar esse vídeo foi alguns termos e metáforas bíblicas que existem durante a leitura do Santo Evangelho.
4.5 MODALIDADE PESQUISA
A exceção sensorial na História Legislativa e em Andamento Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos de Pessoas com deficiências
NATHALIA FERNANDA OLIVEIRA SOARES MURTA
RESUMO 
Uma disposição fundamental da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CRPD) para pessoas surdas foi a inclusão de artigos que permitiriam que crianças surdas fossem educadas em configurações de linguagem de sinais com acesso a colegas que usam língua de sinais e professores que eram fluentes em língua de sinais. A história legislativa mostra que os governos viram uma "exceção sensorial" para alunos surdos como uma exceção incontroversa ao princípio da inclusão plena na educação de crianças com deficiência. No entanto, os atores não estatais não reconheceram totalmente esta disposição em interpretações pós-ratificação do Artigo 24. Qualquer interpretação do Artigo 24 deve levar em consideração este pano de fundo de respeito pelas diferentes necessidades de alunos surdos. Este é o tema que nos motiva a escrever este artigo, onde deverá se levanta questões a respeito da efetivação de referida disposição, tomando como base o fato de a educação ser um fenômeno complexo e diverso, refletindo sobre o campo dos direitos humanos e dos direitos humanos linguísticos em relação à educação de surdos.
Palavras-Chave: ONU, direitos humanos , surdos e escola bilíngue
ABSTRACT
A fundamental provision of the the Rights on Convention of Persons with Disabilities (RCPD) for deaf people was the inclusion of articles that would allow deaf children to appear educated in sign language settings with access to colleagues who use sign language and teachers who were fluent in sign language. Legislative history shows that governments saw a "sensory exception" for deaf students as an uncontroversial exception to the principle of full inclusion in the education of children with disabilities. However, non-state actors have not fully recognized this provision in post-ratification interpretations of Article 24. Any interpretation of Article 24 must take into account this background of respect for the different needs of deaf students. This is the theme that motivates us to write this article, where questions will be raised regarding the effectiveness of this provision. Based on the fact that education is a complex and diverse phenomenon, reflecting on the field of human rights and linguistic human rights in relation to the education of the deaf.
Keyword : UN, human rights, deaf and bilingual school
I. INTRODUÇÃO
 A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi elaborada por uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 1946 e 1948. Entrou em vigor após uma Assembleia Geral da desta mesma organização realizada em 1948. 
 Esse documento é composto por 30 artigos, os quais determinam os direitos básicos que todo ser humano deve possuir, independentemente da raça, religião, posição social, gênero, enre outros.
 A DUDH (Declaração Universal dos Direitos Humanos) tem uma importância fundamental, pois ajudou a consolidar a ideia de direitos humanos, fortalecendo um ativismo que atua na busca de melhorias para a humanidade e no combate às desigualdades.Nos últimos anos, comunidades surdas em todo o mundo têm testemunhado o fechamento de escolas (residenciais) para crianças surdas ou com outras nescessidades especiais e incluidas nas escolas denominadas inclusivas
 Além disso essas escolas tradicionalmente servirão como espaços de contato entre pares entre crianças surdas e adultos e, portanto, como espaços cruciais para o desenvolvimento e transmissão intergeracional de línguas de sinais e culturas surdas.
 Cientes de nossas possibilidades e riscos, propomos apresentar uma reflexão sobre a maneira por meio da qual os direitos, as políticas e as línguas interceptam-se, desviam-se e se mesclam na educação de surdos. 
 E sobre como as convergências e divergências para educação de surdos precisam ser vistas e tratadas em sua complexidade por meio de uma postura crítica, consciente e reflexiva, pois ela é um elemento basilar de constituição da cidadania e de gozo dos demais direitos civis, sociais, políticos, econômicos e culturais.
 Em nosso país, os movimentos sociais que conduziram a elaboração e aprovação da Política sobre Educação Especial na Perspectiva Inclusiva Educação e Decreto 5.626 / 05 datam de 1990s. 
 A base da Política eram os princípios de democratização da educação, que garantem isso como um direito de todos e um dever do Estado tendo sido influenciada por vários documentos nacionais e i.nternacionais (BRASIL, 1988, 1994, 2001, UNESCO, 1990, entre outros).
2 - O ALUNO SURDO E A INCLUSÃO ESCOLAR 
 A história nos mostra que ranços do preconceito perduram, até hoje, frente ao surdo e têm sua origem ainda nas antigas civilizações como a Egípcia, a Romana e a Grega, sendo esta última a que apresenta dados históricos de sacrifícios a pessoas que possuíam alguma limitação física, pois na Grécia, mais precisamente em Esparta, só eram aceitas as crianças que nascessem sem nenhuma característica física considerada “anormal” pelas pessoas da época.
 De acordo com Correia (1997), durante a Idade Média, época de muitos valores religiosos, as pessoas que nasciam com alguma característica física e/ou mental diferente das dos demais sujeitos, eram julgadas e sacrificadas, pois a deficiência era vista como algo oriundo das forças do mal. 
 Cultuava-se, então, a perfeição física e mental para que o ser humano se tornasse a imagem e semelhança de Deus. Assim, os surdos e os demais deficientes sofriam com a exclusão.
 Um dos objetivos da Federação Mundial de Surdos (FMD), uma ONG internacional representando aproximadamente 70 milhões de surdos em todo o mundo, é garantir que crianças surdas tenham direito a uma educação bilíngue em língua de sinais em ambientes educacionais com uma massa crítica de colegas de trabalho e professores que são usuários nativos da (s) língua (s) de sinais de cada país.
 A inclusão escolar, até bem pouco tempo, não era um assunto de estado. Hoje é e muitas são as polêmicas em relação ao tema, especificamente quando diz respeito ao acesso das pessoas com surdez à escola comum. 
 A educação inclusiva parte do

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