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Fichamento de doenças- parte 1 Furúnculo Patógeno: Staphylococcus aureus Mecanismo de patogenicidade: S. aureus infecta a pele, estimulando uma resposta inflamatória vigorosa, o que atrai macrófagos e neutrófilos para o sítio de infecção. Mas a bactéria secreta uma proteína que bloqueia a quimiotaxia dos neutrófilos até o sítio de infecção e também pode produzir toxinas capazes de matar uma célula fagocítica. Outras proteínas secretadas são capazes de neutralizar a ação das defensinas (peptídeos antimicrobianos da pele) e sua parede celular é resistente à lisozima. Sintomas: infecção mais séria dos folículos pilosos, formando um tipo de abscesso, uma região localizada de pus circundado por tecido inflamado. Quando o organismo não consegue isolar o furúnculo, tecidos vizinhos podem ser progressivamente invadidos, resultando no carbúnculo, uma massa endurecida e profundamente inflamada de tecido sob a pele, fazendo o paciente, geralmente, apresentar sintomas de doença generalizada, como febre. Transmissão: contato direto ou exposição a fômites contaminados (como roupas de cama, vestimentas) Tratamento: tetraciclina (trimetropin-sulfametoxazol), terapia intravenosa vancomicina. Impetigo Patógeno: Staphylococcus aureus e S. pyogenes (com menos frequência) Mecanismo de patogenicidade: possui uma toxina estafilocócica que possui dois sorotipos- a toxina A, permanece localizada e causa o impetigo bolhoso; e a toxina B, que circula para sítios distantes e causa a síndrome da pele escaldada. Ambas toxinas causam a separação das camadas da pele, ou esfoliação. Sintomas: são resultado da resposta do hospedeiro à infecção. As lesões (pústulas) eventualmente se rompem e formam crostas de coloração clara. Transmissão: contato direto, fômites. Tratamento: antibióticos tópicos. Erisipela Patógeno: Streptococcus pyogenes Mecanismo de patogenicidade: produção da exotoxina A por determinadas cepas de estreptococos que possuem a proteína M. Ela age como um superantígeno, estimulando o sistema imune a contribuir para a extensão do dano. Sintomas: pele apresenta erupções formadas por placas avermelhadas e de bordas elevadas; febre alta frequentemente; se atingir a corrente sanguínea, causa sepse. Transmissão: infecção endógena. Artemisa Costa Barata Tratamento: cefalosporina. Infecções por Pseudomonas Patógeno: Pseudomonas aeruginosa Mecanismo de patogenicidade: produção de diversas exotoxinas que são responsáveis pela maior parte de sua patogenicidade, e uma endotoxina. Sintomas: erupção superficial, também pode gerar pus de coloração azul-esverdeada que é o resultado da produção do pigmento piocianina. Transmissão: água de piscinas, banheiras e similares, pois a água quente faz com que os folículos pilosos se abram ainda mais, facilitando a entrada dessas bactérias. Tratamento: quinolonas e novos antibióticos -lactâmicos específicos. A sulfadiazina de prata é útil no tratamento de queimaduras infectadas por P. aeruginosa. Úlcera de Buruli Patógeno: Mycobacterium ulcerans Mecanismo de patogenicidade: produz uma toxina, a micolactona, que é responsável pelo dano tecidual. Sintomas: inchaço ou endurecimento localizado do tecido que progride para uma úlcera profunda. Transmissão: contato com água contaminada. Tratamento: drogas antimicobacterianas, como combinações de estreptomicina e rifampicina. Acne inflamatória Patógeno: Propionibacterium acnes Mecanismo de patogenicidade: a bactéria tem necessidade nutricional pelo glicerol presente no sebo; ao metaboliza-lo, os ácidos graxos livres gerados causam uma resposta inflamatória. Neutrófilos secretores de enzimas que danificam a parede dos folículos pilosos são atraídos para o local. A inflamação resultante leva ao surgimento de pústulas e pápulas. Sintomas: lesões inflamatórias originadas do acúmulo de sebo e que rompem um folículo piloso Transmissão: contato direto Tratamento: peróxido de benzoíla, isotretinoína, ácido azeláico Varíola (viral) Artemisa Costa Barata Patógeno: Variola virus Mecanismo de patogenicidade: os vírus infectam muitos órgãos internos antes que eventualmente alcancem a corrente sanguínea, infectando então a pele e causando sintomas mais reconhecíveis. O crescimento do vírus nas camadas da epiderme causa lesões que se tornam pustulares por volta do décimo dia de infecção. Sintomas: pústulas na pele que podem ser quase confluentes. Transmissão: aerossol. Tratamento: não há, mas há vacinação. Varicela (viral) Patógeno: Varicella-zoster virus Mecanismo de patogenicidade: vírus entra no trato respiratório, e a infecção se localiza nas células da pele dentro de cerca de duas semanas. A pele infectada apresenta lesões vesiculares com duração de 3 a 4 dias. Elas são concentradas principalmente na face, na garganta e nas costas, mas também podem ocorrer no peito e nos ombros. Tem habilidade de permanecer latente dentro do organismo. Após uma infecção primária, o vírus penetra os nervos periféricos e se move para um gânglio nervoso central, onde persiste na forma de DNA viral. Podem ser reativados por estresse ou diminuição da competência imune relacionada ao envelhecimento. Sintomas: vesículas, na maioria dos casos confinadas a face, pescoço, garganta e costas. Transmissão: aerossol. Tratamento: aciclovir para pacientes imunodeprimidos; proteção via pré-exposição ou vacinação. Herpes Patógeno: varicela-zoster vírus/ herpes-vírus humano tipo 1 Mecanismo de patogenicidade: são capazes de produzir várias espécies de enzimas, que agem sobre o metabolismo dos ácidos nucleicos e proteínas da célula infectada (timidina quinase, DNA polimerase, helicase); são capazes de assumir estado de latência infecciosa, e de se reativar periodicamente; possuem genoma grande, com mais de 200 genes. Sintomas: vesículas tipicamente distribuídas em apenas um lado da cintura, face, escalpo ou peito/ Vesículas ao redor da boca; pode também afetar outras áreas da pele e membranas mucosas. O seu reconhecimento pelo sistema imunitário humano resulta numa imunidade humoral e celular. Esta resposta imune desencadeia um processo inflamatório que se traduz em febre, inflamação da garganta, dores de cabeça e mal-estar. Depois de um período de incubação de 10 a 23 dias, o vírus atinge as mucosas e a pele e aparecem pequenas vesículas sobre a cara e a parte superior do tronco, que se convertem em pústulas e rompem, formando crostas. Artemisa Costa Barata Transmissão: recorrência de infecção por varicela latente/ Infecção primária por contato direto Tratamento: aciclovir, valaciclovir e fanciclovir; vacinação preventiva (para herpes zoster) Sarampo (viral) Patógeno: Vírus do sarampo Mecanismo de patogenicidade: a infecção inicia no trato respiratório superior onde infecta linfócitos, macrófagos alveolares e células dendríticas. Em seguida, o vírus sofre replicações sucessivas no epitélio da mucosa e se dissemina através da via linfática, atingindo a via sanguínea. Com isso, é possível que o vírus cause uma viremia, engendrando uma elevada disseminação sistêmica do antígeno pelo corpo devido à forma de infecção do vírus ocorrer por meio das células epiteliais e endoteliais dos órgãos. Causa certa repressão da resposta Th1 gerando imunossupressão. Sintomas: erupção na pele, formada por máculas que primeiramente aparecem na face, se espalhando, em seguida, para o tronco e as extremidades. Transmissão: aerossol, contato com pessoas infectadas. Tratamento: sem tratamento; proteção via pré-exposição ou vacinação administrada como parte da vacina tríplice viral (MMR). Rubéola Patógeno: Vírus da rubéola Mecanismo de patogenicidade: Inicialmente, replica-se na nasofaringe e nos linfonodos regionais. Depois que invade a corrente sanguínea, pode disseminar-se para pele e órgãos distais ou, por via transplacentária, para o feto em desenvolvimento. Osmecanismos de dano fetal são obscuros, contudo podem incluir citólise viral, quebras cromossômicas, multiplicação celular diminuída e alteração do suprimento de sangue fetal. Como resultado, o crescimento fetal pode ser retardado e pode haver desenvolvimento de defeitos envolvendo múltiplos sistemas orgânicos. Apesar da produção de anticorpos fetais, o vírus da rubéola pode persistir no feto e no recém-nascido, podendo ser excretado durante meses ou anos após o nascimento. Sintomas: Doença macular leve que se apresenta como uma erupção semelhante ao sarampo, porém menos extensa, e desaparece em três dias ou menos. Transmissão: aerossol. Tratamento: sem tratamento; proteção via pré-exposição ou vacinação. Artemisa Costa Barata Meningite causada por Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis e haemophilus influenzae tipo b Patógeno: Streptococcus pneumoniae/ Neisseria meningitidis/ Haemophilus influenzae tipo B Mecanismo de patogenicidade: Streptococcus pneumoniae: a cápsula protege contra a fagocitose; proteína M é a principal proteína tipo específica; cápsula (maior fator de virulência) responsável pela proteção antifagocitária. N. meningitidis: a proteína pilina medeia a aderência inicial às células humanas não ciliadas e interfere na morte dos fagócitos; a porina previne a fusão fagolisossoma nos neutrófilos; a proteína da opacidade (Opa) medeia a aderência firme às células eucarióticas; antígenos da superfície externa incluem cápsula polissacarídea, pili e lipo-oligossacarídeo (LOS); a cápsula protege a bactéria da fagocitose mediada por anticorpos; receptores específicos para a pili do meningococo permitem a colonização da nasofaringe; na ausência de imunidade humoral, a bactéria pode sobreviver à morte intracelular; endotoxina responsável pela maioria das manifestações clínicas. H. influenzae do tipo B: cápsula polissacarídea antifagocitária, contendo ribose, ribitol e fosfato (polirribitol fosfato [PRP]). Sintomas: Inicialmente, a tríade de febre, dor de cabeça e torcicolo; seguidos por náusea e vômitos. Por último, pode progredir para convulsões e coma. Transmissão: por meio das vias respiratórias, gotículas e secreções do nariz e da garganta. Tratamento: S. pneumoniae: penicilina; combinação de fluoroquinolona ou vancomicina com ceftriaxona para alérgicos à penicilina ou para cepas resistentes. Imunização com a vacina. N. meningitidis: penicilina -lactamase-ceftriaxona. (quimioprofilaxia –quem teve contato- rifampicina, ciprofloxacina ou ceftriaxona). H. influenzae do tipo b: cefalosporina de amplo espectro. Listeriose Patógeno: Listeria monocytogenes Mecanismo de patogenicidade: não é destruída ao ser ingerida por células fagocíticas, podendo até proliferar dentro das células, principalmente no fígado; também pode se mover diretamente de um fagócito para outro adjacente. Tem cepas virulentas, fatores de adesão celular, hemolisinas e uma proteína que medeia a mobilidade intracelular direcionada pela actina. Sintomas: em adultos, normalmente, é uma doença branda, sem sintomas, mas algumas vezes, provavelmente em pacientes imunocomprometidos, invade o SNC, causando meningite. Algumas vezes, pode invadir a corrente sanguínea e causar uma ampla variedade de condições clínicas, principalmente a Artemisa Costa Barata sepse. É perigosa em mulheres grávidas, pois elas, geralmente, sofrem sintomas leves, semelhante a um resfriado. Contudo, o feto pode ser infectado via placenta, resultando em aborto ou bebê natimorto. Transmissão: ingestão de alimentos e água contaminados com fezes animais contendo o bacilo. Tratamento: penicilina ou ampicilina. Botulismo Patógeno: Clostridium botulinum Mecanismo de patogenicidade: em ambientes anaeróbicos, produz uma exotoxina, que é altamente específica para a terminação sináptica do nervo, onde ela bloqueia a liberação da acetilcolina, necessário para a transmissão dos impulsos nervosos através das sinapses. Sintomas: paralisia flácida progressiva por 1 a 10 dias; inicialmente, visão turva, boca seca, constipação intestinal e dor abdominal; progressão para fraqueza descendente da musculatura periférica com paralisia flácida. Por Inalação- leva a um rápido início de sintomas (paralisia flácida, insuficiência pulmonar) e alta mortalidade. Transmissão: ingestão e inalação do microrganismo. Tratamento: metronidazol ou penicilina, antitoxina botulínica trivalente e suporte ventilatório. Tétano Patógeno: Clostridium tetani Mecanismo de patogenicidade: Após a morte e lise das bactérias em crescimento é liberada uma neurotoxina extremamente potente, a tetanospasmina. Ela penetra o SNC via nervos periféricos ou sangue. Esta neurotoxina bloqueia a via de relaxamento para que dois conjuntos musculares de contração se contraiam, resultando em espasmos musculares característicos. Em casos extremos, espasmos dos músculos das costas fazem a cabeça e os calcanhares se inclinarem para trás (opistótomo). Sintomas: espasmo muscular generalizado e envolvimento do sistema nervoso autônomo em casos severos da doença (como arritmias cardíacas, flutuações da pressão arterial, sudorese profunda, desidratação). Transmissão: ferimentos profundos limpos inadequadamente, como os causados por pregos enferrujados (supostamente contaminados com sujeira). Tratamento: debridamento (remoção do tecido afetado), antibioticoterapia (metronidazol), imunização passiva com antitoxina globulínica e vacinação com toxoide tetânico. Hanseníase Patógeno: Mycobacterium leprae Artemisa Costa Barata Mecanismo de patogenicidade: sobrevive à ingestão por macrófagos e invade as células da bainha de mielina do SNP, no qual sua presença causa dano ao nervo a partir de uma resposta imune celular Sintomas: a forma tuberculoide (neural) é caracterizada por áreas da pele que perderam a sensibilidade e estão circundadas por uma borda de nódulos. A forma lepromatosa (progressiva) infecta células da pele e nódulos desfigurantes se formam por todo o corpo. As membranas mucosas do nariz tendem a se tornar afetadas e podem ocorrer deformação da mão em forma de garra e necrose. Transmissão: contato direto com secreções ou inalação. Tratamento: dapsona (uma sulfona), rifampicina e clofazimina, em geral em combinação. Poliomielite Patógeno: Poliovírus Mecanismo de patogenicidade: Inicialmente, dor de garganta e náusea devido à multiplicação do vírus na garganta e intestino delgado. Em seguida, ele invade as tonsilas e os linfonodos do pescoço e íleo e entra no sangue, resultando em viremia. Se a viremia for persistente, o vírus penetra as paredes dos capilares e entra no SNC, onde apresenta alta afinidade pelas células nervosas, particularmente os neurônios motores na parte superior da medula espinal, não infectando os nervos periféricos ou dos músculos. Quando se multiplica dentro do citoplasma dos neurônios motores, as células morrem, e a paralisia ocorre. A morte pode ocorrer da falha respiratória. Sintomas: grande maioria dos casos é assintomática ou apresenta sintomas brandos, como cefaleia, dor de garganta, febre e náusea. Sendo que a forma paralítica afeta menos de 1% dos infectados. Transmissão: ingestão de água contaminada com fezes contendo o vírus e alimentos contaminados Tratamento: vacina OPV trivalente. Raiva Patógeno: vírus da raiva, da família Rhabdoviridae Mecanismo de patogenicidade: o vírus se multiplica no músculo esquelético e no tecido conjuntivo, permanecendo alojado de dias a meses. Ele entra e trafega nos nervos periféricos até o SNC, onde causa a encefalite. Nos nervos periféricos, ele não está acessível ao sistema imune até que as células do SNC comecem a ser destruídas, disparando uma resposta imune ineficaz e atrasada. Sintomas: Inicialmente, assemelha-se a várias infecções comuns. Quando SNC é envolvido, o paciente tende a alternar entre períodos deagitação e de tranquilidade. Os estágios finais resultam em dano extenso às células nervosas do cérebro e da medula. Transmissão: contaminação no tecido pelo vírus a partir da saliva da mordida de animal contaminado (principalmente cães). Artemisa Costa Barata Tratamento: deve-se administrar profilaxia pós-exposição – uma série de vacinas antirrábicas e injeções de imunoglobulina. Mas assim que os sintomas aparecem, não há muito que possa ser feito- existe registro de apenas alguns sobreviventes. Sepse puerperal Patógeno: Streptococcus pyogenes Mecanismo de patogenicidade: evita a fagocitose (devido à cápsula, proteínas M e proteínas semelhantes a M), aderir e invadir as células do hospedeiro (proteína M, ácido lipoteicoico e proteína F) e produzir toxinas (exotoxinas pirogênicas estreptocócicas, estreptolisina S, estreptolisina O, estreptoquinase, DNases). Sintomas: algumas vezes, levam à febre reumática- considerada uma complicação autoimune. Geralmente, expressa-se como um curto período de artrite e febre. Nódulos subcutâneos nas articulações com frequência acompanham esse estágio. Transmissão: pessoa a pessoa por gotículas transmitidas no ar (faringite) ou por rupturas na pele após contato direto com indivíduo infectado, fômites ou vetor artrópode. Tratamento: penicilina; para paciente alérgicos à penicilina, cefalosporina oral ou vancomicina. Endocardite Patógeno: Staphylococcus aureus Mecanismo de patogenicidade: bactérias se fixam à superfície e se multiplicam, causando dano que promove a formação de vegetações fibrino-plaquetárias que encobrem as bactérias aderentes e permitem que elas se multipliquem protegidas das defesas do hospedeiro. Sintomas: febre e sopro no coração devido ao funcionamento ineficiente da valva mitral que é detectado por ecocardiograma. Transmissão: a partir de um foco de infecção em qualquer parte do corpo, como nos dentes ou nas tonsilas. Os microrganismos liberados entram na corrente sanguínea e encontram o seu caminho para o coração. Uma fonte exótica de infecções tem sido o piercing. Tratamento: antibióticos em altas concentrações Tularemia Patógeno: Francisella tularensis Mecanismo de patogenicidade: cápsula antifagocitária rica em polissacarídeos que inibem a fusão fagossoma-lisossoma. Artemisa Costa Barata Sintomas: úlcera no local de penetração. Cerca de uma semana depois da infecção, os linfonodos locais aumentam, muitos contendo bolsas de pus. Transmissão: pode entrar por várias vias, mas a mais comum é a penetração da pele em pequenas abrasões, criando uma úlcera no local. Em algumas regiões, é transmitida por carrapatos e insetos. Tratamento: tetraciclina e gentamicina. Brucelose Patógeno: Brucella abortus/ Brucella melitensis/ Brucella suis/ Brucella canis Mecanismo de patogenicidade: após exposição inicial, os microorganismos são fagocitados por macrófagos e monócitos, e sobrevivem e se replicam em células fagocíticas através da inibição da fusão do fagolisossoma. As bactérias fagocitadas são carreadas para o baço, fígado, medula óssea, linfonodos e rins, elas secretam proteínas que induzem a formação de granuloma nesses órgãos, e alterações destrutivas nesses e em outros tecidos, principalmente em pacientes com doença avançada. Sintomas: mal-estar, calafrios, hipersudorese, fadigas, mialgias, perda dde peso, e pode progredir para uma doença sistêmica. Transmissão: pode ocorrer de diversas formas, mas uma das principais, pela via alimentar (ingestão de alimentos ou líquido contaminados), como: leite não pasteurizado; produtos lácteos contaminados, como queijo, manteiga e sorvetes; carne mal passada ou crua. Tratamento: doxiciclina combinada com rifampina por no mínimo 6 semanas para mulheres não grávidas em idade adulta. Trimetoprim-sulfametoxazol para grávidas e para crianças até 8 anos de idades. Doença de Lyme Patógeno: Borrelia burgdorferi Mecanismo de patogenicidade: desenvolveu mecanismos sofisticados, como o controle rígido da expressão de proteínas para minimizar alvos antigênicos para reconhecimento imunológico e subversão dos mecanismos do hospedeiro para estabelecer a infecção e evitar a imunidade do hospedeiro. Como não produz toxinas, proteases secretadas ou outras moléculas destrutivas, a maioria dos sintomas observados na doença de Lyme humana se deve aos efeitos da resposta imune do hospedeiro. (SanarMed) Sintomas: Após um período de incubação de 3 a 30 dias, uma ou mais lesões cutâneas normalmente se desenvolvem no local da picada do carrapato. A lesão começa com uma pequena mácula ou pápula (5cm à 50 cm de diâmetro), apresenta borda vermelha plana e clareamento central à medida que se desenvolve. Outros sinais e sintomas precoces são: mal-estar, fadiga grave, dor de cabeça, febre, calafrios, dores em músculos esqueléticos, mialgias e linfadenopatia- duram em média 4 semanas. Transmissão: através da mordida da rinfa de oito patas, quando esta se alimenta no ser humano, transmitindo a infecção. Artemisa Costa Barata Tratamento: doxiciclina e amoxilina.
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