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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 242 das são o volume específico (v) e a pressão (–p). Trata-se de um diagrama muito adequado para a Termodinâmica, pois as áreas delimitadas pelos processos nele representados são proporcio- nais às energias envolvidas nas respectivas transformações. No entanto, ele não é conveniente à Meteorologia, já que o volume específico é uma variável difícil de determinar na prática. Assim, os diagramas aerológicos foram concebidos de modo a preservar a propriedade fundamental do dia- grama de Clapeyron tendo, simultaneamente, coordenadas mais apropriadas ao estudo da at- mosfera. Pode-se resumir da seguinte maneira as características desejáveis em um diagrama aerológico: 1a - ter área proporcional à energia envolvida no processo termodinâmico que está repre- sentado (propriedade fundamental do diagrama de Clapeyron); 2a - possuir o maior número possível de linhas retas (para facilitar o uso); 3a - apresentar o ângulo entre as isotermas e as adiabáticas secas (isentrópicas) tão próxi- mo de 90o quanto possível; 4a - usar como coordenadas grandezas meteorológicas facilmente mensuráveis. Um diagrama que atenda à primeira propriedade é dito equivalente. O objetivo principal que se persegue é obter um diagrama aerológico cujas coordenadas (B, A) sejam capazes de preser- var a equivalência de áreas, exatamente como acontece com o diagrama de Clapeyron (v, –p). O trabalho (W) realizado durante uma transformação termodinâmica fechada (processo cíclico) corresponde à integral de linha do produto –pdv no diagrama (v, –p) de Clapeyron. Geo- metricamente, essa integral equivale à área delimitada, sobre o diagrama, pelas linhas que repre- sentam os sucessivos estados termodinâmicos em questão. Matematicamente, para que um dia- grama aerológico de coordenadas genéricas A, B seja equivalente ao de Clapeyron, deve satisfa- zer à seguinte condição (Fig. VI.3): ∫ ∫=−= dbApdvW ou ∫ =+ 0)Adbpdv( (VI.11.1) Para que essa integral de linha seja nula, o integrando deve ser uma diferencial exata (Sokolnikoff e Sokolnikoff, 1941; Spiegel, 1974) de uma função desconhecida F = F(v, B). Assim, dF = pdv + AdB. Usando as regras do cálculo diferencial, pode-se ver que: dF = [∂ F/∂ v]B dv + [∂ F/∂ B]V dB. onde o índice identifica a variável mantida constante. Comparando as duas equações anteriores, vê-se que: p = [∂ F/∂ v]B e
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