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Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) ROBBINS 77/ BOGGLIO 245 ADAPTAÇÕES CELULARES PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO Fundamental para o desenvolvimento, manutenção do equilíbrio homeostático e a substituição de células mortas ou danificadas Elementos fundamentais: replicação precisa do DNA, síntese coordenada dos constituintes celulares e partilha igual de DNA para as células-filhas G1, S, G2, M, G0 O ciclo celular é regulado por ativadores e inibidores. A progressão do ciclo é conduzida por ciclinas e enzimas associadas à elas, as cinases dependentes de ciclina (CDKs) AS CDKs fosforilam substratos proteicos O aumento da síntese de determinada ciclina resulta no aumento da atividade de cinase da CDK correspondente Cada trecho do ciclo é regulado por um ciclina e suas CDKs Presença de checkpoints que detectam danos no DNA e funcionam ao retardar a progressão do ciclo e ativar os mecanismos de reparo do DNA Caso o dano seja grave demais, as células entrarão em apoptose Os inibidores de CDK obrigam o ciclo celular a obedecer à fiscalização através da modulação da atividade do complexo CDK-ciclina Em suma, a proliferação celular é induzida por: (1) Ligação de um fator de crescimento ao seu receptor (2) Ativação do receptor do fator de crescimento que, por sua vez, ativa proteínas transdutoras de sinais (3) Ativação de fatores de transcrição que vão ao núcleo e ativam genes, fazendo com que a célula entre em G1 CÉLULAS TRONCO Dão origem a todos os diversos tecidos diferenciados Substituem células danificadas Mantêm as populações celulares Existe um equilíbrio homeostático entre replicação, autorrenovação e diferenciação das células-tronco e morte das células maduras totalmente diferenciadas Apresentam duas propriedades importantes: (1) Autorrenovação (2) Divisão assimétrica: enquanto uma célula-filha se diferencia, a outra permanece indiferenciada Podem ser de dois tipos: CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS As CTE são as mais indiferenciadas Presentes na massa interna do blastocisto Capacidade ilimitada -> TOTIPOTENTES CÉLULAS-TRONCO TECIDUAIS Protegidas dentro de microambientes, chamados nichos de células-tronco Fatores solúveis e outras células dentro desses nichos mantém essas células-tronco quiescentes Repertório limitado, geralmente produzem células constituintes apenas daquele tecido As células-tronco mais amplamente estudadas são as hematopoiéticas Além das citadas no item acima, na medula óssea também são encontradas as células- tronco mesenquimais que são multipotentes COMPORTAMENTOS CELULARES FRENTE À ESTÍMULOS As adaptações são respostas estruturais e funcionais reversíveis às alterações fisiológicas ou a alguns estímulos patológicos A resposta adaptativa pode consistir em uma hipertrofia, hiperplasia, atrofia, metaplasia e displasia Quando o estímulo é eliminado, a célula pode retornar ao estado original sem ter sofrido qualquer consequência danosa. Ou não ☺ Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) ROBBINS 77/ BOGGLIO 245 ADAPTAÇÕES CELULARES Se os limites das respostas forem excedidos, a lesão celular pode não ser reversível, o que pode causar a morte celular A morte celular é o resultado final da lesão celular progressiva e resulta de várias causas, incluindo isquemia, infecção e substâncias tóxicas. As duas vias principais para isso são a necrose e a apoptose A privação de nutrientes induz a autofagia que também culmina em morte celular ALTERAÇÕES CELULARES HIPERTROFIA Aumento no tamanho das células Não possui novas células, apenas maiores Ocorre em tecidos com células que não se dividem. Ex: células miocárdicas Aumento da massa tecidual Pode ser: fisiológica ou patológica Causada pelo aumento da demanda funcional ou por estimulação de hormônios e fatores de crescimento Geralmente ocorre por aumento da carga de trabalho As células sintetizam mais proteínas e o número de miofilamentos aumenta A hipertrofia uterina é estimulada por hormônios estrogênicos MECANISMOS DA HIPERTROFIA Resultado do aumento da produção de proteínas celulares Três etapas básicas na patogenia da hipertrofia cardíaca (1) Ações integradas: de sensores mecânicos, fatores de crescimento e agentes vasoativos (2) Esses sinais da membrana ativam uma rede complexa de vias de transdução de sinal (3) São ativados um conjunto de fatores de transcrição, como o GATA4 que aumentam a síntese de proteínas musculares Essa hipertrofia atinge um limite depois do qual o aumento da massa muscular deixa de ser capaz de compensar a sobrecarga. Ocorre então a lise e perda de elementos contráteis miofibrilares HIPOTROFIA Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares Muitas vezes há também a diminuição no número de células Se dá por: diminuição do anabolismo e das estruturas celulares; apoptose; aumento na degradação de proteína celulares Pode ser fisiológica: senilidade Pode ser patológica: (1) Deficiência nutricional (2) Desuso (3) Compressão (4) Obstrução vascular (5) Substâncias tóxicas que bloqueiam enzimas (6) Hormônios (deficiência de FSH e TSH) (7) Inervação ATROFIA Redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e número de células A atrofia fisiológica é comum durante o desenvolvimento normal A patológica pode ser local ou generalizada As causas mais comuns são: (1) Redução da carga de trabalho: atrofia de desuso. As fibras musculares diminuem em número (apoptose) e em tamanho (2) Denervação (3) Diminuição do suprimento sanguíneo (4) Nutrição inadequada: falta de energia e reserva energética Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) ROBBINS 77/ BOGGLIO 245 ADAPTAÇÕES CELULARES (5) Perda da estimulação endócrina: para tecidos que respondem a hormônios (6) Compressão: como em um tumor benigno A resposta inicial é a diminuição do tamanho da célula e das organelas, o que reduz a atividade metabólica necessária para a sobrevivência Um novo equilíbrio é alcançado graças à busca pela adequação entre a demanda metabólica, suprimento, nutrição, etc. MECANISMOS DA ATROFIA Resulta da síntese proteica e do aumento da degradação das proteínas nas células Muitas vezes é acompanhada por autofagia HIPERPLASIA Aumento do número de células Em alguns casos, a hiperplasia e a hipertrofia podem ser induzidas pelos mesmos estímulos externos Ocorre somente quando o tecido contém células capazes de se dividir O termo atipia nuclear sugere que não há hiperplasia FISIOLÓGICA Ocorre devido à ação de hormônios ou fatores de crescimento quando: (1) Há necessidade de aumentar a capacidade funcional dos órgãos (2) Há necessidade de aumento compensatório pós lesão ou ressecção Exemplo: mama feminina na puberdade; regeneração hepática PATOLÓGICA Ação excessiva ou inapropriada de hormônios ou fatores de crescimento sobre suas células- alvo Geralmente regride se o estímulo hormonal for retirado No câncer, os mecanismos de controle do crescimento tornam-se desregulados É uma resposta característica a infecções virais MECANISMOS DA HIPERPLASIA Resultado da proliferação de células maduras e, em alguns casos, surgimento de novas células a partir das células-tronco teciduais HIPOPLASIA Diminuição da população celular de um tecido, órgão ou parte do corpo Causas: defeito na formação de um órgão, diminuição do ritmo de renovação celular, aumento da taxa de desnutrição das células Pode ser fisiológica: como a involução do timo a partir da puberdade (aumento daapoptose) Pode ser patológica: agentes tóxicos e infecções (AIDS: destruição dos linfócitos) METAPLASIA Alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado é substituído por outro tipo celular Mesma linhagem de células Um tipo de célula sensível é trocado por uma mais adequada, mais resistente -> ADAPTAÇÃO Geralmente a metaplasia epitelial mais comum é a colunar para a escamosa Ocorre no trato respiratório no fumante habitual de cigarros As influencias que predispõem à metaplasia, se persistentes, podem iniciar a transformação maligna no epitélio metaplásico MECANISMOS DA METAPLASIA Resultado da reprogramação de células-tronco que existem nos tecidos normais ou de células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo Provocada por sinais gerados por citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular Esses estímulos promovem a expressão de genes que dirigem as células para uma via de diferenciação específica Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) ROBBINS 77/ BOGGLIO 245 ADAPTAÇÕES CELULARES DISPLASIA Quando há proliferação celular e redução ou perda de diferenciação O mesmo tecido maduro que começou a se diferenciar Tem tanto distúrbio de crescimento (trofia e plasia) quanto de diferenciação Diferencia da neoplasia pois esta é uma proliferação celular autônoma, em geral acompanhada de perda ou redução da diferenciação A perda ou redução da diferenciação da displasia, bem como da neoplasia, ocorrem, pois, as células passam poucas vezes nos ciclos. Contudo, a rapidez é maior Nas displasias epiteliais ocorrem o aumento da proliferação celular e redução na maturação das células As mais importantes na prática são as displasias de mucosa, como o colo uterino, brônquios e gástrica Os termos para definir displasia evoluíram de: Displasia -> neoplasia intra-epitelial -> lesão intra- epitelial de alto grau ANOTAÇÕES ADICIONAIS HPV HPV possui 4 formas mais importantes clinicamente: 6,11,16,18 -> condiloma acuminado (múltiplas verrugas e papiloma) Verruga: projeções epiteliais Papiloma: verruga presente em mucosas DISPLASIA X NEOPLASIA Células que perdem o controle da proliferação e diferenciação celular: evolução de displasia para neoplasia maligna A partir do momento que existe a displasia, mesmo com a retirada do estímulo, continua a proliferação (pode voltar ao normal) - confirmar As células se replicam indefinidamente pois ocorre a desativação dos mecanismos de controle de proliferação celular -> hiperplasia e neoplasia benigna Neoplasia benigna: células iguais as nossas células. Não tem perda de controles dos DOIS. Tem perda de controle apenas da proliferação Displasia tem mais relação com NEOPLASIA MALIGNA Hiperplasia tem mais relação com NEOPLASIA BENIGNA A hiperplasia pode ser tão intensa que estimula a produção de outros elementos celulares. No caso de hiperplasia protrástica, por exemplo, ocorre consistência fibroelástica, por causa desses componentes Hiperplasia com sintomas associados: mais grave CONCEITOS IMPORTANTES HAMARTOMA: congênito. Proliferação excessiva de um tecido normal em um local que tem aquele tecido CORISTOMA: tecido normal, mas que cresce em um local onde não tem aquele tecido TERATOMA: podem desenvolver qualquer tipo de tecido (ecto, endo e meso)
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