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Características gerais l - É parasito que naturalmente apresenta ciclo evolutivo envolvendo os canídeos e pequenos ruminantes; - O homem se comporta como hospedeiro intermediário, após infecção acidental; l l - Provoca o desenvolvimento de cistos nos tecidos, principalmente em fígado e pulmão. Echinococcus Morfologia Adulto (somente no cão) l - Tamanho entre 3 e 6 mm, com o corpo formado por escólex, colo e estróbilo; l Ovos l - São bastante semelhantes aos de Taenia spp, liberados pelos cães. l Larvas l - Denominadas hidátides, se desenvolvem no interior de cistos em órgãos parenquimatosos do hospedeiro intermediário; l l Hospedeiros (ambiente doméstico): l - Definitivo: cão l - Intermediário: ovinos, caprinos e homem Echinococcus Echinococcus granulosus adulto encontrado no intestino do c Estróbilo Colo Escólex Ovos de E. granulosos; fezes de cão. Echinococcus: Ciclo Biológico (embrião hexacanto ou oncosfera) Após liberação do embrião hexacanto ou oncosfera atravessa a mucosa intestinal corrente circulatória e linfa fígado e pulmões cisto hidático. Biologia Ciclo (Heteroxênico) l - Proglotes com ovos são liberados pelas fezes do cão (HD); l l - Herbívoros e, acidentalmente o homem (HI), se contaminam pela ingestão de ovos liberados no ambiente; l - Após a ingestão do ovo ocorre liberação do embrião hexacanto (oncosfera) no intestino; l Echinococcus - O embrião atravessa a mucosa intestinal e ganha a circulação sanguínea e linfa; - Pela circulação, a oncosfera chega a órgãos parenquimatosos como fígado e pulmão, onde se encista, formando a hidátide; - O cão (HD) ingere a carne dos HI (vísceras) contendo os cistos (formas infectantes); - O cisto se rompe no intestino do cão liberando a larva que se fixa à mucosa intestinal e forma o verme adulto. Equinococose: no hospedeiro definitivo (canídeos) Hidatidose: nos hospedeiros intermediários (humanos, ruminantes). Biologia A larva do equinococo nos tecidos do HI forma o cisto hidático; este é composto (dentro p/ fora) das camadas germinativa, anista e adventícia. Camada adventícia Líquido hidático Protoescólex Camada anista Camada germinativa Parede do cisto Patologia - Ação compressiva (crescimento de ~1cm por ano); estase biliar e venosa; - Liberação de antígenos parasitários; eosinofilia e reações de hipersensibilidade; - Hidátide leva à formação de granuloma; ocorre intenso infiltrado mononuclear com presença de gigantócitos logo acima da camada fibrosada(adventícia); - Pode ocorrer involução da hidátide com calcificação do cisto. Echinococcus l Manifestações l - Pode haver uma grande variedade de manifestações em função da atividade compressiva do(s) cisto(s); l - Os sinais e sintomas só se tornam aparentes após um tempo prolongado (vários anos) ou localização compressiva importante; l - Na infecção do fígado, ascite e distúrbios digestivos podem simular colelitíase; manifestações alérgicas generalizadas ou localizadas. Echinococcus - Dores abdominais - Náuseas - Fadiga - Febre - Alergias - Lesões na pele - Coceira - Crises asmáticas Manifestações da hidatidose - Muitas vezes pacientes são assintomáticos. - Alguns podem apresentar: Diagnóstico l - Anamnese: infância com atividade rural e distúrbios digestivos crônicos; l - Diagnóstico por imagem; l - Confirmação ou triagem através de sorologia (ELISA, aglutinação e Western blot). Echinococcus l Tratamento l - Atualmente envolve a PAIR (punção, aspiração injeção e re-aspiração); l l - A remoção cirúrgica deve ter o cuidado de evitar a ruptura do cisto; l l - Tratamento à base de benzimidazois (Albendazol) é complementar a qualquer procedimento cirúrgico envolvendo a hidatidose. Echinococcus l Epidemiologia l - Sugere-se que a hidatidose seja adquirida principalmente na infância; l - Ocorrência maior no RS, Uruguai e Argentina; l l - A manutenção da doença no meio rural está associada ao hábito de alimentar cães com vísceras de animais; l - Combate à doença está diretamente relacionado com a educação sanitária e o tratamento em massa da população de cães com antiparasitários. Hidatidose No período de 1981 a 2001 foram detectados 742 casos de hidatidose: 61,10% na Região da Campanha; 73% na faixa etária de 16 a 60 anos; 59,2% localização hepática, 16,9% localização pulmonar e o restante em baço, rins, cérebro, músculos, coração, ovários, vesícula biliar, peritônio e intestino. Na década de 90 foram analisadas 7.415 amostras, referentes a 5% da população rural, resultando em coeficientes de prevalência que variaram de 8,82 a 89,44 / 100.000 habitantes. Epidemiologia no RS Hidatidos e
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