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EVALI DOENÇA RELACIONADA AO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO

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EVALI: DOENÇA RELACIONADA AO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO
A EVALI é uma doença super atual, rara, que tem tendência de aparecer cada vez
mais.
EVALI significa lesão pulmonar causada pelo uso de cigarro eletrônico.
O cigarro eletrônico foi introduzido em 2003 na China e em 2006 chegou nos EUA.
Vaping é processo de inalar um aerossol criado pelo aquecimento de líquido ou cera
contendo várias substâncias, e o dispositivo para gerar aerossol é o E-cigarette.
Existem vários modelos, e o JULL é o modelo mais utilizado, que é o equipamento
da 4° geração de E-cigarette, mas todos os anteriores funcionam basicamente da
mesma maneira.
Modelos de E-cigarette
Sobre a estrutura do E-cigarette
Atomizador: câmara de vaporização com elementos de aquecimento, que são
ativados pela inalação ou botões.
O líquido dentro do cartucho é aquecido, aeroliza e cria o vapor. É um dispositivo
sem combustão, ocorre somente o aquecimento do fluido.
Esse fluido é chamado de e-liquid, esse líquido contém grandes quantidades de
nicotina, propilenoglicol e aromatizantes (existindo mais de 7 mil aromatizantes
disponíveis), e podem conter outras substâncias como tintas, chumbos, níquel,
cromo, magnésio, arsênio, metais, componentes orgânicos voláteis, nitrosaminas,
também pode existir tetrahidrocanabinol TCH (derivados da cannabis) e canabioide
CBD.
JULL 4° geração de E-cigarette
É a versão mais popular, é recarregável, os cartuchos são substituíveis e contém
grandes quantidades de nicotina concentrada. Com esse cigarro, o fumante precisa
de menos aspirações para ter uma quantidade de nicotina maior que em um
cigarro.
No JULL não é utilizado nicotina convencional e sim um sal de nicotina, que não irá
irritar a garganta. Em um cartucho existe a possibilidade de realizar 200 pu�s
(fumada). É um cigarro que pode causar grande dependência de nicotina, isso
porque, possui uma concentração 5% maior que nos cigarros convencionais. Além
disso, possui uma absorção rápida com um pico similar ao cigarro convencional.
Segundo dados da AMB, um pu� de JULL, pode conter a quantidade de nicotina de
20 cigarros convencionais.
Nos EUA, o cigarro eletrônico está se difundindo e teve um aumento significativo.
De vermelho o crescente aumento do uso do E-cigarette
Efeitos adversos
Exposição à nicotina, com menos
aspirações, consegue uma
concentração maior de nicotina, é
bom para a sensação do tabagismo.
Exposição a outros componentes,
como THC, acetato de vitamina E,
propilenoglicol/glicerol,
nitrosaminas, compostos de
carbonila, metais pesados, compostos
orgânicos voláteis e compostos
fenólicos.
Riscos do próprio dispositivo, como
queimaduras, explosões e exposições
ao líquidos.
Causa uma série de indivíduos
dependentes do dispositivo.
As consequências de exposição ao longo
prazo são desconhecidas, mas os efeitos
cardiovasculares, respiratórios e de
câncer devem ser menores que aos
comparados ao cigarro convencional,
uma vez que não há combustão. Mas
vale ressaltar que é uma porta de
entrada para a dependência à nicotina.
Cessação do tabagismo
É um cigarro mais atrativo para a
cessação do tabagismo, existem
poucos dados sobre o E-cigarette,
atualmente é vendido com a ideia de
redução de danos pois supostamente
não causa câncer de pulmão.
No Brasil, é proibida a
comercialização, importação e
propaganda de todos os tipos de
cigarro eletrônico, mas sabemos que
essa regulamentação de fato não
existe.
Sobre a EVALI
O primeiro caso de EVALI foi
identificado em 2019 nos EUA, é um
espectro de doença. No Brasil temos 6
casos notificados, e esses estão
ocorrendo com jovens, asmáticos e
obesos.
Nos EUA, os dados de fevereiro de
2020 identificaram 2.800 casos e 68
mortes. As mortes estavam centradas
em indivíduos do sexo masculino,
com menos de 35 anos, asmáticos e
obesos.
Patogênese
Patogênese é desconhecida, é um
dano alveolar difuso, é como a SARA
(síndrome da angústia respiratória
aguda) , causada por uma lesão no
pulmão. Não tem evidência de doença
infecciosa, tem vários mecanismos de
lesão como: dano alveolar difuso,
pneumonite fibrinosa, pneumonia
organizante, pneumonia eosinofílica,
hemorragia alveolar difusa,
pneumonia lipoídica e doença
intersticial).
Fatores de risco
Primeiramente, para o paciente ter
EVALI é necessário o uso de cigarro
eletrônico, além disso, usar os
aromatizantes com THC, nicotina,
óleo de coco ou limonada. Além disso,
fluidos artesanais, produzidos sem
verificação são perigosos e realizar
dripping/dabbing também é um fator
de risco, ação que consiste em colocar
no e-liquid concentrados de cannabis.
Quadro clínico
O quadro clínico se confunde até
mesmo com COVID, são sintomas
respiratórios agudos, temos em 85%
dos casos dispneia, 85% tosse, 52%
dor torácica, 36% dor pleurítica, 8%
hemoptise, 70% febre e calafrios,
taquicardia e taquipneia, 58%
hipoxemia e insuficiência
respiratória.
Avaliação
Para a avaliação precisa ter uso de
cigarro eletrônico e pneumonia.
É uma lesão de SARA (síndrome da
angústia respiratória aguda),são
sintomas respiratórios agudos.
Os critérios diagnósticos:
Uso de cigarro eletrônico nos últimos
90 dias.
Opacidades pulmonares no Raio-X e
Tomografia.
Exclusão de PCR negativo para
Influenza e COVID, painel respiratório
viral (não são todos os hospitais que
realizam), antígeno urinário para
Legionella e Streptococcus pneumoniae,
hemoculturas, cultura de escarro,
BALT, HIV.
O critério principal é o uso do cigarro
eletrônico.
A notificação é obrigatória à ANVISA e
o questionário SBPT ajuda a fechar o
diagnóstico.
Tratamento
Como é uma doença nova, um
tratamento é desconhecido.
As internações ocorrem nos 95% dos
casos, atentando-se para pneumonia
comunitária.
Corticóides são utilizados quando há
sintomas importantes como hipóxia,
mas sem eficácia comprovoda. O
tratamento utilizado é de uma doença
respiratória, que realiza intubação e
fornece oxigênio. Pode haver alta
hospitalar com 48h após a melhora,
orienta-se cessar o uso de
E-cigarette.
Prognóstico e prevenção
EVALI é uma doença com mortalidade
de 2,5%, sendo que 76% dos
pacientes com EVALI necessitam de
oxigênio.
É necessário evitar qualquer
E-cigarette e não utilizar na cessação
do tabagismo.
Sobre o tabagismo
Em 2011 a FIOCRUZ estimou que o
tabagismo foi responsável por 147.072
óbitos evitáveis (403 mortes por dia).
A idade média de início do consumo
de tabaco é de 15 a 16 anos. E 70% dos
adolescentes que experimentam o
tabaco tornam-se dependentes.

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