Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INFECÇÕES PERINATAIS SÍFILIS 1- QUAL A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE DE SÍFILIS NA GESTAÇÃO? -importância mortalidade neonatal e sequelas para o bebê -crescimento da sífilis, junto com uso de substâncias psicoativas nos últimos anos 2- COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS NA GESTAÇÃO? -Teste não treponêmico (VDRL) usado para diagnóstico na primeira consulta neonatal, no início do terceiro trimestre e na iminência do parto ou quando é aborto -latente recente: até 25% pode ser negativos, aparecendo somente no teste treponêmico -latente tardio: mais comum ser mais baixo -baixo título: 1:8 - se houve história de tto pode considerar como cicatriz sorológica -baixar em 2-3 meses de tto -repetir mensalmente em qualquer pessoa tratada na gestação / maior do que 1:8-falha no tto -Testes rápidos (FTA-abs): treponêmicos -rastreamento -positivo: é sífilis (se tratou tem que ter comprovação) OBS: confirmação em única amostra 3- COMO DEVE SER O TRATAMENTO? -Penicilina G benzatina 7,2M UI latente (indeterminado) - em 3 semanas - 7 dias entre as doses -CONVOCAR O PARCEIRO PARA TTO! OBS: maioria das vezes vai ser tratada como latente indeterminada (tardia) -sífilis primária: cancro - úlcera indolor, única, fundo limpo - Penicilina 2,4M dose única -via de parto: indicação obstétrica-normal, mesmo se estiver tratada, porque a passagem dos treponemas é via placentária, não vai influenciar TOXOPLASMOSE 1- O QUE É A TOXOPLASMOSE? -Infecção causada por protozoário - Toxoplasma gondii / endêmica no BR -contato com as fezes contaminadas dos gatos - oocistos - entra na pele -contaminação de frutas e verduras pelos oocistos e carnes mal cozidas -ingestão do oocisto no solo, carne crua ou mal-cozida e passagem transplacentária -assintomática na mãe e sinais e sintomas inespecíficos, mas pode ter febre, mialgia, linfadenopatia(mais específico, mas não é sempre que aparece) 2-COMO ELA PODE AFETAR O DESENVOLVIMENTO DO FETO? -transmissão transplacentária -aumenta a transmissão com o passar dos três trimestres -quanto mais tardio é menos grave, mais grave no início da gravidez -nascimento: assintomáticos/ manifestações tardias - coroidite até 70% dos infectados 3- COMO É O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO? -sorologia para toxoplasmose (IgM e IgG) -IgM + → pode pedir também IgA para ter a confirmação, se caso de IgG negativo (recente) -soroconversão: infecção recente - IgG após 2 semanas do início da infecção e persistem por tempo indefinido/IgM-surge com 1 semana e desaparece em até 12 semanas -só o IgM pode ser um falso positivo, por isso a AVIDEZ, para dizer se é recente ou não -avidez: antes da 16ª semana de gestação -alta avidez: infecção ocorreu há mais de 12 a 16 semanas -IgG de baixa avidez: nos três meses anteriores OBS: na prática baixa avidez→ tto -gestante imune: pré-natal de rotina -gestante suscetível: orientações e repete bimensalmente até o final da gravidez (na prática geralmente faz no início, meio e final da gestação) -gestante com infecção ativa: espiramicina 3g ou 9 milhões ao dia-1º trimestre da gravidez -nova sorologia com teste diferente do inicial -Sulfadiazina 3g/dia, Pirimetamina 50mg/dia e Ácido folínico 15mg/dia até o final da gestação -hemograma quinzenal para controle da Hb, plaquetas e leucócitos com tto de Toxoplasmose -aminiocentese e PCR no feto para confirmação da contaminação(ou alterações pela USG, mas são mais tardias no aparecimento) ou tratar 4-QUAIS AS RECOMENDAÇÕES PARA AS GESTANTES SUSCEPTÍVEIS? -questão da higiene, cuidado com fezes de gatos, carnes cruas, verduras e frutas... ESTREPTOCOCO DO GRUPO B 1- O QUE É ESTA INFECÇÃO NA GESTAÇÃO? -pode causar parto prematuro, corioamnionite, uretrite OBS: BR em torno de 14% a colonização materna 2-QUAIS OS RISCOS ENVOLVIDOS? -maior causadora de sepse neonatal (colonização do canal vaginal, intestinal) 3- COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? -cultura-swab perianal e no introito vaginal - (2 swabs- um em cada local) (rastreio) entre 35 e 37 semanas (5 semanas para confiabilidade do resultado-vai ter até 40/42 semanas) ou pelos fatores de risco (mas aí trata mais indiscriminadamente) OBS: mesmo pacientes com cesárea agendada precisam fazer o teste para caso aconteça tenha benefício desta profilaxia / cesárea eletiva e não entrou em trabalho de parto não precisa fazer ATB profilaxia OBS: em caso de cesárea com diagnóstico não precisa de tto, caso não tenha rompido a bolsa... -pode ter recorrência, por isso diagnóstico mais perto do parto 4- COMO OCORRE A TRANSMISSÃO PARA O FETO? QUAL A PREVENÇÃO? -sepsemia neonatal precoce, meningite 5- COMO REALIZAR O TRATAMENTO? -ATB intraparto (trabalho de parto e parto): escolha - Penicilina Cristalina 5 milhões UI (IV) e manutenção de 2,5 milhões a cada 4 horas até o parto ou Cefazolina ou Clindamicina ou Vancomicina como alternativas (Ampicilina dá mais resistência, apesar de poder ser usada também) -rotura de membrana >18 horas, febre intraparto(>=38º) e filho anterior infectado pela bactéria, bacteriúria assintomática → profilaxia OBS: cultura positiva em gestação anterior e nesta negativa ou cesárea eletiva - não precisa profilaxia CITOMEGALOVÍRUS 1- COMO ESTA INFECÇÃO SE MANIFESTA? -gestante: assintomática, mas pode ter síndrome tipo mononucleose (febre, leucocitose, calafrios, mialgia…) -viremia pode ser detectada durante 2-3 semanas após a infecção primária -não adianta dosar anticorpos para CMV, porque são cepas diferentes (vírus que sofre mutações) -condição socioeconômica é prevalente nas manifestações - menor mais comum -crianças em creches se expõem mais a reinfecções (<3anos) e pode recontaminar suas mães, através de sua urina e/ou saliva por média de 18 meses -maior risco de infecção primária → infância: perinatal e adolescência:sexual -infecção congênita viral mais comum do mundo 2- COMO DEVE SER O RASTREAMENTO? -não faz rastreamento, porque não tem como assegurar que a gestante estará imune durante a gestação -NÃO RECOMENDADO RASTREIO NO BRASIL POR NÃO TER TRATAMENTO! -diagnóstico de CMV primária: sorologia -teste de avidez pode ser útil para determinar o tempo de aquisição da infecção e risco de transmissão vertical / avidez>65%: ocorreu há mais de 6 meses / >30%: entre 2 a 4 meses -amniocentese após 21 semanas - PRC-CMV (6 semanas para que CMV infecte a placenta e o feto) -marcadores USG e de monitoramento sugestivos de infecção fetal são muitos, como microcefalia, hidropsia fetal... 3- COMO É A INFECÇÃO CONGÊNITA? -principal causa infecciosa de malformação do SNC -RN afetados: assintomáticos no momento do nascimento; RN sintomáticos têm taxa de 30% de mortalidade e dos sobreviventes 65-80% dos sobreviventes morbidade neurológica -surdez neurossensorial na infância: principal causa por CMV-sequela mais comum 4- COMO ORIENTAR A MÃE? -risco de infecção: maior no 3º trimestre -sequelas fetais mais graves: após infecção primária materna durante primeiro trimestre /não tem como prever se o feto terá sequelas -não tem vacina, o que pode causar no bebê... 5- COMO TRATAR? -não tem tto OBS: antivirais não é indicado na mãe, mas pode fazer Ganciclovir EV no bebê (reduz morbimortalidade) HEPATITE B E C 1- COMO PESQUISAR ESTAS DOENÇAS NA GESTAÇÃO? -HEPATITE B: -HBsAg e Anti-HBs -Anti-HBs negativo: vai receber vacina durante a gestação -bebê vai receber ao nascer Imunoglobulina e vacina com RN infectados por mães que tiveram durante a gestação - 12 horas após o nascimento (95% eficácia da prevenção perinatal) -Comprometimento hepático - paciente com HB: iniciar tto, independente da gestação e discutir risco benefício -HEPATITE C: incluiu recentemente, porque não era rotina no pré-natal/transmissão no momento do parto (microtransfusões durante trabalho de parto) -Anti-HCV e (HCV-RNA com intervalo de 3 meses) 2- QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA AVALIAÇÃO? -incidência malformações congênitas - prevenção -fissuras ou sangramento de mamilo evitar amamentação 3- COMO TRATAR A MÃE E O FETO? -HEPATITEB: Tenofovir OBS: em uso de antivirais não recomenda a amamentação, em caso de doença ativa 4- COMO OCORRE E COMO PREVENIR A TRANSMISSÃO VERTICAL? -ciclo oral fecal e sexual H1N1 1- QUAL A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO? -Proteção dos RNs (baixo peso ao nascer, parto prematuro e morte infantil) -Aumento de complicações severas e piorar os resultados gestacionais (morbidade materna grave) - casos graves de síndrome respiratória aguda grave 2- COMO ORIENTAR AS GESTANTES SOBRE A VACINA? -segura a vacinação em qualquer período da gestação 3- COMO ESTA INFECÇÃO PODE AFETAR A GESTANTE E O FETO? -síndrome gripal sem sinais de gravidade → avaliar pcte se fatores de risco → prescrever Oseltamivir e hidratação e limitar exposição de gestante e RN ZIKA E ARBOVIROSES 1- COMO ESTA INFECÇÃO AFETA A GESTAÇÃO? -Ligação ao desenvolvimento de malformação fetal -microcefalia, doença exantemática nos primeiros meses de gravidez 2- QUAL A FORMA DE TRANSMISSÃO PARA MÃE E FETO? -transmissão fetal 3- QUAIS AS REPERCUSSÕES SOBRE A GESTAÇÃO? -graves anomalias do SNC fetal 4- QUAL O TRATAMENTO? -combate ao Aedes aegypti 5- QUAIS AS ORIENTAÇÕES PRÉ GESTACIONAIS? -Primeiro trimestre: maior risco de infecção -uso de preservativos: de fase ativa até 60 dias -Observação da mulher em 60 dias, se acometida - programar a gravidez -Repelentes, roupas mais longas, redes protetoras... 6- COMO FAZER O DIAGNÓSTICO DAS ARBOVIROSES NA GESTAÇÃO? -Síndrome e IgG 7- COMO CONDUZIR O TRATAMENTO? -Sintomáticos VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO: 1- O QUE ESTA INFECÇÃO PODE CAUSAR? - 2- COMO TRATAR E PREVENIR? - VACINAÇÃO: 1- DEFINA COMO DEVE SER O CALENDÁRIO VACINAL EM GESTANTES -hepatite B: 3 doses -0,1 e 6meses -dTpa/dT: 0,2 e 6 meses / se tomou 3 doses só dTpa -última até 20 dias antes do parto -Influenza: qualquer idade gestacional -COVID: todas as idades da gestação / Astrazeneca não há segurança para gestantes OBS: se tomou 1ª dose da Astrazeneca aplica Pfizer
Compartilhar