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Teologia do Novo Testamento Aula 01

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Teologia do Novo Testamento 
 
O Cristianismo, desde o seu início, focalizou principalmente a pessoa de Cristo, 
antes que os seus ensinos. A pessoa de Cristo sempre ocupou o primeiro plano, o 
que é muito natural, especialmente nas epístolas do apóstolo Paulo, onde se 
encontram doutrinas tão maravilhosas acerca da pessoa de Cristo. Isto, porém, em 
nada pode diminuir a grandeza do corpo de doutrinas que Cristo mesmo ensinou. 
 
1. Definição 
Teologia do Novo Testamento é o ramo das disciplinas cristãs que seguem 
determinados temas através de todos os autores do NT, e que depois funde esses 
quadros individuais num só conjunto abrangente. Estuda, portanto, a revelação 
progressiva de Deus em termos da situação vivencial na ocasião da escrita, e 
depois delineia o fio subjacente que une todos os dados. 
 
 
Origem da palavra Teologia 
A palavra teologia não tem sua origem no mundo cristão. Na Grécia clássica 
encontramos esse termo ligado à filosofia. Platão foi o primeiro filósofo a fazer uso 
da palavra teologia. Com Platão o logos tinha um sentido estritamente filosófico e 
racional e se referia a palavra enquanto opositora ao mito. Já o termo theos 
significava qualquer ser transcendente ou realidade divina. Aristóteles ao fazer uso 
do termo teologia em sua filosofia conceberá a teologia como ciência que indaga 
sobre o ser divino. Somente a partir do século IV a palavra teologia é usada no 
universo literário cristão. Foram os Padres da Igreja que começaram a chamar a 
reflexão sobre Deus de teologia. Agostinho em sua obra (Cidade de Deus) leva o 
uso da palavra teologia para o uso específico cristão. Para Agostinho a teologia 
não se resume a um discurso genérico sobre a divindade, como pensavam os 
gregos, mas uma reflexão sobre a essência do Deus da Revelação. O que vai 
mudar com a reflexão cristã não é a etimologia da palavra teologia, mas o seu 
significado. Para os cristãos o logos não é uma palavra no sentido genérico, mas 
aquela que toma forma na pessoa de Jesus, o verbo encarnado. O theos na 
concepção dos cristãos não se refere a qualquer divindade, mas trata-se do Deus 
da Revelação bíblica. No período da Escolástica, Tomás de Aquino ao apropriar-se 
do pensamento de Aristóteles passa a conceber a teologia como ciência 
especulativa que faz uso de um saber racional e científico. No início da idade 
moderna a Reforma Protestante, negando qualquer forma de teologia especulativa, 
propõe uma teologia prática. Lutero faz uso da palavra teologia ligando-a com a 
história e com a vida de fé do cristão. Portanto, ao longo da história a palavra 
teologia sofreu mudanças em seu significado, principalmente quando o cristianismo 
dá um novo significado ao uso do termo. 
 
Definições 
1. Charles Hodge 
"É a ciência dos fatos da revelação divina até onde esses fatos dizem respeito à 
natureza de Deus e à nossa relação com ele, como suas criaturas, como pecadores 
e como sujeitos da redenção". 
 
 
2. Herman Bavink 
 " É a ciência que extrai o conhecimento de Deus de Sua revelação, que estuda e 
pensa sobre ela sob a orientação do Espírito Santo, e então tenta descrevê-la de 
forma a honrar a Deus". 
 
3. Augustus Strong 
 "É a ciência de Deus e das relações entre Deus e o universo." ?. 
 
4. Afonso Murad 
"De maneira sintética, dizemos que a teologia cristã é uma reflexão, sistemática e 
crítica, esperançada e sábia, sobre a fé cristã, vivida e transmitida nas comunidades 
eclesiais, a serviço da evangelização". 
 
A palavra "teologia", assim como outros termos teológicos (Trindade, por exemplo) 
não se acha escrito na Bíblia. O termo é mais uma das heranças que o cristianismo 
adquiriu do mundo grego antigo no correr da sua história. Antes mesmo do 
surgimento do cristianismo, na Grécia clássica, os poetas gregos já recebiam o 
título de "teólogos" por compor e discursar versos para os deuses. "Homero 
e Hesíodo narraram as estórias a respeito dos deuses usando o veículo 
especial do mito; a teologia deles era mítica". 
 
Ramos da Teologia 
 
Teologia exegética: 
Exegética vem da palavra grega que significa extrair. Esta teologia procura 
descobrir o verdadeiro significado das Escrituras. 
 
A bíblia é composta de diversos tipos de literaturas e estilos, por isso é necessário 
interpretar corretamente cada uma delas, A preocupação de um autor de um livro 
poético é diferente da de um autor de um livro histórico, neste há inclusão de 
detalhes que são dispensáveis naquele, como datas, governantes, posição 
geográfica, a fim de levar uma compreensão exata do que o autor quis dizer. 
Vejamos alguns princípios que regem a exegese e a hermenêutica: 
 
1-PRICÍPIOS DA EXEGESE 
a) Defina bem o texto - Evite pregar em textos muito pequenos para não deixar 
coisas importantes no contexto, ou em textos muito extensos, pois nesse 
caso a exposição pode ficar superficial, devemos buscar a definição da 
"perícope" (bloco central de raciocínio de em determinado texto). 
b) Compare diversas traduções - Leia o texto em outras traduções, pois os 
tradutores podem dar sinônimos de palavras e isso facilita seu entendimento. 
c) Analise o contexto do texto - Estude o parágrafo anterior e o posterior 
(contexto imediato). Descubra de onde o personagem está vindo e para onde 
está indo, o que aconteceu antes e depois do episódio que você está 
estudando. Analise a idéia ou contexto do livro que está sendo estudado 
(contexto remoto). 
d) Analise a gramática do texto - Anote o significado das palavras que você 
não conhece, marque os verbos e faça ligações entre eles, separe as 
perguntas e as respostas que tiver no texto, marque palavras repetidas, 
comparações, etc. 
e) Defina o tipo de literatura - Seu texto está nos livros histórico ou profético? 
Está nos evangélicos ou nas cartas? Essa definição é muito importante para 
compreender o texto. 
 f) Pesquise o contexto histórico-geográfico - Use um dicionário bíblico e 
entenda quem era o personagem principal do texto, quem era sua família, 
sua profissão, para onde estava indo de onde estava vindo. Quem era o 
governador ou Rei, etc. Anote todas as informações que o texto traz a fim de 
conhecer melhor o que estava acontecendo. Consulte sempre um mapa 
bíblico. 
g) Identifique o tema principal - Qual é a idéia principal do texto? O que o texto 
está ensinando? Qual é o pensamento dominante? Tem outras idéias 
secundárias? Normalmente o tema principal do texto indicará o tema do 
sermão. 
 h) Pesquise em comentários Bíblicos- Não dispense os comentários 
Bíblicos, pois é o fruto do trabalho árduo de pessoas que já estudaram o 
texto e anotaram as suas conclusões. Porém só consulte um comentário 
após ter passados por todos os princípios anteriores. 
 
Teologia Histórica 
Envolve o Estudo da História da Igreja e o desenvolvimento da interpretação 
doutrinária. 
 
A teologia histórica é o estudo do desenvolvimento e da história da doutrina cristã. 
Como o próprio nome indica, a teologia histórica é um estudo do desenvolvimento 
e formação da essencial doutrina cristã ao longo da história da igreja do Novo 
Testamento. A teologia histórica também pode ser definida como o estudo de como 
os cristãos em diferentes períodos históricos compreenderam diferentes temas ou 
temas teológicos como a natureza de Deus, a natureza de Jesus Cristo, a natureza 
e obra do Espírito Santo, a doutrina da salvação, etc. 
 
O estudo da teologia histórica abrange assuntos como o desenvolvimento de 
credos e confissões, conselhos eclesiásticos e heresias que surgiram e foram 
eliminadas durante toda a história da igreja. Um teólogo histórico estuda o 
desenvolvimento das doutrinas essenciais que separam o Cristianismo de heresias 
e seitas. 
 
Os teólogos muitas vezes dividem o estudo da teologia histórica em quatro períodos 
principais de tempo: 
1) o Período Patrístico de 100 a 400 A.D.; 
2) a Idade Média e o Renascimentode 500-1500 A.D.; 
3) os Períodos da Reforma e Pós-Reforma de 1500 a 1750 A.D.; e 
4) o Período Moderno de 1750 A.D. até o presente dia. 
 
O objetivo da teologia histórica é compreender e descrever a origem histórica das 
principais doutrinas do Cristianismo e traçar o desenvolvimento dessas doutrinas 
ao longo do tempo. Ela examina como as pessoas entenderam diferentes doutrinas 
ao longo da história e tenta entender o seu desenvolvimento, reconhecendo como 
as mudanças dentro da igreja têm afetado diferentes doutrinas para melhor ou pior. 
 
A teologia histórica e a história da igreja são duas matérias diferentes, porém 
estreitamente relacionadas e importantes. Seria difícil, se não impossível, 
compreender a história da igreja sem também compreender a história da doutrina 
que muitas vezes levava a diferentes divisões e movimentos dentro da história da 
igreja. Compreender a história da teologia e doutrina nos ajuda a compreender a 
história do Cristianismo desde o primeiro século e por que existem tantas 
denominações diferentes. 
 
A base para estudar a teologia histórica é encontrada no livro de Atos. Lucas 
registra o início da Igreja cristã enquanto continua em direção ao seu objetivo de 
relatar "todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar Jesus" (Atos 1:1). 
A obra de Cristo não terminou com o capítulo final de Atos. Na verdade, Cristo está 
trabalhando até hoje em Sua igreja, e isso pode ser visto através do estudo da 
teologia histórica e da história da igreja, ambas as quais nos ajudam a entender 
como as doutrinas bíblicas essenciais para a fé cristã foram reconhecidas e 
proclamadas em toda a história da igreja. Paulo advertiu os anciãos de Efésios em 
Atos 20:29-30 para esperar "lobos vorazes" que ensinariam falsa doutrina. É 
através do estudo da teologia histórica que vemos quão verdadeira a advertência 
de Paulo acabou sendo, à medida que entendemos como as doutrinas essenciais 
da fé cristã foram atacadas e defendidas ao longo dos quase 2.000 anos da história 
da igreja. 
 
Como qualquer área da teologia, a teologia histórica também é usada por 
estudiosos liberais e não-cristãos para pôr em dúvida ou atacar as doutrinas 
essenciais da fé cristã. Eles acusam a Bíblia de ser uma invenção humana em vez 
do que realmente é – a verdade bíblica divinamente revelada. Um exemplo disso é 
a discussão da natureza trinitária de Deus. O teólogo histórico irá estudar e traçar 
o desenvolvimento desta doutrina ao longo da história da igreja, sabendo que esta 
verdade é claramente revelada nas Escrituras. No entanto, durante a história da 
igreja, houve momentos em que a doutrina foi atacada e, portanto, foi necessário 
que a igreja definisse e defendesse a doutrina. A verdade da doutrina vem 
diretamente da Escritura. No entanto, a compreensão e a proclamação da doutrina 
da igreja foram clarificadas ao longo dos anos, muitas vezes nos tempos em que a 
natureza de Deus havia sido atacada por aqueles "lobos vorazes" que Paulo 
advertiu que viriam. 
 
Alguns cristãos bem-intencionados, mas equivocados, querem descartar a 
importância da teologia histórica, citando a promessa de que o Espírito Santo que 
habita em todos os cristãos renascidos "vos guiará a toda a verdade" (João 16:13). 
O que esses cristãos não conseguem reconhecer é que o Espírito Santo tem 
habitado nos cristãos em toda a história da igreja, e é o próprio Jesus Cristo que 
deu "uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros 
para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o 
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo" (Efésios 4:11-
12). Isso inclui não apenas aqueles dados nesta geração, mas também aqueles 
que Cristo ordenou durante a história da igreja. É tolo acreditar que não precisamos 
aprender de muitos homens talentosos que nos precederam. Um correto estudo e 
aplicação da teologia histórica nos ajudam a reconhecer e aprender com mestres e 
líderes cristãos de séculos passados. 
 
Através do estudo da história da igreja e da teologia histórica, o cristão renascido é 
encorajado a ver como Deus tem trabalhado ao longo da história. Nele, vemos a 
soberania de Deus sobre todas as coisas exibidas e a verdade de que a Palavra de 
Deus permanece para sempre (Salmo 119:160). Estudar a teologia histórica 
realmente é nada mais do que estudar Deus trabalhando. Também nos ajuda a 
lembrar da sempre presente batalha espiritual entre Satanás e a verdade da 
Palavra de Deus. A história nos mostra os muitos caminhos e formas que Satanás 
usa para espalhar falsas doutrinas na igreja, assim como Paulo advertiu os anciãos 
de Efésios. 
 
O estudo da teologia histórica e da história da igreja também mostra que a verdade 
da Palavra de Deus continua triunfante. À medida que entendemos as batalhas 
teológicas do passado, podemos estar mais bem preparados para resistir aos erros 
que Satanás tentará usar para nos atrair no futuro. Se pastores, igrejas e cristãos 
não estiverem cientes da história da igreja e da teologia histórica, então estarão 
mais propensos a caírem ao mesmo tipo de falsos ensinamentos que Satanás usou 
no passado. 
 
A teologia histórica, quando corretamente compreendida e aplicada, não diminui a 
autoridade ou a suficiência da Escritura. Somente a Escritura é o padrão em todos 
os assuntos de fé e prática. Só ela é inspirada e inerrante. Apenas a Escritura é 
nossa autoridade e guia, mas a teologia histórica pode nos ajudar a entender os 
muitos perigos de algum "novo ensino" ou nova interpretação da Escritura. Com 
quase 2.000 anos de história da igreja e milhares, se não milhões, de cristãos que 
nos precedem, não devemos automaticamente desconfiar de alguém que afirma ter 
uma "nova explicação" ou interpretação da Escritura? 
 
Finalmente, a teologia histórica pode nos lembrar do perigo sempre presente de 
interpretar as Escrituras à luz dos pressupostos culturais e filosóficos de nossos 
tempos. Vemos esse perigo tanto hoje em dia quando o pecado é redefinido como 
uma doença a ser curada por drogas em vez de uma condição espiritual. Também 
vemos tantas denominações abandonando o claro ensino das Escrituras e 
abraçando a aceitação cultural da homossexualidade como estilo de vida. 
 
A teologia histórica é um aspecto importante do estudo da teologia, mas, como 
qualquer outro método de estudo, também tem os seus perigos e armadilhas. O 
desafio para todos os cristãos e para todos os estudantes de teologia é não forçar 
nosso sistema teológico na Bíblia, mas sempre verificar que nossa teologia vem da 
Escritura e não de algum sistema que possa até ser popular. 
 
Teologia Dogmática É o estudo das verdades fundamentais da fé como se nos 
apresentam nos credos da igreja. 
 
Basicamente, a teologia dogmática refere-se à teologia oficial ou "dogmática" como 
reconhecida por uma certa igreja, como a Igreja Católica Romana, Igrejas 
Protestantes... 
Enquanto se pensa que o termo teologia dogmática tenha aparecido pela primeira 
vez em 1659 no título de um livro, o termo se tornou mais amplamente utilizado 
após a Reforma e foi usado para designar os artigos de fé que a igreja tinha 
formulado oficialmente. Um bom exemplo de teologia dogmática encontra-se nas 
declarações ou dogmas doutrinários que foram formulados pelos primeiros 
conselhos da igreja que procuraram resolver problemas teológicos e tomar uma 
posição contra o ensino herético. Os credos ou dogmas que vieram desses 
conselhos foram considerados autoritários e vinculativos para todos os cristãos 
porque a igreja os afirmara oficialmente. Um dos propósitos da teologia dogmática 
é permitir que uma igreja formule e comunique a doutrina que é considerada 
essencial para o Cristianismo e que, se negada, constituiria heresia. 
 
Teologia Bíblica Traça o progresso da verdade através dos diversos livros da 
Bíblia e descreve a maneira de cada escritorem apresentar as doutrinas mais 
importantes. 
 
A Teologia Bíblica estuda a Bíblia e organiza as conclusões obtidas pela Teologia 
exegética em várias divisões e áreas de estudo, com a finalidade de estudar e 
conhecer a evolução ou a história progressiva da Revelação de Deus à humanidade, 
desde da sua queda e passando pelo Antigo Testamento e Novo Testamento. 
A Teologia Bíblica, é indutiva, isto é, a partir da pesquisa exegética faz afirmações, 
ou seja, parte do específico para o geral. De um modo geral, a Teologia Bíblica parte 
da exegese de textos bíblicos como afirmação primeira, daí elaborando afirmações 
decorrentes. A Teologia Bíblica ainda divide-se em: Teologia Bíblica do Antigo 
Testamento. Nesta parte, os teólogos bíblicos dão especial ênfase às profecias e 
indícios revelados no Antigo Testamento relativos à vinda e missão de Jesus Cristo, 
o Messias. 
Objetivo específico da Teologia Bíblica do Novo Testamento é o de conhecer Deus 
através da pessoa de Jesus como a imagem de Deus invisível. Visa também 
conhecer as experiências dos cristãos sob a influência dinâmica do Espírito Santo, e 
interpretar suas novas basicamente, a teologia bíblica é a busca por conhecer as 
escrituras do Novo Testamento de maneira especializada, tendo-a como a única 
fonte confiável, infalível e última na formação do corpo de doutrinas cristãs, que 
conduz a prática a responsabilidade nas ações humanas. 
 
Teologia Sistemática Neste ramo de estudo os ensinamentos concernentes a 
Deus e aos homens são agrupados em tópicos. 
 
A palavra “sistemática” se refere a algo que colocamos em um sistema. Teologia 
sistemática é, então, a divisão da Teologia em sistemas que explicam suas várias 
áreas. Por exemplo, muitos livros da Bíblia dão informações sobre os anjos. 
Nenhum livro sozinho dá todas as informações sobre os anjos. A Teologia 
Sistemática coleta todas as informações sobre os anjos de todos os livros da Bíblia 
e as organiza em um sistema: Angelologia. Isto é a Teologia Sistemática: a 
organização de ensinamentos da Bíblia em sistemas de categorias. 
 
INTRODUÇÃO 
O Novo Testamento forma a segunda parte da Bíblia. Uma coleção de vinte e sete 
livros, mas tem somente um terço do volume do Antigo Testamento. Antigo 
Testamento cobre um período de milhares de anos de história, mas o Novo 
Testamento menos de um século. 
Para designar os dois “Testamentos”, melhor seria a expressão “Antiga Aliança” e 
“Nova Aliança” (berîth, em hebraico, e diatheke, em grego). 
 O vocábulo "testamento" transmite-nos a idéia de uma última vontade, e só passa 
a ter efeito na eventualidade morte do testador. Assim é que o novo pacto entrou 
em vigor em face da morte de Jesus (Hebreus 9:15-17). 
Escrita originalmente em grego, entre 45-95 D.C.. Os livros do Novo Testamento 
não estão arranjados na ordem cronológica em que foram escritos. 
A ordem em que esses livros aparecem, por consequência, é uma ordem lógica. 
Os evangelhos estão postos em primeiro lugar porque descrevem os eventos 
cruciais de Jesus. Entre os evangelhos, o de Mateus vem apropriadamente antes 
de todos devido à sua extensão e ao seu íntimo relacionamento com o Antigo 
Testamento, que o precede imediatamente. No livro de Atos dos Apóstolos, uma 
envolvente narrativa do bem sucedido surgimento e expansão da Igreja na 
Palestina e daí por toda a Síria, Ásia Menor, Macedônia, Grécia e até lugares 
distantes como Roma, na Itália. 
O livro de Atos é a segunda divisão de uma obra em dois volumes, Lucas-Atos.) 
Bastam-nos essas idéias quanto aos livros históricos do Novo Testamento. 
As epístolas e, finalmente, o livro de Apocalipse, explanam a significação teológica 
da história da redenção, além de extraírem daí certas implicações éticas. Entre as 
epístolas, as de Paulo ocupam o primeiro lugar e entre elas, a ordem em que foram 
arranjadas segue primariamente a idéia da extensão decrescente, levando-se em 
conta a grande exceção formada pelas Epístolas Pastorais (I e II Timóteo e Tito), 
as quais antecedem a Filemom, a mais breve das epístolas paulinas que chegaram 
até nós. 
A mais longa das epístolas não-paulinas, aos Hebreus (cujo autor nos é 
desconhecido), aparece em seguida, depois da qual vêm as epístolas Católicas ou 
Gerais, escritas por Tiago, Pedro, Judas e João. 
E por fim, temos o livro que lança os olhos para o futuro retorno de Cristo, o 
Apocalipse, livro esse que leva o Novo Testamento a um mui apropriado climax. 
 
Canonização: 
Depois do primeiro século, quando muitos escritos sobre Jesus apareceram no 
Império Romano, cristalizou-se uma preferência dentro da Igreja Cristã por aqueles 
livros que eram considerados mais fidedignos à história de Jesus, em geral, tidos 
como escritos pelos apóstolos ou por seus associados mais chegados. Por séculos 
os livros do Novo Testamento foram aceitos variadamente nas comunidades 
cristãs, bem com a autoridade dos mesmos variava de igreja para igreja e de região 
para região. 
Em 1546, no Concílio de Trento, foi definido o que hoje se chama “Cânon Bíblico”, 
porém, com a inclusão dos assim chamados livros deutero-canônicos (apócrifos, 
para os protestantes) do Antigo Testamento. A lista dos livros do Novo Testamento 
era exatamente igual à que temos hoje. Alguns livros levantaram muita polêmica 
para serem aceitos no Cânon, como por exemplo, o Apocalipse, a Carta de Tiago 
(a qual foi uma vez rejeitada mesmo por Lutero) e algumas epístolas cuja autoria 
era duvidosa, como Efésios, Colossenses, II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, 
Filemon e Hebreus. 
 
A História Da Teologia No Novo Testamento 
Analisaremos o processo progressivo da Teologia do NT, no transcorrer da história. 
 
1. A Idade Média. 
 Durante a Idade Média, o estudo bíblico esteve completamente subordinado ao 
dogma eclesiástico. A teologia Bíblica foi usada apenas para reforçar os ensinos 
dogmáticos da Igreja, os quais eram fundamentados na Bíblia e na tradição da 
Igreja. A Bíblia era interpretada pela tradição histórica e a Igreja a considerava 
como fonte da teologia dogmática. 
 
A TEOLOGIA COMO FORM A DA CULTUR A MEDIEVAL 
Entendida como forma unificadora da teologia medieval, a teologia se desenvolveu 
em dois grandes registros epistemológicos, que podem ser denominados a alegoria 
do mundo e a ciência do mundo. A primeira forma de teologia medieval, que 
floresceu até o século XII foi a chamada teologia monástica. Cultivada sobretudo 
nas abadias beneditinas porque nelas justamente se conservara como tesouro 
precioso a herança da sabedoria antiga, era uma teologia que contemplava o 
mundo como uma grande alegoria. A realidade se apresentava, com efeito, como 
uma espécie de grande livro aberto cuja leitura devia ser feita pela sobreposição de 
outro livro, a Escritura. Esta, por sua vez, era alegoria das verdades divinas que se 
revelavam através da sua letra. Assim se uniam, no espaço de um mesmo olhar 
contemplativo, o livro da natureza, o livro da Escritura e o fundamento de todas as 
coisas, Deus. A vida cotidiana, a natureza, a história e o mundo se entrelaçavam 
na grande alegoria da Verdade frontal que descia de Deus como universo luminoso 
de signos e a ele retornava na elevação da contemplação teologal. A segunda 
forma da teologia medieval pode ser chamada teologia urbana. Ela nasce quando, 
a partir do século XII, acentua-se o declínio do mundo feudal e aparecem as 
primeiras sociedades urbanas com o desenvolvimento das cidades, primeiro na 
Itália, depois na Europa norte-ocidental. A teologia perde, então, seu caráter 
alegórico e se toma uma teologia científica porque o homem medieval passa a 
confrontar-se com a realidade imediata que começa a desafiá-lo em termos de 
trabalho e de organização da sociedade, deixando de ser vivida como alegoria de 
uma outra realidade. É nesse momento que tem lugar a entrada de Aristóteles no 
Ocidente. Os teólogos medievais passam a traduziro conteúdo da teologia 
simbólica para as categorias científicas aristotélicas. Quando se edificam as 
grandes Sumas essa tradução está terminada. A maior e a mais genial delas, a 
Suma de Teologia, de Santo Tomás de Aquino, é comparável ao tratado Sobre os 
Princípios, de Orígenes, no século III. É uma construção intelectual grandiosa, na 
qual encontramos as linhas fundamentais dos grandes sistemas da filosofia grega: 
o Princípio do qual tudo procede, a explicação da realidade a partir desse Princípio 
e o retomo a ele de todas as coisas segundo a sua natureza. Construída de acordo 
com o modelo dessa imagem circular, a Suma de Teologia começa com definir a 
natureza e a legitimidade da ciência teológica e passa a tratar do Princípio, de Deus. 
Avança em seguida pelo longo e audacioso itinerário intelectual que descreve a 
saída dos seres finitos de Deus pela criação e a sua volta a Deus pelo Cristo. Mas, 
para os teólogos do século XIII o problema fundamental é o problema das naturezas 
ou das essências que, subsistindo na sua intrínseca necessidade e inteligibilidade, 
devem mostrar diante da ação criadora sua face de radical contingência. A natureza 
é descoberta na sua ordem inteligível de essências, de causas eficientes e fins, e 
despoja-se da imensa teia alegórica dos sinais. Mas as essências vêm integrar-se 
no ritmo universal da processão e do retomo. Participação e causalidade ou 
platonismo e aristotelismo buscam uma conjunção audaz no céu teológico do 
século XIII. O universo da teologia medieval reencontra o rigor intelectual do 
universo da teologia grega. É nessa hora de esplendor que a teologia torna-se, 
realmente, forma de cultura da Idade Média. Todos os problemas que dizem 
respeito à organização da cidade, ao homem e ao seu destino — o problema ético-
político e o problema da história — vão buscar os termos da sua formulação e da 
sua solução nessa matriz teológica. A partir dela se eleva a visão do universo que 
Dante imortalizou ao termo da Divina Comédia — essa imensa parábola teológica 
do homem medieval (Par. XXXIII , 85-90). Por outro lado, como vimos, a teologia 
medieval se edifica sobre o solo da razão grega. Eis o dado que introduz uma 
diferença essencial entre a dimensão sacral e a dimensão teológica da civilização 
medieval. Essa diferença toma-se decisiva para alcançarmos compreender as 
relações entre o mundo medieval e o mundo moderno. Numa civilização sacral o 
caminho para a solução dos problemas individuais e sociais traça-se como 
referência ao mundo de realidades e forças sobrenaturais que sustentam e regem 
o universo visível, que é o espaço da sua presença e da sua ação. 
 
A Idade Média não pode ser dita uma civilização sacral em sentido pleno. Suas 
populações, é certo, moviam-se num mundo de primitiva sacralidade. Mas, as elites 
letradas que sistematizaram a visão medieval do mundo, edificando uma teologia 
com os instrumentos conceituais da razão grega, passaram além das fronteiras de 
uma visão sacral. A teologia envolvia numa interrogação universal o universo, o 
conteúdo da fé e o próprio Deus. É no terreno dessa atitude interrogante que a obra 
de Abelardo abre, a partir do século XII, estrada real da grande teologia da Idade 
Média (Jolivet, 1969). Por ela avançam Santo Tomás de Aquino e a multidão dos 
teólogos que animavam com uma ardente vida intelectual as Universidades do 
século XIII. 
É preciso não esquecer que sua raiz histórica mergulha no solo fecundo onde se 
encontraram a razão grega e a fé cristã para constituir a teologia como forma de 
cultura da Idade Média. 
 
2. A Reforma. 
Os reformadores reagiram contra o caráter não Bíblico da teologia dogmática e 
insistiram em que a teologia deve estar fundamentada apenas na Bíblia. Berkhof diz 
que o lema dos reformadores era: “A Igreja não determina o que as Escrituras 
ensinam, mas as Escrituras determinam o que a Igreja deve ensinar“. O princípio 
fundamental era: “Scriptura Scripturae interpres, isto é, a Escritura é intérprete da 
Escritura“. 
 
A Reforma do século XVI, conhecida como Reforma Protestante, 
produziu resultados significativos e duradouros no cristianismo do Ocidente. Dentre 
os resultados observados, estão as várias denominações chamadas Protestantes, 
elaborando e conservando uma Teologia diferente da praticada pelo Catolicismo 
Romano. 
 
A Reforma eclesiástica, teológica e doutrinária, empreendida 
no contexto do cristianismo do século XVI, 
produziu resultados que impactaram as sociedades da Europa, 
marcando – ao lado de outros acontecimentos – o final do medievo e o início da 
chamada Era Moderna. Sincronicamente a outros eventos, como a mudança na 
percepção da construção da subjetividade, 
forçando a valorização e a lapela liberdade, Reforma no cristianismo daquele 
período deixou marcas profundas. Num primeiro momento, tais marcas foram 
percebidas no interior da própria Igreja Cristã Oficial, 
também conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana, 
detentora de significativo poder religioso e moral, numa Europa em transformação. 
Num segundo momento, 
a Reforma no cristianismo avançou além dos limites geográficos da Europa, 
chegando também às colônias americanas do norte do continente, 
ajudando a formar o que se conhece atualmente como os Estados Unidos da 
América. 
Posteriormente, o pensamento e as práticas da Reforma chamada Protestante 
chegaram à América Latina e ao Brasil, 
contribuindo com as mudanças que o cristianismo experimentou também no Centr
o e no Sul do continente americano. No caso do Brasil, 
a história registra que nas primeiras décadas do século XIX, 
beneficiados pela abertura dos portos brasileiros aos imigrantes, 
desembarcaram os primeiros imigrantes protestantes vindos dos Estados Unidos, 
após o término da Guerra de Secessão. Os pioneiros 
protestantes aportaram nos países da América do Sul, formando as primeiras 
colônias com características confessionais acatólicas, conservando práticas 
agrícolas que foram fundamentais para o estabelecimento daqueles que aqui 
buscaram reconstruir suas trajetórias de vida. Instalados nesta parte da América, 
eles cultivaram hábitos religiosos que se diferenciavam dos praticados pelos 
católicos romanos, 
já presentes no continente antes de eclodir a Reforma Protestante na Europa. 
 
 
3. Escolasticismo Ortodoxo. 
O termo escolasticismo vem do latim scholasticus, e este por sua vez do grego 
σχολαστικός (que pertence à escola, instruído, lugar que se aprende) 
O termo foi aplicado a professores na escola palaciana de Carlos Magno e também 
aos eruditos medievais que utilizavam a filosofia no estudo da religião e da teologia. 
Escolasticismo conciliava a fé cristã e a razão humana, ou seja, foi um movimento 
intelectualista que nasceu nas escolas monásticas cristãs. 
Foi o método de pensamento crítico dominante no ensino nas universidades 
medievais europeias de cerca de 1100 a 1500. 
 
 Os resultados obtidos pelos estudos históricos da Bíblia, realizados pelos 
reformadores, logo se perderam no período imediatamente após a reforma, e a 
Bíblia foi mais uma vez utilizada sem uma perspectiva crítica e histórica, para servir 
de apoio à doutrina ortodoxa. A história foi completamente absorvida pelo dogma e 
a filologia tornou-se um ramo da dogmática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Novo testamento é o livro mais vital o mundo. Seu tema supremo é o Senhor 
Jesus Cristo. Seu objetivo supremo é a Salvação dos seres humanos. Seu projeto 
supremo é o reinado final do Senhor Jesus num império sem limites e eterno. 
Dentro do estudo do Novo testamento estaremos observando as principais 
Doutrinas e Teologia.

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