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A Filosofia Cristã Patrística (séc. I ao séc. V): · É o período em que se faz a síntese da doutrina cristã e da filosofia grega. Com desenvolvimento do cristianismo, tornou-se necessário explicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo. Não podia ser pela força, mas não tinha que ser pela conquista espiritual. Buscaram conciliar o cristianismo ao pensamento filosófico dos gregos, pois somente com tal conciliação seria possível convencer e converter os pagãos da nova verdade. Tenta-se basear a fé em argumentos racionais. A filosofia patrística liga-se, portanto, à tarefa religiosa da evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos. · Desenvolvimento dos dogmas católicos · Escolha dos Evangelhos (Bíblia) · Relação entre fé e a razão. Agostinho de Hipona (séc. V) Contexto histórico: queda de Roma (476 d.C) Obras: Confissões/Solilóquios/Cidade de Deus · ‘’Quem conhece a verdade, conhece a Luz Imutável, e quem a conhece, conhece a Eternidade. ’’ · Retoma a dicotomia de Platão, substituindo o mundo das ideias pelo mundo divino, e para se alcançar o mundo divino, era preciso seguir o caminho da fé. A teoria da iluminação divina: · Para ele, só é possível alcançar a verdade das coisas por meio da luz de Deus, no íntimo de nossa alma. · A salvação individual depende da submissão total a Deus. · Baseada na teoria da reminiscência de Platão · ‘’In interiore homine habitat veritas’’ (A verdade habita no interior do homem) Obs.: Liberum Arbitrum A ética divina e o problema da existência do Mal · Deus é bom e não pode ter criado o mal. · O mal é um desvio temporário do bem · Filme: A Cabana Escolástica (séc. IX ao séc. XV) · Conciliação entre fé e razão. Nesse período, a Igreja Católica consolidou sua organização religiosa e difundiu o cristianismo, preservando muitos elementos da cultura Greco-romana. É a época feudal, em que a Igreja Católica surge como força espiritual, econômica e cultural e estabeleceu que a fé fosse o pressuposto da vida espiritual. AS investigações científicas e filosóficas não poderiam contrariar as verdades estabelecidas pela fé católica. São Tomás de Aquino (séc. XIII): · Filósofo considerado doutor da igreja católica. A sua obra está diretamente relacionada às transformações na baixa idade média. · Aquino basicamente cristianizou as ideias de Aristóteles, mostrando que o mundo sensível é capaz de gerar conhecimento para compreender a fé cristã e a existência de Deus. · ‘’Conhecer para crer’’ · É possível provar a existência de Deus através de cinco vias/argumentos: 1ª Via (motor): se regredirmos para compreendermos o movimento das coisas chegaremos ao primeiro motor, que é Deus. 2ª Via (causa eficiente): se regredirmos para compreendermos o motivo e eficiência das coisas chegaremos a primeira causa, que é Deus. 3ª Via (Ser contingente): as coisas têm um motivo de existirem com tais formas, e apenas Deus pode ter criado e arquitetado tudo como de fato é. 4ª Via (Graus de perfeição): precisamos ter um parâmetro maior para compararmos as coisas, como maior e menor forte e fraco, por exemplo. O parâmetro de comparação é Deus. 5ª Via (Finalidade do ser): existe uma finalidade de existirmos e vivermos. Por isso, a vida não pode acabar após a morte. Há uma busca por um supremo.