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Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Fisiologia Fisiologia de Membrana, Nervo e Músculo Potenciais de Membrana POTENCIAIS CAUSADOS PELA CONCENTRAÇÃO DE ÍONS depende de uma membrana permeável seletivamente, é a . (para negativo ou positivo, de acordo com o potencial de difusão). Na figura A, a concentração de potássio é maior na face interna da membrana e, por causa do alto gradiente de concentração (de fora para dentro), existe tendência que um maior número de íons potássio se difundam para fora, através da membrana. Quando o fazem, levam cargas elétricas positivas para o exterior, criando eletropositividade na face externa da membrana (e eletronegatividade na interna). Em cerca de um milissegundo, do potássio, apesar da sua concentração. Na figura B, ocorre o mesmo fenômeno, porém com a alta concentração de íons sódio na face externa. POTENCIAL DE REPOUSO O potencial de repouso das membranas das fibras nervosas mais calibrosas, quando não estão transmitindo sinais nervosos, é de cerca de -90 milivolts. Isto é, o é de cerca de 90 milivolts (lado de fora da fibra). transporte ativo dos íons através da membrana. Produz um , através da membrana nervosa em repouso transporta continuamente íons da célula, e íons da célula. fatores importantes para o estabelecimento do potencial de repouso normal da membrana em -90 milivolts. ❖ Contribuição do potencial de difusão do potássio ❖ Contribuição do potencial de difusão do sódio ❖ Contribuição da bomba de sódio-potássio POTENCIAL DE AÇÃO os sinais nervosos são transmitidos por potenciais de ação, que são rápidas alterações do potencial de membrana que se propagam com grande velocidade por toda a membrana nervosa. é o potencial de repouso, antes do início do potencial de ação. Membrana ‘polarizada’, PM = -90 milivolts. abertura de canais de sódio (levando sódio -íons positivos- para o interior da célula) gera eletropositividade no interior da célula (neutralizando os -90 milivolts). Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Membrana ‘despolarizada’, PM até ~ +35 milivolts. fechamento dos canais de sódio e abertura de canais de potássio e a rápida difusão de íons potássio para o exterior reestabelece o potencial de repouso da membrana. Membrana ‘repolarizada’, PM = -90 milivolts. é o agente necessário para provocar a despolarização e a repolarização da membrana. ❖ quando o potencial de membrana se torna menos negativo que durante o estado de repouso (cerca de -70 a -50 milivolts), ocorre uma alteração conformacional abrupta da comporta de ativação, fazendo com que esse fique totalmente aberto. ❖ A comporta inativada só vai reabrir quando o potencial de membrana retornar (ou se aproximar) do potencial de repouso. tem participação importante por aumentar a rapidez de repolarização da membrana. (comparada ao sódio). ❖ as comportas para o potássio ficam localizadas na extremidade intracelular dos canais e potássio e se abrem quando a parte interna da membrana fica positivamente carregada. ❖ os canais de potássio só se fecham depois de a membrana já estar negativa e em repouso (ao alcançar, novamente, -90 milivolts). ❖ Íons impermeantes com carga negativa (ânions) no interior do axônio causam carga negativa no interior da fibra quando há déficit de cátions. ❖ Existem canais de cálcio regulados pela voltagem e existem mais íons Ca do líquido extracelular do que no intracelular (causa gradiente passivo para o interior). Os canais de Ca também são permeáveis para Na (porém em menor quantidade). São muito mais numerosos no músculo cardíaco e no músculo liso. ❖ Existem dois tipos de canais: rápidos (sódio/potássio) e lentos (cálcio). ciclo vicioso de feedback positivo abre os canais de sódio (pequena abertura dos canais de sódio vai deixando a membrana mais positiva, mas, quanto mais positiva, mais canais se abrem, e assim vai). E o , ou seja, só terá um potencial de ação se ultrapassar esse valor. transmissão do processo de despolarização por fibra nervosa ou muscular é referida como ou . O potencial de ação trafega em todas as direções, até que toda a membrana tenha sido despolarizada. (se não tiver as condições adequadas, não irá haver a propagação do potencial) esse tipo de potencial de ação ocorre nas fibras musculares do coração. O platô é a combinação de vários fatores: abertura dos canais rápidos de sódio e, depois, a abertura simultânea dos canais de potássio (de abertura ‘lenta’) e dos canais lentos de cálcio-sódio. Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Sistema Nervoso Plano Geral SISTEMA NERVOSO É único, em relação à . Ele recebe, a cada minuto (literalmente), milhões de dados de informação provenientes de diferentes órgãos e nervos sensoriais e, então, os integra para determinar as respostas a serem executadas pelo corpo. SISTEMA NERVOSO CENTRAL a unidade funcional básica. O sistema nervoso central contém mais de 100 bilhões de neurônios. Para diferentes tipos de neurônios, podem existir desde algumas poucas centenas até cerca de 200.000 conexões sinápticas diferentes. Porém, o sinal eferente desse mesmo neurônio trafega por axônio único. Característica especial da maioria das sinapses é que o sinal normalmente se propaga apenas na direção anterógrada (do axônio de um neurônio parar os dendritos do neurônio seguinte). Neurônio DIVIDIDO EM TRÊS PARTES PRINCIPAIS normalmente muito ramificado, é o local de recepção de sinais. centro trófico, localização do núcleo, maior atividade metabólica neuronal, maior produção de neurotransmissores. onde se propaga o impulso nervoso/elétrico. células gliais são as que compõem o sistema nervoso e fornecem estrutura, sustentação e nutrição aos neurônios. O AXÔNIO a esfingomielina fabricada por células especializadas chamadas (SNC) ou (SNP), forma a que cobre a extensão axonal do neurônio e funciona como isolante elétrico, aumentando muito a velocidade de condução do potencial de ação. nos modos de Ranvier (espaços sem a bainha de mielina). Logo, o impulso ocorre saltando de nodo a nodo. não apresentam bainha de mielina e, consequentemente, apresentam uma velocidade menor na condução do potencial de ação. período durante o qual o segundo potencial de ação só pode ser produzido com um estímulo muito intenso (no período de repolarização). período durante o qual o segundo potencial de ação não pode ser produzido, mesmo com um estímulo muito intenso. Outros fatores também alteram a velocidade do impulso, como a espessura e o tipo da fibra. SINAPSE sempre um neurônio. pode ser um outro neurônio ou uma célula muscular/glandular. A sinapse que ocorre entre o neurônio e o músculo é uma aproximação entre essas células, de modo que haja um fazendo o pareamento com a célula seguinte, a . um neurônio pode realizar diversas sinapses ao mesmo tempo. Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Neurotransmissores O QUE SÃO? A maioria dos neurônios comunica-se mediante a liberação de ‘mensageiros químicos’, denominados neurotransmissores. maioria, mas não é regra. Temos uma grande quantidade de neurotransmissores, são moléculas químicas de diversas naturezas, mas, grande parte é de natureza proteica (muitos são originados de aminoácidos). Em sua grande maioria, promovem - as respostas são variadas de acordo com o tipo de neurotransmissor. Os neurotransmissores possuem um ciclo de utilização. CICLO DE UTILIZAÇÃO , e em vesículas na célula pré-sináptica. geralmente ocorre no corpo celular, mas também pode ocorrer no axônio (sobretudo num ciclo de reutilização). da célula pré-sináptica e em uma ou mais células pós- sinápticas. para ser liberado,deve ser propagado ao longo do axônio um impulso nervoso. Rápida ou (enzimática). é reaproveitado (parcial ou integralmente). RECEPTORES Os neurotransmissores provocam respostas elétricas pós-sinápticas por se ligarem a membros de um diversificado grupo de proteínas (de membrana), chamadas receptores para neurotransmissores. Os receptores originam sinais elétricos para abrir ou fechar canais iônicos na membrana pós-sináptica. O mesmo neurotransmissor pode ser ou , afetados pelas ligações do transmissor. são chamados de , ou seja, o próprio receptor é um canal. Originam . utilizam denominadas para ativar canais iônicos próximos, assim, exigem diversos passos metabólicos para ocorrer a ativação. Produzem efeitos pós-sinápticos , porém, . A proteína G possui 3 subunidades: alfa, beta e gama. E, quando ativada por um neurotransmissor, promove a ativação de uma proteína efetora (quinase) - geralmente a subunidade alfa que a ativa - e, a partir daí, um segundo mensageiro (ou mensageiro intracelular) ativa ou desativa um canal iônico. o primeiro mensageiro é o neurotransmissor. RESUMO DO FUNCIONAMENTO Liberação do neurotransmissor ligação do receptor abertura ou fechamento dos canais iônicos a mudança na condutância causa um fluxo na corrente alteração do potencial pós sináptico células pós- sinápticas excitadas ou inibidas o somatório determina se um potencial de ação ocorre ou não. Divisões do Sistema Nervoso SUBDIVISÕES Inicialmente, é necessário salientar que se pode dividir o sistema nervoso em dois: o e o . O SNP é subdividido, principalmente, em somático e visceral (mas também temos outros periféricos como o entérico, que está ligado às funções gastrointestinais). SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO é aquele que . Para isso, suas fibras aferentes conduzem aos centros nervosos do sistema nervoso central impulsos e sinais elétricos originados em receptores periféricos, informando a esses centros sobre o que se passa no ambiente. Por outro lado, suas fibras eferentes levam aos músculos esqueléticos o comando dos centros nervosos, o que pode, por exemplo, implicar a contração ou o relaxamento muscular. Nessa divisão se localizam as típicas fibras motoras e sensitivas que tanto se fala durante o estudo do sistema nervoso. é o , e é muito importante para a Nesse caso, o componente aferente conduz impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas específicas do sistema nervoso central. O componente eferente traz impulsos de alguns centros nervosos até as estruturas das vísceras, terminando, pois, em glândulas, músculos lisos Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII ou músculo cardíaco. O componente eferente do sistema nervoso visceral é conhecido como (SNA). (também chamados de sensoriais ou sensitivos) levam a comunicação da periferia ao sistema nervoso central. Logo, são as responsáveis pela condução de informações que ao sistema nervoso central. Os estímulos externos (luz, substâncias químicas) e internos (teor de oxigênio, pressão arterial) se propagam através de feixes de axônios aferentes do sistema nervoso somático e visceral, respectivamente. (também chamados de motores) levam a informação do sistema nervoso central aos órgãos periféricos. Logo, são as responsáveis pela condução de informações que do sistema nervoso central. Atuam reestabelecendo a homeostasia e promovendo a resposta que o organismo dá de acordo com o estímulo recebido. Os impulsos nervosos que seguem pelo sistema nervoso somático eferente terminam, via de regra, em músculos estriados esqueléticos, enquanto os que seguem pelo sistema nervoso autônomo terminam em músculos lisos ou glândulas. Dessa maneira, nota-se que , e . É por meio dessas fibras (aferentes e eferentes) que há a ação (voluntária ou involuntária) propriamente dita do sistema nervoso central no organismo. SNP SOMÁTICO Está diretamente relacionado a nossa , ou seja, com a motricidade (movimentos) corporal. Inerva nossa musculatura esquelética. Controla ativamente nossos movimentos corporais conscientes e voluntários. NEUROTRANSMISSORES Há a liberação de um único neurotransmissor, que é a . No músculo esquelético, inervado pelo neurônio motor somático, a membrana é altamente especializada formando as chamadas “placas motoras” e lá se tem de modo a soltar a acetilcolina em células individuais, possibilitando uma personalização na contração destes músculos. A sinapse entre neurônio motor e músculo esquelético é chamada de sinapse neuromuscular, onde a célula pré-sináptica sempre será um neurônio. ANATOMIA Quanto à anatomia, existe somente um neurônio interligando o SNC ao músculo estriado esquelético no sistema nervoso somático. SNP AUTÔNOMO (VISCERAL EFERENTE) Regula nossa , são funções neurovegetativas, que não controlamos. Movimentos involuntários (como peristaltismo, contração cardíaca, secreção glandular). Inerva nossa musculatura lisa, musculatura cardíaca, glândulas e tecido adiposo. NEUROTRANSMISSORES Há liberação dos neurotransmissores acetilcolina, epinefrina/adrenalina e norepinefrina/noradrenalina. Sendo que a adrenalina atua como neuro-hormônio. o neuro-hormônio é absorvido pelo sistema circulatório e chega ao seu destino sem ser degradado. Já o neurotransmissor atua diretamente nas sinapses. A é liberada em vários pontos. Este neurotransmissor apresenta mais de um receptor, os chamados receptores , que existem dois tipos: os e os . ❖ Nicotínicos: ionotrópicos, canal de Na+, ativados pela nicotina. Presente nas sinapses entre os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares do sistema simpático e parassimpático. Presentes nas junções neuromusculares dos músculos esqueléticos. ❖ Muscarínicos: metabotrópicos, ativados pela muscarina (veneno de cogumelo). Presentes nas células efetoras estimuladas pelos neurônios pós-ganglionares colinérgicos do sistema simpático e parassimpático. A são substâncias que apresentam um grupo de receptores chamados , que possuem vários tipos e subtipos como os e (todos metabotrópicos). A noradrenalina excita principalmente os receptores α e em menor grau os β. Já a adrenalina apresenta mesmo grau de afinidade para ambos. ❖ Alfa: vasoconstricção, dilatação da íris, relaxamento do intestino, contração dos Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII esfíncteres intestinais, contração pilomotora e contração do esfíncter da bexiga. ❖ Beta: vasodilatação (β2), aceleração cardíaca (β1), aumento da força do miocárdio (β1), relaxamento intestinal (β2), relaxamento do útero (β2), relaxamento da parede da bexiga (β2), broncodilatação (β2), glicogenólise e lipólise (β1). Nas junções neuromusculares viscerais, a membrana na musculatura lisa não forma sinapses bem localizadas (como na somática), ou seja, os receptores são liberados no fluido intersticial atingindo os receptores nas membranas das células, e por isso às vezes se tem uma , mas quando um estímulo chega em uma célula ela instiga as outras a fazerem o mesmo estímulo, deste modo não há um grande controle dos movimentos. ANATOMIA Quando falamos de anatomia, o Sistema Nervoso Autônomo é bem diferente do Sistema Nervoso Somático. Existem dois neurônios interligando o SNC aos órgãos efetores do SNA. Isso implica que esses nervos eferentes formem gânglios nervosos (agrupamento de corpos celulares de neurônios no SNP). Ou seja, há uma formando um (que é a sinapse, o encontro entre a fibra pré e pós). O posicionamento desses gânglios e outras diferenças anatômicas são responsáveis pela subdivisão do Sistema Nervoso Autônomo em: forma gânglios paravertebrais e pré-vertebrais, situados, então, longe dos órgãos viscerais. Dessa maneira, o neurônio pré- ganglionar é mais curto. Ademais, sua disposição é crânio-sacral, isto é, suasfibras são emitidas do tronco encefálico e de raízes sacrais. forma gânglios próximos ou dentro das vísceras. Dessa maneira, o neurônio pré-ganglionar é mais longo. Ademais, sua disposição é toracolombar, isto é, suas fibras são emitidas de raízes torácicas e lombares. Tanto a fibra pré-ganglionar do simpático e quanto a do parassimpático liberam acetilcolina. Porém, a fibra pós-ganglionar do parassimpático continua liberando acetilcolina enquanto a do simpático passa a liberar norepinefrina (ou noradrenalina). Em algumas situações, pode liberar adrenalina também. é importante ressaltar que a divisão do SNA transcende (e muito!) os critérios anatômicos. As funções desses dois sistemas são radicalmente diferentes, o que nos permite falar que eles são relativamente antagônicos. De modo geral, o . Entretanto, em alguns casos, como nas glândulas salivares, os dois sistemas aumentam a secreção de saliva (embora a ação parassimpática implica uma produção mais fluida e muito mais abundante). Além do mais, é importante acentuar que os dois sistemas, apesar de, na maioria dos casos, terem ações antagônicas, , adequando o funcionamento de cada órgão às diversas situações a que é submetido o organismo. SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO são . receptores muscarínicos e nicotínicos, capazes de se ligar à acetilcolina e deflagrar um potencial de ação na fibra pós-sináptica. ❖ acetil-CoA + colina acetilcolina (com catalisador colina acetiltransferase) ❖ acetilcolina colina + acetato (com catalisador acetilcolinesterase) A acetilcolina tem efeito localizado com resposta específica. É rapidamente degradada e é reabsorvida pelo terminal axonal. por que a acetilcolina não age como um hormônio também? no sangue existem colinesterases que a degradam. Dessa maneira, não existe uma propagação eficiente da acetilcolina pelo sangue, mesmo que, em alguns casos clínicos, o bloqueio dessas colinesterases possa acarretar uma ativação maciça da atividade colinérgica. sua origem anatômica são os nervos cranianos e medula sacral. ❖ Nervo X - Nervo vago - 75% das fibras parassimpáticas inerva toda região toráxica e abdominal; ❖ Nervo III - Nervo oculomotor - pupila e cristalino ❖ Nervo IX - Nervo glossofaríngeo - Glândula Parótida; ❖ Nervo VII - Glândula nasal, lacrimal, salivares; S2-S3 - Inervam o cólon descendente, reto, bexiga urinária, parte inferior dos ureteres e genitália externa. Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO são . receptores muscarínicos e nicotínicos, capazes de se ligar à acetilcolina e deflagrar um potencial de ação na fibra pós-sináptica. são . receptores específicos da adrenalina e noradrenalina. Em determinadas situações, todo o sistema simpático é ativado, produzindo uma descarga em massa na qual a medula da suprarrenal também é ativada. Essa glândula detém enzimas necessárias para a sua produção. Nesse caso, a adrenalina é liberada no sangue e age como um hormônio, pois tem ação à distância através da circulação sanguínea. Por isso ela é chamada de um neuro-hormônio. ❖ tirosina dopa (hidroxilação) dopamina (descarboxilação). ❖ dopamina noradrenalina (hidroxilação). ❖ dopamina adrenalina (metilação). É removida por recaptação ativa, difusão, degradação enzimática (pela monoaminoxidase e catecol-O- metiltransferase). Há exceções no sistema nervoso simpático nos quais há fibras pós ganglionares também liberam acetilcolina (glândulas sudoríparas, músculos piloeretores, alguns vasos sanguíneos). sua origem anatômica é a Medula Espinhal T1 - L2. Localizados nos dois lados da coluna vertebral. Celíaco e Hipogástrico. Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII Contração Muscular Esquelética Introdução ANATOMIA FISIOLÓGICA Cerca de 40% do corpo são compostos por músculos esqueléticos. Os são compostos por numerosas fibras musculares. Na maioria dos músculos esqueléticos, cada fibra se prolonga por todo o comprimento do músculo. Cada fibra é inervada por apenas . O é a membrana celular delgada que reveste a fibra muscular esquelética. (membrana plasmática dos músculos) Cada fibra muscular contem centenas de milhares de , que, por sua vez, são compostas pelas proteínas (cerca de 3000 filamentos – mais fino) e (em torno de 1500 filamentos – mais grosso). é um segmento das miofibrilas (delimitado entre dois discos Z consecutivos). ❖ Filamentos mais grossos: . ❖ Filamentos mais finos: . ❖ Filamentos parcialmente interdigitados. ❖ isotrópicos à luz polarizada. ❖ anisotrópicos à luz polarizada. ❖ Pontes cruzadas ❖ composto de proteínas filamentosas cruzando transversalmente a miofibrila, e de uma fibrila a outra, conectando-as desta forma por toda a fibra muscular. Filamentos flexíveis de titina mantém o posicionamento lado a lado dos filamentos de actina e miosina. O espaço entre as miofibrilas são preenchidos pelo . (citoplasma dos músculos) é o retículo endoplasmático do músculo esquelético. Responsável pelo . Se a fibra muscular tem contração muito rápida, apresenta um retículo sarcoplasmático muito extenso. Mecanismo da contração muscular MECANISMO GERAL Os potenciais de ação cursam pelo nervo motor até suas terminações nas fibras musculares. Em cada terminação, o nervo secreta pequena quantidade de neurotransmissores acetilcolina. A acetilcolina age em área local da membrana da fibra muscular para abrir múltiplos canais de sódio “regulados pela acetilcolina”. A abertura dos canais permite a difusão de grande quantidade de Na+ para o lado interno da membrana das fibras musculares. Isso causa que, por sua vez, produz a abertura de canais de sódio dependentes de voltagem. O potencial de ação se propagada por toda a membrana da fibra muscular. O potencial de ação despolariza a membrana muscular e grande parte da eletricidade deste PA flui pelo centro da fibra muscular. Assim, ela Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII faz com que o retículo sarcoplasmático libere lá armazenados. Os íons cálcio ativam as forças atrativas entre os filamentos de e , fazendo com que os deslizem ao lado um do outro, que é o . Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático pela bomba de Ca++ da membrana, onde ficam armazenados até que novo potencial de ação neuromuscular se inicie. MECANISMO MOLECULAR A contração muscular ocorre por um . No estado relaxado, as extremidades dos filamentos de actina mal se sobrepõem, enquanto, no estado contraído, esses filamentos são tracionados por entre os filamentos de miosina, de modo que suas extremidades se sobrepõem, umas às outras, em sua extensão máxima. resumidamente, pode-se dizer que esse deslizamento resulta das forças geradas pela interação das pontes cruzadas dos filamentos de actina com os filamentos de miosina. Quando em repouso, essas forças estão inativas. E, quando há um potencial de ação pela fibra muscular, há a liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático, ativando as forças entre os filamentos de actina e miosina, dando início à contração. CARACTERÍSTICAS MOLECULARES DOS FILAMENTOS CONTRÁTEIS os filamentos de miosina são compostos por múltiplas moléculas de miosina. Cada molécula de miosina é composta por (sendo duas pesadas e quatro leves). As cadeias pesadas se espiralam em dupla hélice, formando a cauda ou haste. A extremidade livre dessas cadeias se divide para cada lado, formando ao final (junto às cadeias leves) a . Cada ponte cruzada é flexível em dois lugares (dobradiças). a função de ATPase da cabeça de miosina permite a quebra das moléculas de ATP, assim ela consegue obter a energia necessária para continuar o processo de contração. os filamentosde actina são compostos por , (quando relaxado, está tampando os locais ativos) e . A troponina é um complexo de três subunidades proteicas: troponina I (afinidade com actina), troponina T (atividade com tropomiosina) e troponina C (afinidade com íons cálcio). Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII INTERAÇÃO DE UM FILAMENTO DE MIOSINA COM DOIS FILAMENTOS DE ACTINA E COM ÍONS CÁLCIO PARA CAUSAR A CONTRAÇÃO a tropomiosina, ligada à troponina T, cobre fisicamente os locais ativos do filamento de actina, impedindo a união entre miosina e actina. Logo, antes que a contração possa ocorrer, os efeitos inibidores do complexo troponina-tropomiosina devem ser inibidos. não é conhecido o mecanismo dessa inibição do complexo, mas uma das teorias é que os Ca++ ligam-se às troponinas C, causando uma no complexo de troponina que, de algum modo, traciona a molécula de tropomiosina, deslocando-a e ‘descobrindo’ os locais ativos da actina. Assim, esses sítios ativos atraem as pontes cruzadas das cabeças da miosina, dando continuidade à contração. a (Walk-along) ou da ‘catraca’ da contração. Tão logo os filamentos de actina são ativados pelos íons cálcio, as pontes cruzadas da cabeça de miosina são atraídas pelos locais ativos dos filamentos de actina, o que permite o início da contração. Acredita-se que a contração seja gerada, através da interação entre os sítios ativos da actina e as pontes cruzadas das cabeças de miosina, através do mecanismo chamado ‘ir para adiante’ ou ‘walk-along’. Duas cabeças de miosina se ligam e se desligam dos locais ativos do filamento de actina. Acredita-se que quando a cabeça se liga ao local ativo, essa ligação provoca alterações nas forças intramoleculares entre a cabeça e o braço dessas pontes cruzadas. O novo alinhamento de forças faz com que a cabeça se incline em direção ao braço e leva com ela o filamento de actina. Essa inclinação da cabeça é chamada de ou Então, imediatamente após a inclinação da cabeça, ela instantaneamente se desliga do filamento de actina, retornando para sua posição normal (estendida). Nessa posição, ela se combina novamente com um sítio ativo, situado mais adiante no filamento de actina. Então, após se ligar, a cabeça novamente se inclina para efetuar novo movimento de força, e o filamento de actina se move outro passo. Desse modo, as pontes cruzadas das cabeças se inclinam para frente e para trás, passo a passo, ao longo do filamento de actina, puxando as extremidades livres de dois filamentos sucessivos de actina em direção ao centro do filamento de miosina. eventos químicos na movimentação das cabeças de miosina. Sequência de 6 passos: Antes do início da contração, as pontes cruzadas das cabeças de miosina se ligam ao ATP. A imediatamente clivam (quebram) o ATP, mas deixa o ADP e o íons fosfato resultantes guardados como produtos dessa clivagem. Nessa etapa, a conformação da cabeça é tal que se estende perpendicularmente em direção ao filamento de actina, mas não se liga a ele. Quando o e descobre os sítios ativos da actina, as cabeças de miosina conseguem se ligar a eles; A causa alteração conformacional na cabeça, fazendo com que se incline em direção ao braço da ponte cruzada. Essa alteração é quem gera o para puxar o filamento de actina. A energia que ativa o movimento de força é a energia armazenada, como uma mola "engatilhada", pela alteração conformacional que ocorreu na cabeça quando as moléculas de ATP foram clivadas; Uma vez que a cabeça da ponte cruzada esteja inclinada, isso permite a . No local onde foi liberado o ADP, nova molécula de ATP se liga. A ligação desse novo ATP causa o desligamento da cabeça de miosina do filamento de actina. Após a cabeça ter sido desligada da actina, a nova molécula de ATP é clivada para que seja iniciado um novo ciclo, levando a um . Ou seja, a energia volta a "engatilhar" a cabeça em sua posição Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII perpendicular, pronta para começar o novo ciclo do movimento de força. Quando a cabeça engatilhada (com energia armazenada derivada da clivagem do ATP) se liga ao novo local ativo no filamento de actina, ela descarrega e de novo fornece outro movimento de força. Características da contração do músculo TIPOS DE CONTRAÇÃO não encurta o músculo durante contração. encurta o músculo, mas sua tensão permanece constante por toda a contração. Excitação do músculo esquelético JUNÇÃO NEUROMUSCULAR As fibras musculares esqueléticas são inervadas por que se originam nos grandes nos cornos anteriores da medula espinhal. Cada terminação nervosa faz uma junção, chamada de junção neuromuscular (ou placa motora), com a fibra muscular próxima. Com exceção de cerca de 2% das fibras musculares, existe apenas dessas junções . ANATOMIA FISIOLÓGICA - PLACA MOTORA nervo motor único (motoneurônio), forma um complexo de terminais nervosos ramificados que se invaginam na superfície extracelular da fibra muscular esquelética. É recoberta por uma ou mais células de Schwann que as isolam do líquido circundante. A porção do terminal nervoso que se invagina é chamada , por ficar com o aspecto de uma gota. O espaço entre o terminal e a membrana da fibra é chamado de (ou espaço sináptico). No fundo da goteira encontram-se inúmeras pequenas dobras na membrana muscular, chamadas . para aumentar a superfície de contato para o neurotransmissor acetilcolina, liberado pelos neurônios. No terminal axonal há muitas mitocôndrias que fornecem ATP, a fonte de energia utilizada para a síntese do neurotransmissor excitatório, a . A acetilcolina, por sua vez, . SECREÇÃO DE ACETILCOLINA Barras densas. Canais de cálcio controlados por voltagem. Vesículas de acetilcolina. a passagem de grande número de cargas positivas de sódio gera uma alteração no potencial local do lado interno da fibra muscular A acetilcolina, uma vez liberada no espaço sináptico, continua a ativar os receptores de acetilcolina enquanto persistir no espaço. Então, ela é por dois modos: A maior parte da acetilcolina é degradada pela enzima , presente no tecido conjuntivo que preenche a fenda sináptica. Pequena quantidade de acetilcolina se difunde para fora do espaço sináptico, deixando de estar disponível para atuação na fibra muscular. Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII POTENCIAL DE AÇÃO MUSCULAR Muito semelhante ao potencial de ação das fibras nervosas. Porém, com algumas diferenças, principalmente quantitativas: ❖ Potencial de repouso da membrana: creca de -80 a -90 milivolts. ❖ Duração do potencial de ação: 1 a 5 milissegundos no músculo esquelético (cerca de 5x mais prolongado do que em grandes nervos mielinizados). ❖ Velocidade de condução: 3 a 5 m/s. Os potenciais de ação se propagam para o interior da fibra muscular por meio dos túbulos transversos. ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO os ‘túbulos t’ são muito pequenos e cursam transversalmente às miofibrilas. Começam na membrana celular e penetram por toda a fibra muscular. Eles se abrem para o exterior, no ponto de origem, como uma invaginação da membrana celular e, dessa forma, comunicam-se com o líquido extracelular. Assim, quando um potencial de ação se propaga pela membrana, a alteração do potencial também se propaga ao longo dos túbulos T para o interior da célula muscular. é um ‘depósito de cálcio’. A propagação dos potenciais de ação no túbulo T provoca a liberação de íons cálcio no interior da fibra muscular, causando a contração. a bomba de cálcio remove os íons Ca do líquido miofibrilar depois da contração. ‘RESUMO BEM RESUMIDO ’ Nervo motor + fibra muscular placa motora Potencial de ação do neurônio pré-sináptico secreção de acetilcolinana fenda sináptica receptores colinérgicos nicotínicos na membrana pós-sináptica (músculo) abertura de canais de sódio difusão de sódio para dentro da fibra muscular despolarização local abertura de canais de sódio dependentes de voltagem potencial de ação na membrana pós- sináptica percorre por toda a fibra, pela membrana e dentro dela, pelos túbulos transversos liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático (ativado pela voltagem dentro da célula) Ca++ conecta-se à subunidade C da troponina mudança de posição do complexo troponina-tropomiosina exposição dos sítios ativos da actina que atraem as pontes cruzadas das cabeças da miosina ‘walk-along’ ADP e fosfato liberados da cabeça de miosina movimento de força deslizamento da actina os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático pela bomba de Ca++ da membrana, onde ficam armazenados até que novo potencial de ação neuromuscular se inicie cessa a contração muscular. Contração Muscular Lisa Introdução ASPECTOS GERAIS O músculo liso é composto por fibras bem menores em relação as fibras do músculo estriado esquelético. As mesmas forças de atração entre os filamentos de actina e miosina causam a contração tanto no músculo liso quanto no músculo esquelético; porém, o arranjo físico interno das fibras musculares é bem diferente. Em geral, as fibras lisas . O músculo liso de cada órgão de distingue dos da maioria dos outros órgãos por vários aspectos: ❖ Dimensões físicas são bem menores que as fibras estriadas; ❖ Organização em feixes ou folhetos; ❖ Respostas a diferentes tipos de estímulos; ❖ Características de inervação; ❖ TIPOS DE MÚSCULOS LISOS composto por fibras musculares separadas, Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII . contraem juntas como um todo. Presença de junções comunicantes que induzem rápida comunicação entre as células e possibilitam a . Mecanismo da contração no músculo liso BASE QUÍMICA O músculo liso contém filamentos de actina e miosina com características semelhantes ao musculo estriado esquelético, porém, não possui o complexo de troponina. Ainda assim, o processo contrátil é ativado por íons cálcio e ATP. BASE FÍSICA O músculo liso não tem a disposição estriada alguns ficam ligados à membrana celular, outros estão dispersos no interior da célula, outros na membrana de células adjacentes conectados por pontes de proteínas intercelular. É por essas conexões que a força de contração é transmitida de célula em célula. os corpos densos tem a mesma função que os discos Z no músculo esquelético. REGULAÇÃO PELOS ÍONS CÁLCIO Há, então, a despolarização do sarcolema ativa os canais de Ca++ dependentes de voltagem gera influxo de cálcio (por difusão simples) contração muscular. em vez da troponina, as células contêm outra proteína reguladora, a calmodulina. Tem a função de ativar as pontes cruzadas da miosina. Os Ca++ ligam-se à . O complexo calmodulina-cálcio se une à e (uma enzina fosforilativa). Uma das cadeias leves de cada cabeça da miosina é em resposta a enzima. o cálcio entra na membrana por difusão simples e é bombeado para fora (por transporte ativo). Ambos são lentos. COMPARAÇÃO CONTRAÇÃO ML E ME Enquanto a maior parte da musculatura esquelética contrai e relaxa rapidamente, a maioria dos músculos lisos tem uma contração tônica prolongada, durante até horas ou dias. As principais diferenças entre essas musculaturas são: ❖ Baixa de miosina muito baixa no ML, porém a fração de tempo em que as pontes cruzadas se mantem ligadas é mais aumentada nesse (fator importante na determinação da força de contração) ❖ Baixa para manter a contração no ML resultado do longo ciclo das pontes cruzadas (apenas uma ATP é utilizada para cada ciclo, independente da sua duração). É importante para a economia energética total do corpo, já que diversos órgãos viscerais mantêm, com frequência, uma contração muscular tônica por tempo indefinido. ❖ é cerca de 30x mais Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII prolongado. É causado pela lentidão da conexão e desconexão das pontes cruzadas. Além disso, o início da contração (em reposta ao Ca++) é muito mais lento. ❖ A é maior, geralmente, no ML resulta do período prolongado de conexão das pontes cruzadas de miosina com os filamentos de actina. ❖ O facilita a manutenção prolongada das contrações do ML uma vez que tenha desenvolvido contração completa, a quantidade de excitação continuada pode ser reduzida a bem menos que o nível inicial e, ainda assim, o músculo mantém sua força de contração. Além disso, a energia consumida é minúscula. A importância desse mecanismo é poder . É necessário das fibras nervosas ou fontes hormonais. ❖ . capacidade de retornar quase a sua força de contração original mesmo depois de ter sido alongado ou encurtado. É importante por permitir que o órgão oco mantenha quase a mesma pressão no interior de seu lúmen. a membrana celular do músculo liso apresenta muito mais canais de cálcio controlados por voltagem (porém poucos canais de sódio controlados por voltagem) do que o ME. o ML tem fibras menores que as estriadas, possui menor número de filamentos de actina e miosina, menos consumo energético. A maioria das fibras possuem retículos sarcoplasmáticos pequenos e rudimentares (alguns até quase inexistentes). Não há placas motoras em suas membranas e as miofibrilas não apresentam troponina. Excitação do músculo liso DIFERENTES ESTÍMULOS O músculo liso pode ser estimulado à contração por , como sinais nervosos, estímulos hormonais e estiramento do músculo. Tudo isso é possível pois possui que podem iniciar o processo contrátil, além de outros que inibem a sua contração. JUNÇÕES NEUROMUSCULARES A junção neuromuscular do músculo liso é bem diferente da do músculo esquelético. A estimulação nervosa é feita por fibras pertencentes ao Sistema Nervoso Autônomo, que liberam os mediadores químicos (noradrenalina e/ou acetilcolina) nas proximidades das fibras, provocando a excitação ou inibição. As fibras nervosas não fazem contato direto com a membrana celular, mas formam as junções difusas (que secretam a substância transmissora na matriz que recobre o músculo liso, de onde se difunde para as células). Onde há muitas camadas de células musculares, as fibras nervosas inervam apenas as camadas externas. Nesses casos, a excitação muscular passa por condução do potencial de ação pela massa muscular ou por difusão da substância transmissora. distribuídas ao longo dos eixos das fibras lisas, possuem vesículas similares às encontradas na placa motora do ME, contendo acetilcolina em algumas fibras e norepinefrina em outras (ocasionalmente, outras substâncias também). as mais importantes secretadas pelos nervos autônomos que inervam o músculo liso são a acetilcolina e a norepinefrina, porém, elas nunca são secretadas pela mesma fibra nervosa. Quando a acetilcolina excita uma fibra muscular, a norepinefrina ordinariamente a inibe. Ao contrário, quando a acetilcolina inibe uma fibra, a norepinefrina geralmente a excita. OUTROS ESTÍMULOS , como a ocitocina e angiotensina II. POTENCIAL DE MEMBRANA No estado normal de repouso, o potencial intracelular é cerca de -50 a -60 milivolts, que é cerca de 30 milivolts menos negativo que no músculo esquelético. Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII POTENCIAL DO ML UNITÁRIO Ocorrem do mesmo modo que no músculo esquelético. Pode acontecer de duas formas: ocorrem na maior parte do ML unitário. Podem ser desencadeados de várias formas, como pela estimulação elétrica, pela ação de hormônios, pela ação de substâncias transmissoras ou como resultado da geração espontânea na própria fibra muscular. o início é semelhanteao do potencial em ponta, porém, em vez da rápida repolarização da membrana, a repolarização é retardada por várias centenas (até mil) milissegundos. A importância do platô é que ele pode estar associado à contração prolongada, que ocorre em alguns tipos de músculo liso. ex: ureter e útero em certas condições e certos tipos de músculo liso vascular. POTENCIAL DE ONDA LENTA Alguns músculos lisos são autoexcitatórios, ou seja, os potenciais de ação se originam nas próprias células sem estímulo externo. Essa atividade está frequentemente associada a um básico do potencial de membrana. Como a onda lenta típica em músculo visceral do intestino (figura acima). A onda lenta não é o potencial de ação, não é processo autorregenerativo que se propaga progressivamente. É propriedade local das fibras musculares lisas que compõem a massa muscular. Sua causa é desconhecida. E sua importância é que quando tem amplitude suficiente podem iniciar um potencial de ação. As próprias ondas lentas não causam a contração muscular, porém, quando o pico do potencial de onda negativo (dentro da face interna da membrana celular) aumenta na direção positiva, o potencial de ação se desenvolve e se propaga pela massa muscular e a contração ocorre. EXCITAÇÃO DO ML UNITÁRIO PELO ESTIRAMENTO MUSCULAR Quando o ML Visceral (unitário) é estirado o suficiente, usualmente são gerados . Eles resultam de uma combinação de potenciais de onda lenta normais e da diminuição da negatividade do potencial de membrana (causada pelo próprio estiramento). Essa resposta faz com que a parede muscular estriada se contraia como resposta. DESPOLARIZAÇÃO DO ML MULTIUNITÁRIO SEM POTENCIAIS DE AÇÃO As fibras musculares lisas do músculo Multiunitário (tais coo o músculo da íris ou o músculo piloeretor de cada pelo) se contraem principalmente em resposta aos estímulos nervosos das terminações nervosas que liberam os neurotransmissores (acetilcolina ou epinefrina) para realizar dita contração muscular. Porém, esse potencial de ação .
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