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CINÉTICA -QUÍMICA Química Geral- Engenharia Química 2019-01 1 A termodinâmica nos diz o que deve eventualmente acontecer em um sistema químico : se reação ocorre ou não Mas não diz “como” ou com que “velocidade” o processo acontece. A cinética trata das questões referentes a “como” as reações acontecem e com que velocidade elas ocorrem. 2 3 VELOCIDADES DAS REAÇÕES 4 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = ∆[ 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂çã𝒐] ∆𝒕 𝑣 = ∆[ 𝐶4𝐻9𝐶𝑙] ∆𝑡 = 0,017 − 0,042 𝑚𝑜𝑙/𝐿 800 − 400 𝑠 = 6,2 𝑥 10−5 𝑚𝑜𝑙 𝐿. 𝑠 A velocidade a qualquer instante de tempo (velocidade instantânea) é a inclinação da tangente da curva. Maneiras de medir a velocidade da reação A → B A velocidade na qual o produto é formado 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒎é𝒅𝒊𝒂 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 𝑩 = ∆[𝑩] ∆𝒕 A velocidade na qual os reagentes são consumidos 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒎é𝒅𝒊𝒂 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 𝑨 = − ∆[𝑨] ∆𝒕 5 6 Em geral: aA + bB cC + dD 7 8 Em geral, as velocidades aumentam à medida que as concentrações aumentam. NH4 + (aq) + NO2 - (aq) N2(g) + 2H2O(l) A equação de velocidade 9 A expressão que relaciona a concetração e a velocidade: Lei de velocidade Para uma reação geral com a lei da velocidade A reação é de ordem m no reagente 1 e n no reagente 2. A ordem geral de reação é m + n + … Expoentes são obtidos experimentalmente. 10 Uma reação pode ser de ordem zero se m, n, … são zero. Uma reação é de ordem zero em um reagente se a variação da concentração daquele reagente não produz nenhum efeito. Uma reação é de primeira ordem se, ao dobrarmos a concentração, a velocidade dobrar. Uma reação é de ordem n se, ao dobrarmos a concentração, a velocidade aumentar de 2n. 11 12 Equações de velocidade podem ser determinadas por diferentes métodos: Método da velocidade inicial: Realização de uma série de experimentos em dada temperatura. Ex: se concentração do reagente duplica, a velocidade da reação dobra. Representação gráfica 13 Exemplo 1: Utilizando os dados da tabela para a reação A + B → C, Determine: a) A lei de velocidade para a reação b) A constante de velocidade c) A velocidade quando [A]= 0,050 mol/L e [B]= 0,100 mol/L Nº de experiment os [A](mol/L) [B] (mol/L) Vi (mol/L s) 1 0,100 0,100 4,0 x 10 -5 2 0,100 0,200 4,0 x 10 -5 3 0,200 0,100 16,0 x 10 -5 14 Kotz vol 2. pag 625 Experimentos [CO] (mol/L) [NO2] (mol/L) Vi (mol/L h) 1 5,10 x 10 -4 0,350 x 10 -4 3,4 x 10 -8 2 5,10 x 10 -4 0,700 x 10 -4 6,8 x 10 -8 3 5,10 x 10 -4 0,175 x 10 -4 1,7 x 10 -8 4 1,02 x 10 -3 0,350 x 10 -4 6,8 x 10 -8 5 1,53 x 10 -3 0,350 x 10 -4 10,2 x 10 -8 15 Converter (por integração) a lei de velocidade em uma equação conveniente para fornecer as concentrações como uma função do tempo Para uma reação de ordem zero 𝑣 = 𝑘[𝐴]0 = 𝑘 − ∆ 𝐴 ∆𝑡 = 𝑘 − 𝑑 𝐴 𝑑𝑡 = 𝑘 𝑑 𝐴 = −𝑘𝑑𝑡 𝑑 𝐴 = 𝑑𝑡 𝑡 0 𝐴 𝑡 𝐴 0 𝑨 𝒕− 𝑨 𝟎 = −𝒌𝒕 Variação da concentração com o tempo : Leis de velocidade integradas 16 xmby ktt . AA 0 Reações de ordem zero Representação gráfica: [A]t versus t linha reta com inclinação -k e intercepto em [A]0. 17 Se uma representação gráfica de [A]t versus t não for linear, A reação não é de ordem zero 18 Reações de primeira ordem • Método da velociddade inicial: velocidade duplica à medida que a concentração de um reagente dobra kt A A t 0][ ][ ln ktt 0AlnAln 19 Reações de primeira ordem Representação gráfica: ln[A]t versus t linha reta com inclinação -k e intercepto em ln[A]0. xmby ktt . AlnAln 0 20 Exemplo 3: Que concentração de N2O5 permanece 1,0 min. após início da decomposição em 65°C, sabendo que a concentração inicial era 0,040 mol/L e k= 5,2 x 10-3 s-1 21 Se uma representação gráfica de ln[A]t versus t não for linear, A reação não é de primeira ordem 22 Reações de segunda ordem Método da velocidade inicial: se concentração do reagente duplica a velocidade da reação aumenta por um fator de 22, ou seja, quadruplica. kt t 0A 1 A 1 23 Reações de segunda ordem xmby kt t . A 1 A 1 0 Uma linha reta com inclinação k e intercepto em 1/[A]0 Para uma reação de segunda ordem, um gráfico de ln[A]t versus t não é linear. Representação gráfica: 1/[A]t versus t 24 4: 25 Meia -Vida É o tempo que a concentração de um reagente leva para diminuir para a metade do seu valor inicial. Para um processo de primeira ordem, t½ é o tempo gasto para [A]0 alcançar ½[A]0. Significa que meia-vida é independente da concentração inicial do reagente – constante durante toda reação. k t k t kt kt A A 693.0 ln ln ][ ][ 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 0 02 1 kt A A t 0][ ][ ln 26 Em uma reação de primeira ordem , a concentração do reagente diminui de ½ em cada uma das séries de intervalos de tempo espaçados regularmente, chamados t ½ . 27 Para uma reação de segunda ordem, a meia-vida depende da concentração inicial: Quanto menor a concentração, maior o tempo de meia vida 0A 1 2 1 k t 28 Exemplo 5: A hidrólise da sulfacetamida segue cinética de primeira ordem com constante de velocidade k = 9,0 x 10 -6 s-1, a 120ºC. Calcular o tempo de meia-vida e concentração que resta de sulfacetamida após 3 horas, considerando uma concentração inicial de 0,5 mol/L Exemplo 6: Entre os possíveis destinos do NO2 na química atmosférica está a reação de decomposição para formar NO e O2. Essa reação foi estudada a 37 ºC por um aluno e os seguintes dados foram obtidos: Com base nestes dados determine a ordem de reação e a constante de velocidade Tempo (s) [NO2] (mol.L -1) 0,0 0,300 5,0 0,0197 10,0 0,0100 15,0 0,00700 20,0 0,00520 25,0 0,00410 30,0 0,00350 29 • O modelo de colisão explica o motivo pelo qual a velocidade das reações aumenta com o aumento da concentração e da temperatura: para que as moléculas reajam, elas devem colidir. • Quanto maior o número de colisões, maior a velocidade. • Quanto mais moléculas estiverem presentes, maior a probabilidade de colisão e maior a velocidade. • Quanto mais alta a temperatura, mais energia disponível para as moléculas e maior a velocidade. Complicação: nem todas as colisões levam aos produtos. Temperatura e velocidade 30 Fator orientação Para que uma reação ocorra: colisão deve ter orientação correta e com energia suficiente para formar os produtos. Cl + NOCl NO + Cl2 31 Energia de ativação • Svante Arrhenius (1988): as moléculas devem possuir uma quantidade mínima de energia para que ocorra reação. – Energia vem da energia cinética das colisões – Para que formem produtos, as ligações devem ser quebradas nos reagentes. – A quebra de ligação requer energia. • A energia de ativação, Ea, é a energia mínima necessária para iniciar uma reação química. 32 H3C N C C N H3C H3C C N Rearranjo do isocianeto de metila a etano nitrila 33 Equação de Arrhenius • Arrhenius descobriu a maior partedos dados de velocidade de reação obedecem a equação uma equação baseada em 03 fatores: 1- Fração de moléculas que possuem energia igual ou maior que Ea 2- Número de colisões que ocorrem por segundo 3- Fração de colisões com orientação apropriada 34 • Equação de Arrhenius: – k é a constante de velocidade, – Ea é a energia de ativação, – R é a constante dos gases (8,314 J/K mol) – T é a temperatura em K. – A é o fator de frequência ( relacionada à frequencia de colisões e uma medida da probabilidade de colisões favoráveis) Tanto A como Ea são específicos para determinada reação RT Ea Aek 35 TR E Ak a 1 lnln Um gráfico de ln k versus 1/T terá uma inclinação de –Ea/R e intercepto de ln A. 36 37 Exercício 6: Determinada reação de primeira ordem tem uma constante de velocidade de 2,75 x 10-2 s-1 a 20ºC.Calcule o valor de K a 60ºC se Ea = 75,5 kJ/mol. 38 • A equação química balanceada fornece informações sobre o início e o fim da reação. • Os mecanismos fornecem um quadro bem detalhado de como as ligações são quebradas e formadas durante o curso de uma reação: Fornece a trajetória • Cada etapa em uma reação com diversas etapas é chamada etapa elementar • As etapas se somam para dar a equação química global balanceada • O tempo para que todas se completem define a velocidade global da reação. Mecanismos de reação 39 São classificadas de acordo com nº de moléculas • Molecularidade: é o número de moléculas presentes em uma etapa elementar. – Unimolecular: uma molécula na etapa elementar – Bimolecular: duas moléculas na etapa elementar – Termolecular: três moléculas na etapa elementar • Não é comum encontrar processos termoleculares (estatisticamente improvável). Etapa 1 O3(g)O2(g)+ O(g) (Unimolecular) Etapa 2 O3(g) + O(g) 2O2(g) (Bimolecular) 40 Leis de velocidade para etapas elementares • A lei de velocidade para uma etapa elementar é determinada por sua molecularidade: – Os processos unimoleculares são de primeira ordem, – os processos bimoleculares são de segunda ordem e – os processos termoleculares são de terceira ordem. Se reação ocorre em uma única etapa, sabe-se sua lei de velocidade Obs: Esta relação não vale para reação global: Se uma reação é de 1ª ordem , não quer dizer que ocorre em uma única etapa 41 Leis de velocidade para mecanismos de várias etapas -Cada etapa tem sua própria constante de veloc. -Frequentemente uma etapa é mais lenta que outra -Velocidade total não excede velocidade da etapa lenta -Etapa lenta é chamada Etapa Determinante de Velocidade (EDV) 42 Leis de velocidade para mecanismos de várias etapas
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