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Hanseníase: Problema de Saúde Pública

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A hanseníase representa ainda um grave problema de 
saúde pública no Brasil. Além de ser uma doença com 
agravantes inerentes às doenças de origem socioeconômica 
e cultural, é também marcada pela repercussão psicológica 
gerada pelas deformidades e incapacidades físicas 
decorrentes do processo de adoecimento. 
Hanseníase 
 Agente etiológico: Mycobacterium leprae 
 Alta efetividade 
 Baixa patogenicidade 
 Domicílio: principal espaço de transmissão 
 Alto potencial incapacitante 
 Período de incubação: 2 à 7 anos. 
Indicadores para avaliar a qualidade dos serviços de 
Hanseníase 
 Cura: Bom (≥ 90%); 
 Abandono: Bom (< 10%); 
 Avaliação dos contatos: Bom (≥ 90%) 
Definição de caso de hanseníase 
Apresentar uma ou mais das seguintes características: 
 Lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de 
sensibilidade; 
 Acometimento de nervo(s) periférico(s) com 
espessamento associado a alterações sensitivas 
e/ou motoras e/ou autonômicas; 
 Baciloscopia positiva de esfregaço dérmico. 
 É considerado caso novo de hanseníase paciente 
que nunca recebeu qualquer tratamento específico 
para hanseníase. 
 
 
Imunologia da hanseníase 
 
 
Formas clínicas da hanseníase 
 
Classificação Operacional da hanseníase 
 Lesões na pele com alteração da sensibilidade 
 Até 5 lesões = defesa eficaz = Paucibacilar 
(PB) 
 Mais que 5 lesões = defesa ineficaz = 
Multibacilar (MB) 
 Baciloscopia positiva = MB, independentemente do 
número de lesões 
Sinais dermatológicos da hanseníase 
 
Sinais e sintomas neurológicos da hanseníase 
 Dor e espessamento dos nervos periféricos; 
 Alteração de sensibilidade - olhos, mãos, pés; 
 Diminuição ou perda de força muscular - 
pálpebras, MMSS e MMII. 
 Alteração de sensibilidade 
 Diminuição ou perda de força muscular 
 Nervos periféricos atingidos na hanseníase 
Diagnóstico da hanseníase 
 Exame Dermatoneurológico 
 Dermatológico 
 Teste de sensibilidade térmica 
Consulta de enfermagem ao paciente com hanseníase 
 Teste de sensibilidade dolorosa (alfinete) 
 Teste de sensibilidade tátil (algodão, caneta, 
monofilamento) 
 Neurológico 
 Exames complementares: Baciloscopia, Teste 
Mitsuda, 
Consulta de Enfermagem ao paciente com hanseníase: 
Roteiro: 
 Anamnese - obtenção da história clínica e 
epidemiológica; 
 Avaliação dermatológica - identificação de lesões 
de pele com alteração de sensibilidade; 
 Avaliação neurológica - identificação de neurites, 
incapacidades e deformidades; 
 Diagnostico dos estados reacionais; 
 Diagnostico diferencial; 
 Classificação do grau de incapacidade física; 
 Escore OMP. 
Tratamento da Hanseníase 
 
 
PQT – Adulto: 
 Mensal supervisionado: 
 (1º. Dia) 
 Rifampicina 600mg 
 Dapsona 100 mg 
 Clofazimina 300 mg 
 Diário auto administrado: 
 (2º. ao 28º. Dia) 
 Dapsona 100 mg 
 Clofazimina 50 mg 
 PQT – Criança 
 Mensal supervisionado: 
 (1º. Dia) 
 Rifampicina 450mg 
 Dapsona 50 mg 
 Clofazimina 150 mg 
 Diário auto administrado: 
 (2º. ao 28º. Dia) 
 Dapsona 50mg 
 Clofazimina 50 mg (em dias alternados) 
 
Efeitos colaterais das medicações (PQT) 
 Rifampicina: hepatotoxicidade e coloração de 
secreções naturais; 
 Clofazimina: pigmentação da pele e xerodermia; 
 Dapsona: anemia leve, anemia hemolítica, anemia 
e hepatotoxicidade. 
Cuidados que o enfermeiro deve ter durante o tratamento 
da hanseníase 
 A gravidez e o aleitamento não contraindicam o 
tratamento PQT padrão; 
 Para mulheres em idade reprodutiva atentar para 
o fato que a rifampicina pode interagir com os 
anticoncepcionais orais, diminuindo a sua ação; 
 Hanseníase e tuberculose: manter o esquema 
terapêutico para a tuberculose associado dos 
medicamentos específicos da hanseníase; 
 Gestantes no 3º trimestre e puérperas: maior 
atenção, pois as reações hansênicas podem ter sua 
frequência aumentada; 
 Hanseníase e não grávidas: devem receber 
aconselhamento para planejar a gestação após a 
finalização do tratamento. 
 A resistência bacteriana na hanseníase é muito 
rara; 
 Os efeitos colaterais mais graves estão associados 
à dapsona e ocorrem em geral nas seis primeiras 
semanas de tratamento; 
 O agendamento do retorno é a cada 28 dias; 
 O horário da tomada da PQT deve ser orientado 
no período da tarde, duas horas após o almoço. 
Condutas que o enfermeiro deve ter com os comunicantes 
de hanseníase 
 Deve-se avaliar anualmente os contatos familiares 
ou sociais durante cinco anos (vigilância). Após 
este período estão liberados; 
 Contatos familiares recentes ou antigos de 
pacientes PB ou MB devem ser examinados, 
independente do período do convívio; 
 Contatos de hanseníase com menos de um ano de 
idade, já comprovadamente vacinados, não 
necessitam de outra aplicação da dose de BCG. 
 
Vigilância epidemiológica da hanseníase 
 
 Detecção Ativa: vigilância dos contatos (principal 
estratégia) 
 Detecção Passiva: demanda espontânea 
(fragilidade no controle da doença)

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