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ANATOMIA VETERINÁRIA - ARTICULAÇÕES

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ARTICULAÇÕES 
● ARTICULAÇÃO FIBROSA (SINARTROSE) 
- Nas quais os ossos são unidos por tecidos 
conjuntivos densos, são imóveis muitas das 
articulações fibrosas ocorrem no crânio e são 
denominadas suturas, As suturas 
desempenham um importante papel em 
animais jovens, permitindo o crescimento do 
crânio através da extensão das margens de 
ossos individuais, enquanto a proliferação da 
membrana continua, As suturas são 
gradualmente eliminadas, conforme a 
ossificação se estende pela membrana, após 
a interrupção do seu crescimento. Esse é um 
processo lento e desigual, que não está 
completo mesmo em idosos. Apesar de a 
movimentação entre os ossos do crânio 
adulto não ser necessária ou mesmo 
permitida, as suturas mais largas do crânio 
fetal permitem, em algumas espécies 
(inclusive os primatas), certa deformação 
passiva que facilita o nascimento. 
As demais articulações fibrosas são 
conhecidas como sindesmoses. Nestas, áreas 
de contato de dois ossos são unidas por 
ligamentos de tecido conjuntivo. Em algumas 
sindesmoses, áreas ósseas relativamente 
extensas são unidas por ligamentos curtos 
assim, a movimentação é muito limitada; 
exemplo: articulações as 
 
 
 
 
 
que unem o osso maior aos ossos menores 
do metacarpo de equinos. Em outras, os 
ligamentos são longos e suas inserções mais 
estreitas, tendo maior movimentação; um 
exemplo é a articulação entre as diáfises do 
rádio e da ulna no antebraço de cães. 
A inserção de um dente ao osso que contém 
seu alvéolo pode ser incluída entre as 
articulações fibrosas, sob a denominação 
gonfose. 
 
 
 
 
 
● ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS (SINARTROSE) 
- Nas quais os ossos são unidos por 
cartilagens, rígidas. 
Incluem as articulações entre as epífises e 
diáfises de ossos longos jovens e as 
articulações correspondentes da base do 
crânio. A maioria delas é temporária e 
desaparece após o término do crescimento, 
quando a cartilagem é substituída por osso. 
As poucas sincondroses permanentes são a 
articulação entre o crânio e o aparelho 
hióideo, que permite, em algumas 
espécies,uma movimentação considerável.. 
a cartilagem geralmente recobre os ossos 
com fibrocartilagem ou tecido fibroso no 
meio. Essa categoria inclui as articulações 
ANATOMIA VETERINÁRIA 
 
@karlamaria_
_ 
entre as metades simétricas da mandíbula 
(em espécies como cães, gatos e ruminantes, 
nas quais a fusão não é completa), as do 
cíngulo pélvico e as articulações entre os 
corpos de vértebras sucessivas. Cada uma 
dessas articulações apresenta características 
próprias, às vezes de variação específica. 
 
● ARTICULAÇÕES SINOVIAIS (DIARTROSE) 
- Nas articulações sinoviais, os ossos 
articulados são separados por um espaço 
preenchido por fluido, a cavidade articular. Os 
limites desse espaço são completados por 
uma faixa de tecido conjuntivo delicado, a 
membrana sinovial. É fixada à periferia das 
superfícies articulares, que são recobertas 
por finas camadas de cartilagem. Na maioria 
das articulações sinoviais, porém, a membrana 
sinovial é fortalecida externamente por uma 
cápsula fibrosa, e faixas fibrosas adicionais 
(ligamentos) são estrategicamente colocadas 
de modo a unir os ossos e restringir a 
movimentação às direções e extensões 
necessárias. 
1, cavidade articular; 2, 
membrana sinovial; 3, 
cartilagem articular; 4, 
camada fibrosa da cápsula 
articular; 5, periósteo; 6, 
osso compacto. 
 
● Nas articulações de cães, a espessura da 
cartilagem é de somente 1 mm, mas, em 
articulações maiores de bovinos e equinos, 
essa medida pode chegar a vários milímetros. 
● A cartilagem articular é insensível e 
avascular. A insensibilidade explica por que as 
lesões articulares podem progredir tanto 
antes que o paciente perceba sua existência. 
Seus requerimentos de oxigênio e nutrientes 
são atendidos por difusão a partir de três 
fontes: fluido da cavidade articular, vasos dos 
tecidos da periferia da cartilagem e vasos dos 
espaços medulares subjacentes. A difusão é 
auxiliada pela porosidade da matriz da 
cartilagem, que retém e libera fluido 
conforme a cartilagem é alternadamente 
comprimida e aliviada durante os movimentos 
articulares. 
● Diferentemente das membranas mucosas, 
a membrana sinovial não possui uma 
cobertura celular contínua; as partes mais 
celulares, limitadas a regiões relativamente 
protegidas, são responsáveis pela produção 
do componente lubrificante (aminoglicanas) 
do fluido sinovial. Os demais componentes 
desse fluido são derivados do plasma 
sanguíneo. A membrana é tanto vascularizada 
quanto sensitiva. 
● A sinóvia, o fluido presente no interior da 
cavidade, tem esse nome graças à sua 
semelhança com a clara de ovo. É um fluido 
viscoso e límpido, cuja cor varia de palhaclaro 
a marrom médio. Considera-se que esteja 
presente em quantidades diminutas mas, na 
verdade, é abundante nas grandes 
articulações; às vezes 20-40 mL podem ser 
aspirados das articulações de membros de 
equinos e bovinos. Essa quantidade é maior 
nos animais que se exercitam livremente. 
● A sinóvia possui funções lubrificantes e 
nutritivas. O modo como exerce sua função 
lubrificante ainda é discutido, mas é muito 
eficiente, já que a grande fricção virtualmente 
não desgasta as articulações saudáveis. O 
fluido ajuda a nutrir a cartilagem articular, 
qualquer estrutura intra-articular e, 
possivelmente, a camada superficial da própria 
membrana sinovial. 
● Uma camada fibrosa externa geralmente 
completa a cápsula. Fixa-se ao redor das 
margens das superfícies articulares e 
apresenta espessamentos locais, que são 
denominados individualmente ligamentos 
quando bem desenvolvidos e diferenciados. 
Alguns, dos quais os ligamentos cruzados do 
joelho são exemplos, no interior da cavidade 
articular de um osso a outro. Tais ligamentos 
são, algumas vezes, denominados 
intracapsulares, distinguindo-os da maioria, que 
ocupa posições periféricas e claramente 
extracapsulares; são, porém, na verdade, 
excluídos da cavidade por um revestimento 
de membrana sinovial. A camada fibrosa e os 
ligamentos são supridos por terminações 
nervosas proprioceptivas, que registram a 
posição e a taxa de mudança de posição da 
articulação; outros receptores percebem a 
dor. 
 
 
 
 
Vista cranial da articulação 
do joelho esquerdo de 
cão, ressectada para 
mostrar os ligamentos 
intracapsulares (1, 2) e 
extracapsulares (6, 8). 1, 
ligamento cruzado cranial; 
2, ligamento cruzado 
caudal; 3, menisco medial; 
4, menisco lateral; 5, tendão de origem do 
extensor longo do dedo; 6, ligamento 
colateral lateral; 7, ligamento patelar; 8, 
ligamento colateral medial; 9, côndilo medial, 
parcialmente removido. 
● DISCOS E MENISCOS: Algumas articulações 
possuem discos ou meniscos que são 
verdadeiramente intracapsulares. Um disco, 
como o existente na articulação 
temporomandibular formada entre a 
mandíbula e o crânio, se funde à membrana 
sinovial em sua periferia, dividindo a cavidade 
em compartimentos superior e inferior. 
Meniscos pareados, semilunares, como 
sugerido por seu nome, são encontrados na 
articulação do joelho. 
● São fixos somente ao redor de suas 
margens convexas e, portanto, dividem a 
cavidade de forma incompleta. Ambas as 
estruturas são compostas de cartilagem 
hialina, fibrocartilagem e tecido fibroso em 
proporções que variam conforme a região da 
articulação, a espécie e a idade. 
● Os meniscos e os discos promovem a 
congruência das superfícies articulares 
incompatíveis, os meniscos são a forma de 
decompor movimentos complexos em 
componentes mais simples do que aqueles 
atribuídos aos diferentes níveis articulares. 
Assim, na articulação temporomandibular, o 
movimento de dobradiça envolvido na 
abertura da boca ocorre em um nível mais 
baixo (entre o disco e a mandíbula), enquanto 
os movimentos de translação que protruem,retraem ou deslizam lateralmente a mandíbula 
ocorrem em um nível mais alto (entre o disco 
e o crânio) 
A, Articulação 
sinovial com 
disco articular. 
B, Articulação 
sinovial com 
menisco. 1, 
osso compacto; 2, periósteo; 3, camada 
fibrosa da cápsula articular; 4, membrana 
sinovial; 5, disco articular; 6, menisco; 7, 
cavidade articular. 
● Um lábio articular é um uma margem ou 
lábio fibrocartilaginoso colocado ao redor da 
circunferência de certas superfícies 
articulares côncavas, incluindo o acetábulo (a 
cavidade da articulação do quadril [coxal]). O 
lábio estende e aprofunda a superfície 
articular, aumentando a área capaz de 
suportar cargas e ajudando a distribuir o fluido 
sinovial. Uma vez que o lábio é deformável, 
permite que a superfície se adapte às 
disparidades da curvatura do osso com o qual 
entra em contato. 
● Os coxins sinoviais são formados onde as 
massas de tecido adiposo são inclusas entre 
as camadas sinovial e fibrosa da cápsula 
articular. São, algumas vezes, interpretadas 
como expansões que distribuem a sinóvia 
pela superfície, mas seu principal propósito é 
permitir que a membrana sinovial acomode 
seu formato à parte do osso com a qual está 
temporariamente em contato. 
● movimentos 
 
 
 
 
 
Movimentos dos membros ilustrados por 
fêmures de cão, vista cranial. 1, adução; 2, 
abdução; 3, circundação; 4, rotação 
medial; 5, rotação lateral 
 
Flexão, extensão e hiperextensão 
ilustradas pela parte distal do membro 
torácico do equino. 1, articulação do carpo 
flexionada; 2, articulação do carpo 
estendida; 3, articulação do boleto 
flexionada; 4, articulação do boleto 
estendida; 5, articulação do boleto 
hiperestendida 
● CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os sete tipos de articulações sinoviais, com 
exemplos. 
A, Articulação plana: processos articulares 
das vértebras cervicais de equino. 
B, Articulação em dobradiça: articulação do 
boleto (metacarpofalangiana) de equino. 
C, Articulação em pivô: articulação 
atlantoaxial de bovino (vista cranial). 
D, Articulação condilar: articulação 
femorotibial (joelho) de cão. 
E, Articulação elipsóidea: carpo de cão. 
F, Articulação selar: articulação 
interfalangiana distal de cão. 
G, Articulação esferóidea: articulação do 
quadril (coxal) de cão (vista caudodorsal). 
1, osso sesamoide proximal; 2, processo 
espinhoso do áxis; 3, arco dorsal do atlas; 
4, dente do áxis; 5, arco ventral do atlas; 
6, rádio; 7, ulna; 8, fileira proximal de ossos 
do carpo. 
● A articulação em dobradiça (gínglimo) 
possui uma superfície articular em formato 
de segmento cilíndrico e a outra é 
escavada, de forma a receber a primeira. 
O movimento pendular é possível em 
apenas um plano; a proibição de outros 
movimentos é reforçada por ligamentos 
colaterais (um de cada lado) robustos e 
provavelmente pelo desenvolvimento de 
cristas e sulcos correspondentes nas 
superfícies articulares. A articulação do 
cotovelo, entre o úmero e os ossos do 
antebraço, é um exemplo. 
● A articulação em pivô (articulação 
trocóidea) é composta de um segmento 
em forma de pino encaixado em um anel. 
O movimento ocorre ao longo do eixo 
maior do pino. Em algumas articulações (p. 
ex., a articulação radioulnar proximal), o 
pino se movimenta em rotação no interior 
do anel fixo, enquanto em outras (p. ex., a 
articulação atlantoaxial entre as duas 
primeiras vértebras), o anel é rotacionado 
ao redor do pivô fixo. 
● A articulação condilar é formada por dois 
côndilos em forma de dobradiça que se 
encaixam em superfícies côncavas 
correspondentes. Os dois complexos 
podem ser próximos, como na articulação 
femorotibial, ou bastante separados e 
providos de cápsulas articulares independe 
● A articulação condilar é formada por dois 
côndilos em forma de dobradiça que se 
encaixam em superfícies côncavas 
correspondentes. Os dois complexos 
podem ser próximos, como na articulação 
femorotibial, ou bastante separados e 
providos de cápsulas articulares 
independentes, como as articulações 
gêmeas da mandíbula. Em cada caso, o 
conjunto completo é considerado como 
uma única articulação condilar. O 
movimento é, primariamente, uniaxial, por 
um eixo transversal comum aos dois 
côndilos; certo grau de rotação e 
deslizamento é também permitido. 
● A articulação elipsóidea apresenta uma 
superfície ovoide convexa que se encaixa 
em uma concavidade correspondente. Os 
movimentos são, principalmente, em dois 
planos, em ângulos retos um em relação 
ao outro (flexão-extensão; 
aduçãoabdução), mas um pequeno grau 
de rotação pode ser possível. A articulação 
radiocárpica de cães é desse tipo. 
 
 
 
 
 
 
● A articulação selar combina duas 
superfícies, cada uma maximamente 
convexa em uma direção e maximamente 
côncava em uma segunda direção, em 
ângulo reto relativamente à primeira. São 
também biaxiais, permitindo a flexão-
extensão e a adução-abdução, mas com 
certo grau de rotação permitido ou 
imposto pela geometria das superfícies. 
Um exemplo é a articulação interfalangiana 
distal de cães. 
● A articulação esferóidea consiste em 
parte de uma esfera contida em uma 
cúpula correspondente. Essa articulação 
multiaxial tem grande versatilidade de 
movimentos. A articulação do quadril é o 
melhor exemplo; o ombro humano 
também segue aproximadamente esse 
padrão, mas o ombro nas espécies 
domésticas tem sua movimentação 
restrita à flexão e extensão.

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