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Classe dos antimicrobianos

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Antimicrobianos 
Isabela Candeloro 
 
Classificação pela ação: 
❖ Bactericidas: matam a bactéria. 
❖ Bacteriostáticos: inativam a bactéria 
ao inibir a síntese proteica e, 
consequentemente, o crescimento 
bacteriano. Não matam a bactéria. 
 
Antibióticos que inibem a síntese da 
parede celular: 
❖ Beta-lactâmicos (Penicilinas, 
Cefalosporinas, Carbapenemas e 
Monobactâmicos): são bactericidas. 
Inibem a síntese da parede celular 
quando a bactéria está em processo 
de divisão ao se ligarem as PBPs 
(proteínas importantes para formar a 
parede). Sem parede celular, a 
bactéria sofre lise. 
❖ Glicopeptídeos (Vancomicina e 
Teicoplanina): são bactericidas 
específicos das bactérias gram+. Eles 
usurpam o sítio de ligação das pontes 
de peptídeos, ligando o ácido 
murâmico à glucosamina. Sem as 
pontes, as bactérias desintegram e 
morrem. 
❖ Ácido fosfônico (Fosfomicina): inibe 
a síntese da parede celular antes 
mesmo da formação das PBPs. Não 
há medicamento dessa classe com 
ação sistêmica. 
❖ Equinocandina (Caspofungina e 
Micafungina): inibem a enzima 1,3-
beta-glicano sintase, responsável pela 
formação da parede celular fúngica. 
Fungo sofre lise. 
 
Antibióticos que alteram a 
permeabilidade da membrana 
citoplasmática: 
❖ Antibacterianos (Polimixinas, 
Tirotricina e Daptomicina): as 
Polimixinas, ao interagir com os 
fosfolipídeos, quebram a estrutura da 
membrana celular de bactérias gram-. 
A Daptomicina faz ligação irreversível 
Ca2+ dependente à membrana 
celular de bactérias gram-, causando 
efluxo de potássio, despolimerização 
da membrana, cessação da síntese de 
DNA/RNA/proteínas, levando a 
morte celular. A titroticina não pode 
ser usada no homem por sua 
toxicidade. 
❖ Antifúngicos (Anfotericina B e 
Nistatina): Anfotericina B usada no 
tratamento de micose profunda grave 
e Nistatina no tratamento de 
candidíase vaginal superficial. 
❖ Azóis Antifúngicos (Cetoconazol, 
Fluconazol e Itraconazol): inibem a 
enzima lanosterol 14 alfa-demetilase, 
responsável pela conversão de 
lanosterol em ergosterol. A 
diminuição de ergosterol na 
membrana causa danos estruturais e 
funcionais, inibindo o crescimento 
fúngico. 
 
Antibióticos que agem na síntese 
proteica: 
❖ Aminoglicosídeos (Sistêmicos: 
Estreptomicina, Gentamicina, 
Amicacina; Tópicos: Tobramicina, 
Neomicina, Soframincina): são 
bactericidas. Ligam-se aos 
ribossomos, alterando sua 
conformação. Novas proteínas são 
formadas, mas são anômalas e não 
funcionais. 
❖ Tetraciclinas (Trifamox e Ambra-sito-
T): são bacteriostáticas. Bloqueiam os 
receptores nos ribossomos no 
processo de transdução, inibindo a 
síntese de proteínas. 
❖ Macrolídeos (Eritromicina, 
Espiramicina, Roxtromicina, 
Claritromicina, Azitromicina), 
Linconsamidas, Oxazolidinonas, 
Clorafenicol e Tianfenicol: são 
bacteriostáticos. Bloqueiam os 
ribossomos no processo de 
transpeptidação e de translocação, 
inibindo a síntese proteica e 
replicação. O Cloranfenicol impede a 
ligação entre aminoácidos. 
 
Antibióticos que inibem a 
Topoisomerase: 
❖ Quinolonas (Ciprofloxacina, 
Levofloxacina e Ofloxacina): são 
bactericidas. Inibem a ação da DNA-
girase, fazendo com que o 
cromossomo despiralize, 
aumentando de tamanho até romper 
a bactéria.

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