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DIREITO TRIBUTARIO QUESTIONÁRIO UNIDADE I Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos A finalidade e razão de ser da existência dos tributos são: Resposta Selecionada: d. Obter recursos para o Estado desempenhar as atividades financeiras. Respostas: a. Penalizar o trabalhador assalariado. b. Promover a eficiência dos serviços públicos. c. Estimular as pessoas a adquirirem bens de consumo. d. Obter recursos para o Estado desempenhar as atividades financeiras. e. Promover a separação dos poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Feedback da resposta: Resposta: d Explicação: o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) precisa de recursos para desempenhar suas atividades essenciais e promover o bem comum previstos no art. 3º da Constituição. Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos A norma constitucional que veda aos entes federativos a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto representa: Resposta Selecionada: b. Imunidade tributária. Respostas: a. Remissão tributária. b. Imunidade tributária. c. Anistia tributária. d. Isenção tributária. e. Incidência tributária. Feedback da resposta: Resposta: b Explicação: a imunidade tributária trata da absoluta incompetência para atingir determinados fatos e situações previstas na Constituição, pelo poder de tributar do Estado. No caso, a proposta à imunidade dos tempos de qualquer culto está prevista no art. 150 - VI, letra b da Constituição. Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos A respeito do Sistema Tributário Nacional pode-se dizer que: Resposta Selecionada: c. Um papel fundamental das normas gerais em matéria tributária é disciplinar o alcance da incidência tributária, inclusive delimitando conflitos de competência e dispor sobre institutos jurídicos tributários comuns às diversas pessoas políticas dotadas de competência tributária. Respostas: a. As espécies tributárias se dividem em vinculadas e não vinculadas, sendo que as não vinculadas podem ser criadas por decreto. b. Aos Municípios compete instituir empréstimos compulsórios no caso de guerra externa ou sua iminência. c. Um papel fundamental das normas gerais em matéria tributária é disciplinar o alcance da incidência tributária, inclusive delimitando conflitos de competência e dispor sobre institutos jurídicos tributários comuns às diversas pessoas políticas dotadas de competência tributária. d. O princípio constitucional da igualdade em matéria tributária pressupõe que os contribuintes serão igualmente tratados pela lei, sem discriminação de raça, sexo, ocupação profissional e valor dos rendimentos e do patrimônio. e. As alíquotas de todo e qualquer tributo devem ser idênticas diante da utilidade e função social tributária como desdobramento do princípio da igualdade e da irretroatividade. Feedback da resposta: Resposta: c Explicação: Em matéria tributária essa função de norma geral tributária é exercida pelo Código Tributário Nacional – CTN, conforme o comando do art. 146 – III da Constituição. Vale notar que o CTN foi criado antes da Constituição de 1988 por uma lei ordinária, mas foi recebido como se fosse lei complementar, de tal forma que hoje, para alterar o CTN, é preciso usar lei complementar. Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos A respeito dos Empréstimos Compulsórios, é correto dizer: Resposta Selecionada: e. Exige lei complementar para sua instituição. Respostas: a. São da competência dos municípios. b. Podem ser instituídos por lei ordinária. c. Não precisam ser restituídos aos contribuintes. d. Exige prévia aprovação dos prefeitos e governadores. e. Exige lei complementar para sua instituição. Feedback da resposta: Resposta: e Explicação: compete exclusivamente à União criar, mediante lei complementar, empréstimos compulsórios, nos termos do art. 148 da Constituição. Note que a lei complementar exige quórum de maioria absoluta para ser aprovado (conforme art. 69 da constituição) o que exige grande consenso político para isso. Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos Assinale a alternativa errada: Resposta Selecionada: c. As contribuições sociais para custeio da seguridade social estão sujeitas à anterioridade geral do art. 150, III-b, da CR. Respostas: a. A capacidade econômica do contribuinte é relevante para efeito de gradação da carga tributária que o afetará. b. O princípio da legalidade exige que todos os critérios da obrigação tributária estejam previstos em lei. c. As contribuições sociais para custeio da seguridade social estão sujeitas à anterioridade geral do art. 150, III-b, da CR. d. A lei tributária que aumente as alíquotas do Imposto sobre a Renda está sujeita ao princípio da anterioridade geral do art. 150, III – b da CF. e. Uma alíquota de IPTU de 25% sobre o valor do imóvel é confiscatória, mas a alíquota de 25% do ICMS sobre o tabaco não é confiscatória. Feedback da resposta: Resposta: c Explicação: Essas contribuições estão sujeitas ao princípio da noventena, previsto no art. 195, § 6º da Constituição, o que implica no intervalo de tempo de 90 dias entre a publicação da lei da União que crie essa contribuição e a sua incidência. Por exemplo, a lei em questão é publicada no dia 01.11.2015, mas a incidência se dará sobre os fatos que ocorrerem a partir de 01.02.2016. Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos Dentre os impostos indicados, assinale a alternativa que contemple o de competência da União: Resposta Selecionada: a. Imposto Sobre Operações de Crédito. Respostas: a. Imposto Sobre Operações de Crédito. b. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias. c. Imposto Sobre a Propriedade de Veículos. d. Imposto Sobre a Propriedade de Imóveis Urbanos. e. Imposto Sobre Serviços. Feedback da resposta: Resposta: a Explicação: dentre os impostos de competência da União está o IOF – imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro conforme fundamento do art. 153 – V da Constituição. Trata-se de um imposto com características extrafiscais, ou seja, com efeito regulatório, e cujas alíquotas podem ser alteradas por ato do poder executivo federal. Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos Dentre os tributos indicados, assinale a alternativa que contemple o de competência do Distrito Federal: Resposta Selecionada: b. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias. Respostas: a. Imposto Sobre a Renda e Proventos. b. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias. c. Imposto Sobre a Propriedade de Imóveis Rurais. d. Imposto Sobre Produtos Industrializados. e. Contribuição de Interesse de Categorias Profissionais. Feedback da resposta: Resposta: b Explicação: tanto os Estados como o Distrito Federal possuem a mesma competência para criar, mediante lei, impostos. Assim, está previsto conforme fundamento do art. 155 da Constituição, que prevê o ICMS como de competência comum aos Estados e Distrito Federal. Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos Dentre os tributos indicados, assinale a alternativa que contemple os de competência dos Municípios: Resposta Selecionada: c. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza e Imposto sobre a Transmissão onerosa de Imóveis. Respostas: a. Imposto Sobre a Renda e Proventos e Imposto Sobre a Propriedade de Imóveis Urbanos. b. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Contribuição de Interesse de Categorias Profissionais. c. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza e Imposto sobre a Transmissão onerosa de Imóveis. d. Imposto Sobre Produtos Industrializados e Contribuição Previdenciária. e. Contribuição de Interesse de Categorias Profissionais e Contribuição de Melhoria. Feedback da resposta: Resposta:c Explicação: O poder de criar tributos pelos municípios, sempre mediante lei municipal, abrange três impostos, que são o IPTU, o ISSQN e o ITBI. No caso, a resposta correta assinala o ISSQN e o imposto de transmissão onerosa de imóveis. O fundamento está no do art. 156, incisos II e III da Constituição. Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos Todas as alternativas abaixo estão incorretas à exceção de uma. Identifique-a: Resposta Selecionada: b. O não exercício da competência tributária não a defere a outrem que, nos termos da Constituição, também possa instituir tributos. Respostas: a. A atribuição constitucional de competência tributária compreende a possibilidade de edição de regras (leis e decretos) pelas pessoas jurídicas de Direito Público interno, inclusive as suas autarquias que podem editar leis para instituição de taxas em razão do exercício regular do poder de polícia, como é o caso da CVM e da Anatel. b. O não exercício da competência tributária não a defere a outrem que, nos termos da Constituição, também possa instituir tributos. c. A obrigação tributária prevista no art. 3º do CTN é uma típica obrigação de fazer e não fazer. d. Os impostos são também conhecidos como tributos vinculados a uma atividade estatal. e. A atualização monetária da base de cálculo do tributo é considerada uma forma de majoração do tributo e somente pode ser exigida se estiver prevista em lei. Feedback da resposta: Resposta: b Explicação: A forma como está prevista a competência tributária na Constituição segue uma coerência política institucional de atribuir a cada ente da federação sua competência para agir como os recursos derivados (os tributos) que irão servir de fonte de receita. Mas, se algum ente federativo deixar de criar um tributo, pois não conseguiu consenso político para aprovar a lei, não pode outro ente da federação fazê-lo. Se a União não criar por lei complementar o imposto sobre grandes fortunas, não poderá o Estado criar esse tributo. Essa situação é disciplinada no art.8 do CTN. Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos Uma das possíveis bases de cálculo para cobrança das contribuições sociais para custeio da seguridade social é: Resposta Selecionada: d. A receita de concursos de prognóstico. Respostas: a. O valor das operações de crédito, câmbio e seguro. b. O valor venal do imóvel predial e territorial urbano. c. A receita dos serviços de comunicação e transporte. d. A receita de concursos de prognóstico. e. O valor das aplicações financeiras em bolsa de valores – renda variável. Feedback da resposta: Resposta: d Explicação: A seguridade social abrange a atuação estatal na área da saúde, previdência e assistência social e as contribuições a ela destinadas estão todas previstas no art. 195 – III da Constituição, e no inciso III prevê que o concurso de prognóstico (que são as loterias) são base de cálculo desse tributo. Observe que a exploração do jogo no Brasil é monopólio da União via Caixa Econômica Federal. QUESTIONÁRIO UNIDADE II Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos É possível realizar o pagamento do tributo com: Resposta Selecionada: a. dinheiro, cheque, papel selado ou estampilha. Respostas: a. dinheiro, cheque, papel selado ou estampilha. b. apenas com moeda corrente nacional em espécie. c. títulos da dívida pública. d. precatórios. e. apenas mediante Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Ordem de Crédito (DOC). Feedback da resposta: Resposta: A. Comentário: a forma de satisfação da obrigação tributária está prevista no art. 162 do CTN, que detalha a maneira como será possível honrar a obrigação, incluindo o cheque (desde que resgatado pelo sacado – ver § 2º do CTN) e também a estampilha, que é muito comum nos maços de cigarro e nas bebidas alcoólicas para efeito de demonstração do pagamento do IPI, pois nesses casos os fabricantes de cigarro e bebida compram as estampilhas na Receita Federal e aplicam nos produtos como uma demonstração de pagamento do valor do tributo devido. Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos A respeito da isenção e da anistia, é correto dizer que: Resposta Selecionada: c. a anistia implica a extinção da multa decorrente de infração tributária e a isenção implica a supressão do poder de tributar pela pessoa política competente, que, podendo exigir o tributo, opta por não fazê-lo, como nos casos de incentivos fiscais. Respostas: a. ambas decorrem de lei e implicam a extinção do crédito tributário. b. ambas decorrem de decreto e implicam a prorrogação no tempo do tributo devido. c. a anistia implica a extinção da multa decorrente de infração tributária e a isenção implica a supressão do poder de tributar pela pessoa política competente, que, podendo exigir o tributo, opta por não fazê-lo, como nos casos de incentivos fiscais. d. a anistia envolve apenas os incentivos fiscais e a isenção afeta os juros dos tributos devidos. e. a anistia envolve correção monetária e a isenção apenas afeta a multa dos tributos devidos. Feedback da resposta: Resposta: C. Comentário: tanto a isenção como a anistia são tratados no CTN como exclusão do crédito tributário, o que implica não a extinção, mas um tratamento especial e diferente, sendo a isenção o não exercício do poder de tributar para que determinadas situações escolhidas pelo legislador não sejam atingidas pela exigência de tributo, o que é tratado nos arts. 176 a 179 do CTN e muito utilizado com efeito de benefício fiscal para estimular, por exemplo, um determinado setor ou segmento da atividade econômica. Já quanto à anistia, igualmente prevista em lei, decorre do perdão da multa tributária (não dos juros ou da correção monetária) e está prevista nos arts. 180 a 182 do CTN, além de ser muito utilizada como uma técnica de arrecadação, que mediante a lei concede a anistia, por exemplo, do ISS sobre o valor da construção dos imóveis para que os contribuintes regularizem as construções que fizeram nos seus imóveis em que não recolheram a seu tempo o ISS da obra, mas que, ao fazerem essa regularização (menos onerosa) acabam por atualizar a planta de imóveis do Município, e isso se reflete na maior arrecadação do IPTU, que incide sobre o valor de imóveis (terreno) e da construção (prédios). A anistia implica o incentivo para a regularização de débitos tributários. Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos A respeito da vigência da legislação tributária, é correto dizer: Resposta Selecionada: c. é preciso distinguir atos normativos das autoridades fiscais e decisões administrativas de órgãos colegiados com eficácia normativa, sendo as primeiras vigentes na data de sua publicação e as segundas, 30 dias após a sua publicação. Respostas: a. toda e qualquer regra de natureza tributária será vigente na data de sua publicação no Diário Oficial. b. é preciso distinguir lei e legislação tributária para efeito de incidência, sendo que as leis tributárias sempre serão vigentes na data de sua publicação no Diário Oficial. c. é preciso distinguir atos normativos das autoridades fiscais e decisões administrativas de órgãos colegiados com eficácia normativa, sendo as primeiras vigentes na data de sua publicação e as segundas, 30 dias após a sua publicação. d. os decretos que se prestam à fiel execução da lei serão vigentes no primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao da sua publicação. e. os convênios em matéria de fiscalização tributária celebrados, por exemplo, entre os Estados, serão vigentes no primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao da sua publicação. Feedback da resposta: Resposta correta: C. Comentário: o CTN é detalhista no momento de estabelecer a vigência de regras tributárias, e estabeleceucom muita precisão que atos administrativos serão vigentes (ou seja, passarão a produzir efeitos para obrigar contribuintes) no momento da sua publicação no Diário Oficial (veja o art. 100 – I e o art. 103 – I do CTN), pois é no momento dessa publicação que o ato administrativo ganha a necessária publicidade. Mas em relação às decisões administrativas com eficácia normativa (por exemplo, as súmulas de julgamento de tribunais administrativos), esse momento em que passam a produzir efeitos será de 30 dias após a data de publicação, conforme art. 100 – II do CTN. Cumpre esclarecer, por oportuno, que as regras de vigência dos tributos estão também previstas na Constituição da República, como os princípios da anterioridade geral (art. 150 – III – b), da anterioridade mitigada (art. 150 – III – c) e da noventena (art. 195 § 6º), e nessa matéria é sempre preciso primeiramente verificar o que dispõe a Constituição e depois o que prevê o CTN, em razão da hierarquia das normas dentro do Sistema Tributário Nacional. Note que a vigência das instruções e das decisões administrativas com eficácia normativa não é tratada na Constituição, mas no CTN, fonte, portanto, da normatividade sobre a questão ora apresentada. Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos Determinado contribuinte em débito com a fazenda pública precisa obter certidão para participar de licitação. Porém, diante da existência de um débito seu, não quitado, que prova ele precisa fazer perante essa repartição para obter a certidão que atenda a seus interesses? Resposta Selecionada: d. Concessão de tutela antecipada. Respostas: a. Inscrição na dívida ativa. b. Autuação fiscal. c. Lançamento por homologação. d. Concessão de tutela antecipada. e. Privilégio do crédito tributário. Feedback da resposta: Resposta: D. Comentário: no caso apresentado, o contribuinte precisa de uma certidão positiva com efeito de negativa, conforme previsto no art. 206 do CTN. Para fazer isso é necessário demonstrar que o tributo apontado como “devido” ou “não pago” está com sua exigibilidade suspensa, ou seja, ocorreu alguma situação prevista no art. 151 do CTN em que, para o caso concreto, não pode haver o ajuizamento de ação de execução fiscal. Dentro das alternativas apresentadas na questão, a que faz por suspender a exigibilidade do tributo é a concessão de tutela antecipada (art. 151 – V). Se for feita essa prova, será emitida a certidão para que o contribuinte possa participar de licitação (art. 193 do CTN). Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos Em se tratando de sujeito passivo da obrigação tributária, o responsável tributário é aquele que: Resposta Selecionada: a. não tem relação pessoal e direta com o fato gerador, mas tem sua obrigação expressamente prevista em lei. Respostas: a. não tem relação pessoal e direta com o fato gerador, mas tem sua obrigação expressamente prevista em lei. b. é obrigado a exibir os livros fiscais em caso de fiscalização. c. tenha sido indicado por ato administrativo da autoridade fiscal. d. tenha seu nome constante do contrato celebrado entre os particulares. e. decorre de uma previsão de competência constitucional tributária. Feedback da resposta: Resposta : A. Comentário: a responsabilidade tributária diz respeito ao sujeito passivo da obrigação, ou seja, aquele obrigado a pagar o tributo, e pode ser tanto o contribuinte como o responsável, na forma prevista no art. 121 do CTN. Assim, a lei tributária irá prever que, em algumas situações, não se exigirá o valor do tributo daquele que realizou diretamente o fato gerador (o contribuinte), mas se exigirá o valor de outra pessoa (que é expressamente designada pela lei), por exemplo, no caso dos sucessores que adquiriram um novo negócio (art. 128 e 133 do CTN), respondem os adquirentes pelos tributos que eventualmente não foram pagos por quem vendeu o negócio a eles. Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos Não são consideradas normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais e dos decretos: Resposta Selecionada: b. a Constituição da República Federativa do Brasil. Respostas: a. os atos normativos expedidos pela autoridade administrativa. b. a Constituição da República Federativa do Brasil. c. as decisões administrativas de órgãos singulares com força normativa. d. as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. e. os convênios celebrados entre Estados e Municípios. Feedback da resposta: Resposta: B. Comentário: o CTN dispõe no seu art. 100 sobre quais são as normas complementares, e a Constituição da República, além de não estar ali arrolada, jamais poderia ser considerada como regra complementar, pois é o texto fundador do sistema jurídico, ou seja, é o texto principal, de maior hierarquia no sistema jurídico, que faz por criar o sistema e, dessa forma, é a regra mais importante do sistema, pois além de fixar como será a estrutura e a organização da República Federativa do Brasil, estabelece o poder de tributar (regras de competência) e os princípios e garantias fundamentais (que se prestam a limitar o poder estatal em face da sociedade e de seus cidadãos). Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos O contrato celebrado entre particulares não pode alterar a previsão legal de quem é sujeito passivo da obrigação tributária, pois assim está previsto no art. 123 do CTN, e a explicação mais adequada para essa previsão é: Resposta Selecionada: e. acertada, pois a previsão da lei sobre quem será o sujeito passivo da obrigação tributária não pode ser alterada por contrato, diante da natureza de direito público da obrigação tributária. Respostas: a. equivocada, pois o CTN não pode interferir nas relações entre os particulares, que possuem o livre poder de celebrar contratos em razão da liberdade de iniciativa. b. acertada, pois quem estabelece o sujeito passivo é o contrato celebrado entre os particulares para dispor como serão satisfeitas as obrigações tributárias entre o particular e o Estado. c. acertada, pois quem disciplina o sujeito passivo é o decreto editado para a fiel execução da lei. d. equivocada, pois o Brasil adota o sistema capitalista e o direito de propriedade, cabendo às partes do contrato disciplinar como serão satisfeitas as obrigações tributárias. e. acertada, pois a previsão da lei sobre quem será o sujeito passivo da obrigação tributária não pode ser alterada por contrato, diante da natureza de direito público da obrigação tributária. Feedback da resposta: Resposta: E. Comentário: o contrato, ou a convenção entre as partes, não pode alterar o que prevê a lei em matéria tributária sobre o sujeito passivo. Por exemplo, num contrato de locação de imóvel é comum haver uma cláusula prevendo que o locatário irá pagar, além do aluguel, o valor do IPTU. Mas nos termos da lei quem é obrigado a pagar o IPTU é o proprietário do imóvel, e se o locatário não pagar o IPTU o município competente irá exigir o valor do proprietário do imóvel (o locador), que não poderá utilizar o contrato de locação para mostrar para a prefeitura que o IPTU deve ser pago pelo locatário. Nessa situação hipotética, se o locatário não pagar o IPTU, o proprietário do imóvel deverá fazê-lo, e depois disso terá motivo para pleitear a exigência do valor em face do inquilino, mas isso em razão do descumprimento de uma cláusula do contrato de locação, e não com base no descumprimento de uma obrigação tributária, pois, pela lei, quem é obrigado a pagar o IPTU é o proprietário do imóvel. Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos Observe as seguintes afirmações: I. O que se entende por “legislação tributária” é um conceito muito amplo de “lei tributária”, pois a legislação tributária abrange lei, tratados, decretos e instruções que digamrespeito a relações jurídicas tributárias. II. Os decretos em matéria tributária se prestam à fiel execução das leis tributárias, e não podem os decretos criar obrigações tributárias que não estejam previstas em lei. III. Um exemplo de norma complementar em matéria tributária são as instruções, orientações e pareceres normativos expedidos pelas autoridades administrativas da área tributária. Atribua a cada uma dessas afirmativas V de verdadeiro e F de falso e assinale a alternativa correta: Resposta Selecionada: a. Todas são V. Respostas: a. Todas são V. b. Apenas I é V. c. Apenas II é V. d. Todas são F. e. Apenas I é F. Feedback da resposta: Resposta: A. Comentário: a expressão “legislação tributária” tem o conceito abrangente, pois está a contemplar todo tipo de regra que cuida da instituição, arrecadação e fiscalização de tributos (vide art. 96 do Código Tributário Nacional – CTN), ao passo que a “lei tributária” tem um conceito mais restrito (art. 97 do CTN) e se presta, dentro do princípio da legalidade, a estabelecer todos os elementos da relação jurídica tributária. Lei tributária é aquela editada pela pessoa política (União, Estados, DF e Municípios) no exercício da competência constitucional, e somente a lei (não a legislação) é que pode criar a obrigação de pagar tributo. Note que não é a Constituição da República (estabelece competência e princípios) ou o Código Tributário Nacional (estabelece normas gerais tributárias) que criam a obrigação tributária, mas somente a lei tributária. Os decretos são editados com base na lei para a fiel execução da lei. Assim, o decreto irá dispor, por exemplo, sobre os códigos de recolhimentos de tributos ou o formato da guia de recolhimento, mas não cria obrigação tributária (vide art. 99 do CTN), e as instruções normativas, os atos declaratórios e pareceres normativos são considerados como normas complementares nos termos do art. 100 do CTN. Todas as afirmativas são, portanto, verdadeiras. Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos Qual é a melhor explicação para a seguinte expressão utilizada pelo CTN no seu art. 113: “a obrigação tributária é principal ou acessória”? Resposta Selecionada: c. A obrigação principal é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo) e a obrigação acessória é de natureza instrumental (de fazer, de emitir nota fiscal). Respostas: a. Se não houver a principal, jamais haverá a acessória. b. A acessória segue a principal. Assim, se houver a principal, sempre haverá a acessória. c. A obrigação principal é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo) e a obrigação acessória é de natureza instrumental (de fazer, de emitir nota fiscal). d. A obrigação principal é de natureza instrumental (de fazer, de apresentar declaração de imposto de renda no prazo) e a obrigação acessória é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo devido). e. A obrigação principal de natureza instrumental é de “não fazer” (por exemplo, de não pagar o tributo devido antes do prazo previsto em lei). Feedback da resposta: Resposta: C. Comentário: o CTN, que foi editado em 1966, sofreu influência do Código Civil então vigente para fazer uma distinção entre obrigações (principal e acessória), mas que não se sustenta após longos anos de estudo e debate sobre o tema. As obrigações, pela teoria geral das obrigações, são divididas em “dar”, “fazer” e “não fazer”, mas o legislador do CTN nominou de principal a obrigação que envolve o pagamento de tributo, ou seja, quando o sujeito passivo desembolsa a favor do Estado uma quantia em dinheiro (o “dar” é a entrega do valor), ao passo que o “fazer” são as chamadas prestações positivas ou negativas (vide texto do § 2º do art. 113 do CTN) e, portanto, são o “fazer” e o “não fazer”. O exemplo é fácil de entender. Apresentar no prazo a declaração de Imposto de Renda da PF é um “fazer”, uma obrigação tributária, mesmo que o sujeito passivo não tenha valor de IR a pagar. Mas se deixar de apresentar no prazo, sofrerá o contribuinte uma sanção (multa por não apresentar a declaração no prazo), e essa multa é devida mesmo que não haja valor de imposto a pagar (por exemplo, existe um valor de IR a restituir em razão da apresentação da declaração de ajuste anual). Um exemplo de obrigação de “não fazer” é não embaraçar a fiscalização tributária (vide art. 200 do CTN, que autoriza o eventual uso de força policial para o trabalho de fiscalização tributária). Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos Trata-se de uma hipótese de extinção do crédito tributário: Resposta Selecionada: e. a decisão administrativa irreformável. Respostas: a. a lavratura de auto de infração. b. a concessão de liminar em mandado de segurança. c. a moratória. d. o parcelamento. e. a decisão administrativa irreformável. Feedback da resposta: Resposta: E. Comentário: as hipóteses de extinção do crédito tributário estão arroladas no art. 156 do CTN e envolvem 11 (onze) situações, das quais apenas uma está prevista na questão, que é a decisão administrativa irreformável (art. 156 – IX do CTN). Esta significa que o sujeito passivo, para honrar a obrigação tributária, deve aguardar o lançamento do tributo, por exemplo, o carnê do IPTU ou um auto de infração. Nesse caso de lançamento, o sujeito passivo é intimado a pagar ou impugnar a exigência. Se optar por impugnar, haverá o início do processo administrativo da discussão do tributo, que culminará com a decisão de manter ou não a exigência. Assim, se a decisão final do processo administrativo for de não manter a exigência (vitória do contribuinte), essa decisão é irreformável, pois o Estado não poderá levar o tema para discussão no Poder Judiciário. Logo, a decisão irreformável impede a exigência do tributo, por isso é considerada uma hipótese de extinção do crédito tributário. ATIVIDADE TELEAULA I Pergunta 1 0 em 0 pontos Dentre as fontes citadas abaixo, qual delas não cria obrigações aos contribuintes? Resposta Selecionada: e. Fontes materiais. Respostas: a. Lei ordinária. b. Lei complementar. c. Medida provisória. d. Emenda constitucional. e. Fontes materiais. Feedback da resposta: Resposta: E Pergunta 2 0 em 0 pontos Em que consiste a remissão do crédito tributário? Resposta Selecionada: a. Em extinção do CT pelo perdão do crédito tributário. Respostas: a. Em extinção do CT pelo perdão do crédito tributário. b. Em extinção do CT por meio do pagamento em dinheiro. c. Em extinção do CT por meio da consignação em pagamento. d. Em exclusão do CT pelo perdão do crédito tributário. e. Em exclusão do CT por meio do pagamento em dinheiro. Feedback da resposta: Resposta: A Pergunta 3 0 em 0 pontos O que significa o princípio da anterioridade genérica? Resposta Selecionada: e. Significa que uma lei publicada somente terá eficácia no próximo exercício financeiro. Respostas: a. Significa que não haverá bitributação com relação a alguns produtos selecionados. b. Significa que haverá bitributação com relação a alguns produtos selecionados. c. Significa que a alíquota poderá variar de acordo com o produto. d. Significa que todos os agentes da obrigação tributária devem ser selecionados pela lei para agirem. e. Significa que uma lei publicada somente terá eficácia no próximo exercício financeiro. Feedback da resposta: Resposta: E Pergunta 4 0 em 0 pontos São tributos, exceto: Resposta Selecionada: c. pedágios. Respostas: a. imposto. b. taxas. c. pedágios. d. contribuição de melhoria. e. contribuições sociais. Feedback da resposta: Resposta: C ATIVIDADE TELEAULA II Pergunta 1 0 em0 pontos Dentre as situações expostas abaixo, qual delas não caracteriza hipótese de incidência do IPTU? Resposta Selecionada: d. Propriedade de bem móvel. Respostas: a. Propriedade de bem imóvel urbano. b. Posse de bem imóvel urbano. c. Enfiteuse de bem imóvel urbano. d. Propriedade de bem móvel. e. Usucapião de bem imóvel urbano. Feedback da resposta: Resposta: D Pergunta 2 0 em 0 pontos No que consiste uma certidão positiva com efeitos negativos? Resposta Selecionada: b. Considera o contribuinte em situação regular, mesmo havendo débito tributário junto a órgão público, por motivos expressos em lei. Respostas: a. É documento probatório da regularidade de situação fiscal do contribuinte. b. Considera o contribuinte em situação regular, mesmo havendo débito tributário junto a órgão público, por motivos expressos em lei. c. É certidão expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública. d. É documento que caracteriza o crime tributário do contribuinte. e. Todas as alternativas anteriores estão corretas. Feedback da resposta: Resposta: B Pergunta 3 0 em 0 pontos Qual é o fato gerador para cobrança de ITR? Resposta Selecionada: c. A propriedade de bem imóvel rural. Respostas: a. A propriedade de bem móvel urbano. b. A propriedade de bem imóvel urbano. c. A propriedade de bem imóvel rural. d. A propriedade de veículo automotor. e. A propriedade de embarcações ou aeronaves. Feedback da resposta: Resposta: C Pergunta 4 0 em 0 pontos Qual imposto incide sobre a prestação de serviços de transporte intermunicipal? Resposta Selecionada: c. ICMS. Respostas: a. ISS. b. IPVA. c. ICMS. d. ITCMD. e. IR. Feedback da resposta: Resposta: C Quarta-feira, 25 de Novembro de 2020 16h54min40s BRT
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