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Etapas Básicas Da Enfermagem

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1. Entender o código de ética de enfermagem; 
 
→ O que é? O Código de Ética Profissional pode ser 
definido como um conjunto de normas, direitos e 
princípios morais que servem como fundamentos para 
orientar o exercício de determinada profissão, a partir 
de padrões de condutas que representam o que se 
espera de uma determinada classe profissional. Cada 
profissão elabora seu código objetivando fornecer 
subsídios para o agir e o pensar do profissional, além 
de prover informações que visam à proteção do 
profissional, sua categoria e todos que dela 
dependem. Em alguns Códigos de Ética Profissional 
estão contempladas as infrações e penalidades que 
devem ser imputadas aos que não cumprirem os 
preceitos éticos e legais no âmbito de sua atuação 
profissional. 
− No contexto da enfermagem, o Código de Ética 
Profissional recebe atualmente a denominação de 
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem 
(Cepe) e tem por objetivo estabelecer 
parâmetros relacionados aos direitos, proibições, 
deveres e responsabilidades para o exercício da 
enfermagem frente às relações profissionais no 
contexto do cuidado com a pessoa, família e 
comunidade, as relações com a equipe 
interdisciplinar, com as organizações da categoria e 
organização empregadora, o sigilo profissional, o 
ensino, a pesquisa e a produção técnico-científica e a 
publicidade, além de estabelecer as infrações e 
penalidades, independentemente da atuação, na 
assistência, no ensino, na pesquisa ou no 
gerenciamento, de modo que todos os profissionais de 
enfermagem conheçam e façam cumprir os preceitos 
éticos contidos no Cepe. 
 
2. Explicar a reanimação cardiopulmonar (RCP): 
 
→ Quais são as causas da parada 
cardiorrespiratória? A parada cardiorrespiratória é 
multifatorial e pode ser causada por asfixia, 
intoxicação, traumatismos, eletrocussão, afogamento, 
estado de choque, sufocamento e diversas doenças, 
incluído doenças cardíacas e pulmonares. 
→ O que acontece com a pessoa que sofre a parada? A 
parada cardiorrespiratória se manifesta através da 
perda de consciência, ausência dos movimentos de 
respiração, inexistência de pulso, pupilas dilatadas e 
sem reação à luz, pele, lóbulo da orelha, língua e base 
das unhas arroxeadas. Diante dessas manifestações, 
a ressuscitação cardiopulmonar deve ser iniciada. 
 
→ PCR RCP em adultos (Guidelines AHA 2015) 
− Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Paciente 
inconsciente, respiração ausente ou em gasping, sem 
pulso central palpável. 
− Conduta 
1. Checar a responsividade (tocar os ombros e chamar 
o paciente em voz alta). 
2. Se não responsivo: 
• Profissional 1: comunicar imediatamente a 
Regulação Médica, para apoio do suporte 
avançado de vida (SAV) e providenciar 
desfibrilador externo automático (DEA) e os 
equipamentos de emergência; 
• Profissional 2: verificar a respiração e o pulso 
simultaneamente. Atenção: Checar pulso central 
(carotídeo) em até 10 segundos. 
3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em 
superfície plana, rígida e seca. 
4. Se respiração ausente ou em gasping e: 
• Pulso PRESENTE: abrir via aérea e aplicar uma 
insuflação a cada 5 a 6 segundos (10 a 12/min) e 
verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. 
Siga o Protocolo BC4 (Parada respiratória); 
• Pulso AUSENTE: informar imediatamente à 
Central de Regulação Médica, solicitando apoio 
(caso ainda não o tenha feito) e iniciar 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP). 
5. Iniciar RCP pelas compressões torácicas, mantendo 
ciclos de: 
• 30 compressões eficientes (na frequência de 100 
a 120/min, deprimindo o tórax em 5 a 6 cm com 
completo retorno) 
• Duas insuflações eficientes (de 1 seg cada e com 
visível elevação do tórax) com bolsa valva-
máscara com reservatório e oxigênio adicional. 
 
6. Assim que o DEA estiver disponível: 
• Instalar os eletrodos de adulto do DEA no tórax 
desnudo e seco do paciente sem interromper as 
compressões torácicas; 
• Ligar o aparelho; e 
• Interromper as compressões torácicas apenas 
quando o equipamento solicitar análise. Seguir as 
orientações do aparelho quanto à indicação de 
choque. 
7. Se choque for indicado: 
• Solicitar que todos se afastem do contato com o 
paciente; 
• Disparar o choque quando indicado pelo DEA; e 
• Reiniciar imediatamente a RCP após o choque, 
começando pelas compressões torácicas, por 2 
minutos. 
8. Após 2 minutos de compressões e insuflações 
eficientes, checar novamente o ritmo com o DEA: 
• Se choque for indicado, siga as orientações do 
equipamento. Em seguida, reinicie imediatamente 
a RCP com ciclos de 30 compressões para duas 
insuflações; 
• Se choque não for indicado, checar pulso 
carotídeo e, se pulso ausente, reiniciar 
imediatamente a RCP com ciclos de 30 
compressões para duas insuflações. 
9. Checar novamente o ritmo após 2 minutos 
(considerar possibilidades do item 8); 
10. Manter os ciclos de RCP e avaliação do ritmo até: 
• A chegada do SAV; 
• A chegada ao hospital ou 
• A vítima apresentar sinais de circulação 
(respiração, tosse e/ou movimento); 
11. Se retorno à circulação espontânea, seguir 
Protocolo de cuidados pós-RCP (BC7); 
12. Na ausência de retorno a circulação espontânea ou 
outras condições de risco, considerar Protocolo de 
Interrupção da RCP (BC8). 
13. Realizar contato com a Regulação Médica para 
definição do encaminhamento e/ou unidade de 
saúde de destino. 14. Registrar achados e 
procedimentos na ficha/boletim de ocorrência 
 
→ Interrupção da RCP 
− Quando suspeitar ou critérios de inclusão: 
• RCP em andamento sem indicação de choque pelo 
DEA acompanhada de exaustão da equipe e após 
autorização do Médico Regulador (condição 
obrigatória). 
• RCP em andamento quando as condições 
ambientais se tornam inseguras e/ou muito 
insalubres. 
• RCP em andamento quando as condições de 
segurança pessoal na cena se tornam 
comprometidas. 
− Conduta: 
1. Na condição de exaustão da equipe: 
• realizar contato com a Central de Regulação 
Médica antes de tomar a decisão de interromper a 
RCP, para informar os motivos e receber 
orientações e ou definição do encaminhamento 
e/ou unidade de saúde de destino. 
2. Na condição de riscos para a equipe por cena ou 
ambientes inseguros: 
• se possível e sem oferecer maiores riscos para a 
equipe: remover o paciente para local mais seguro, 
na maior brevidade possível e continuar com as 
manobras de RCP; e 
• se não for possível remover o paciente: realizar 
contato com a Central de Regulação Médica, o 
mais breve possível, para informar os motivos que 
levaram a interrupção da RCP e receber 
orientações/definição do encaminhamento e/ou 
unidade de destino. 
3. Sempre que possível, orientar os familiares quanto 
aos procedimentos que serão adotados. 
 
→ Cuidados pós-RCP no adulto. 
− Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Paciente 
com retorno da circulação espontânea após manobras 
de Ressuscitação Cardiopulmonar. 
− Conduta: 
1. Manter os eletrodos do DEA instalados no tórax do 
paciente. 
2. Otimizar a ventilação e oxigenação com ênfase para: 
• manter permeabilidade da via aérea; 
• manter a SatO2 ≥ 94%; 
• se em Parada Respiratória, iniciar com 10 a 12 
insuflações/min com bolsa valva-máscara; e 
• não hiperventilar. 
3. Avaliar sinais vitais. 
4. Realizar ECG de segunda opinião – Telecárdio. 
5. Controlar glicemia. 
6. Manter atenção para a recorrência de PCR e a 
necessidade de reiniciar RCP. 
7. Preparar para o transporte. 
8. Realizar contato com a Regulação Médica e passar 
os dados de forma sistematizada. 
9. Aguardar orientação da Regulação Médica para 
procedimentos e/ou transporte para a unidade de 
saúde. 
 
→ Decisão de não Ressuscitação 
− Quando suspeitar ou critérios de inclusão: 
• sinais de morte evidente. 
• risco evidente de injúria ou de perigo para a equipe 
(cena insegura). 
• presença de diretiva antecipada de não 
reanimação. 
 
→ PCR e RCPno bebê e na criança 
− Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Identificar 
parada cardiorrespiratória (PCR) quando o paciente 
pediátrico estiver irresponsivo ao estímulo, com 
respiração agônica ou ausente e sem pulso central 
palpável. 
− Critérios de inclusão para a necessidade de 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pediatria: 
• Paciente que apresente PCR; 
• Paciente irresponsivo e com respiração agônica ou 
ausente, que apresente pulso central palpável mas 
com frequência ≤ 60 batimentos por minuto (bpm) 
e com sinais de perfusão insuficiente, apesar da 
oxigenação e ventilação adequadas. 
− Conduta 
1. Checar responsividade: 
• No bebê: estímulo plantar; 
• Na criança: tocar os ombros e chamar o paciente 
em voz alta. 
2. Se paciente não responsivo: 
• Um dos profissionais da equipe deve comunicar 
imediatamente a Regulação Médica e solicitar 
apoio do suporte avançado de vida (SAV), além 
de providenciar o desfibrilador externo automático 
(DEA) e os equipamentos de emergência; 
• Outro(s) profissional(is) da equipe deve(m): 
 Permanecer com o paciente; 
 Checar respiração e pulso simultaneamente. 
 ATENÇÃO: checar pulso central por, no máximo, 10 
segundos: 
 No bebê: pulso braquial; 
 Na criança: pulso carotídeo ou femoral 
3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em 
superfície plana, rígida e seca. 
4. Se respiração ausente ou agônica (gasping), 
considerar: 
• SE PULSO PRESENTE E MAIOR DO QUE 60 
BPM (Protocolo BPed 6 – Parada respiratória) 
 Abrir via aérea; 
 Aplicar uma insuflação efetiva com dispositivo 
bolsa-valva-máscara (BVM) e oxigênio (O2) 
suplementar a 100% a cada 3 a 5 segundos (12 
a 20 insuflações/min); 
 Verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. 
• SE PULSO PRESENTE, MAS QUE 
PERMANECE COM FREQUÊNCIA MENOR OU 
IGUAL A 60 BPM E COM SINAIS DE PERFUSÃO 
INADEQUADA, APESAR DE VENTILAÇÃO E 
OXIGENAÇÃO ADEQUADAS 
 Iniciar imediatamente as manobras de RCP 
(começando pelas compressões torácicas) e 
checar pulso a cada 2 minutos. 
• SE PULSO AUSENTE 
 Iniciar imediatamente as manobras de RCP, 
começando pelas compressões torácicas, 
enquanto é instalado o DEA: 
• Após 30 compressões torácicas (se um 
profissional realiza as manobras), abrir 
manualmente as vias aéreas e aplicar duas 
insuflações com dispositivo BVM com O2 
suplementar a 100% (10 a 15 L/min). 
• A relação compressão e insuflação deve ser de: 
 30:2 se houver apenas um profissional 
realizando a RCP, com frequência de 100 a 120 
compressões por minuto; 
 15:2 se houver dois profissionais realizando a 
RCP (um para compressões e um para 
insuflações), com frequência de 100 a 120 
compressões por minuto. 
 
 
 
• Assim que o DEA estiver disponível e sem 
interrupção dos ciclos de RCP, posicionar os 
eletrodos no tórax desnudo e seco do paciente. 
Se o DEA for equipado com atenuador de carga, 
utilizar da seguinte forma: 
 No bebê (< 1 ano): se disponível, usar DEA com 
sistema eletrodos-cabos pediátricos (que 
atenuam a carga de energia); 
 Na criança entre 1 e 8 anos ou < 25 kg de peso: 
se disponível, usar DEA com sistema eletrodos 
cabos pediátricos (que atenuam a carga de 
energia); 
 Na criança > 8 anos ou > 25 kg: usar DEA com 
sistema eletrodos-cabos adulto. 
 IMPORTANTE: caso não disponha de sistema 
eletrodos-cabos pediátricos, podem ser utilizadas pás 
de adulto em qualquer idade pediátrica, devendo 
assegurar-se de que as pás não se toquem ou se 
superponham quando posicionadas no tórax do 
paciente; se necessário, pode ser colocada uma pá na 
parede anterior do tórax e a outra no dorso (na região 
interescapular). 
• Interromper as compressões torácicas para a 
análise do ritmo. 
• Seguir as orientações do DEA e aplicar choque 
se indicado pelo aparelho. 
• Reiniciar ciclos de RCP (sempre começando 
pelas compressões torácicas) imediatamente 
após: 
 A aplicação do choque ou 
 Na ausência de pulso após o aparelho não ter 
indicado choque. 
 Se, a qualquer momento após a análise do 
ritmo pelo DEA, o aparelho não indicar choque, 
deve-se checar o pulso e: 
 Se pulso não palpável: reiniciar imediatamente 
os ciclos de RCP (começando pelas 
compressões torácicas); 
 Se pulso palpável mas com frequência ≤ 60 
bpm e sinais de perfusão inadequada (apesar 
de ventilação e oxigenação adequadas) e 
respiração ausente, reiniciar imediatamente as 
manobras de RCP (começando pelas 
compressões torácicas); 
 Se pulso palpável (e com frequência > 60 bpm) 
e respiração ausente: seguir o Protocolo BPed 
6 (Parada Respiratória); 
 Se pulso palpável e respiração presente ou 
paciente apresentando sinais de circulação 
(respiração espontânea, tosse e/ou 
movimento): interromper as manobras de RCP 
e instituir Cuidados Pós Ressuscitação 
(Protocolo BPed 8). 
5. Realizar contato com a Regulação Médica e passar 
os dados de forma sistematizada. 
6. Aguardar orientação da Regulação Médica para 
procedimentos e ou transporte para a unidade de 
saúde. 
 
 
 
 
3. Compreender as etapas do atendimento pré-hospitalar 
(Risco iminente de morte, omissão de socorro); 
 
→ História do APH no Brasil 
− O APH, no Brasil se desenvolveu por muito tempo sem 
normas regulamentadoras ou que implementassem 
um sistema bem definido. 
− Apenas em 1998 o Conselho Federal de Medicina 
qualifica o atendimento pré-hospitalar como serviço 
médico, tanto na coordenação quanto na supervisão. 
No ano seguinte o Ministério da Saúde aprova a 
normatização do atendimento pré-hospitalar com a 
Portaria n. 824, revogada posteriormente pela Portaria 
n. 814/2001, mais abrangente. Ainda no mesmo ano o 
Ministério da Saúde cria a Política Nacional de 
Redução de Morbimortalidade por Acidentes e 
Violência, com o intuito de reduzir a mortalidade no 
Brasil. 
− Em 2002 o Ministério da Saúde aprova a 
regulamentação técnica dos sistemas estaduais de 
urgência e emergência (Portaria n. 2048/GM), um 
avanço para a época. Nesta portaria fica claro a opção 
pelo modelo franco-alemão de atendimento pré-
hospitalar, sendo que o treinamento preconizado no 
Brasil é baseado no modelo anglo-americano, ficando 
nítida a carência de um modelo nacional, próprio. 
− Em 2003 é instituída a Política Nacional de Atenção às 
Urgências (Portaria n. 1863/GM) em todas as 
unidades federadas. Assim finalmente o Brasil 
conseguiu implantar uma legislação na área de 
urgência e emergência. Após duas décadas de 
evolução legislativa na área de urgência e 
emergência, principalmente quanto à fase pré-
hospitalar dos atendimentos, o Brasil tem uma 
legislação ampla, contudo longe de ser completa. 
− A Portaria GM/MS n. 1.863, de 29 de setembro de 
2003, trata da “Política Nacional de Atenção às 
Urgências” trazendo novos elementos conceituais, 
como o princípio da humanização. 
− Humanizar o atendimento não é apenas chamar a 
vítima pelo nome, nem ter um sorriso nos lábios 
constantemente, mas também compreender seus 
medos, angústias e incertezas, dando-lhe apoio e 
atenção permanente. 
− Em 2003 o Governo Federal, por intermédio do MS 
criou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 
(SAMU), baseado no modelo francês de medicina de 
emergência e seus Núcleos de Educação em 
Urgência, em municípios e regiões de todo o território 
brasileiro. Ele é normatizado pela Portaria n° 
1864/2003 que determina que as despesas de custeio 
O que não fazer: Não dê nada à vítima para comer, beber 
ou cheirar, na intenção de reanimá-la 
desse componente sejam de responsabilidade 
compartilhada, de forma tripartite, entre a União, os 
Estados e Municípios. 
 
− A legislação brasileira dispõe que os profissionais de 
APH estão divididos em dois grupos: 
• Profissionais da área da saúde: médicos, 
enfermeiros; auxiliares de enfermagem e técnicos de 
enfermagem. 
• Profissionais de outras áreas: policiais, guarda 
municipal; bombeiros e motoristas de veículos de 
urgênciae emergência. 
− Unidade de Atendimento Básico: é aquela onde a 
equipe está preparada para realizar procedimentos 
mais simples e não invasivos como imobilização, 
controle de um foco hemorrágico externo, identificar e 
auxiliar na recuperação de uma perda de consciência 
por exemplo. 
− Unidade de Atendimento Avançado: é aquela onde a 
equipe conta com a presença de um médico e está 
apta para a realização de procedimentos invasivos, 
como intubação traqueal, e uso de drogas e 
procedimentos de realização médica exclusiva. 
 A divisão acima, entre atendimento básico e 
atendimento avançado, está baseada nas normas 
legais que definem os limites de ação de cada 
profissão. 
 
− A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, 
porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos 
simples podem diminuir o sofrimento, evitar 
complicações futuras e até mesmo salvar vidas. 
− O fundamental é saber que, em situações de 
emergência, deve se manter a calma e ter em mente 
que a prestação de primeiros socorros não exclui a 
importância de um médico. 
− Além disso, certifique-se de que há condições seguras 
o bastante para a prestação do socorro sem riscos 
para você. E não se esqueça que um atendimento de 
emergência mal feito pode comprometer ainda mais a 
saúde da vítima. 
 
 Omissão de socorro 
• Código Penal -Decreto- Lei nº 2.848, 7 de dezembro 
de 1940. 
• Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando 
possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança 
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou 
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; 
ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade 
pública: 
• Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa. 
• Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se 
da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, 
e triplicada, se resulta em morte. 
• Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma 
assistência à vítima. A pessoa que chama por 
socorro especializado, por exemplo, já está 
prestando e providenciando socorro. Qualquer 
pessoa que deixe de prestar ou providenciar socorro 
à vítima, podendo fazê-lo, cometerá o crime de 
omissão de socorro, mesmo que não seja a 
causadora do evento. 
 
→ Autonomia do Paciente em Risco Iminente de Morte 
− Conceitualmente, considera-se autônomo o indivíduo 
que consegue expressar a sua vontade, que age 
conforme suas crenças e valores morais, que possui a 
faculdade de analisar e se responsabilizar sobre seus 
atos e as consequências que deles resultarem. À 
pessoa autônoma, atribui-se à capacidade de 
raciocínio, compreensão, deliberação e escolha 
independente. 
− O Código Civil brasileiro estabelece capacidade como 
a possibilidade do indivíduo poder praticar todos os 
atos da vida civil e, para isso, dividiu três grandes 
grupos: 
a) absolutamente incapazes: os menores de 16 
(dezesseis) anos; 
b) relativamente incapazes: os maiores de dezesseis e 
menores de dezoito anos; os ébrios habituais; os 
viciados em tóxicos; os que, por deficiência mental 
tenham o discernimento reduzido; os que, por causa 
transitória ou permanente, não puderem exprimir 
sua vontade e os pródigos; e, por fim, 
c) capazes: as pessoas com 18 anos completos. 
− Nos casos de pacientes em coma, crianças, ou 
aqueles com nítidos sintomas psicóticos, por exemplo, 
não há um alto grau de dificuldade em se detectar a 
incapacidade para discernir sobre o andamento do 
seu tratamento. No entanto, em contexto de 
emergência, existem ferramentas para ajudar o 
profissional a definir se há capacidade decisória. 
− Em 2010, foi publicado na revista Chest o estudo 
CURVES: uma regra mnemônica para determinar a 
capacidade de tomada de decisão sobre o tratamento 
em emergência. 
− De acordo com esse protocolo duas perguntas devem 
ser respondidas: 
• O paciente tem capacidade para tomar decisão? 
• O paciente está em emergência ameaçadora à vida 
de forma que possa ser submetido a um tratamento 
sem necessidade de consentimento informado? 
 
− Para responder à primeira pergunta são usadas 4 
letras: 
• C: capacidade de comunicar a escolha, 
• U: capacidade de entender (understand) os riscos, 
benefícios e consequências de sua decisão (e as 
consequências de não seguir decisão alternativa), 
• R: capacidade de comunicar suas razões e explicar 
de forma lógica sua decisão, 
• V: correlação escolha e sistema de valores do 
paciente. 
− Para responder à segunda pergunta, são utilizadas as 
2 últimas letras: 
• E: há um risco iminente ao bem estar do paciente e 
• S: não existe um mandato duradouro, diretivas 
avançadas de vontade nem outro documento 
substituto na tomada de decisão, nem tempo para 
uma consulta bioética. 
 
 O que pode ser considerado negligência 
nesse caso? 
→ Responsabilidades legais do socorrista: A 
responsabilidade profissional é uma obrigação 
atribuída a toda pessoa que exerce uma arte ou 
profissão, ou seja, a de responder perante a justiça 
pelos atos prejudiciais resultantes de suas atividades, 
diante do exposto, o socorrista poderá ser processado 
e responsabilizado se for constatada imperícia, 
imprudência e/ou negligência em seus atos: 
− Imperícia (ignorância, inabilidade, inexperiência): 
Entende-se, no sentido jurídico, a falta de prática ou 
ausência de conhecimentos, que se mostram 
necessários para o exercício de uma profissão ou de 
uma arte qualquer. 
A imperícia, se revela na ignorância, como na 
inexperiência ou inabilidade acerca de matéria que 
deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo 
ou se execute, com eficiência, o encargo ou serviço 
que foi confiado a alguém. 
a) Iniciar a sinalização em um ponto antes do acidente; b) Demarcar todo o desvio do 
tráfego até o acidente; c) Manter o tráfego fluindo; 
Evidencia-se, assim, no erro ou engano de execução 
de trabalho ou serviço, de cuja inabilidade se 
manifestou ou daquele que se diz apto para um 
serviço e não o faz com a habilidade necessária, 
porque lhe faltam os conhecimentos necessários. 
A imperícia conduz o agente à culpa, 
responsabilizando-o, civil e criminalmente, pelos 
danos que sejam causados por seu erro ou falta. 
• Exemplo: é imperito o socorrista que utiliza o 
reanimador manual, sem executar corretamente, por 
ausência de prática, as técnicas de abertura das vias 
aéreas, durante a reanimação. 
− Imprudência (falta de atenção, imprevidência, 
descuido): Resulta da imprevisão do agente ou da 
pessoa em relação às consequências de seu ato ou 
ação, quando devia e podia prevê-las. 
Mostra-se falta involuntária, ocorrida na prática de 
ação, o que a distingue da negligência (omissão 
faltosa), que se evidencia, precisamente, na 
imprevisão ou imprevidência relativa à precaução que 
deverá ter na prática da mesma ação. 
Funda-se, pois, na desatenção culpável, em virtude da 
qual ocorreu um mal, que podia e deveria ser atendido 
ou previsto pelo imprudente. 
Em matéria penal, arguido também de culpado, é o 
imprudente responsabilizado pelo dano ocasionado à 
vítima, pesando sobre ele a imputação de um crime 
culposo. 
• Exemplo: É imprudente o motorista que dirige um 
veículo de emergência excedendo o limite de 
velocidade permitido na via. 
− Negligência (desprezar, desatender, não cuidar): 
Exprime a desatenção, a falta de cuidado ou de 
precaução com que se executam certos atos, em 
virtude dos quais se manifestam resultados maus ou 
prejudicados, que não adviriam se mais 
atenciosamente ou com a devida precaução, aliás, 
ordenada pela prudência, fosse executada. 
A negligência, assim, evidencia-se pela falta 
decorrente de não se acompanhar o ato com a 
atenção que se deveria. 
Nesta razão, a negligência implica na omissão ou 
inobservância de dever que competia ao agente, 
objetivado nas precauções que lhe eram ordenadas 
ou aconselhadas pela prudência, e vistas como 
necessárias, para evitar males não queridos ou 
evitáveis. 
• Exemplo: énegligente o socorrista que deixa de 
utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) em 
um atendimento no qual seu uso seja necessário. 
 
4. Descrever as etapas básicas do socorrismo (exame físico). 
 
→ BC1: Avaliação primária do paciente (agravo clínico) 
 
− Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Em toda 
abordagem de pacientes com agravo clínico. 
− Conduta: 
1. Avaliar a responsividade (chamar o paciente) e 
expansão torácica: 
• se não responsivo e sem movimentos 
respiratórios, checar pulso central: 
• se pulso ausente, iniciar Protocolo BC5 (PCR); e 
• se pulso presente, abrir VA com manobras 
manuais (hiperextensão da cabeça e elevação do 
queixo) e iniciar suporte ventilatório Protocolo BC4 
(Parada Respiratória). 
• se não responsivo com movimentos respiratórios: 
garantir a permeabilidade de via aérea e 
considerar suporte ventilatório; e 
• se responsivo, prosseguir avaliação. 
2. Avaliar permeabilidade de via aérea (VA) e corrigir 
situações de risco com: hiperextensão da cabeça e 
elevação do queixo, cânula orofaríngea, aspiração e 
retirada de próteses, se necessário. 
3. Avaliar ventilação: 
• padrão ventilatório; 
• simetria torácica; 
• frequência respiratória; e 
• considerar a administração de O2. 
4. Avaliar estado circulatório: 
• presença de hemorragias externas de natureza 
não traumática; 
• pulsos periféricos ou centrais: frequência, ritmo, 
amplitude, simetria; 
• tempo de enchimento capilar; 
• pele: coloração e temperatura; e 
• na presença de sangramento ativo, considerar 
compressão direta, se possível. 
5. Avaliar estado neurológico: 
• Escala de Coma de Glasgow (ECG); e 
• avaliação pupilar: foto-reatividade e simetria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A (Airways): desobstrução de vias aéreas com controle de 
coluna cervical; 
 O socorrista, ao estabilizar a coluna cervical da vítima 
com as mãos, deve checar a responsividade dela. Caso 
responda, considera-se que as vias aéreas estão 
liberadas. 
 Caso contrário, realiza-se manobras de liberação de vias 
aéreas, que visam desobstruir o canal e impedir a queda 
da língua na faringe posterior, situação essa que ocorre 
quando a vítima está inconsciente. 
 Toda vítima inconsciente deve receber a cânula 
orofaríngea. A cânula ideal para cada vítima é a que 
possuir o tamanho equivalente ao da distância da fenda 
labial até o lóbulo da orelha. 
 É válido ressaltar que nem todas as vítimas 
inconscientes aceitam a colocação da cânula. 
 Há também duas outras manobras para liberação de vias 
aéreas em vítimas de trauma, que são a elevação da 
mandíbula (Chin Lift) e a tração da mandíbula (Jaw 
Thrust). Ambas podem ser realizadas quando não houver 
ou quando a vítima não aceitar a cânula orofaríngea. 
 Às vítimas de emergências clínicas que não sofreram 
trauma e necessitem de liberação das vias aéreas, 
utilizam-se a técnica de hiperextensão da coluna cervical. 
 Por fim, caso nenhuma das manobras acima descritas 
tenham o efeito esperado, pois a obstrução encontra-se 
na faringe ou ainda mais embaixo, deve ser utilizada a 
manobra de Heimlich. 
 A primeira estabilização é feita com as mãos, na posição 
em que a vítima se encontrar, sendo que a equipe de 
socorristas movimentará a vítima de forma que ela fique 
em decúbito dorsal. Somente nessa posição será 
colocado o colar cervical. 
• B (Breathing): Respiração; 
 Avalia-se a respiração da vítima pelo método mnemônico 
VOS – ver, ouvir e sentir. 
Outra versão falada no fórum 
− Após checar a responsividade da vítima, deve-se realizar a 
avaliação primária. Para melhor sistematização de 
atendimento à vítima de trauma, a avaliação primária é 
dividida em 5 tópicos a serem avaliados, visando as principais 
alterações que podem levar a vítima ao óbito. 
− Dessa forma, adotaremos uma sequência alfabética, de fácil 
entendimento e memorização. As iniciais derivam do inglês e 
representa a dinâmica correta de avaliação da vítima: 
• X (Exsanguinante): Contenção de hemorragias; 
• A (Airways): desobstrução de vias aéreas com controle de 
coluna cervical; 
• B (Breathing): Respiração; 
• C (Circulation): Circulação; 
• D (Disability): Estado Neurológico; 
• E (Exposure): Exposição da vítima; 
Evidências de contaminação com a realização de ventilação boca 
a boca são mínimas, mas é indicado que o socorrista utilize 
mecanismos de barreira − por exemplo, máscara de bolso 
(pocket mask) ou Bolsa-Válvula-Máscara (BVM). 
Diferença entre emergência e urgência? Urgência é 
uma situação em que não há risco à vida, enquanto 
uma emergência há. 
 Caso a vítima não esteja respirando, inicia-se 
imediatamente a reanimação respiratória e verifica-se o 
pulso carotídeo para constatar ocorrência de parada 
cardiorrespiratória 
• C (Circulation): Circulação; 
 Inicia-se com a verificação do pulso, sendo que, em 
vítimas conscientes, checa-se a presença dos pulsos 
distais (radial ou pedioso), sua qualidade e regularidade. 
 Nas vítimas inconscientes, checa-se o pulso carotídeo. 
Nas situações em que o pulso carotídeo não estiver 
presente, inicia-se de imediato os procedimentos de 
reanimação cardíaca. 
 Após a verificação do pulso, checa-se então a perfusão 
capilar e a coloração da pele. 
 A hemostasia de grandes hemorragias deve ser 
realizada durante a avaliação primária. O método de 
contenção de grandes sangramentos é a compressão 
direta. Não havendo o resultado esperado, deve-se 
realizar o torniquete. 
 Devem ser observados ainda os sinais e sintomas que 
podem caracterizar uma hemorragia interna. 
• D (Disability): Estado Neurológico; 
 Realiza-se duas avaliações: Escala de Coma de 
Glasgow – ECG e análise das pupilas. 
 A ECG tem por finalidade avaliar o nível de consciência 
da vítima por meio de resposta motora, ocular e verbal. 
Já a análise das pupilas visa conhecer as respostas 
neurológicas por meio da reação à luz, como a simetria 
e tamanho. 
• E (Exposure): Exposição da vítima; 
 Faz-se necessária a exposição da vítima para verificar 
existência de lesões ou situações que passaram 
despercebidas durante a avaliação primária. 
 Caso haja suspeita de lesão em qualquer parte do corpo, 
as vestes devem ser removidas para melhor avaliação. 
 O socorrista deve ter o discernimento de como e quando 
fazê-lo, preservando assim o pudor da vítima. 
 Outra preocupação que os socorristas devem ter é 
quanto à hipotermia. 
 
→ BC2: Avaliação secundária do paciente (agravo 
clínico) 
− Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Em toda 
abordagem de pacientes com agravo clínico, após a 
realização da Avaliação Primária e das intervenções 
específicas dessa fase do atendimento. 
− Conduta: 
1. Realizar a entrevista SAMPLA (com o paciente, 
familiares ou terceiros): 
• Nome e idade; 
• Queixa principal; 
• S: verificação dos sinais vitais: 
 respiração (frequência, ritmo e amplitude); 
 pulso (frequência, ritmo e amplitude); 
 pressão arterial; e 
 pele (temperatura, cor, turgor e umidade). 
• A: história de alergias; 
• M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em 
curso; 
• P: passado médico – problemas de saúde ou 
doença prévia; 
• L: horário da última ingestão de líquidos ou 
alimentos; e 
• A: ambiente do evento. 
2. Realizar a avaliação complementar: 
• instalar oximetria de pulso, se disponível; e 
• mensurar a glicemia capilar, se disponível. 
3. Realizar o exame da cabeça aos pés: 
• Cabeça e face: inspecionar e palpar o couro 
cabeludo, orelhas, ossos da face, olhos, pupilas 
(verificar diâmetro, reação à luz e simetria pupilar) 
nariz, boca; e observar alterações na coloração e 
temperatura da pele. 
• Pescoço: avaliar região anterior e posterior; e 
avaliar, em especial, se há distensão das veias 
jugulares. 
• Tórax: observar, em especial, se há uso de 
musculatura acessória, tiragem intercostal e de 
fúrcula, movimentos assimétricos. 
• Abdome: observar abdome distendido. 
• Membrossuperiores: observar, em especial, a 
palpação de pulsos distais e perfusão dos 
membros; e avaliar a força motora, solicitando que 
o paciente aperte a mão do profissional e/ou eleve 
um braço de cada vez, se descartada qualquer 
potencial lesão. 
• Membros inferiores: observar, em especial, a 
palpação de pulsos distais e perfusão dos 
membros (reenchimento capilar); e avaliar a força 
motora, solicitando que o paciente movimente os 
pés e/ou eleve uma perna de cada vez, se 
descartada qualquer potencial lesão. 
 
 Qual a diferença entre sinais de apoio e 
sinais vitais? 
 
− Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e 
podem orientar o estado físico em que o corpo 
humano se apresenta. 
Os sinais que podemos avaliar são: 
• Pulso (frequência cardíaca); 
 
Pode se sentir através de palpação do: 
 Pulso radial 
 Pulso carotídeo: Para se detectar a presença ou 
ausência; 
1. localize a cartilagem tireoide e coloque a ponta 
dos dedos (indicador e médio) ao lado desse 
ponto, mantendo a cabeça em posição inclinada 
para trás (se não houver suspeita de lesão na 
coluna cervical); 
2. deslize os dedos entre a traqueia e o músculo 
lateral do pescoço do lado mais próximo a você; 
3. exerça pequena pressão neste ponto e sinta o 
pulso da artéria carótida (adulto e criança). Se 
não há pulso, inicie as compressões torácicas ou 
conecte um DEA, quando possível. 
• Respiração; 
 
 A avaliação da respiração inclui: frequência 
respiratória (movimentos respiratórios por minuto); 
caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e 
irregular). 
 Deve-se avaliar a respiração tendo em vista os 
sinais e sintomas de comprometimento 
respiratório: cianose (arroxeamento da pele); 
inquietação; dispneia (dificuldade respiratória) e 
sons respiratórios anormais como, por exemplo, o 
chiado. 
 A frequência da respiração é contada pela 
quantidade de vezes que uma pessoa realiza os 
movimentos combinados de inspiração e 
expiração em um minuto. 
 A contagem pode ser feita observando-se a 
elevação do tórax e/ou abdome. Em crianças 
menores o movimento torácico é menos evidente 
que nos adultos e, usualmente, ocorre próximo ao 
abdome. 
 
• Pressão arterial 
 A PA é medida em milímetros de mercúrio 
(mmHg), com aparelhos desenvolvidos 
especificamente para este fim. O primeiro número, 
de maior valor, corresponde à pressão sistólica, 
enquanto o segundo, de menor valor, corresponde 
à pressão diastólica. 
 
 O local mais comum de verificação da PA é no 
braço. Os equipamentos usados são o 
esfigmomanômetro e o estetoscópio. 
 Crise hipertensiva: é a elevação rápida, 
inapropriada, intensa e sintomática da pressão 
arterial, que pode levar ao risco de deterioração 
rápida dos órgãos alvo (coração, cérebro, rins e 
artérias) e a um consequente risco de vida 
imediato ou potencial. 
 Hipotensão arterial: ocorre quando os níveis 
pressóricos são inferiores aos considerados 
normais, levando-se em conta o fator de idade. 
• Temperatura. 
 A temperatura resulta do equilíbrio térmico mantido 
entre o ganho e a perda de calor pelo organismo. 
 A temperatura do corpo humano está sujeita a 
variações individuais e devido a fatores fisiológicos 
como: exercícios, digestão, temperatura ambiente 
e estado emocional. Existe pequena elevação de 
temperatura nas mulheres após a ovulação, no 
período menstrual e no primeiro trimestre da 
gravidez. 
 
 Para proceder à verificação da temperatura 
corporal o termômetro deve estar seco e marcando 
temperatura inferior a 35% (se necessário sacudi-
lo cuidadosamente até que a coluna de mercúrio 
desça). 
 A temperatura pode ser medida nos seguintes 
locais axila e boca. 
 Na obtenção dos valores dos sinais vitais devemos 
considerar as seguintes condições: 
 Condições ambientais, tais como a temperatura e a 
umidade no local, que podem causar variações nos 
valores; 
 Condições pessoais, como exercício físico recente, 
tensão emocional e alimentação; 
 Condições do equipamento para mensuração, que 
devem ser apropriados e calibrados regularmente. O 
uso de equipamentos inapropriados ou descalibrados 
podem resultar em valores falsos. 
 
− Além dos sinais vitais, existem os sinais de apoio que 
são sinais que o corpo emite em função do estado de 
funcionamento dos órgãos vitais e devem ser 
observados para obtenção de mais informações. 
Os principais sinais de apoio são: 
• Dilatação e reatividade das pupilas; 
 
• Cor e umidade da pele; 
 Azulada (cianose): como no caso de parada 
cardiorrespiratória, asfixia, falta de ar ou exposição 
ao frio; 
 Pálida: em casos de hemorragias, estado de 
choque, pós-reanimação cardiopulmonar 
prolongada ou mesmo tensão emocional; 
 Avermelhada (hiperemiada): em caso de febre, 
queimaduras de primeiro grau e traumatismos; 
 Fria, úmida e pegajosa: no caso de estado de 
choque. 
• Nível de consciência; 
 Um nível de consciência considerado normal é 
aquele em que a pessoa percebe, normalmente, o 
ambiente que a cerca, com todos os sentidos 
saudáveis respondendo aos estímulos sensoriais, 
verbais e motores. 
 Uma pessoa pode estar inconsciente (perda da 
consciência) por desmaio (síncope), estado de 
choque, estado de coma, convulsão, parada 
cardíaca, parada respiratória, alcoolismo, 
intoxicação por drogas e uma série de outras 
causas. 
• Mobilidade e sensibilidade corporal. 
 A incapacidade de movimento nos membros 
inferiores e superiores podem indicar lesão 
cerebral, lesão da medula espinhal ou lesão do 
nervo do membro. 
 Para avaliar a motilidade pode-se pedir para que a 
vítima movimente os dedos de cada mão, os 
membros superiores e inferiores, pedir para que 
sorria, para identificar se não há nenhum desvio 
que indique lesão cerebral ou de nervo periférico 
(facial). 
 A vítima pode também perder a sensibilidade em 
certas áreas do corpo, queixando-se de dormência 
ou formigamento.

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