Buscar

revisao mitocondria e toxicidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/279912311
Mitocôndria como Alvo para avaliação de toxicidade de xenobiótico.
Article  in  Revista Brasileira de Toxicologia · January 2012
CITATIONS
4
READS
4,559
1 author:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
MITOCHONDRIAL AND CELL DYSFUNCTION INDUCED BY EMERGING CONTAMINANTS USING ISOLATED MITOCHONDRIA, CULTURE OF HEPATIC CELLS IN MONOCAMADA
(2D) AND THREE-DIMENSIONAL (3D) View project
Lílian Pereira
São Paulo State University
27 PUBLICATIONS   110 CITATIONS   
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Lílian Pereira on 23 August 2015.
The user has requested enhancement of the downloaded file.
https://www.researchgate.net/publication/279912311_Mitocondria_como_Alvo_para_avaliacao_de_toxicidade_de_xenobiotico?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/publication/279912311_Mitocondria_como_Alvo_para_avaliacao_de_toxicidade_de_xenobiotico?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/project/MITOCHONDRIAL-AND-CELL-DYSFUNCTION-INDUCED-BY-EMERGING-CONTAMINANTS-USING-ISOLATED-MITOCHONDRIA-CULTURE-OF-HEPATIC-CELLS-IN-MONOCAMADA-2D-AND-THREE-DIMENSIONAL-3D?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Lilian_Pereira3?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Lilian_Pereira3?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/institution/Sao_Paulo_State_University?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Lilian_Pereira3?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Lilian_Pereira3?enrichId=rgreq-46f6243048a08593720670a25fd162fa-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3OTkxMjMxMTtBUzoyNjU2MDk4OTYyNjM2ODBAMTQ0MDMzNzc0MjIyNw%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf
Mitocôndria como Alvo para Avaliação de 
Toxicidade de Xenobiótico
Lilian Cristina Pereira1*, Alecsandra Oliveira de Souza1, Murilo Pazin1, Daniel Junqueira Dorta2 
1Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas 
e Bromatológicas, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil; 2Faculdade de Filosofia, Ciências e 
Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil
Mitocôndria como alvo para avaliação de toxicidade de xenobióticos
A mitocôndria é uma estrutura intracelular responsável por transformar a energia dos alimentos em energia útil e 
transportável às células, através da molécula de adenosina-trifosfato (ATP). Sendo assim, as mitocôndrias, fonte primária 
de ATP, são fundamentais para a vida de células eucarióticas. Desde a segunda metade do século XX, foram exclusivamente 
consideradas como “a casa de força das células” e, com o passar dos anos, tornou-se claro que essas organelas também 
desempenham papel chave nas vias de sinalização e morte celular. Nos tempos contemporâneos, tornou-se ferramenta 
importante para a toxicologia, com a finalidade de entender e prever efeitos adversos de inúmeras substâncias, sendo 
que os danos mitocondriais são, frequentemente, considerados como causa ou efeito nas injúrias teciduais. Muitas 
vezes, um mesmo xenobiótico apresenta diferentes efeitos na função mitocondrial. Portanto, toxicidade mitocondrial 
induzida por xenobiótico está ganhando reconhecimento dentro da indústria farmacêutica. Este artigo de revisão busca 
descrever brevemente a biologia molecular e os principais mecanismos regulatórios da função mitocondrial, que tornaram 
a mitocôndria um biossensor confiável para avaliação do potencial da toxicidade de compostos químicos in vitro e in 
vivo, o que nos leva a prestar mais atenção à estrutura e funcionalidade da organela, que apresenta inúmeros locais de 
interações com xenobióticos.
Palavras-chave: mitocôndria, bioenergética, morte celular, avaliação de toxicidade
Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012) 1-14
REVISTA BRASILEIRA
DE TOXICOLOGIA
BRAZILIAN JOURNAL
OF TOXICOLOGY
©SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE 
TOXICOLOGIA
*Autor correspondente. Endereço de correspondência: Faculdade 
de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Departamento de 
Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas, Universidade de 
São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, CEP: 14040-901, Bairro Monte 
Alegre, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Fone: (+5516) 3602-0472; Fax: 
(+5516) 3602-0472; Email: lilianmed2005@yahoo.com.br.
©Sociedade Brasileira de Toxicologia 
direitos reservados
RESUMO
INTRODUÇÃO
Há dois séculos, pequenos grânulos presentes em 
diferentes tipos celulares já haviam chamado a atenção 
dos cientistas, sendo mais tarde, no início do século XX, 
denominados de mitocôndria (1,2). Em 1946, esses grânulos 
foram reconhecidos como organelas celulares responsáveis 
pelo metabolismo energético (3). Outra etapa importante foi 
a descoberta dos nucleotídeos de piridina (NAD(P)H) como 
carreadores de elétrons no interior dessas organelas, bem como 
a caracterização do ciclo do ácido cítrico, também chamado 
de ciclo de Krebs. Em 1960, estudos com ratos comprovaram 
que a mitocôndria era responsável pela respiração celular e 
fosforilação oxidativa, sendo que o trifosfato de adenosina 
(ATP), gerado no final desse processo, foi, posteriormente, 
reconhecido como a molécula de suprimento energético e 
sua formação relacionada com o consumo de oxigênio (4). 
Finalmente, em meados dos anos 70, por meio de estudos 
conduzidos em mitocôndrias isoladas, foi desvendado em 
detalhes o maquinário envolvido na produção de ATP tais 
como enzimas e substratos (3). 
Estas organelas, presentes na maioria das células 
eucarióticas, foram, então, classicamente consideradas fontes 
de força celular devido sua importância no metabolismo, 
responsáveis pelo acúmulo da energia na forma de ATP 
necessária para o desenvolvimento das funções celulares (5-7).
Nos dias atuais, a visão contemporânea sobre 
mitocôndria aponta-a como alvo estratégico para terapias 
contra o câncer (8), embasada em pesquisas que relatam a 
mitocôndria desempenhando um papel chave no mecanismo 
de morte celular (9,10). Além do mais, já é descrito na literatura 
que mutações no DNA mitocondrial (mtDNA) podem gerar 
Lilian
Highlight
Lilian
Sticky Note
Lílian
Lilian
Highlight
Lilian
Sticky Note
4838
2 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012)
resistência da célula à ação de fármacos anticâncer (11). Em 
adição, a mitocôndria está intimamente ligada ao metabolismo 
energético de várias linhagens de células cancerígenas, sendo 
que, em algumas linhagens de câncer quimiorresistente, por 
exemplo, a proteína de desacoplamento mitocondrial (UCP2) 
é superexpressa, tornando essas célulasincapazes de produzir 
ATP via mitocondrial, dando mais visibilidade à hipótese de 
Otto Warburg, que descreve a glicólise aeróbica em células 
cancerígenas, conhecida por “O efeito de Warburg” (12-14); 
já em outros exemplos de glioblastomas as mitocôndrias 
apresentam oxidação completa da glicose (15,16).
A diversidade de protocolos existentes, utilizando 
mitocôndrias como ferramenta experimental, revela a 
importância dessa organela na sobrevivência de células 
aeróbicas (17-19), tornando crucial o estudo de efeitos tóxicos 
de xenobióticos, que podem, direta ou indiretamente, afetar 
seu funcionamento.
De fato, estudos em mitocôndrias isoladas podem 
fornecer informações sobre o mecanismo de toxicidade de 
possíveis compostos tóxicos, sendo que, em muitos casos de 
toxicidade aguda, esses agentes atuam sobre as mitocôndrias, 
afetando sua integridade e prejudicando a síntese de ATP (20-
23). Por outro lado, estudos mostram, também, a possibilidade 
de xenobióticos promoverem citoproteção tendo como alvo 
principal as mitocôndrias, atuando, por exemplo, como 
antioxidantes (3,24-27).
Dessa forma, a integração das mitocôndrias com 
os demais constituintes celulares se estende muito além 
da formação de ATP, colocando essa organela no centro de 
muitos aspectos da biologia celular e reforçando ainda mais 
a sua importância em diversos campos da toxicologia.
ESTRUTURA DA MITOCÔNDRIA
A arquitetura das mitocôndrias é fundamental para 
o seu funcionamento, incluindo a formação de ATP via 
fosforilação oxidativa, homeostase cálcica e seu envolvimento 
no mecanismo de morte celular programada (28-31). 
As mitocôndrias apresentam parâmetros variáveis 
morfologicamente (tamanho, formato e quantidade), no 
entanto, é possível definir uma morfologia básica comum, 
com medidas variando de 0,5 a 1,0 μm de largura e até 
10 μm de comprimento (32,33). Mudanças morfológicas 
nessas organelas são também resultantes do processo 
celular de fissão e fusão mitocondrial (34). De maneira 
geral, sua estrutura consiste em duas membranas altamente 
especializadas (externa e interna), separadas por um espaço 
intermembranas, que reveste o espaço interno denominado 
matriz mitocondrial (1,33,35,36). A mitocôndria consiste, 
principalmente, em proteínas e lipídios sendo que, na matriz 
mitocondrial, encontra-se também o mtDNA, ribossomos 
mitocondriais, RNAs, além de outras enzimas (37,38).
A membrana externa é lisa e com tamanho de área 
superficial fixa, ao passo que a interna apresenta inúmeras 
invaginações, que podem assumir a forma de cristas ou 
túbulos que contribuem para aumentar sua superfície 
(39,40). A quantidade e morfologia das cristas são reflexos 
da responsabilidade da organela na demanda energética 
(39,41,42) e, embora as cristas sejam predominantes, 
há formações tubulares nas mitocôndrias de células que 
sintetizam esteroides, por exemplo, delimitando, assim, uma 
matriz amorfa, rica em proteínas (43). 
A membrana mitocondrial externa apresenta grande 
quantidade de proteína transportadora, chamada porina, a qual 
forma canais e torna a membrana permeável às moléculas 
com tamanho menores que 5 kilodaltons (33). Além das 
porinas, outras proteínas presentes na membrana externa 
desempenham importantes funções na mitocôndria, como a 
síntese de lipídeos ou conversão de substratos lipídicos para 
o metabolismo (7,35,43). 
Em contrapartida, na membrana interna, devido 
à grande proporção de um duplo fosfolipídio chamado 
cardiolipina, a mesma se apresenta impermeável a íons 
e à maioria das pequenas moléculas carregadas, além de 
conter proteínas com três tipos de funções: proteínas da 
cadeia respiratória, que transferem elétrons; proteínas do 
complexo enzimático denominado ATP sintetase, responsável 
por produzir ATP na matriz; e proteínas transportadoras 
específicas que regulam a passagem de metabólitos por essa 
membrana (7,35,43). Muitos fármacos (as antraquinonas, por 
exemplo) apresentam grande afinidade pelas cardiolipinas 
presentes na porção interna da membrana (44), sendo assim, 
esses compostos se acumulam no interior da membrana 
mitocondrial e, devido a essa interação, levam ao mau 
funcionamento da organela.
No espaço intermembranas, compreendido entre as 
duas membranas, há diferentes enzimas que utilizam o ATP 
gerado na matriz, para fosforilar nucleotídeos ou sinalizar o 
desencadeamento de morte celular por apoptose (7,35,43). 
Enquanto isso, na matriz, observam-se centenas de enzimas 
dos processos metabólicos da organela como: as enzimas do 
ciclo do ácido cítrico, da oxidação dos ácidos graxos e da 
síntese de ATP (43,45). 
Conforme citado, a mitocôndria possui um DNA 
próprio, o qual se difere do DNA nuclear. Para seres humanos, 
por exemplo, ocorre em várias cópias por organela consistindo 
de 16.569 pares de bases localizados em uma molécula circular 
de dupla fita, sendo compacto e sem íntrons. (37,46-48). 
A transcrição do mtDNA ocorre nas mitocôndrias, 
independentemente do núcleo. As moléculas de mtDNA 
contêm 37 genes (49,50), que codificam 2 RNAs ribossômicos, 
22 RNAs transportadores e 13 RNAs mensageiros (RNAm), 
que são traduzidos em 13 polipeptídios envolvidos na 
fosforilação oxidativa (50-52). Essas proteínas codificadas 
pelo mtDNA são componentes essenciais de 4 dos 5 complexos 
responsáveis pela fosforilação oxidativa mitocondrial. Sendo 
o complexo II formado, exclusivamente, por subunidades 
codificadas pelo DNA nuclear (nDNA) (52). Alterações na 
transcrição do mtDNA induzida por diferentes xenobióticos 
podem levar a um mau funcionamento da organela, com 
consequente diminuição na produção de energia e possível 
indução de morte celular.
 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012) 3
FUNCIONALIDADE DA MITOCÔNDRIA
A mitocôndria é a principal organela responsável por 
transformar a energia retirada dos alimentos em energia útil 
às células, exercendo papel fundamental na manutenção de 
várias funções celulares, incluindo a fosforilação oxidativa, 
provedor de grande parte da energia celular (6). Para isso, a 
mitocôndria obtém oxigênio e substratos derivados de glicose, 
aminoácidos e ácidos graxos e os converte em moléculas de 
ATP, por meio de uma sequência de citocromos, a Cadeia 
Respiratória Mitocondrial (53,54), que representa uma 
importância vital na integridade morfológica e funcional da 
organela (Figura 1) e é, também, um dos principais alvos 
de toxicantes (44). Dessa forma, o nível de ATP representa 
o equilíbrio entre a geração e utilização de energia (55), 
garantindo aos tecidos energia suficiente para que não ocorra 
dano celular (56).
Os complexos I, III e IV funcionam como bombas de 
prótons, que se acumulam no espaço intermembranas, criando 
uma diferença de potencial eletroquímico (57). Este gradiente 
eletroquímico (Δψ) formado pelo bombeamento de prótons 
durante a fosforilação oxidativa é utilizado como força 
motriz para a ATP sintetase. O ATP é transportado para fora 
da mitocôndria com o concomitante transporte de ADP para 
dentro da mitocôndria, através de um sistema antiporte (2,58-
60). Sendo assim, a velocidade da respiração mitocondrial 
pode ser controlada pela disponibilidade de ADP (61). 
Interações específicas entre toxicantes e mitocôndria 
são largamente descritas na literatura, temos, por exemplo, 
xenobióticos que interagem como inibidores de enzimas 
mitocondriais específicas, como a Rotenona, Antimicina 
A e cianeto, que interagem e inibem os complexos I, III e 
IV da cadeia transportadora de elétrons, respectivamente 
(62,63), e também substâncias como carbonil cianeto 
m-clorofenilhidrazona (CCCP), que causam colapso no 
gradiente de pH e no potencial elétrico (também chamado 
de desacopladores) acarretando depleção do potencial 
de membrana mitocondrial e consequente diminuição na 
produção de ATP (46). Esses compostos são, muitas vezes, 
caracterizados como ácidos fracos, tais como fenóis e 
amidas (43). Dentre exemplos podemos destacar, também, 
os anti-inflamatóriosnão esteroidais (AINES) como o ácido 
acetilsalicílico, nimesulida, além de meloxicam e diclofenaco 
(64-68).
O complexo I, também chamado de NADH ubiquinona 
oxirredutase, é o mais vulnerável dentre os complexos da 
cadeia respiratória mitocondrial em relação às malformações 
induzidas pela interação química (43), uma vez que já são 
descritos mais de 60 compostos naturais e sintéticos com 
capacidade de inibi-lo (69). Exemplos desses compostos são: 
Figura 1: Fosforilação Oxidativa. Os complexos da cadeia respiratória (I, II, III e IV) e a ATP Sintetase localizados na membrana 
interna da mitocôndria, sob a forma de quatro complexos de proteínas transferem os elétrons provenientes da nicotinamida 
adenina dinucleotídeo (NADH) e Flavina Adenina dinucleotídeo (FADH2) para o oxigênio, que é o aceptor final e cuja redução 
gera uma molécula de água. Durante o transporte de elétrons, há o bombeamento de prótons pelos complexos I, III e IV da 
cadeia respiratória mitocondrial, gerando um gradiente eletroquímico entre o espaço intermembranas e a matriz mitocondrial. 
Os prótons bombeados para o espaço intermembranas tendem a retornar à matriz mitocondrial pela ATP sintetase, esse processo 
gera energia suficiente para a formação de ATP necessário à célula, onde ATP = ADP + Pi + Energia.
Lilian
Highlight
Lilian
Sticky Note
Cianeto
4 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012)
Acaricidas (69); piretróides (70); barbitúricos como o Amytal 
(71); antidepressivos como a Nefazodona, a Trazodona e a 
Buspirona (21); o antidepressivo Sertralina (20); poluentes 
fenólicos e corantes fluorescentes (44), entre outros. 
Neste contexto, partículas submitocondriais, obtidas 
pela exposição das membranas mitocondriais ao ultrassom 
e consequente formação de vesículas a partir da membrana 
mitocondrial interna invertida, e com exposição dos 
complexos da cadeia respiratória para o seu exterior, são 
ferramentas muito utilizadas para estudar o funcionamento 
e possível interação do xenobiótico com tal complexo (72).
O complexo II, também denominado de succinato 
ubiquinona oxirredutase dentro da toxicologia e farmacologia, 
é o complexo menos estudado (44), entretanto, além 
dos inibidores clássicos como o malonato, há relatos de 
que algumas fluorquinolonas e antraciclinas apresentam 
capacidade de inibi-lo (46,73) e que o mesmo é alvo para a 
toxicidade da metanfetamina (74,75).
O complexo III, ou citocromo c oxirredutase, está 
frequentemente relacionado com a geração de espécies 
reativas de oxigênio como consequência do bloqueio 
da transferência de elétrons (76). A formação do radical 
superóxido (O2.-) e peróxido de hidrogênio (H2O2) é 
consequência do mecanismo de ação da Antimicina sobre o 
complexo III, resultando em toxicidade celular e tecidual (77). 
Outros exemplos de compostos com importância toxicológica 
que agem sobre este complexo são os fenóis, os cátions 
metálicos e o Mixotiazol (33,44,75).
O complexo IV, conhecido como citocromo c oxidase, 
apresenta efeitos de inibição mais severos por ser nessa etapa 
que o oxigênio é totalmente reduzido a água (75). Toxicantes 
como cianeto, monóxido de carbono (CO) e óxido nítrico (NO) 
são entidades bem conhecidas com capacidade de interagir 
e inibi-lo (74). A inibição desse complexo por xenobióticos 
promove alterações no gradiente eletroquímico que podem 
afetar a absorção de cálcio, causar abertura de poros de 
transição de permeabilidade na membrana mitocondrial interna 
e consequente liberação de proteínas pró-apoptóticas (78).
Entretanto, agentes tóxicos com ação sobre as 
mitocôndrias incluem, não apenas os que perturbam 
diretamente a cadeia respiratória (desacopladores e 
inibidores), mas também compostos que interferem com 
o transporte e/ou oxidação de substratos oxidáveis que 
fornecem elétrons à cadeia respiratória mitocondrial, como 
é o caso do ácido valpróico (inibindo as enzimas envolvidas 
na oxidação dos ácidos graxos) e dos salicilatos (79, 66). Este 
fato não exclui, no entanto, que os compostos tóxicos possam 
interagir com outras estruturas biológicas. 
Neste contexto, a cada ano, inúmeros produtos 
farmacêuticos são retirados do mercado devido a eventos 
adversos que não foram detectados durante a fase de 
testes pré-clínicos, sendo, em muitos casos, relacionados a 
distúrbios metabólicos induzidos pelos fármacos, tendo a 
mitocôndria como principal efetora (80). Nesses casos, os 
complexos da cadeia respiratória mitocondrial são inibidos/
bloqueados por concentrações baixas do xenobiótico (20). 
Além disso, quando o fluxo de elétrons é inibido, 
bloqueando assim o processo de fosforilação oxidativa, uma 
pequena fração de O2 disponível sofre redução incompleta, 
gerando assim radical O2.- (6,81,82), H2O2 ou radical hidroxila 
(OH.), que podem se acumular no organismo e levar a uma 
situação denominada de estresse oxidativo (6,83,84). As 
mitocôndrias, por sua vez, possuem defesas antioxidantes 
como proteção contra espécies reativas de oxigênio que 
incluem: enzimas como glutationa peroxidase, glutationa 
redutase, glutationa reduzida (GSH), NAD(P) transidrogenase 
e também a molécula de NAD(P)H, além das vitaminas C 
e E (25,85). O O2.- é, inicialmente ,convertido em H2O2, por 
meio da enzima superóxido dismutase manganês dependente 
(SOD) e o H2O2 resultante é reduzido à água pela ação da 
glutationa peroxidase mitocondrial, utilizando glutationa 
reduzida (GSH) como substrato (86-88). A glutationa oxidada 
é convertida à sua forma reduzida através da atividade 
da glutationa redutase NAD(P)H dependente, a qual é 
reconstituída por NAD(P) transidrogenase (86,88). Portanto, 
se NAD(P)H é pobremente oxidado, espécies reativas tendem 
a acumular-se (89). Do mesmo modo, quando um xenobiótico 
inibe as enzimas acima ou oxida diretamente a glutationa no 
interior da mitocôndria, as espécies reativas se acumulam e 
o estado de estresse oxidativo é gerado.
A MITOCÔNDRIA NA MORTE CELULAR
Há poucos anos, os cientistas acreditavam que a morte 
celular era um processo passivo e degenerativo, fruto de 
fatores externos (90). Hoje, sabe-se que a morte celular é um 
processo fundamental na manutenção e fisiologia normal de 
diferentes tecidos e órgãos, havendo, para tanto, um balanço 
homeostático entre as taxas de crescimento e morte celular 
(91,92). Nos últimos anos, estudos vêm demonstrando que as 
falhas neste equilíbrio estão estritamente relacionadas com o 
desenvolvimento de mecanismos tóxicos, com a incidência 
de enfermidades como câncer e com o envelhecimento 
acelerado (30,93-98).
Dentre os mecanismos tóxicos ocasionados pela 
falha nesta homeostasia, destacam-se o aumento do número 
de eventos característicos de morte celular, diferenciados 
por alterações morfológicas e bioquímicas em mecanismos 
apoptóticos (morte celular programada), necróticos e 
autofágicos (95,99-104). A frequência de eventos está 
relacionada com a senescência das células, ou pode ser 
exacerbada pela presença de xenobióticos, ocasionando 
disfunção mitocondrial e, consequentemente, morte celular. 
Neste contexto, podemos citar fármacos utilizados para 
terapia oncológica tais como Tamoxifeno, Doxorrubicina e 
Flutamida, que apresentam capacidade de induzir apoptose 
(90).
Conforme já mencionado, a mitocôndria está 
envolvida em grande parte da produção energética celular, 
exercendo, portanto, papel fundamental na sua sobrevivência 
e, dessa forma, é apontada como alvo primário da disfunção 
celular (46,105,106). Assim, a organela está relacionada, 
Lilian
Highlight
 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012) 5
ainda que em intensidade diferente, com os diferentes 
mecanismos de morte celular (107-109). 
Na via apoptótica, a participação mitocondrial 
pode ocorrer de forma parcial (via extrínseca) ou total (via 
intrínseca) (104,110). Em ambos os casos, seu envolvimento 
ocorre através da permeabilização da membrana mitocondrial 
externa, que favorece a liberação de proteínas pró-apoptóticas(por exemplo, o citocromo c e a Smac/DIABLO) para o 
citosol, com posterior ativação da cascata proteolítica das 
caspases (101,111-114).
Na via extrínseca, a liberação das proteínas pró-
apoptóticas é precedida pelo acoplamento de ligantes 
específicos aos receptores de morte celular (fatores de 
necrose tumoral (rTNF) e FAS) localizados na membrana 
celular. Essa ligação ocasiona a ativação de um complexo 
multiproteico, responsável pela clivagem do conjunto 
de proteases (caspase 8), que por sua vez desencadeia a 
ativação da caspase 3, indispensável na sinalização dos 
eventos de morte celular (formação de corpos apoptóticos e 
condensação da cromatina) (99,113,115-118). Esse processo 
ocorre no meio citosólico sem a participação da mitocôndria, 
no entanto, a ativação da caspase 8 também é responsável 
pela clivagem de proteínas citosólicas Bid em tBid, a qual 
atua sobre a membrana mitocondrial externa, provocando a 
liberação do citocromo c, que intensifica a ativação da caspase 
3 (Figura 2) (99,113,119).
Outro mecanismo de liberação de fatores pró-
apoptóticos, ocasionados pela via extrínseca, ocorre pela 
translocação da proteína Bax e Bak para a membrana 
mitocondrial. A presença dessas proteínas na membrana 
contribui para abertura de poros na membrana mitocondrial 
externa, facilitando a liberação das proteínas apoptóticas 
(111,119-121).
Na via intrínseca, há a ação direta de diferentes 
estímulos, como o estresse oxidativo e o acúmulo de cálcio, 
os quais convergem, principalmente, no desenvolvimento 
de falhas metabólicas relacionadas ao colapso energético 
da síntese de ATP. A interferência na síntese de ATP ocorre 
por alterações na cadeia transportadora de elétrons e, 
consequentemente, com o colapso do potencial de membrana 
mitocondrial, levando a permeabilidade da membrana 
mitocondrial e favorecendo a liberação das proteínas pró-
apoptóticas (95,122,123).
Nessa via, a principal proteína pró-apoptótica liberada 
(citocromo c) ativa o apoptossomo, o qual promoverá a 
clivagem da pro-caspase 9 e, consequentemente, a ativação 
da caspase 3, a qual dará prosseguimento ao restante do 
processo apoptótico, (118,124,125), conforme já mencionado 
(Figura 2).
Além do citocromo c, outras proteínas pró-apoptóticas 
como a Smac/DIABLO e o Fator Indutor de Apoptose (AIF), 
quando liberados para o citosol, auxiliam no desencadeamento 
da apoptose. A Smac/DIABLO é uma proteína mitocondrial 
que contribui para ativação da cascata proteolítica por ação 
direta sobre as proteínas inibidoras de apoptose (IAPs), as 
quais dificultam a ação das caspases, ao passo que a AIF é 
uma flavoproteina que, quando presente no citosol, sofre 
clivagem, sendo translocada para o núcleo celular, induzindo 
alterações como condensação da cromatina, dissipação do 
potencial de membrana mitocondrial e fragmentação nuclear 
(104,126,127).
Conforme mencionado anteriormente, a apoptose 
pode ser desencadeada por diferentes estímulos. Entre 
eles estão os altos índices de espécies reativas de oxigênio 
(EROs), conforme demonstrado em diferentes estudos sobre 
mecanismos apoptóticos (128,129). A produção de EROs pode 
ser intensificada por diferentes insultos durante o processo 
de respiração celular. Dessa forma, agentes que atuem sobre 
a cadeia transportadora de elétrons e, consequentemente, 
sobre o potencial de membrana mitocondrial podem levar 
ao estresse oxidativo intracelular (130,131).
Outro estímulo envolvido com os mecanismos 
apoptóticos está relacionado com os níveis de cálcio 
citosólico, pois, embora a desregulação drástica dos níveis de 
cálcio seja geralmente associada com a necrose, recentemente 
tem sido relatado que a lenta disfunção dos níveis de cálcio é 
um evento característico da apoptose, visto que a localização 
das mitocôndrias próximas ao retículo endoplasmático induz 
a sobrecarga de cálcio e, consequentemente, a abertura dos 
poro de transição da membrana mitocondrial, que facilita a 
liberação das proteínas pró-apoptóticas (109,132). 
No caso da necrose, além do envolvimento da 
mitocôndria na regulação dos níveis de cálcio (109), a 
participação mitocondrial envolve a catástrofe bioenergética 
relacionada, principalmente, a permeabilização da membrana 
interna, que ocasiona a desregulação do fluxo de íons e, 
consequentemente, gera o colapso da produção de ATP, 
devido ao inchamento da matriz mitocondrial (112,133,134).
As alterações dos níveis de ATP são características 
tanto do processo apoptótico quanto necrótico. No entanto, 
a distinção entre os mecanismos de morte celular é possível, 
pois na apoptose o decaimento de ATP ocorre lentamente, 
devido à necessidade de energia para a finalização do 
processo, ao passo que, no processo necrótico, há a depleção 
brusca dos níveis de energia devido, principalmente, ao 
desacoplamento da respiração mitocondrial (135,136). Dessa 
forma, na necrose o principal envolvimento da mitocôndria 
envolve a permeabilização da organela, promovendo, 
assim, o inchamento da matriz mitocondrial, a ruptura da 
membrana externa e, consequentemente, desencadeando as 
falhas metabólicas que culminarão no desenvolvimento do 
processo necrótico. 
IMPLICAÇÕES TOXICOLÓGICAS
Muitas moléculas que são potenciais candidatos 
a fármacos são excluídas devido a efeitos indesejáveis 
no metabolismo humano. Para tal decisão são utilizados 
resultados com relação estrutura-atividade em sistemas 
biológicos. Esta abordagem com relação às substâncias 
químicas é de grande interesse e capaz de agregar valor ao 
campo da toxicologia (137,138). 
6 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012)
As células humanas apoiam-se na produção de 
ATP pela mitocôndria para a execução de seus processos 
de crescimento, diferenciação e respostas aos estímulos 
ambientais (139), incluindo interações com xenobióticos. 
A interferência no sistema mitocondrial, que é complexo e 
altamente regulado, implica em disfunção mitocondrial e 
lesão celular, que podem ser causadas por inúmeros agentes 
(17). Dessa forma, a mitocôndria é alvo de vários agentes 
tóxicos (Figura 3), além de estar envolvida nos mecanismos 
de dano e morte celular por vários mecanismos, sendo eles 
diretos ou indiretos (10,46).
A biogênese mitocondrial é um processo complexo, 
que envolve uma série de vias de sinalização que regulam a 
expressão coordenada dos genomas nuclear e mitocondrial 
(136). A regulação da biogênese mitocondrial e bioenergética 
também é realizada por diversos fatores que são passíveis 
aos efeitos tóxicos de substâncias, tais como cloranfenicol e 
tetraciclinas, ambos antibióticos, que interferem na síntese 
de proteínas mitocondriais (140). 
Experimentos utilizando “DNA microarrays” são 
instrumentos de estudos toxicogenômicos, que investigam a 
resposta gênica diante dos xenobióticos (141). Dessa forma, 
o conhecimento das características do genoma mitocondrial 
é importante para o entendimento dos diversos sinais clínicos 
das doenças mitocondriais (136,142). De maneira geral, o 
mtDNA é um alvo crítico de danos oxidativos que pode levar 
à injúria letal através da infl uência do transporte elétrico, 
potencial de membrana mitocondrial e geração de ATP 
Figura 2: Representação simplifi cada das vias de extrínseca e intrínseca de indução de morte celular por apoptose desen-
cadeadas por xenobióticos. 
 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012) 7
(143). Além disso, o mtDNA encontra-se próximo aos locais 
onde as EROs são rotineiramente formadas, o que facilita a 
ocorrência de danos e mutações (144). Sendo assim, o etanol 
é um exemplo notório, capaz de ocasionar danos oxidativos 
ao mtDNA (145).
Quando a atividade de algum complexo mitocondrial 
é diminuída ou inibida, pela presença de agentes tóxicos 
por exemplo, o processo de transferência de elétrons é 
interrompido e a capacidade energética celular diminuída, 
pois a produção de ATP, proveniente da fosforilação oxidativa 
mitocondrial fi ca comprometida. Estes processossão passíveis 
de ocorrer por uma série de vias disparadas pela liberação 
de mediadores infl amatórios tais como TNF-α, capazes de 
induzir disfunção mitocondrial e até mesmo hipóxia tecidual 
em órgãos vitais (146). Exemplos de compostos que podem 
interagir na cadeia transportadora de elétrons abrangem os 
oxidantes, agentes alquilantes, agentes sulfi drilas, bem como 
uma grande variedade de metais pesados como mercúrio 
inorgânico (63,147).
Consequentemente, a inibição da cadeia respiratória 
induz aumento na produção de EROs no interior das 
célulasque leva à citotoxicidade por meio de danos oxidativos 
em macromoléculas celulares, como proteínas e DNA; e 
também peroxidação dos lipídios da membrana, conhecida 
como lipoperoxidação (82,148). Em adição, em situações 
de estresse oxidativo ocorre abertura de poros e perda do 
potencial de membrana e da permeabilidade mitocondrial 
levando a liberação de proteínas pró-apoptóticas que ativam 
as caspases e consequentemente a morte celular (78,149,150). 
A lipoperoxidação tem efeito deletério sobre as propriedades 
e funções da mitocôndria (151), visto que a organela é a 
principal fonte de espécies reativas (82). Dessa forma o 
Figura 3: Representação dos mecanismos de interações de xenobióticos com implicações toxicológicas. Incluindo ação direta: 
Inibição da Fosforilação oxidativa; Inibição de alvos moleculares da biogênese mitocondrial através da inibição da síntese de 
mtDNA e ATP. Em adição, mecanismos indiretos representados pelo aumento da (Ca+2) e de Espécies reativas de oxigênio 
(EROS) que culmina em Transição de Permeabilidade Mitocondrial (TPM), resultando em morte celular.
8 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012)
aumento da peroxidação, juntamente com ligações cruzadas 
entre Malondialdeído (MDA) e fosfolipídeos, provoca 
alterações na fluidez de membrana mitocondrial, (152) 
o que pode ocasionar prejuízo nos processos energéticos 
da mitocôndria, uma vez que os mesmos são sensíveis à 
organização da membrana mitocondrial interna.
Dano oxidativo na mitocôndria é a etiologia de 
diversas condições patofisiológicas e como estratégia a 
mitocôndria se enriquece com enzimas antioxidantes para 
limitar a injúria celular (142). Tal estratégia é aplicada com 
sucesso em experimentos in vitro e in vivo na monitorização 
da depleção desse sistema (153). A classe de enzimas 
Glutationa S-Transferase (GST) desempenha papel crucial 
no metabolismo de fase II de conjugação de xenobióticos 
eletrofílicos (fármacos, toxinas, poluentes ambientais, 
carcinógenos e espécies reativas) com o tripeptídeo endógeno 
glutationa (GSH) (154). Sendo assim, o metabolismo da 
glutationa, por exemplo, é de grande importância para a 
toxicologia, visto sua relação com a neutralização de espécies 
reativas produzidas durante o metabolismo de xenobióticos 
pelo fígado (155), o que torna a avaliação do estado redox 
mitocondrial uma importante ferramenta na avaliação de 
potenciais pró-oxidantes. 
O metabolismo humano é chave central na organização 
e sinalização de sistemas biológicos, sendo a mitocôndria, 
juntamente com o retículo endoplasmático (RE), apontados 
como principais compartimentos celulares de Ca+2 (156). 
Entretanto, a presença de Ca2+ em excesso na matriz 
mitocondrial é um dos desencadeadores da Transição de 
Permeabilidade Mitocondrial (TPM) (157-160), sendo 
caracterizada pela permeabilidade progressiva da membrana 
mitocondrial interna, a qual se torna permeável a prótons, 
íons, pequenas proteínas e solutos de até 1500 Da, devido 
a um canal de alta condutância, sensível a Ciclosporina A e 
Ca2+ dependente (2,78,161-163) em múltiplas conformações, 
incluindo um modo de baixa condutância (160,164,165). O 
termo “Transição” é utilizado para designar a reversibilidade 
da permeabilização, quando adicionado agentes quelantes de 
Ca2+ e redutores ditiol logo após seu inicio (166-168).
Neste contexto, os efeitos tóxicos sobre as mitocôndrias 
estão diretamente relacionados à regulação da morte celular, 
uma vez que fatores como concentração intramitocondrial de 
cálcio, níveis de EROs e membros da família Bcl-12, estando 
em desequilíbrio, ocasionam alterações na permeabilidade da 
membrana mitocondrial que podem ocasionar morte celular 
por apoptose (8). 
A bioenergética mitocondrial é complexa e altamente 
relevante nos mecanismos de lesões teciduais por tóxicos. 
Como ilustração das variadas vias de toxicidade mitocondrial, 
podemos citar: a inibição direta da produção de energia pelo 
metanol, o desacoplamento da fosforilação oxidativa por 
herbicidas fenólicos, a transição da permeabilidade seletiva 
da membrana por agentes oxidantes e a perturbação do 
genoma mitocondrial por acúmulo de exclusões e pontos de 
mutação (46), além de estudos que evidenciam que o dano 
e a disfunção mitocondrial aumentam conforme a idade 
(169). Em adição, substâncias como amiodarona causam 
a abertura do canal de potássio e ocasionam um aumento 
na permeabilidade a prótons e potássio, o que induz a uma 
diminuição do Δψ e inchamento da organela, acarretando 
diminuição na síntese de ATP e, consequentemente, a 
liberação de citocromo c (170). Fármacos prescritos como 
terapia para AIDS, nucleosídeos inibidores da transcriptase 
reversa, causam toxicidade mitocondrial, inibindo a síntese 
do mtDNA (90), poluentes atmosféricos aos quais estamos 
expostos, diariamente, causam distúrbios em diversos 
sistemas, incluindo mitocôndrias (171). 
Dessa forma, resultados obtidos com diferentes 
metodologias e um bom isolamento mitocondrial em 
diferentes tecidos podem ser usados para avaliar os 
mecanismos de toxicidade induzida por xenobióticos, 
permitindo utilizar as mitocôndrias como biossensores em 
toxicologia (171,172).
ABSTRACT
Mitochondria as a Target for Toxicity Evaluation of 
Xenobiotics
The mitochondrion is the organelle responsible for 
transforming the energy from food into usable energy for 
the cell in the form of adenosine triphosphate (ATP). Thus, 
the mitochondria are essential to the life of eukaryotic cells. 
Since the second half of the 20th century mitochondria are 
considered as “the power house” of the cells and have more 
recently become clear that these organelles also have a key 
role in signaling pathways and cell death. In contemporary 
times, the mitochondria become an important tool in the field 
of toxicology, allowing the understanding and prediction of 
adverse effects of various substances, since mitochondrial 
damage is often considered as the cause or the effect of 
tissue damage. This review attempts to briefly describe the 
mitochondrial function and describe how it can be used for 
toxicological evaluation of chemical compounds in vitro.
Keywords: mitochondria, bioenergetics, cell death, toxico-
logical assessment
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Porter Jr. GA, Hom, J, Hoffman D, Quintanilla R, 
Bentley KM, Sheu, S.S. Bioenergetics, mitochondria, 
and cardiac myocyte differentiation. Prog Pediatr 
Cardiol 2011; 31:75–81.
2. Galluzzi L, Kepp O, Trojel-Hansen C, Kroemer G. 
Mitochondrial Control of Cellular Life, Stress, and 
Death. Circ Res 2012; 111:1198–1207.
3. Moreno AJM. Mitochondrial Pharmacology and 
Toxicology. Transworld Research Network; 2006. 
210 p., 2006.
4. Luft, R. The development of mitochondrial medicine. 
Proc Natl Acad Sci 1994; 91:8731-8738.
 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012) 9
5. Protti A, Carré J, Frost MT, Taylor V, Stidwill R, 
Rudiger A, Singer M. Succinate recovers mitochondrial 
oxygen consumption in septic rat skeletal muscle. Crit 
Care Med 2007; 35:2150-2155
6. Nelson DL, Cox MM. Lehninger Principles of 
Biochemistry, 3rd. ed. New York: Worth Publishers 
2000; 1255 p
7. Alberts B, Bray D, Lewis J, Raff M, Roberts K, Watson 
J. Biologia Molecular da Célula. 3ªed. Porto Alegre: 
Artes Médicas 1997; 1549p
8. Armstrong JS. The role of the mitochondrial 
permeability transition in cell death. Mitochondrion 
2006; 6:225-234.9. Green DR, Reed JC. Mitochondria and apoptosis. 
Science 1998; 281:1309–1312.
10. Green DR, Kroemer G. The Pathophysiology of 
Mitochondrial Cell Death. Science 2004; 305:626-
629.
11. Mizutani S, Miyato Y, Shidara Y, Asoh S, Tokunaga 
A, Tajiri T, Ohta S. Mutations in the mitochondrial 
genome confer resistance of cancer cells to anticancer 
drugs. Cancer Sci 2009; 100:1680-1687. 
12. Heiden MGV, Cantley LC, Thompson CB. 
Understanding the Warburg Effect: the Metabolic 
Requirements of Cell Proliferation. Science 2009; 
324:1029-1033.
13. Warburg O. On the origin of cancer cells. Science 
1956; 123:309–314.
14. Ferreira LMR. Cancer metabolism: The Warburg 
effect today. Exp Mol Pathol 2010; 89:372-80 
15. Jose C, Rossignol R. Rationale for mitochondria-
targeting strategies in cancer bioenergetics therapies. 
Int J Biochem Cell Biol 2013; 45:123-129.
16. Weinberg F, Hamanaka R, Wheaton WW, Weinberg S, 
Joseph J, Lopez M, et al. Mitochondrial metabolism 
and ROS generation are essential for Kras-mediated 
tumorigenicity. Proc Natl Acad Sci USA 2010; 
107:8788–93.
17. Lash LH, Jones DP. Methods in Toxicology: 
Mitochondrial Dysfunction. Academic Press, Inc, San 
Diego, 1993. v.2.
18. Dagda RK, Zhu J, Chu CT. Mitochondrial Kinases 
in Parkinson’s disease: Converging insights from 
neurotoxin and genetic models. Mitochondrion 2009; 
9:289-98.
19. Stetler RA, Leak RK, Gao Y, Chen J. The dynamics of 
the mitochondrial organelle as a potential therapeutic 
target. J Cereb Blood Flow Metab 2012; 1-11.
20. Bragadin M. The mitochondria: ATP synthesis and 
its inhibition by toxic compounds. In: Moreno AJM, 
Oliveira PJ, Palmeira CM. (editores) Mitochondrial 
Pharmacology and Toxicology. Kerala; Transworld 
Research Network, 2006. 1-22.
21. Dykens JA, Jamieson JD, Marroquin LD, Nadanaciva 
S, Xu JJ, Dunn MC, Smith AR, Will Y. In Vitro 
Assessment of Mitochondrial Dysfunction and 
Cytotoxicity of Nefazodone, Trazodone and 
Buspirone. Toxicol Sci 2008; 103:335-45.
21. Li Y, Couch L, Higuchi M, Fang J-L, Guo L. 
Mitochondrial Dysfunction Induced By Sertraline, an 
Antidepressant Agent. Toxicol Sci 2012; 127:589-91.
22. Stachowicz A, Suski M, Olszanecki R, Madej J, Okon 
K, Korbut R. Proteomic analysis of liver mitochondria 
of apolipoprotein E Knockout mice treated with 
metformin. J Proteomic 2012; In Press.
23. Dzeja PP, Holmuhamedov EL, Ozcan C, Pucar D, 
Jahangir A, Terzic A. Mitochondria: Gateway for 
Cytoprotection. Circ Res 2001; 89:744-746.
24. Gruber J, Fong S, Chen C-B, Yoong S, Pastorin G, 
Schaffer S, Cheah I, Halliwell B. Mitochondria-
targeted antioxidants and metabolic modulators 
as pharmacological interventions to slow ageing. 
Biotechnol Adv 2012. In press.
25. Camara AKS, Lesnefsky EJ, Stowe DF. Potential 
Therapeutic Benefits of Strategies Directed to 
Mitochondria. Antioxid Redox Signal 2010; 13:279-
347.
26. Arce PM, Goldschmidt R, Khdour OM, Madathil 
MM, Jaruvangsanti J, Dey S, Fash DM, Armstrong JS, 
Hecht SM. Analysis of the structural and mechanistic 
factors in antioxidants that preserve mitochondrial 
function and confer cytoprotection. Bioorg Med Chem 
2012; 20:5188-5201.
27. Davies, K.M., Strauss, M., Daum, B., Kief, J.H., 
Osiewacz, H.D., Rycovska, A., Zickermann, V., and 
K u hlbrandt, W. Macromolecular organization of ATP 
synthase and complex I in whole mitochondria. Proc. 
Natl. Acad. Sci. 2011; 108:14121–14126.
28. Martins de Brito O, Scorrano L. An intimate liaison: 
spatial organization of the endoplasmic reticulum – 
mitochondria relationship. EMBO J. 2010; 29:2715-
2723.
29. Green, D.R., Galluzzi, L., and Kroemer, G. 
Mitochondria and the autophagy-inflammation-
cell death axis in organismal aging. Science 2011; 
333:1109–1112.
30. Zerbes RM, Van der Klei, IJ, Veenhuis, M, Pfanner, 
N, Van Der Laan M, Bohnert M. Mitofilin complexes: 
conserved organizers of mitochondrial membrane 
architecture. Biol. Chem. 2012; 393:1247-1261.
31. Logan DC. The mitochondrial compartment. J Exp 
Bot. 2006; 57:1225-1243.
32. Stowe DF e Camara AK. Mitochondrial Reactive 
Oxygen Species Production in Excitable Cells: 
Modulators of Mitochondrial and Cell Function. 
Antioxid Redox Signal 2009; 11:1373-1414.
33. Galloway CA, Lee H, Yoon Y. Mitochondrial 
morphology – emerging role in bioenergetics. Free 
Radic Biol Med 2012. In Press.
34. Lima TFO, Duarte DA, Sá ALB. Mitocôndria 
Revisada. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2010; 
1:94-107.
Lilian
Highlight
Lilian
Sticky Note
22
Lilian
Highlight
Lilian
Sticky Note
23
Lilian
Highlight
Lilian
Sticky Note
24
Lilian
Highlight
Lilian
Sticky Note
25
Lilian
Sticky Note
26
Lilian
Sticky Note
27
Lilian
Sticky Note
28
Lilian
Sticky Note
29
Lilian
Sticky Note
30
Lilian
Sticky Note
31
Lilian
Sticky Note
32
Lilian
Sticky Note
33
Lilian
Sticky Note
34
Lilian
Sticky Note
35
10 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012)
35. Benard, G. and R. Rossignol. Ultrastructure of 
the mitochondrion and its bearingon function and 
bioenergetics. Antioxid Redox Signal 2008; 10:1313-
42.
36. Howell N, Chinnery PF, Ghosh SS, Fahy E, Turnbull 
DM. Transmission of the human mitochondrial 
genome. Hum. Reprod. 2000; 15:235-245.
37. Lesnefsky EJ, Moghaddas S, Tandler B, Kerner J, 
Hoppel CL. Mitochondrial dysfunction in cardiac 
disease: ischemiareperfusion, aging, and heart failure. 
J Mol Cell Cardiol. 2001; 33:1065-1089.
38. Scheffler IE. Mitochondria. Ed. Wiley-Liss, 1999, 
New York 351p.
39. Ding WX, Li M, Biazik JM, Morgan DG, Guo 
F, Ni HM, Goheen M, Eskelinen EL, Yin XM. 
Electron microscopic analysis of a spherical 
mitochondrial structure. J Biol Chem 2012 In Press.
40. Mannella, C.A. The relevance of mitochondrial 
membrane topology to mitochondrial function. 
Biochim Biophys Acta 2006; 1762:140–147.
41. Zick, M., Rabl, R., and Reichert, A.S. Cristae 
formationlinking ultrastructure and function of 
mitochondria. Biochim Biophys Acta 2009; 1793:5–
19.
42. Junqueira LC, Carneiro J. (eds).Histologia Básica, 9ª 
ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 1999. 
332 p.
43. Wallace KB, Starkov AA. Mitochondrial targets of 
drug toxicity. Annu Rev Pharmacol Toxicol 2000; 
40:353–388.
44. Navarro A, Boveris A. Brain mitochondrial 
dysfunction in aging: conditions that improve survival, 
neurological performance and mitochondrial function. 
Front Biosci 2007; 12:1154-63.
45. Wallace DC, Brown MD, Lott MT. Mitochondrial 
Genetics. In: Rimoin DL, Cormor JM, Pybriz RE. 
Emery and Rimoin’s Practice of Medical Genetics. 
Vol I. 3a ed. Churchill Livingstone. New York, 1997 
pp: 277-299.
46. Wallace DC. Mitochondrial defects in cardiomyopathy 
and neuromuscular disease. Am Heart J 2000; 139:70-
85.
47. Siqueira LFM. Progressive myoclonic epilepsies: 
review of clinical, molecular and therapeutic aspects. 
J Neurol 2010; 257:1612–1619.
48. Souza AFM, Giugliani R. Doenças Mitocondriais. In: 
Carakushanski E. Doenças Genéticas em Pediatria. 
Ed. Guanabara Koogan, RJ, 2001. p. 189-195.
49. Jorde LB, Carey JC, Barnshad MJ, While EL. Genética 
Médica. 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2000. 297p.
50. Scheffler IE. Mitochondria: make a come back. 
Adv. Drug Deliv Rev 2001; 49:3-26.
51. Trifunovic, A. and N. G. Larsson. Mitochondrial 
dysfunction as a cause of ageing. J Intern Med, 2008; 
263:167-178.
52. Meyer EH, Tomaz T, Carroll AJ, Estavilho G, 
Delannoy E, Tanz SK, Small ID, Pogson BJ, Millar 
AH. Remodeled Respiration in ndufs4 with Low 
Phosphorylation Efficiency Suppresses Arabidopsis 
Germination and Growth and Alters Control of 
Metabolism at Night. Plant Physiol 2009; 151:603-619.
53. Srinivasan S, Avadhani NG. Cytochrome c oxidase 
dysfunction in oxidative stress. Free Radic Biol Med 
2012; 53:1252-63.
54. Kilpatrick SL, Erecinska M, Silver IA. Early cellular 
responses in vitro to endotoxin administration. Circ 
Shock 1981; 8:585–600.
55. Lipskaya TYU. Mitochondrial creatine kinase: 
Properties and function. Biokhimiia 2001; 66:1361-
1376.
56. Ferreira M, AguiarT, Vilarinho L. Cadeia Respiratória 
Mitocondrial: Aspectos Clínicos, Bioquímicos, 
Enzimáticos e Moleculares Associados ao Défice do 
Complexo I. Arq Med 2008; 22:49-56.
57. Berg D, Youdim MBH, Riederer P. Redox Imbalance. 
Cell Tissue Res 2004; 318:201-213.
58. Voet D; Voet JG; In: Biochemistry (Voet D, ed) 
Segunda edição. John Wiley & Sons, New York, 1995. 
214p.
59. Wallace DC. Mitochondrial Diseases in Man and 
mouse. Science 1999; 283:1482-8.
60. Wilson DF, Harrison DK, Vinogradov AS. Oxygen, 
pH, and mitochondrial oxidative phosphorylation. 
J Appl Physiol 2012; In Press. doi:10.1152/
japplphysiol.01160.2012.
61. Tahara EB, Navarete FD, Kowaltowski AJ. Tissue-, 
substrate-, and site-specific characteristics of 
mitochondrial reactive oxygen species generation. 
Free Radic Biol Med 2009; 1:1283-1297.
62. Belyaeva EA, Sokolova TV, Emelyanova LV, 
Zakharova IO. Mitochondrial Electron Transport 
Chain in Heavy Metal-Induced Neurotoxicity: Effects 
of Cadmium, Mercury, and Copper. Scientific World 
J 2012. In Press. doi:10.1100/2012/136063.
63. Mingatto FE, Santos AC, Rodrigues T, Pigoso AA, 
Uyemura AS, Curti C. Effects of the nimesulide and its 
reduced metabolite on mitochondria. Br. J Pharmacol 
2000; 131:1154-1160.
64. Maity, P.; Bindu, S.; Dey, S.; Goyal, M.; Alam, A.; 
Pal, C.; Mitra, K.; Bandyopadhyay, U. Indomethacin, 
a non-steroidal anti-inflammatory drug, develops 
gastropathy by inducing reactive oxygen species-
mediated mitochondrial pathology and associated 
apoptosis in gastric mucosa: a novel role of 
mitochondrial aconitase oxidation. J Biol Chem 2009; 
284:3058–3068.
65. Nadanaciva S, Will Y. New insights in Drug-Induced 
Mitochondrial Toxicity. Curr Pharm Des 2011; 
17:2100-12.
66. Sivalingam, N.; Basivireddy, J.; Balasubramanian, 
K. A.; Jacob, M. Curcumin attenuates indomethacin-
Lilian
Sticky Note
36
Lilian
Sticky Note
37
Lilian
Sticky Note
38
Lilian
Sticky Note
39
Lilian
Sticky Note
40
Lilian
Sticky Note
41
Lilian
Sticky Note
42
Lilian
Sticky Note
43
Lilian
Sticky Note
44
Lilian
Sticky Note
45
Lilian
Sticky Note
46
Lilian
Sticky Note
47
Lilian
Sticky Note
48
Lilian
Sticky Note
49
Lilian
Sticky Note
50
Lilian
Sticky Note
51
Lilian
Sticky Note
52
Lilian
Sticky Note
53
Lilian
Sticky Note
54
Lilian
Sticky Note
55
Lilian
Sticky Note
56
Lilian
Sticky Note
57
Lilian
Sticky Note
58
Lilian
Sticky Note
59
Lilian
Sticky Note
60
Lilian
Sticky Note
61
Lilian
Sticky Note
62
Lilian
Sticky Note
63
Lilian
Sticky Note
64
Lilian
Sticky Note
65
Lilian
Sticky Note
66
Lilian
Sticky Note
67
 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012) 11
induced oxidative stress and mitochondrial 
dysfunction. Arch Toxicol 2008; 82:471-481.
67. Raza H, John A. Implications of Altered Glutathione 
Metabolism in Aspirin-Induced Oxidative Stress and 
Mitochondrial Dysfunction in HepG2 Cells. PloS 
ONE 2012; 7:1-14.
68. Esposti MD. Inhibitors of NADH-ubiquinone 
reductase: an overview, Biochim. Biophys. Acta 1998; 
1364:222-235.
69. Gil DL, Ferreira J. The 1,2,3-benzothiadiazoles. 
A new type of compound acting on coupling site 
I, in rat liver mitochondria. Xenobiotica 1980; 10: 
7-15.
70. Andreani A et al., Thienylimidazo(2,1-b)thiazoles as 
inhibitors of mitochondrial NADH dehydrogenase. J 
Med Chem 1995; 38:1090-1097.
71. Singer TP, Ramsay RR. in: Ernster L. (Ed.). Molecular 
Mechanisms in Bioenergetics, Elsevier, Amsterdam, 
1992, pp. 145-162.
72. Szewczyk A, Wojtczak L. Mitochondria as a 
pharmacological target. Pharmacol Rev 2002; 54: 
101-127.
73. Brown GC, Borutaite V. Inhibition of mitochondrial 
respiratory complex I by nitric oxide, peroxynitrite 
and S-nitrosothiols. Biochim Biophys Acta. 2004; 
1658:44-49.
74. Scatena R, Bottoni P, Botta G, Martorana GE, Giardina 
B. The role of mitochondria in pharmacotoxicology: 
a reevalution of an old, newly emerging topic. Am J 
Physiol 2007; 293:12-21.
75. Ksenzenko M, Konstantinov AA, Khomutov GB, 
Tikhonov AN, Ruuge EK. Effect of electron transfer 
inhibitors on superoxide generation in the cytochrome 
bc1 site of the mitochondrial respiratory chain. FEBS 
Lett 1983; 155:19-24.
76. Ma X, Jin M, Cai Y, Xia H, Long K, Liu J, Yu Q, Yuan 
J. Mitochondrial Electron Transport Chain Complex 
III Is Required for Antimycin A to Inhibit Autophagy. 
Chem Biol 2011; 18:1474-81.
77. Brenner C, Moulin M. Physiological Roles of 
the Permeability Transition Pore. Circ Res 2012; 
111:1237-1247.
78. Wallace KB, Eells JT, Madeira VMC, Cortopassi G, 
Jones DP Mitochondrial-mediated cell injury. Fundam 
Appl Toxicol 2008; 38:23-27.
79. Chan K, Truong D, Shangari N, O’Brien PJ. Drug-
induced mitochondrial toxicity. Expert Opin. Drug 
Metab. Toxicol. 2005; 1:655-669.
80. Turrens JF. Superoxide production by the mitochondrial 
respiratory chain. Biosci Rep 1997; 17:3-8.
81. Kowaltowski AJ, Souza-Pinto NC, Castilho RF, 
Vercesi AE. Mitochondria and reactive oxygen 
species. Free Radic Biol Med 2009; 47:333-343.
82. Feissner RF, Skalska J, Winston EG, Sheu SS. 
Crosstalk signaling between mitochondrial Ca2+ and 
ROS. Front Biosci 2009; 14:1197-1218.
83. Boveris A, Chance B. The mitochondrial generation 
of hydrogen peroxide. General properties and effect 
of hyperbaric oxygen. Biochem J 1973; 134:707-716.
84. Dorta DJ, Curti C, Rodrigues T. Effects of flavonoids 
on mitochondria: an overview on pharmacological and 
toxicological aspects. In: Moreno AJM, Oliveira PJ, 
Palmeira CM. (Editores) Mitochondrial Pharmacology 
and Toxicology. Kerala: Transworld Research 
Network 2006; 147-161.
85. Greetham D, Kritsiligkou P, Watkins RH. Oxidation 
of the Yeast Mitochondrial Thioredoxin Promotes Cell 
Death. Antioxid Redox Signal 2012. In Press.
8.. Fridovich I. Superoxide Anion Radical (O.-2), 
Superoxide Dismutases, and Related Matters. J Biol 
Chem 1997; 272:18515-18517.
87. Chance B, Sies H, Boveris A. Hydroperoxide 
Metabolism in Mammalian Organs Physiol Rev 1979; 
59:527-605.
88. Pardo-Andreu GL, Nuñez-Figueredo Y, Tudella 
VG, Cuesta-Rubio O, Rodrigues FP, Pestana CR, 
Uyemura SA, Leopoldino AM, Alberici LC, Curti C. 
The anti-cancer agente guttiferone-A permeabilizes 
mitochondrial membrane: Ensuing energetic and 
oxidative stress implications. Toxicol Appl Pharmacol 
2011; 253:282-289.
89. Pereira CV, Moreira AC, Pereira SP, Machado NG, 
Carvalho FS, Sardão VA, Oliveira PJ. Investigating 
Drug-induced Mitochondrial Toxicity: A Biosensor to 
Increase Drug Safety? Curr Drug Saf 2009; 4:34-54.
90. Fuchs Y, Steller, H, Programmed Cell Death in Animal 
Development and Disease. Cell 2011; 11:742-758
91. Indran IR, Tufo G, Pervaizes S, Brenner C. Recents 
advances in apoptosis, mitochondria and drug 
resistance in cancer cells. Biochim Biophys Acta 2011; 
1807: 735-745.
92. Nunnari J, Suomalainen, A. Mitochondria: in sickness 
and in health. Cell 2012. 148; 6:1145-1159.
93. Federico A, Cardaioli E, Da Pozzo, P, Formichi, P, 
Gallux, GN, Radi, E. Mitochondria, oxidative stress 
and neurodegeneration. J Neurol Sci 2012; 322:254–
262.
94. Mammucari C, Rizzuto R. Signaling pathways in 
mitochondrial dysfunction and aging. Mech Ageing 
Dev 2010; 131:536–543.
95. Zhivotovsky B, Orrenius S. Cell death mechanism: 
Cross–talk and role disease. Exp Cell Res 2010; 
316:1374-1383.
96. B e a l M . M i t o c h o n d r i a l d y s f u n c t i o n i n 
neurodegenerative diseases. Biochim Biophys Acta 
1998; 1366:211-223. 
97. Yen WL, Klionsky D. How to live long and Prosper: 
Autophagy, Mitochondria and Aging. Physiology 
2008; 23:248-262.
98. Orrenius S, Nicotera P, Zhivotovsky B. Cell Death 
Mechanisms and Their Implications in Toxicology. 
Toxicol Sci 2011; 119:3-19.
Lilian
Sticky Note
68
Lilian
Sticky Note
69
Lilian
Sticky Note
70
Lilian
Sticky Note
71
Lilian
Sticky Note
72
Lilian
Sticky Note
73
Lilian
Sticky Note
74
Lilian
Sticky Note
75
Lilian
Sticky Note
76
Lilian
Sticky Note
77
Lilian
Sticky Note
78
Lilian
Sticky Note
79
Lilian
Sticky Note
80
Lilian
Sticky Note
81
Lilian
StickyNote
82
Lilian
Sticky Note
83
Lilian
Sticky Note
84
Lilian
Sticky Note
85
Lilian
Sticky Note
86
Lilian
Sticky Note
87
Lilian
Sticky Note
88
Lilian
Sticky Note
89
Lilian
Sticky Note
90
Lilian
Sticky Note
91
Lilian
Sticky Note
92
Lilian
Sticky Note
93
Lilian
Sticky Note
94
Lilian
Sticky Note
95
Lilian
Sticky Note
96
Lilian
Sticky Note
97
Lilian
Sticky Note
98
Lilian
Sticky Note
99
12 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012)
99. Yin F, Sancheti H, Cadenasm E. Mitochondrial Thiols 
in the Regulation of Cell Death Pathways. Antioxid 
Redox Signal. 2012; 17:1714-1727.
100. Martinou JC, Youle RJ. Mitochondria in Apoptosis: 
Bcl-2 Family Members and Mitochondrial Dynamics. 
Devel Cell 2011; 21:92-101.
101. Minibayeva F, Dmitrieva S, Ponomareva A, Ryabovol 
V. Oxidative stress-induced autophagy in plants: The 
role of mitochondria. Plant Physiol Biochem 2012; 
59:11-19.
102. Gomes LC, Di Benedetto G, Scorrano, L. During 
autophagy mitochondria elongate, are spared from 
degradation and sustain cell viability. Nat Cell Biol 
2011; 13:589-597.
103. Grivicich I, Regner A, Rocha AB. Morte Celular por 
Apoptose. Rev Brasil Cancerol 2007; 53:335-343.
104. Wiench B. Eichhorn T, Paulsen M, Efferth T. Shikonin 
directly targets mitochondria and causes mitochondria 
dysfunction in cancer cell. Evid Base Complement 
Alternat Med 2012. Doi: 10.1155/2012/7260025.
105. Sangar V, Eddy JA, Simeonidis E, Price ND. 
Mechanistic modeling of aberrant energy metabolism 
in human disease. Front Physiol 2012; 3:1–10.
106. Kim JS, He L, Lemasters J. Mitochondrial permeability 
transition: a common pathway to necrosis and 
apoptosis. Biochem Biophys Res Commun. 2003; 
304:463-470. 
107. He C, Klionsky DJ. Regulation mechanism and 
signaling pathways of autophagy. Annu Rev Genet 
2009; 43:67-93. 
108. Giorgi C, Romagnoli A, Pinton P, Rizzuto R. Ca2+ 
Signaling, Mitochondrial and Cell Death. Curr Mol 
Med 2008; 8:119-130.
109. Perier C, Bove J, Vila, M. Mitochondria and 
Programmed Cell Death in Parkinson’s Disease: 
Apoptosis and Beyond. Antioxid Redox Signal 2012; 
16:883-895.
110. Liu L, Zhang Z, Xing D. Cell death via mitochondrial 
apoptotic pathway due to activation of Bax by 
lysosomal photodamage. Free Radic Biol Med 2011; 
51:53-68.
111. Kroemer G, Dallaporta B, Resche RM. The 
mitochondrial death/ life regulator in apoptosis and 
necrosis. Annu Rev Physiol 1998; 60:619-942.
112. Luo X, Budiharfjo I, Zhou H, Slaughter C, Wang X. 
Bid, a Bcl2 interacting protein, mediates cytocromo c 
release from mitochondria in response to activation of 
cell surface death receptor. Cell Press 1998; 94:481-
490.
113. Ott M, Robertson JD, Gogvadze V, Zhivotovsky B, 
Orrenius S. Cytochrome c release from mitochondria 
proceeds by a two-step process. Proc Natl Acad Sci 
2002; 99:1259-1263.
114. Li H, Zhu H, Xu CX, Yuan J. Cleavage of BID by 
caspase 8 mediates the mitochondrial damage in the 
FAS pathways of apoptosis. Cell 1998; 94:491-501.
115. Hotchkiss RS, Strasser A, Mcdunn JE, Swanson PE. 
Cell Death. N Engl J Med 2009; 361:1570–1583.
116. Martin LJ. Mitochondrial and cell death mechanism 
in Neurodegenerative Disease. Pharmaceuticals 2010; 
3:839-915.
117. Porter AG, Janicke RV. Emerging roles of caspase-3 
in apoptosis. Cell death and differ 1999; 6:96-104.
118. Crompton M. Bax, Bid and the permeabilization of 
the mitochondrial outer membrane in apoptosis. Curr 
Opin Cell Biol 2000; 12:414-419.
119. Perier C, Bove J, Vila, M. Mitochondria and 
Programmed Cell Death in Parkinson’s Disease: 
Apoptosis and Beyond. Antioxid Redox Signal 2012; 
16:883-895.
120. Zhu S, Tan J, Yan V, Zhang D, Zheng C, Chen Y, 
Xianhg Z, Cui H. Bax is Essential for Death Receptor-
Mediated Apoptosis in Human Colon Cancer Cells. 
Cancer Biother Radiopharm 2012; 27:577-581.
121. Kroemer G. Mitochondrial control of apoptosis: an 
introduction. Biochem Biophys Res Commun 2003; 
304:433-5.
122. Martins I, Lorenzo G, Kroemer G. Hormesis, cell 
death and aging. Aging 2011; 3:821–828.
123. Young LPOW, Douglas RG, Zhenyue H, Tak W. 
Citocrome c: functions beyond respiration. Nat Rev 
Mol Cell Biol 2008; 9:532-542.
124. Kulikov AV, Shilov ES, Mufazalov IA, Gogvadze V, 
Nedospasov SA, Zhivotovsky B. Cytochrome c: the 
Achilles’ heel in apoptosis. Cell Mol Life Sci 2012; 
69:1787-1797.
125. Niemi NM, MacKeigan JP. Mitochondrial 
phosphorylation in apoptosis: flipping the death 
switch. Antioxid Redox Signal 2012; doi: 10.1089/
ars. 2012.4982.
126. Gurp MV, Festjens N, Loo GV, Saelens X, 
Vandenabeele P. Mitochondrial intermembrane 
proteins in cell death. Biochem Biophys Res 
Commun 2003; 304:487-497.
127. Cao XH, Wang AH, Wang CL, Mao DZ, Lu MF, Cui 
YG, Jiao RZ. Surfactin induces apoptosis in human 
breast cancer MCF-7 cells through a ROS/JNK-
mediated mitochondrial/caspase pathway. Chem Biol 
Interact 2010; 183:357-362.
128. Li J, Xu Z, Tan M, Su W, Gong XG. 3-(4-(Benzo(d)
thiazol-2-yl)-1-phenyl- 1H-pyrazol-3-yl) phenyl 
acetate induced Hep G2 cell apoptosis through a 
ROS-mediated pathway. Chem Biol Interact 2010; 
183:341-8.
129. Fleury C, Mignotte B, Vayssiere JL. Mitochondrial 
reactive oxygen species in cell death signaling. 
Biochimie 2002; 84:131-141.
130. Jaeschke H, McGill M R, Ramachandran, A. Oxidant 
stress, mitochondria, and cell death mechanisms 
in drug-induced liver injury: Lessons learned from 
acetaminophen hepatotoxicity. Drug Metabol Rev 
2012; 44:88-106.
Lilian
Sticky Note
100
Lilian
Sticky Note
101
Lilian
Sticky Note
102
Lilian
Sticky Note
103
Lilian
Sticky Note
104
Lilian
Sticky Note
105
Lilian
Sticky Note
106
Lilian
Sticky Note
107
Lilian
Sticky Note
108
Lilian
Sticky Note
109
Lilian
Sticky Note
110
Lilian
Sticky Note
111
Lilian
Sticky Note
112
Lilian
Sticky Note
113
Lilian
Sticky Note
114
Lilian
Sticky Note
115
Lilian
Sticky Note
116
Lilian
Sticky Note
117
Lilian
Sticky Note
118
Lilian
Sticky Note
119
Lilian
Sticky Note
120
Lilian
Sticky Note
121
Lilian
Sticky Note
122
Lilian
Sticky Note
123
Lilian
Sticky Note
124
Lilian
Sticky Note
125
Lilian
Sticky Note
126
Lilian
Sticky Note
127
Lilian
Sticky Note
128
Lilian
Sticky Note
129
Lilian
Sticky Note
130
Lilian
Sticky Note
131
 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012) 13
131. Pinton P, Giorgi C, Siviero R, Zecchini E, Rizzuto 
R. Calcium and Apoptosis: ER-mitochondrial Ca2+ 
transfer in the controlo f apoptosis. Oncogene 2008; 
27:6407-6418.
132. Zamzami N, Hirsch T, Dallaporta B, Petit PX, 
Kroemer G. Mitochondrial implications in accidental 
and programmed cell death and necrosis. J Bioenerg 
Biomemb 1997; 29:185-193.
133. Chernyak BV, Izyumov DS, Lyamzaev KG, 
Pashkovskaya AA, Pletjushkima OU, Antonenko YN, 
Sakharov DV, Wirtz KW, Skulachev VP. Production 
of reactive oxygen species in mitochondria of HeLa 
cells under oxidative stress. Biochim Et Biophys Acta 
2006; 1757:525-534.
134. Leist M, Single B, Castoldi AF, Kuhnle S, Nicotera 
P. Intracellular adenosine Triphosphate (ATP) 
Concentration: a Switch in the decision between 
apoptosis and necrosis. J Exp Clin Med 1997; 
185:1481-6.
135. Malik A, Czajka A. Is mitochondrial DNA content a 
potential biomarker of mitochondrial dysfunction? 
Mitochondriom. 2012. doi.org/10.1016/j.mito.2012. 
10.011.
136. Bugrim A, Nikolskaya T, Nikolsky Y Early prediction 
of drug metabolism and toxicity: systems biology 
approach and modeling. Drug Discov Today 2004; 
9:127-35.
137. Geenen S, Taylor PN, Snoep JL, Wilson ID, Kenna 
JG, Westerhoff. Systems biology tools for toxicology. 
Arch Toxicol 2012; doi: 10.1007/s00204-012-0857-8.
138. Hueiwei YH; Lee HC. Oxidative Stress, Mitochondrial 
DNA Mutation, and Impairment of Antioxidant 
Enzymes in Aging. Exp Biol Med 2002; 227:671-682. 
139. Garrabou G, Soriano A, López S, Guallar JP, 
Giralt M, Villarroya F, Martinez JA, Casademont 
J, Cardellach F, Mensa J, Miró O. Reversible 
inhibition of mitochondrial protein synthesis during 
linezolid-related hyperlactatemia.Antimicrob Agents 
Chemother 2007; 51:962–967.
140. Thomas RS, Rank DR, Penn SG, Zastrow GM, Hayes 
KR, Pande K et al. Identification of toxicologically 
predictive gene sets using cDNA microarrays. Mol 
Pharmacol 2001; 60:1189-1194.
141. Farris MW, Chan CB, Patel M, Houten BV, Orrenius 
S. Role of mitochondria in toxic oxidative stress. Mol 
Interv 2005; 5:94-111.
142. Nasseh IE, Tengan CH, Kiyomoto BH, Gabbai AA. 
Doenças Mitocondriais. Revista de Neurociências 
2001; 2:60-9.
143. Brandon M, Baldi P, Wallace DC. Mitochondrial 
mutations in cancer. Oncogene 2006; 25:4647–4662.
144. Deschamps D, Fisch C, Fromenty B, Berson A, Degott 
C, Pessayre D. Inhibition by salicylic acid of the 
activation and thus oxidation of long-chain fatty acids. 
Possible role in the development of Reye’s syndrome. 
J Pharmacol Exp Ther 1991; 259:894-904.
145. Wu RQ, Xu YX, Song XH, Chen LJ, Meng XJ. 
Relationship between cytokine Mrna expression and 
organ damage following cecal ligation and puncture. 
J Gastroenterol 2002; 8:131-4.
146. Erecinska M, Wilson DF. Inhibitors of Mitochondrial 
Function. Pergamon: Oxford 1981; 199-210.
147. Schrauwen P, Schrauwen-Hinderling V, Hoeks J, 
Hesselink MKC. Mitochondrial dysfunction and 
lipotoxicity. Biochim Biophys Acta 2010; 1801: 
266-71.
148. Halliwell B, Gutteridge JMC. Free Radicals in Biology 
and Medicine, 3 ed. New York, Oxford University 
Press 1999; 936p.
149. Scheffler IE. Mitochondria: make a come back. 
Adv. Drug Deliv Rev 2001; 49:3-26.
150. Savitha S, Tamilselvan J, Anusuyadevi M, 
Panneerselvam C. Oxidative stress on mitochondrial 
antioxidant defense system in the aging process: role 
of dl-α-lipoic acid and l-carnitine. Clin Chim Acta 
2005; 355:173-180.
151. Huber LA, Xu QB, Jurgens G, Bock G, Buhler E, Grey 
KF, et al. Correlation of lymphocyte lipid composition 
membrane microviscosity and mitogen response in the 
aged. Eur J Immunol 1991; 21:2761-5.
152. Nakagawa Y. Mitochondria and neuroprotection: 
Role of mitochondrial phospholipid hydroperoxide 
gluthathione peroxidase (PHGPx) as an antiapoptotic 
factor. Biol Pharm Bull 2004; 27:956-960.
153. Bousová I, Skálová L. Inhibition and induction of 
glutathione S-transferases by flavonoids: possible 
pharmacological and toxicological consequences. 
Drug Metab Rev 2012; 44:267-286.
154. Ketterer B, Coles B, Meyer DJ. The role of glutathione 
in detoxication. Environ Health Perspect 1983; 49: 
59-69.
155. Doroudgar S, Glembotski CC. New concepts 
of endoplasmic reticulum function in the heart: 
Programmed to conserve. J Mol Cell Cardiol 2012; 
doi: 10.1016/j.yjmcc.2012.10.006.
156. Ichas F, Jouaville LS, Sidash SS, Mazat JP, 
Holmuhamedov EL. Mitochondrial calcium spiking: 
a transduction mechanism based on alciuminduced 
permeability transition involved in cell calcium 
signalling. FEBS Lett 1994; 348:211-215.
157. Vercesi AE, Kowaltowski AJ, Grijalba MT, Meinicke 
AR, Castilho RF. The role of reactive oxygen species 
in mitochondrial permeability transition. Biosci Rep 
1997; 17:43-52.
158. Gunter TE, Gunter KK, Sheu SS, Gavin CE. 
Mitochondrial calcium transport: physiological and 
pathological relevance. Am J Physiol 1994; 36:313-
339. 
159. Zoratti M, Szabo, I. The mitochondrial permeability 
transition. Biochim Biophys Acta 1995; 1241:139-176.
160. Ronchi JÁ, Vercesi AE, Castilho RF. Reactive oxygen 
species and permeability transition pore in rat liver 
Lilian
Sticky Note
132
Lilian
Sticky Note
133
Lilian
Sticky Note
134
Lilian
Sticky Note
135
Lilian
Sticky Note
136
Lilian
Sticky Note
137
Lilian
Sticky Note
138
Lilian
Sticky Note
139
Lilian
Sticky Note
140
Lilian
Sticky Note
141
Lilian
Sticky Note
142
Lilian
Sticky Note
143
Lilian
Sticky Note
144
Lilian
Sticky Note
145
Lilian
Sticky Note
146
Lilian
Sticky Note
147
Lilian
Sticky Note
148
Lilian
Sticky Note
149
Lilian
Sticky Note
150
Lilian
Sticky Note
151
Lilian
Sticky Note
152
Lilian
Sticky Note
153
Lilian
Sticky Note
154
Lilian
Sticky Note
155
Lilian
Sticky Note
156
Lilian
Sticky Note
157
Lilian
Sticky Note
157
Lilian
Sticky Note
159
Lilian
Sticky Note
160
Lilian
Sticky Note
161
14 Pereira, L.C./Revista Brasileira de Toxicologia 25, n.1-2 (2012)
and kidney mitoplasts. J Bioenerg Biomembr 2011; 
43:709-15.
161. Bernardi P, Rasola A. The mitochondrial permeability 
transition pore and its involvement in cell death and 
in disease pathogenesis. Apoptosis 2007; 12:815-833.
162. Tsujimoto Y, Shimizu S. Role of the mitochondrial 
membrane permeability transition in cell death. 
Apoptosis 2007; 12:835-840.
163. Kinnally KW, Lohret TA, Campo ML, Mannella 
CA. Perspectives on the mitochondrial multiple 
conductance channel. J Bioenerg Biomembr 1996; 
28: 115-123.
164. Loupatatzis C, Seitz G, Schonfeld P, Lang F, Siemen D. 
Single-channel currents of the permeability transition 
pore from the inner mitochondrial membrane of rat 
liver and of a human hepatoma cell line. Cell Physiol 
Biochem 2002; 12:269-278.
165. Valle VGR, Fagian MM, Parentoni LS, Meinicke 
AR, Vercesi AE. The participation of reactive 
oxygen species and protein thiols in the mechanism 
of mitochondrial inner membrane permeabilization. 
Arch Biochem Biophys 1993; 307:1-7.
166. Castilho RF, Kowaltowski AJ, Vercesi AE. The 
irreversibility of inner mitochondrial membrane 
permeabilization by Ca2+ plus prooxidants is 
determined by the extent of membrane protein thiol 
cross-linking. J Bioenerg Biomembr 1996; 28:523-9.
167. Rossi CS, Lehninger AL. Stoichiometry of respiratory 
stimulation, accumulation of Ca++ and phosphate, and 
oxidative phosphorylation in rat liver mitochondria. J 
Biol Chem 1964; 239:3971-3980.
168. Loeb LA, Preston BD, Snow ET, Schaaper 
RM. Apurinic sites as common intermediates in 
mutagenesis. Basic Life Sci 1986; 38:341-7.
169. Holmuhamedov E, Lewis L, Bienengraeber M, 
Holmuhamedova M, Jahangir A, Terzic A. Suppression 
of human tumor cell proliferation through mitochondrial 
targeting. FASEB J 2002; 16:1010-1016.
170. Wallenborn, J. G., Schladweiler, M. J., Richards, J. 
H., & Kodavanti, U. P. Differential pulmonary and 
cardiac effects of pulmonary exposure to a panel of 
particulate matter-associated metals. Toxicol Appl 
Pharmacol 2009; 241(1):71-80.
171. Begriche K, Massart J, Robin M-A, Borgne-
Sanchez A, Fromenty B. Drug-induced toxicity on 
mitochondria and lipid metabolism: Mechanistic 
diversity and deleterious consequences for the liver. 
J Hepatol 2011; 54:773-794.
View publication statsView publication stats
Lilian
Sticky Note
162
Lilian
Sticky Note
163
Lilian
Sticky Note
164
Lilian
Sticky Note
165
Lilian
Sticky Note
166
Lilian
Sticky Note
167
Lilian
Sticky Note
168
Lilian
Sticky Note
169
Lilian
Sticky Note
170
Lilian
Sticky Note
171
Lilian
Sticky Note
172
https://www.researchgate.net/publication/279912311

Continue navegando