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Exame Físico Pediatrico ⇒ Após realizar a anamnese, é hora de realizar o exame físico. É importante que você explique para o paciente e acompanhante os procedimentos que vai realizar. ⇒ Não esqueça de lavar as mãos antes e depois do exame físico. ⇒ Procure aquecer as mãos caso necessário. ⇒ No caso de lactentes é uma boa estratégia fazer parte do exame fisico com a criança no colo da mãe. Roteiro do exame físico ⇒ Ectoscopia: avalie o estado geral da criança, se está tranquila, saudável, ativa, alegre ou enferma, triste, irritada, prostrada. ⇒ verifique fácies, posições características, estado de nutrição e hidratação. ⇒ Verifique mucosas, pele e subcutâneo ⇒ cor, vasos sanguíneos, erupções, descamação, estrias, textura, turgor, elasticidade, umidade, edema, nódulo e tumefações. ⇒ Papel/"procure" presença de linfonodos ⇒ caso tenha descreva número, tamanho consistência , mobilidade e se há presença de sinais flogísticos. ⇒ Ausculta cardíaca e pulmonar ⇒ Verifique ritmo cardíaco, presença de sopros, alteração de bulhas, presença de ruídos adventícios , sibilos, roncos, redução de murmúrio vesicular. ⇒ ABDOME ⇒ Inspecione > Ausculte > Palpe > Percuta. ###### mãos aquecidas e paciência. Inspeção do abdome • Forma e volume: distensão abdominal. • Saliências e retrações, eventrações. • Cor da pele e outras alterações cutâneas. • Alterações de umbigo: hérnia umbilical e granuloma umbilical. • Cicatrizes. • Peristaltismo visível?. • Circulação venosa superficial. • Movimentos respiratórios e suas alterações. ausculta Ausculte antes de palpar. Verifique peristaltismo, sopros arteriais. #Ocorre aumento do ruído intestinal (borborigmo) na diarreia, início da peritonite e abdome agudo obstrutivo. #Redução ou ausência do ruído intestinal no íleo paralítico e na peritonite instalada. Palpação ⇒ Tente ganhar confiança do paciente. Mãos aquecidas. Decúbito dorsal, relaxada, sem travesseiro. O médico em pé ao lado direito. ⇒ Examinar durante a inspiração, pois o relaxamento abdominal é maior (mesmo durante o choro). ⇒ Espalmar a mão e usar a polpa dos dedos. ⇒ Primeiro palpação superficial e profunda. ⇒ Pesquisar o sinal de Blumberg (apendicite). Fletir as pernas para palpar fossas ilíacas. Fazer uma boa avaliação do fígado e do baço. ⇒ Região anorretal ⇒ inspecione o local ( massas tônus, fístulas, fissuras anais, prolapso retal, pólipos, hemorroidas). ⇒ Genitália ⇒ verifique se há lesões de pele, pelos, ambiguidade, corrimento (uretral ou vaginal), corpo estranho, sinéquia de pequenos lábios, fimose, e presença de testículos. Na palpação verifique os pulsos femorais, procure linfonodos inguinais, tumoração e hérnias. ⇒ Extremidades ⇒ Procure por lesões de pele, avalie a coloração, aspecto das unhas, implantação dos fâneros, avalie as articulações, tamanho e simetria dos membros. Pálpe musculatura (tônus, trofismo, força), articulações (temperatura, edema, mobilidade, dor crepitação), pulsos , verifique tempo de enchimento capilar. # realize manobras de Ortolani e Barlow nos lactentes • Avaliação da coluna vertebral: decúbito dorsal, palpar as apófises espinhais da região cervical até a região sacrococcígea. Na região sacrococcígea averiguar a presença de cisto pilonidal, fosseta sacral ou tumorações. • Avaliação dos membros: encurtamento dos membros, acondroplasia, focomelia, polidactilia, sindactilia, pé torto congênito, pé chato fisiológico e genu varo ou geno valgo. Medir da crista ilíaca ântero superior até maléolo medial da tíbia (a diferença norma é até 0,5 cm). # Doença de Osgoog-Schlater – inflamação dolorosa do osso e da cartilagem na parte superior da tíbia. • Teste da inclinação: deve ser rotina no consultório. Paciente de costas para o médico. Observar a flexibilidade e observar o encurtamento da musculatura (dificuldade em tocar o chão com os dedos). • Outras alterações: condrossarcoma, fratura de punho e infarto ósseo e osteomielite na anemia falciforme. ⇒ Sistema nervoso e DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor)⇒ verifique o estado de consciência, comportamento, postura, olhos e pupilas. Pode ser necessário realizar exame dos pares cranianos.Fique atento a sinais de meningismo. Verifique os reflexos profundos e os transitórios do recém-nascido: • Reflexo de Moro: desenhado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguido por choro. • Reflexo da busca: é desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa de “buscar”o objeto, seguido de sucção reflexa do mesmo. • Reflexo de sucção: é desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. • Reflexo da preensão palmar e plantar: o palmar é desencadeado pela pressão da palma da mão e observa-se a flexão dos dedos. O plantar é desencadeado pela pressão da base dos artelhos e observa-se a flexão dos dedos. • Reflexo tônico-cervical assimétrico: também conhecido como Reflexo Tônico-cervical de Magnus e de Kleijn ou Reflexo do esgrimista. É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa-se a extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece o ao mesmo padrão, mas é mais sutil. • Reflexo da marcha: é desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se o cruzamento das pernas, uma à frente da outra. # Aos 3 meses ⇒ REFLEXOS PRIMITIVOS: Presentes: sucção, Moro, mão-boca, preensão palmar, preensão plantar, cutâneo-plantar extensor. Desapareceram: marcha reflexa, apoio plantar,tônico-cervical assimétrico . ⇒ Criança já “firma o pescoço”. # Aos 6 meses ⇒ REFLEXOS PRIMITIVOS: Presentes: preensão plantar, cutâneo plantar extensor; Desapareceram: sucção, preensão palmar, moro, mão-boca. ⇒ Criança já senta com apoio, consegue mudar de decúbito e consegue “tirar pano do rosto”. # Aos 9 meses ⇒ REFLEXOS PRIMITIVOS: preensão plantar e cutâneo plantar extensor em desaparecimento. ⇒ Consegue ficar na posição de engatinhar, engatinha e anda com apoio, pegar objetos em cada mão e consegue trocar de mãos. # Aos 12 meses ⇒ consegue ficar em pé com apoio e esta iniciando marcha sem apoio. # Aos 2 anos é esperado que a criança consiga subir escadas, falar mais de 10 palavras, pule com os 2 pés, esteja começando a correr e que esteja começando a ter controle de esfíncteres. ⇒ Otoscopia e Oroscopia ⇒ Deixe essa parte para o final, pois essa é a parte que costuma causar choro. # Explique para o acompanhante o que vai fazer e peça sua ajuda para “conter” a criança caso necessário. # Na Otoscopia tenha cuidado, o conduto auditivo é mais curto. # Na Oroscopia você tem que ser rápido e decidido, “contenha a criança e abaixe a língua” ( provável que só vai ter uma chance de visualizar) # Exemplo de descrição de exame físico O: BEG, AAA,MUC Score Z Cabeça e pescoço: crânio simétrico, fontanelas presentes (2 polpas digitais), ausência de secreção ocular, sem estrabismo ou ptose palpebral, sem ínguas palpáveis na cadeia cervical. AC: BNF RR SS 2t AP: Mv+ bilateral sem RA Abd: globoso, flácido, indolor à palpação, sem visceromegalias palpáveis Genitália: sem sinais de virilização. Pele de coloração normal, sem sinais de desidratação. Cicatriz de BCG: presente DNPM: Reage a sons, sorri pra mãe, fixa objetos. Reflexos de moro, busca e sucção, preensão palmar e plantar, tônico-cervical e de marcha presentes. Otoscopia: sem alterações Orofaringe: sem alterações - Pediatria Ambulatorial. 5 ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2013. 1400 p.
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