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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÌZA) FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXX XXXXX – RS
					
XXXXXXX, já cadastrado eletronicamente, vem, por meio dos seus procuradores, perante Vossa Excelência, propor
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pelos fundamentos fáticos e jurídicos que ora passa a expor:
I – DOS FATOS
O Autor, nascido em 30 de dezembro de 1959 (carteira de identidade anexa), filiou-se à Previdência Social em janeiro de 1978. É importante assinalar que durante diversos interregnos contributivos esteve submetido a agentes nocivos. O quadro a seguir demonstra, de forma objetiva, as profissões desenvolvidas e o tempo de contribuição de cada período: 
	Admissão
	Saída
	Empregador
	Cargo
	Tempo de contribuição
	13/01/1978
	31/08/1979
	Comando do exército
	Soldado
	01 ano, 07 meses e 19 dias, convertidos em 01 ano, 01 mês e 28 dias (fator 0,71).
	15/10/1979
	22/10/1979
	XXXXXXXXXXX
	Servente
	08 dias, convertidos em 05 dias (fator 0,71).
	05/11/1979
	26/01/1980
	XXXXXXXXXXX
	Servente
	02 meses e 22 dias, convertidos em 01 mês e 28 dias (fator 0,71).
	08/02/1980
	16/05/1980
	XXXXXXXXXXX
	Servente
	03 meses e 09 dias, convertidos em 02 meses e 10 dias (fator 0,71).
	14/06/1980
	30/07/1980
	XXXXXXXXXXX
	Servente
	01 mês e 17 dias, convertidos em 01 mês e 03 dias (fator 0,71).
	06/10/1980
	06/04/1981
	XXXXXXXXXXX
	Auxiliar 
	06 meses e 01 dia. Atividade considerada nociva com base no Decreto 53.831/64, item 1.1.6 (ruído).
	20/05/1981
	22/07/1981
	XXXXXXXXXXX
	Servente
	02 meses e 03 dias, convertidos em 01 mês e 14 dias (fator 0,71)
	05/10/1981
	18/03/1982
	XXXXXXXXXXX
	Auxiliar
	05 meses e 14 dias. Atividade considerada nociva com base no Decreto 53.831/64, item 1.1.6 (ruído).
	22/04/1982
	21/07/1982
	XXXXXXXXXXX
	Ajud. Geral
	03 meses. Atividade considerada nociva de acordo com o Decreto 53.831/64, itens 1.1.6 (ruído) e 1.2.11 (tóxicos orgânicos).
	01/09/1982
	13/04/1983
	XXXXXXXXXXX
	Ajudante de motorista
	07 meses e 13 dias. Atividade considerada nociva de acordo com o Decreto 53.831/64, item 2.4.4 (ajudantes de motorista).
	28/10/1983
	12/03/1984
	XXXXXXXXXXX
	Auxiliar de produção
	04 meses e 15 dias. Atividade considerada nociva com base no Decreto 53.831/64, item 1.1.6 (ruído).
	15/10/1984
	17/11/1984
	XXXXXXXXXXX
	Serv. Gerais
	01 mês e 03 dias, convertidos em 23 dias (fator 0,71).
	13/12/1984
	21/09/1987
	XXXXXXXXXXX
	Auxiliar
	02 anos, 09 meses e 09 dias, Atividade considerada nociva com base no Decreto 53.831/64, item 1.1.6 (ruído).
	07/02/1988
	23/04/1988
	XXXXXXXXXXX
	Serviços gerais
	02 meses e 17 dias, convertidos em 01 mês e 24 dias (fator 0,71).
	06/06/1988
	23/08/1988
	XXXXXXXXXXX
	Servente
	02 meses e 18 dias convertidos em 01 mês e 25 dias (fator 0,71).
	28/09/1988
	13/10/1988
	XXXXXXXXXXX. 
	Ajudante de fundição
	16 dias. Atividade considerada nociva com base no item 2.5.1 do Decreto 83.080/79 (fundidores).
	01/12/1988
	08/12/1988
	XXXXXXXXXXX
	Auxiliar de produção
	08 dias, convertidos em 05 dias (fator 0,71).
	02/01/1989
	02/06/1989
	XXXXXXXXXXX
	Auxiliar de produção
	05 meses e 01 dia, convertidos em 03 meses e 17 dias (fator 0,71).
	19/10/1989
	24/04/1991
	XXXXXXXXXXX
	Cobrador
	01 ano, 06 meses e 06 dias. Atividade considerada nociva de acordo com o Decreto 53.831/64, item 2.4.4 (cobradores de ônibus).
	04/07/1991
	16/08/1991
	XXXXXXXXXXX
	----
	01 mês e 13 dias, convertidos em 01 mês (fator 0,71)
	01/09/1991
	24/02/1994
	XXXXXXXXXXX.
	Frentista
	02 anos, 05 meses e 24 dias.
Atividade considerada nociva com base no Decreto 53.831/64, item 1.2.11 (tóxicos orgânicos).
	01/10/1994
	01/01/2000
	XXXXXXXXXXX.
	Auxiliar de frentista
	05 anos, 03 meses e 01 dia.
Atividade considerada nociva com base no Decreto 53.831/64, item 1.2.11 (tóxicos orgânicos) e nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, itens 1.0.3 (benzeno), 1.0.7 (carvão mineral) e 1.0.19 (outras substâncias químicas) e NR 16. 
	02/01/2000
	09/08/2011
	XXXXXXXXXXX
	Lavador
	11 anos, 07 meses e 08 dias.
Atividade considerada nociva com base no Decreto 3.048/99, item 2.0.1 (ruído) e umidade – súmula 198 do TFR e NR 16.
	TEMPO DE SERVIÇO COM EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS
	25 anos, 10 meses e 17 dias
	TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL
	28 anos, 04 meses e 19 dias
	NÚMERO DE CONTRIBUIÇÕES
	369 meses
A despeito da existência de todos os requisitos ensejadores do benefício de aposentadoria especial, o Requerente, em via administrativa (comunicação de decisão em anexo), teve seu pedido indevidamente negado, sob a justificativa infundada de “falta de tempo de contribuição-atividades(s) descrita(s) no formulário não foram enquadradas pela Perícia Médica”.
II – DO DIREITO
O § 1º do art. 201 da Constituição Federal determina a contagem diferenciada dos períodos em que os segurados desenvolveram atividades especiais. Por conseguinte, a Lei 8.213/91, regulamentando a previsão constitucional, estabeleceu a necessidade do desempenho de atividades nocivas durante 15, 20 ou 25 anos para a concessão da aposentadoria especial, dependendo da profissão e /ou agentes nocivos, conforme previsto no art. 57 do referido diploma legal.
É importante destacar que a comprovação da atividade especial até 28 de abril de 1995 era feita com o enquadramento por atividade profissional (situação em que havia presunção de submissão a agentes nocivos) ou por agente nocivo, cuja comprovação demandava preenchimento pela empresa de formulários SB40 ou DSS-8030, indicando o agente nocivo sob o qual o segurado esteve submetido. Todavia, com a nova redação do art. 57 da Lei 8.213/91, dada pela Lei 9.032/95, passou a ser necessária a comprovação real da exposição aos agentes nocivos, sendo indispensável a apresentação de formulários, independentemente do tipo de agente especial. 
Além disso, a partir do Decreto nº 2.172/97, que regulamentou as disposições introduzidas no art. 58 da Lei de Benefícios pela Medida Provisória nº 1.523/96 (convertida na Lei nº 9.528/97), passou-se a exigir a apresentação de formulário-padrão, embasado em laudo técnico, ou perícia técnica. Entretanto, para o ruído e o calor, sempre foi necessária a comprovação através de laudo pericial.
No entanto, os segurados que desempenharam atividade considerada especial podem comprovar tal aspecto observando a legislação vigente à data do labor desenvolvido.
DA COMPROVAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS AGENTES NOCIVOS – CASO CONCRETO
Considerando a evolução a respeito do conjunto probatório para o reconhecimento das atividades especiais, passa-se à análise da comprovação dos agentes nocivos presentes nos períodos contributivos requeridos no presente petitório.
Período: 06/10/1980 a 06/04/1981, 05/10/1981 a 18/03/1982, 28/10/1983 a 12/03/1984 e de 13/12/1984 a 21/09/1987;
Empresas: XXXX / XXXX (empresa sucessora) / XXXX (empresa sucessora) / XXXX (empresa sucessora)
Cargo: Auxiliar / auxiliar de produção
Nos períodos em análise, o Autor laborou em empresas de engarrafamento de refrigerantes, situadas no mesmo local, conforme é possível verificar por meio do endereço que consta nos contratos celebrados na carteira de trabalho.
Ocorre que a empresa que sucedeu as demais, a XXXX, forneceu ao Autor somente um DSS-8030 corretamente preenchido, relativo ao período de 28/10/1983 a 12/03/1984. Os demais documentos não foram sequer assinados (em anexo), não obstante a solicitação do Autor.
Nesse contexto, segue anexo laudo expedido no processo nº XXXXXXXXXX, o qual poderá ser utilizado na condição de prova emprestada, por similaridade, desde que a empresa preste as informações necessárias a respeito dos cargos desenvolvidos.
Portanto, faz-se necessária a expedição de ofício à XXXX, a fim de que a empresa preste informações acerca das funções e dos setores em que o Autor laborou e, além disso, que apresente formulários ou laudos técnicos hábeis a demonstrar as condições ambientais em que desenvolveu as atividades.
Período: 22/04/1982 a 21/07/1982
Empresa: XXXX
Cargo:Ajudante Geral
A empresa em que o Autor trabalhou no período ora em análise já encerrou as atividades (comprovante anexo), razão pela qual não há como apresentar documentos em nome próprio para comprovação do tempo de serviço especial.
Não obstante, segue anexo formulário de um colega que trabalhou contemporaneamente na empresa, e exerceu exatamente o mesmo cargo (documento acostado no processo nº XXXXXXXX, que tramitou na 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria).
No referido formulário, consta a exposição aos seguintes agentes nocivos: óleo solúvel refrigerante, tolueno, hidrocarbonetos e outros compostos de carbono; líquidos inflamáveis; ruído, radiações não ionizantes, dióxido de carbono, monóxido de carbono e ozônio.
Sendo assim, comprovada a sujeição do cargo desenvolvido a diversos agentes nocivos, deve ser reconhecido o tempo de serviço especial do período. Não obstante, caso Vossa Excelência entenda necessário, poderá ser produzida prova testemunhal e pericial, por similaridade.
Período: 01/09/1982 a 13/04/1983
Empresa: XXXX
Cargo: Ajudante de motorista
O Autor trabalhou como ajudante de motorista em período anterior à edição da Lei 9.032/95, de 28 de abril de 1995, comprovado por meio da cópia da carteira de trabalho acostada no processo administrativo, sendo que a empresa já encerrou as atividades.
Dessa forma, é cabível o enquadramento da atividade desenvolvida por categoria profissional, de acordo com o item 2.4.4 do Decreto 53.831/64, in verbis:
	2.4.4
	TRANSPORTES RODOVIÁRIO
	Motorneiros e condutores de bondes.  
Motoristas e cobradores de ônibus. 
 Motoristas e ajudantes de caminhão.
	Penoso
	25 anos
	Jornada normal
 Nesse contexto, o enquadramento em razão do simples exercício da atividade laborativa é reiteradamente aceito pela jurisprudência:
EMENTA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. COMPROVAÇÃO. TEMPO ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL. AJUDANTE DE MOTORISTA. MOTORISTA. RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CABIMENTO. 1. É devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, em regime de economia familiar, quando comprovado mediante início de prova material corroborado por testemunhas. 2. Demonstrado o exercício de tarefa sujeita a enquadramento por categoria profissional até 28/4/1995 o período respectivo deve ser considerado como tempo especial. 3. Até a vigência da Lei 9.032/1995 (28/04/1995) é possível a caracterização da atividade especial pela categoria de ajudante de motorista e motorista, ante a presunção de penosidade e periculosidade existente no desempenho de suas atividades diárias. 4. Comprovado o tempo de serviço/contribuição suficiente e implementada a carência mínima, é devida a aposentad oria por tempo de serviço/contribuição, a contar da data de entrada do requerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/91, bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde então. 5. Determinado o cumprimento imediato do acórdão no tocante à implantação do benefício, a ser efetivada em 45 dias, nos termos do artigo 461 do Código de Processo Civil.   (TRF4, AC 5001848-52.2010.404.7108, SEXTA TURMA, Relator p/ Acórdão OSNI CARDOSO FILHO, juntado aos autos em 18/12/2015, grifos acrescidos).
EMENTA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. COMPROVAÇÃO. TEMPO ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL. AJUDANTE DE MOTORISTA. AGENTES NOCIVOS. RUÍDO. RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CABIMENTO. 1. É devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, em regime de economia familiar, quando comprovado mediante início de prova material corroborado por testemunhas. 2. Demonstrado o exercício de tarefa sujeita a enquadramento por categoria profissional até 28/4/1995 (ajudante de motorista), o período respectivo deve ser considerado como tempo especial. 3. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele exercida. 4. O reconhecimento da atividade especial em razão da exposição ao agente físico ruído deve se adequar aos estritos parâmetros legais vigentes em cada época (RESP 1333511 - Castro Meira, e RESP 1381498 - Mauro Campbell). 5. A exposição a níveis de ruído acima dos limites de tolerância estabelecidos na legislação pertinente à matéria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilização ou não de equipamentos de proteção e de menção, em laudo pericial, à neutralização de seus efeitos nocivos. 6. Os equipamentos de proteção individual não são suficientes, por si só, para descaracterizar a especialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. 7. Comprovado o tempo de serviço/contribuição suficiente e implementada a carência mínima, é devida a aposentadoria por tempo de serviço/contribuição, a contar da data de entrada do requerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/91, bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde então. 8. Determinado o cumprimento imediato do acórdão no tocante à implantação do benefício, a ser efetivada em 45 dias, nos termos do artigo 461 do Código de Processo Civil. (TRF4 5002463-79.2014.404.7212, SEXTA TURMA, Relator p/ Acórdão OSNI CARDOSO FILHO, juntado aos autos em 19/10/2015, grifos acrescidos).
De qualquer forma, caso Vossa Excelência entenda necessário, poderá ser produzida prova testemunhal para comprovação do tempo de serviço especial em face do enquadramento por categoria profissional.
Período: 28/09/1988 a 13/10/1988
Empresa: XXXX
Cargo: Ajudante de fundição
O Autor trabalhou como ajudante de fundição em período no qual também é cabível o enquadramento por categoria profissional, desta vez com base no item 2.5.1 do Decreto 83.080/79, in verbis:
	
2.5.1
	INDÚSTRIAS METALÚRGICAS E MECÂNICAS
(Aciarias, fundições de ferro e metais não ferrosos, laminações, forneiros, mãos de forno, reservas de forno, fundidores, soldadores, lingoteiros, tenazeiros, caçambeiros, amarradores, dobradores e desbastadores.
Rebarbadores, esmerilhadores, marteleteiros de rebarbação.
Operadores de tambores rotativos e outras máquinas de rebarbação.
Operadores de máquinas para fabricação de tubos por centrifugação.
Operadores de pontes rolantes ou de equipamentos para transporte de peças e caçambas com metal liquefeito, nos recintos de aciarias, fundições e laminações.
Operadores nos fornos de recozimento ou de têmpera-recozedores, temperadores.
A jurisprudência do Tribunal Regional da 4ª Região confirma esse entendimento:
EMENTA:       PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. TEMPO DE SERVIÇO URBANO. CTPS. ATIVIDADE ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL. FUNDIDOR E AUXILIAR DE FUNDIÇÃO. AGENTES NOCIVOS HIDROCARBONETOS E CROMO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL INSUFICIENTE. APOSNETADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO.  1. As anotações da CTPS fazem presumir (Súmula 12 do TST) a existência de relação jurídica válida e perfeita entre trabalhador e empresa, para fins previdenciários. Ausente qualquer indicativo de fraude e estando os registros em ordem cronológica, sem sinais de rasuras ou emendas, teve o tempo de serviço correspondente ser averbado. 2. O recolhimento de contribuições previdenciárias sobre os períodos anotados em carteira de trabalho incumbe ao empregador, nos termos do art. 30, inc. I, alíneas "a" e "b", da Lei n.º 8.212/91, não podendo ser exigida do empregado para efeito de obtenção de benefícios previdenciários. 3. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercida sob condições nocivas são disciplinados pela lei em vigor à época em que efetivamente exercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. 4. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da especialidade por categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos,admitindo-se qualquer meio de prova (exceto para ruído e calor); a partir de 29-04-1995 não mais é possível o enquadramento por categoria profissional, sendo necessária a comprovação da exposição do segurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-1997 e, a partir de então, através de formulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica. 5. As atividades de fundidor e auxiliar de fundição exercidas até 28-04-1995 devem ser reconhecidas como especiais em decorrência do enquadramento por categoria profissional previsto à época da realização do labor. 6. A exposição a hidrocarbonetos aromáticos e cromo enseja o reconhecimento do tempo de serviço como especial. 7. Nos limites em que comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se a especialidade do tempo de labor correspondente. 8. Não preenchidos os requisitos cumulativos para a concessão da aposentadoria especial, não tem o segurado direito ao benefício. 9. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito à obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição integral. (TRF4, AC 5000955-31.2010.404.7118, QUINTA TURMA, Relator p/ Acórdão (AUXÍLIO FAVRETO) TAÍS SCHILLING FERRAZ, juntado aos autos em 30/04/2015, grifos acrescidos).
Sendo assim, considerando que há enquadramento por categoria profissional, não há que se tecer maiores comentários a respeito deste interregno.
Por fim, caso Vossa Excelência entenda que não é devido o reconhecimento da atividade especial com base no enquadramento por categoria profissional, será necessária a produção de prova pericial, por similaridade.
Período: 19/10/1989 a 24/04/1991 
Empresa: XXXX
Cargo: Cobrador
O Autor trabalhou como cobrador de ônibus em período anterior à edição da Lei 9.032/95, de 28 de abril de 1995, conforme comprovado através da cópia da carteira de trabalho acostada no processo administrativo e do PPP emitido pelo empregador (Evento 1, PPP, pág 06).
Dessa forma, é cabível o enquadramento da atividade desenvolvida por categoria profissional, de acordo com o item 2.4.4 do Decreto 53.831/64, in verbis:
	2.4.4
	TRANSPORTES RODOVIÁRIO
	Motorneiros e condutores de bondes.  
Motoristas e cobradores de ônibus. 
 Motoristas e ajudantes de caminhão.
	Penoso
	25 anos
	Jornada normal
 Sendo assim, considerando que há enquadramento por categoria profissional (item 2.4.4 do Decreto 53.831/64), deve ser reconhecido o tempo de serviço especial do interregno em análise.
Período: 01/09/1991 a 24/02/1994 e de 01/10/1994 a 01/01/2000
Empresa: XXXX / YYYY
Cargo: Frentista / Aux. frentista
Primeiramente, importa mencionar que a empresa XXXX. já encerrou as atividades (comprovante anexo), sendo impossível a apresentação de laudos ou formulários. Não obstante, por meio da cópia da carteira de trabalho acostada ao processo administrativo, resta comprovado que o Autor exerceu a função de frentista em posto de combustíveis, no período de 01/09/1991 a 24/02/1994. Veja-se (Evento 1, PROCADM, pág. 30, grifos acrescidos):
(DOCUMENTO PERTINENTE)
Dessa forma, comprovado o exercício da atividade de frentista no período laborado junto à empresa XXXX., verifica-se a possibilidade de utilização dos documentos emitidos pela empresa YYYY, para fins de avaliação indireta do ambiente de trabalho, eis que o cargo desempenhado e o ramo de atividade das empresas são os mesmos.
Feitas essas considerações, passa-se a análise do PPP e do PPRA emitido pela empresa YYYY (empresa em que o Autor também foi empregado e requer o reconhecimento do tempo de serviço especial).
Inicialmente, vale conferir a descrição das atividades do Autor constantes no PPP emitido pelo empregador (Evento 1, PPP, pág. 8):
(DOCUMENTO PERTINENTE)
O formulário registra ainda a exposição a agentes químicos, sem a utilização de equipamentos de proteção, note-se (Evento 1, PPP, pág. 8, grifos acrescidos):
(DOCUMENTO PERTINENTE)
Ademais, no caso em comento, é indispensável registrar a edição do Decreto 8.123, de 16/10/2013, o qual alterou diversos dispositivos do Decreto 3.048/99, com a seguinte inovação que merece destaque:
Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV.
(...)
§ 4o  A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a ser apurada na forma dos §§ 2o e 3o, de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
Ocorre que a referida lista de agentes cancerígenos foi recentemente editada pelo Ministério do Trabalho (PORTARIA INTERMINISTERIAL MTE/MS/MPS Nº 9, DE 07 DE OUTUBRO DE 2014 - DOU 08/10/2014), na qual consta que os óleos minerais são reconhecidamente cancerígenos.
 Ademais, conforme parecer técnico da FUNDACENTRO, os equipamentos de proteção coletiva e individual não são suficientes para elidir a exposição a esses agentes, conforme consta inclusive na mais recente instrução normativa do INSS (INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE 2015):
Art. 284. Para caracterização de período especial por exposição ocupacional a agentes químicos e a poeiras minerais constantes do Anexo IV do RPS, a análise deverá ser realizada:
Parágrafo único. Para caracterização de períodos com exposição aos agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados na Portaria Interministerial n° 9 de 07 de outubro de 2014, Grupo 1 que possuem CAS e que estejam listados no Anexo IV do Decreto nº 3.048, de 1999, será adotado o critério qualitativo, não sendo considerados na avaliação os equipamentos de proteção coletiva e ou individual, uma vez que os mesmos não são suficientes para elidir a exposição a esses agentes, conforme parecer técnico da FUNDACENTRO, de 13 de julho de 2010 e alteração do § 4° do art. 68 do Decreto nº 3.048, de 1999.
Em resumo, ao se analisar a exposição do Autor a hidrocarbonetos aromáticos / óleos minerais, descabe a análise da utilização de equipamentos de proteção individual, e o critério utilizado para caracterização da exposição habitual e permanente ao agente nocivo cancerígeno merece considerável temperamento.
Tal entendimento foi confirmado pelo TRF da 4ª Região:
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO COMUM E ESPECIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. (...). 5. Conforme se pode extrair da leitura conjugada dos arts. 68, § 4º do Decreto 3048/99 e 284, § único da IN 77/2015 do INSS, os riscos ocupacionais gerados pelos agentes cancerígenos constantes no Grupo I da LINHAC, estabelecida pela Portaria Interministerial n° 9 de 07 de outubro de 2014, não requerem a análise quantitativa de sua concentração ou intensidade máxima e mínima no ambiente de trabalho, dado que são caracterizados pela avaliação qualitativa, tampouco importando a adoção de EPI ou EPC, 'uma vez que os mesmos não são suficientes para elidir a exposição a esses agentes, conforme parecer técnico da FUNDACENTRO, de 13 de julho de 2010 e alteração do § 4° do art. 68 do Decreto nº 3.048, de 1999 6. Independentemente da época da prestação laboral, a agressão ao organismo provocada pelo agente nocivo asbesto/amianto é a mesma, de modo que o tempo de serviço do autor deve ser convertido pelo fator 1,5. 7. Recente julgado do Superior Tribunal de Justiça, no RESP nº 1.310.034-PR, representativo de controvérsia, consagrou que após a Lei nº 9.032/95 somente se admite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de serviço em condições especiais. Inviável, assim, diante dessa nova orientação jurisprudencial, a conversão do tempo de serviço comum em especial. 8. Somando-se os tempos de serviço especial reconhecido em juízo com o tempo reconhecido na esfera administrativa, verifica-se que a parte autora conta com tempo suficientepara a obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição mediante o acréscimo do tempo de serviço convertido pelos fatores de multiplicação 1,20 e 1,5.   (TRF4, APELREEX 5004591-33.2013.404.7107, QUINTA TURMA, Relator p/ Acórdão PAULO AFONSO BRUM VAZ, juntado aos autos em 22/03/2016, grifos acrescidos).
Outrossim, no que concerne à periculosidade, importa mencionar que a jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região tem entendimento consolidado de que é devido o reconhecimento da periculosidade na atividade de frentista. Note-se:
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. AGENTES BIOLÓGICOS. RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE. RISCO DE EXPLOSÃO. PERICULOSIDADE.  APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. A exposição a agentes biológicos e radiação não ionizante é prejudicial à saúde, ensejando o reconhecimento do tempo como especial. 2. Segundo a jurisprudência dominante deste Tribunal, a exposição a agentes biológicos não precisa ocorrer durante toda a jornada de trabalho, uma vez que basta a existência de algum contato para que haja risco de contração de doenças (EIAC nº 1999.04.01.021460-0, 3ª Seção, Rel. Des. Federal Celso Kipper, DJ de 05-10-2005). 3. A atividade desenvolvida em local onde há o armazenamento de combustíveis deve ser considerada especial em razão da periculosidade inerente à exposição a substâncias inflamáveis, situação em que há risco potencial de explosão e incêndio. 4. A parte autora tem direito à concessão da aposentadoria por tempo de contribuição integral, com a incidência do fator previdenciário, a contar da data do requerimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussão geral à  questão da constitucionalidade do uso da TR e dos juros da caderneta de poupança para o cálculo da correção monetária e dos ônus de mora nas dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando, por meio de sucessivas reclamações, e até que sobrevenha decisão específica, a manutenção da aplicação da Lei 11.960/2009 para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos em precatório, cuja atualização deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectiva modulação de efeitos.  A fim de guardar coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados, por ora, os critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/97, na redação da lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o que vier a ser decidido pelo STF com efeitos expansivos.     (TRF4 5068399-08.2014.404.7000, SEXTA TURMA, Relator p/ Acórdão (AUXÍLIO SALISE) HERMES S DA CONCEIÇÃO JR, juntado aos autos em 19/05/2016, grifos acrescidos).
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. HIDROCARBONETOS. FRENTISTA. LAUDO TÉCNICO EXTEMPORÂNEO. EPI. JULGAMENTO PELO STF EM REPERCUSSÃO GERAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele exercida. 2. A atividade de frentista em posto de combustíveis deve ser considerada especial devido à periculosidade decorrente da exposição a substâncias inflamáveis, hipótese em que é ínsito o risco potencial de acidente. 3. Os riscos ocupacionais gerados pela exposição a agentes químicos não requerem a análise quantitativa de concentração ou intensidade máxima e mínima no ambiente de trabalho, dado que são caracterizados pela avaliação qualitativa. 4. A jurisprudência posicionou-se no sentido de aceitar a força probante de laudo técnico extemporâneo, reputando que, à época em que prestado o serviço, o ambiente de trabalho tinha iguais ou piores condições de salubridade. 5. O uso de equipamentos de proteção individual - EPI, no caso de exposição a ruído, ainda que reduza os níveis do agente físico a patamares inferiores aos previstos na legislação previdenciária, não descaracteriza a especialidade do labor. Quanto aos demais agentes, o uso de EPI somente descaracteriza a atividade em condições especiais se comprovada, no caso concreto, a real efetividade, suficiente para afastar completamente a relação nociva a que o empregado se submete. Entendimento em consonância com o julgamento pelo STF do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) n. 664.335, com repercussão geral reconhecida (tema n. 555). 6. No caso dos autos, a parte autora tem direito à aposentadoria especial, porquanto implementados os requisitos para sua concessão. 7. As prestações em atraso serão corrigidas pelos índices oficiais, desde o vencimento de cada parcela, ressalvada a prescrição quinquenal, e, segundo sinalizam as mais recentes decisões do STF, a partir de 30/06/2009, deve-se aplicar o critério de atualização estabelecido no art. 1º-F da Lei 9.494/97, na redação da lei 11.960/2009. 8. Este entendimento não obsta a que o juízo de execução observe, quando da liquidação e atualização das condenações impostas ao INSS, o que vier a ser decidido pelo STF em regime de repercussão geral (RE 870.947), bem como eventual regramento de transição que sobrevenha em sede de modulação de efeitos. 9. Os juros de mora são devidos a contar da citação, à razão de 1% ao mês (Súmula nº 204 do STJ e Súmula 75 desta Corte) e, desde 01/07/2009 (Lei nº 11.960/2009), passam a ser calculados com base na taxa de juros aplicáveis à caderneta de poupança (RESP 1.270.439), sem capitalização. (TRF4, APELREEX 5002884-40.2012.404.7115, SEXTA TURMA, Relatora p/ Acórdão VÂNIA HACK DE ALMEIDA, juntado aos autos em 11/04/2016, grifos acrescidos).
No âmbito dos Juizados Especiais Federais, a Turma Nacional de Uniformização evoluiu recentemente o seu entendimento e reconheceu o tempo de serviço especial para os trabalhadores expostos à periculosidade mesmo após a edição do Decreto nº 2.172/97, processo 0008265-54.2008.4.04.7051, Relator Juiz Federal Rogério Moreira Alves, julgado em 18/06/2015. Destacam-se alguns trechos do voto vencedor proferido pelo Juiz Federal João Batista Lazzari:
(...)
4. Sobre a possibilidade de reconhecimento da periculosidde como agente nocivo após a entrada em vigor do Decreto n. 2.172/97, esta Turma Nacional, por ocasião do julgamento do PEDILEF n. 50136301820124047001, Relator Juiz Federal Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves, DOU 16/08/2013, firmou tese de que não se pode contar tempo especial devido à periculosidade, após 05/03/1997, à exceção daquelas previstas em lei específica como perigosas. (...)
6. No presente caso, pretende-se o reconhecimento do caráter especial da atividade de transporte de inflamáveis, por meio de caminhão tanque, atividade reconhecidamente perigosa pela Norma Regulamentadora (...)
11. Dessa forma, considerando a tese uniformizada por esta TNU quando do julgamento do PEDILEF 50136301820124047001, no sentido de que “não se pode contar tempo especial pelo agente nocivo perigo, após 05/03/1997, quando da edição do Decreto 2.172/97, à exceção daquelas previstas em lei específica como perigosas”, voto no sentido de conhecer e negar provimento ao incidente de uniformização interposto pelo INSS em razão da atividade desenvolvida pela parte Autora ser considerada perigosa tanto pela Norma Regulamentadora 16 como pela legislação trabalhista em vigor (grifos acrescidos).
Pelo trecho do voto transcrito, infere-se que a TNU reconhece a condição de tempo de serviço especial, mesmo após a edição do Decreto nº 2.172/97, para as atividades perigosas previstas em lei específica.
Nesse contexto, destaca-se que a Norma Regulamentadora 16, em seu anexo 2, considerada que a operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos é atividade perigosa. In verbis:
São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como aqueles que operam na área de risco adicional de 30 (trinta) por cento, as realizadas:
m. nas operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos. Operador de bomba e trabalhadores queoperam na área de risco.
No mesmo sentido, o artigo 193, inciso I, da CLT, dispõe que as atividades com exposição a inflamáveis são consideradas perigosas. Veja-se:
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:       (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (...)
No caso em comento, ao se analisar o PPRA da empresa, verifica-se que há risco de explosão e incêndio em todo o ambiente do posto de gasolina, o que confirma a possibilidade de enquadramento da atividade especial também em virtude da periculosidade.
Portanto, comprovada a exposição do Autor aos agentes nocivos, bem como a periculosidade ínsita à atividade, é imperioso o reconhecimento da atividade especial desenvolvida nos períodos em que o Autor desenvolveu a atividade de frentista.
Período: 02/01/2000 a 09/08/2011
Empresa: XXXX
Cargo: Lavador
No período em comento, o Autor desenvolveu as seguintes atividades laborativas, conforme informações contidas no formulário PPP (Evento 1, PPP, pág. 8):
(DOCUMENTO PERTINENTE)
Ainda de acordo com o PPP, em razão das atividades realizadas, o Autor esteve exposto aos seguintes agentes nocivos (Evento 1, PPP, pág. 8):
(DOCUMENTO PERTINENTE)
Tais informações são totalmente confirmadas pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa - documento anexo, o qual ainda informa o risco de explosão e incêndio.
Por fim, importante registrar que na época em que o Autor trabalhou não eram fornecidos equipamentos de proteção individual, conforme se pode inferir da análise do PPP, eis que não consta nenhuma informação a respeito de EPI’s e EPC’s eficazes. 
Sendo assim, resta comprovada a sujeição a agentes nocivos que permitem o reconhecimento do tempo de serviço especial, quais sejam: item 2.0.1 (ruído) e umidade – súmula 198 do TFR e NR 16.
DA CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO COMUM EM ESPECIAL
A Lei 8.213/91, em sua redação original, foi disciplinada pelo Decreto 611/92, o qual estabelecia a possibilidade da conversão do tempo de serviço comum em especial, conforme disposto no art. 64 deste diploma normativo.
Entretanto, a Lei 9.032/95 afastou esta hipótese de conversão ao alterar o §3º do art. 57 da Lei 8.213/91, mas sem prejudicar o direito adquirido aos períodos anteriores à sua vigência, ainda que os requisitos para aposentadoria somente sejam preenchidos posteriormente, entendimento este que garante a aplicação do disposto do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal.
Portanto, considerando que o Autor desempenhou atividades em que não comprova a sujeição a agentes nocivos relativas a períodos anteriores à Lei 9.032/95, mostra-se imperiosa a conversão do tempo de serviço comum em especial pelo fator 0,71, com fulcro no art. 64 do Decreto 611/92.
DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DA APOSENTADORIA ESPECIAL
No presente caso, torna-se necessária a exposição a agentes nocivos durante 25 anos para a concessão da aposentadoria especial. Portanto, o Autor adquiriu o direito ao benefício, haja vista que laborou em condições especiais durante 28 anos, 04 meses e 19 dias.
Quanto à carência, verifica-se que foram realizadas 369 contribuições, número superior aos 180 meses previstos no art. 25, II, da Lei 8.213/91.
Por todo o exposto, o Autor possui direito à concessão do benefício de aposentadoria especial.
DA POSSIBILIDADE DO AUTOR PERMANECER EXERCENDO ATIVIDADES NOCIVAS
Inicialmente, é necessário analisar as previsões contidas no parágrafo 8º do art. 57 e no art. 46 da Lei 8.213/91:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. 
(...)
§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)
------
Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Com base nos dispositivos supracitados, verifica-se que a restrição ao trabalho para os beneficiários de aposentadoria especial está embasada nos mesmos fundamentos da aposentadoria por invalidez, o que constitui um evidente equívoco do legislador, uma vez que a vedação ao trabalho imposta ao jubilado por invalidez decorre de ausência de capacidade laborativa. Assim sendo, o cancelamento do benefício por incapacidade se justifica quando o segurado retorna às atividades laborativas, à medida que o principal requisito para concessão do benefício deixa de ser preenchido. 
Por outro lado, o beneficiário de aposentadoria especial ainda goza de plena capacidade laborativa, e a aposentadoria precoce deve tão somente retribuir o desempenho das atividades nocivas, sem qualquer medida que venha a coibir o livre exercício da sua profissão, o que constitui um direito previsto no artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Tal previsão é reforçada no art. 6º da Carta Magna:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (grifos acrescidos).
Deve-se destacar que o § 8º do art. 57 da Lei 8.213/91 não possui caráter protetivo, haja vista que não há vedação para que o segurado continue exercendo atividades consideradas nocivas após a concessão da aposentadoria, mas apenas determinação para que seja suspenso o pagamento em caso de retorno à atividade. Trata-se, portanto, de mera previsão punitiva, que restringe direito fundamental e viola o princípio da dignidade da pessoa humana, esculpido no art. 1º, inciso III, da Constituição Federal.
Ademais, a aposentadoria especial é prevista no art. 201 da Constituição Federal para aqueles trabalhadores que exercem atividades em condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física, em consonância com o princípio da máxima efetividade dos direitos fundamentais, sem qualquer outra condicionante ao gozo do benefício.
Cabe destacar ainda que a Autarquia Previdenciária não sofrerá nenhum prejuízo em virtude da continuidade do desempenho do trabalho, muito pelo contrário, visto que o segurado continuará vertendo contribuições à Previdência Social.
Ademais, mesmo em se tratando de aposentadoria especial, a maioria dos segurados obtém o benefício com RMI bastante inferior ao último salário, pois são consideradas no PBC as contribuições vertidas desde julho de 1994, período no qual, em regra, o salário mensal era bastante inferior, em face de menor qualificação profissional. Trata-se de mais um motivo para que não seja restringido o direito ao trabalho, sob pena de obrigar o segurado a ter a sua renda diminuída.
Da mesma forma, caso mantida a determinação para o afastamento das atividades, estaria inviabilizada a aposentadoria especial para os trabalhadores que auferem renda bastante superior ao teto previdenciário, haja vista que seria necessária uma completa readequação financeira e social para a manutenção das despesas mensais somente com os proventos da aposentadoria. Isso porque é inviável exigir a alteração significativadas atividades de um profissional que laborou a vida inteira na mesma função. 
Deve-se considerar ainda o fato de que muitas pessoas deixarão suas profissões em idade inferior aos cinquenta anos e em pleno auge de capacitação profissional, o que, num país absolutamente carente de mão de obra qualificada, constitui um completo retrocesso.
Por todas as razões expostas, tal matéria possui natureza de ordem pública, sendo que a vedação prevista no § 8º do art. 57 da lei 8.213/91 foi julgada inconstitucional pelo pleno do TRF da 4ª Região. A arguição de inconstitucionalidade restou assim ementada:
PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. ARGUIÇÃO DE INCONSTUCIONALIDADE. § 8º DO ARTIGO 57 DA LEI Nº 8.213/91. APOSENTADORIA ESPECIAL. VEDAÇÃO DE PERCEPÇÃO POR TRABALHADOR QUE CONTINUA NA ATIVA, DESEMPENHANDO ATIVIDADE EM CONDIÇÕES ESPECIAIS.1. Comprovado o exercício de atividade especial por mais de 25 anos, o segurado faz jus à concessão da aposentadoria especial, nos termos do artigo 57 e § 1º da Lei 8.213, de 24-07-1991, observado, ainda, o disposto no art. 18, I, "d" c/c 29, II, da LB, a contar da data do requerimento administrativo. 2. O § 8º do artigo 57 da Lei nº 8.213/91 veda a percepção de aposentadoria especial por parte do trabalhador que continuar exercendo atividade especial.3. A restrição à continuidade do desempenho da atividade por parte do trabalhador que obtém aposentadoria especial cerceia, sem que haja autorização constitucional para tanto (pois a constituição somente permite restrição relacionada à qualificação profissional), o desempenho de atividade profissional, e veda o acesso à previdência social ao segurado que implementou os requisitos estabelecidos na legislação de regência.4. A regra em questão não possui caráter protetivo, pois não veda o trabalho especial, ou mesmo sua continuidade, impedindo apenas o pagamento da aposentadoria. Nada obsta que o segurado permaneça trabalhando em atividades que impliquem exposição a agentes nocivos sem requerer aposentadoria especial; ou que aguarde para se aposentar por tempo de contribuição, a fim de poder cumular o benefício com a remuneração da atividade, caso mantenha o vínculo; como nada impede que se aposentando sem a consideração do tempo especial, peça, quando do afastamento definitivo do trabalho, a conversão da aposentadoria por tempo de contribuição em aposentadoria especial. A regra, portanto, não tem por escopo a proteção do trabalhador, ostentando mero caráter fiscal e cerceando de forma indevida o desempenho de atividade profissional.4. A interpretação conforme a constituição não tem cabimento quando conduz a entendimento que contrarie sentido expresso da lei. 5. Reconhecimento da inconstitucionalidade do § 8º do artigo 57 da Lei nº 8.213/91. (Arguição De Inconstitucionalidade 5001401-77.2012.404.0000, Rel. Des. Federal Ricardo Teixeira Do Valle Pereira).
Por outro lado, é oportuno registrar que o CPC/2015 prevê que os juízes devem seguir a orientação do plenário ao qual estiverem vinculados. Vale conferir:
Art. 927.  Os juízes e os tribunais observarão:
(...)
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.
Nessa senda, Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Alexandria de Oliveira[footnoteRef:1] destacam a essência vinculante dos precedentes enumerados no art. 927 do CPC/2015: [1: OLIVERA, Rafael Alexandria; BRAGA, Paula Sarno; DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Teoria da Prova, Direito Probatório, Decisão, Precedente, Coisa Julgada e Tutela Provisória. Bahia: JusPODIVM, 2015, pág. 457.] 
Demais disso, deve-se ter em vista que os precedentes obrigatórios enumerados no art. 927, CPC, devem vincular interna e externamente, sendo impositivos para o tribunal que o produziu e também para os demais órgãos a ele subordinados. Nesse sentido, o enunciado n. 170 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “As decisões e precedentes previstos nos incisos do caput do art. 927 são vinculantes aos órgãos jurisdicionais a eles submetidos” (grifos acrescidos). 
Considerando todos os motivos elencados, resta demonstrada a inconstitucionalidade e a incoerência do parágrafo 8º do Artigo 57 da lei 8.213/91, que veda ao beneficiário de aposentadoria especial o direito de exercer sua profissão, de forma que é imperioso que seja garantido o livre exercício profissional após a concessão do benefício.
Por fim, há que se atentar que o Supremo Tribunal Federal reconheceu Repercussão Geral a respeito da matéria em comento, no julgamento do RE 778.092.
III – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
ENTENDE O AUTOR QUE A ANÁLISE DA MEDIDA ANTECIPATÓRIA PODERÁ SER MELHOR APRECIADA EM SENTENÇA
No momento em que for proferida a sentença, os requisitos para concessão de tutela antecipada de urgência previstos no art. 300 do CPC/2015 restarão devidamente preenchidos, a saber: 1) A existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito; 2) O perigo ou dano ao resultado útil do processo;
O primeiro requisito será preenchido com base em cognição exauriente e nas diversas provas apresentadas no processo, as quais demonstram de forma inequívoca o direito do Autor à concessão do benefício.
No que concerne ao perigo ou dano ao resultado útil do processo, há que se atentar que o caráter alimentar do benefício traduz um quadro de urgência que exige pronta resposta do Judiciário, tendo em vista que nos benefícios previdenciários resta intuitivo o risco de ineficácia do provimento jurisdicional final.
Ademais, após a cognição exauriente, também serão preenchidos os requisitos para deferimento da tutela antecipada de evidência, com base no art. 311, inciso IV, do CPC/2015.
Sendo assim, é imperiosa a determinação sentencial para que a Autarquia Ré implante o benefício de forma imediata.
IV – DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU DE CONCILIAÇÃO
Considerando a necessidade de análise detalhada de provas no presente feito, bem como a política atual de “acordo zero” adotada pelos procuradores federais, o Autor vem manifestar, em cumprimento ao art. 319, inciso VII, do CPC/2015, que não há interesse na realização de audiência de conciliação ou mediação, haja vista a iminente ineficácia do procedimento e a necessidade de que ambas as partes dispensem a sua realização, conforme previsto no art. 334, §4º, inciso I, do CPC/2015.
IV – DO PEDIDO
ANTE O EXPOSTO, requer:
a) O recebimento e o deferimento da presente peça inaugural; 
b) A concessão da Gratuidade da Justiça, tendo em vista que o Autor não tem como suportar as custas judiciais sem o prejuízo do seu sustento próprio e da sua família;
c) A citação da Autarquia, por meio de seu representante legal, para que, querendo, apresente defesa;
d) A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial o testemunhal e o pericial, bem como a expedição de ofício à empresa XXXX, com endereço na Av. XXXX, n° XXXX, na cidade de XXXXX/RS, a fim de que apresente formulários PPP’s e laudos referentes aos períodos de 06/10/1980 a 06/04/1981, 05/10/1981 a 18/03/1982, 28/10/1983 a 12/03/1984 e de 13/12/1984 a 21/09/1987;
e) O deferimento da antecipação de tutela, com a apreciação do pedido de implantação do benefício em sentença;
f) O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o INSS a:
1) Reconhecer o tempo de serviço especial desenvolvido durante os períodos de 06/10/1980 a 06/04/1981, 05/10/1981 a 18/03/1982, 22/04/1982 a 21/07/1982, 01/09/1982 a 13/04/1983, 28/10/1983 a 12/03/1984, 13/12/1984 a 21/09/1987, 28/09/1988 a 13/10/1988, 19/10/1989 a 24/04/1991, 01/09/1991 a 24/02/1994 e de 01/10/1994 a 09/08/2011;
2) Converter o tempo de serviço comum em especial, com base no fator 0,71, dos períodos anteriores a 28 de abril de 1995 em que o Autor não desenvolveu atividades consideradas especiais;
3) Conceder à Parte Autora a APOSENTADORIA ESPECIAL NB: XXX.XXX.XXX-X, com a opção de permanecer exercendo atividades sujeitas a agentes nocivos, e a condenação ao pagamento das prestações em atraso a partir da DER, em 09/08/2011, corrigidas na forma da lei, acrescidas de juros de moradesde quando se tornaram devidas as prestações;
4) Caso não seja reconhecido tempo de serviço especial suficiente até a DER para a concessão do benefício, o que só se admite hipoteticamente, requer o cômputo dos períodos posteriores, e a concessão da aposentadoria especial desde a data em que foram preenchidos os requisitos para o deferimento do benefício, ou, subsidiariamente, a partir da data do ajuizamento da ação.
5) Subsidiariamente ao item anterior, requer a conversão do tempo de serviço especial em comum de todos os períodos submetidos a agentes nocivos (fator 1,4), concedendo à Parte Autora o benefício da aposentadoria por tempo de contribuição desde a data do requerimento administrativo. Caso não estejam preenchidos os requisitos do benefício na data indicada, requer a reafirmação da DER, nos mesmos moldes apontados no item anterior.
Nesses Termos.
Pede Deferimento.
Dá à causa o valor[footnoteRef:2] de R$ XX.XXX,XX. [2: Demonstrativo de cálculo do valor da causa em anexo.] 
Local, Data. 
	
	
	
	
	
	
XXXX
OAB/RS XX.XXX

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