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A INCLUSAO DIGITAL NA EDUCACAO DE JOVENS E ADULTOS

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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA 
AMAZÔNIA 
 
 
 
 
 
 
 
GICÉLIA SANTANA BORRALHOS JACY SILVA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA/MÉDIO: 
O USO DO COMPUTADOR E A INTERATIVIDADE COM O SISTEMA 
OPERACIONAL LINUX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ – PA 
2017 
GICÉLIA SANTANA BORRALHOS 
JACY SILVA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – 
EJA/MÉDIO: O USO DO COMPUTADOR E A INTERATIVIDADE COM O 
SISTEMA OPERACIONAL LINUX. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao curso de Licenciatura em Computação da 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
como requisito para obtenção do grau de 
Licenciado em Computação. 
Orientado pela Professora Mestra Alessandra 
da Silva Gomes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ – PA 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Borralhos, Gicélia Santana 
 A Inclusão digital na Educação de Jovens e Adultos – 
EJA/Médio: o uso do computador e a interatividade com o sistema 
operacional Linux / Gicélia Santana Borralhos, Jacy Silva Ferreira. – 
Santo Antônio do Tauá, 2017. 
 65 f. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em 
Computação) - Plano Nacional de Formação de Professores, 
Universidade Federal Rural da Amazônia, Santo Antônio do Tauá, 
2017. 
Orientadora: MSc. Alessandra da Silva Gomes. 
 
1. Inclusão digital 2. Educação de Jovens e Adultos 3. Linux 
educacional 4. Pacote Libre Office I. Ferreira, Jacy Silva II. Gomes, 
Alessandra da Silva, (orient.) III. Título 
 
 
CDD – 371.9046 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Às memórias de Célio Borralhos, Lúcia Soares, Reginaldo Ferreira, 
Manoel de Sousa Pinheiro, Raimundo Lobo da Silva e de Dolores 
Conceição Ferreira. 
Dedicamos o nosso trabalho primeiramente a Deus, pai celestial, pela 
força e coragem que nos concedeu e aos nossos familiares. 
Este trabalho está direcionado aqueles que compartilharam com 
nossas ideias e as alimentaram, incentivando-nos e contribuindo para 
o nosso êxito, nos esforços de nossos professores, coordenadores e a 
nossa orientadora pedagógica, nossos pais e a contribuição dos 
amigos e colegas, com saudades dos que já se foram. 
Abraçamos a todos que chegaram ao final desta jornada, com 
profundo sentimento de gratidão. 
E a Deus o nosso muito obrigado. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida. 
À minha família pela compreensão em todos os momentos. 
À Universidade Federal Rural da Amazônia pela oportunidade de realizar este curso. 
E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. 
Agradeço ao meu esposo Paulo Sérgio, um companheiro onde tenho encontrado forças em 
meio a essa jornada acadêmica que chega ao fim, aos meus filhos que amo, pois em alguns 
momentos tive que me ausentar do convívio deles para que em prol dos meus conhecimentos 
obter no futuro uma vida mais digna a nossa família e também a todos os nossos colegas de 
faculdades, aos meus irmãos, sobrinhos e amigos pelos incentivos e, por fim agradeço à minha 
mãe Jorgete Santana e em especial a meu pai Célio Borralhos (In-memória) pelos 
ensinamentos que me deram. 
 
 
 
 
 
Gicélia Santana Borralhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem situações em nossas vidas que é fundamental poder contar com o apoio e ajuda de 
algumas pessoas para a realização e concretização de determinado trabalho. Portanto falamos 
aos familiares das pessoas que não estão mais presentes entre nós, mis que elas estarão sempre 
no nosso pensamento e a elas dedicaremos para sempre a nossa gratidão. 
 
Agradeço a Deus em primeiro lugar, pelo fôlego de vida. Aos meus familiares pela força e 
incentivo que sempre me deram. À professora orientadora Mestra Alessandra da Silva Gomes 
por sua dedicação e paciência em orientar a mim e a minha parceira neste trabalho e, por ela 
reporto a toda comunidade da Universidade Federal Rural da Amazônia. 
Agradeço aos meus pais Josimo da Conceição Ferreira e Odette Silva Ferreira, 
irmãos, sobrinhos, cunhado e aos meus amigos que me incentivaram, assim como aquelas 
pessoas que dedicaram um tempo para nos passar informações de grande importância. 
Por fim, agradecemos a direção da E.E.E.M. “Inácio Moura” na pessoa dos seus 
gestores professora Vilma Lúcia Pontes Ferreira, professor Anselmo Cabral, vice-gestor e 
Soraia Barros, professora responsável pela sala de informática da escola e aos alunos da turma 
402 da EJA/Médio do turno da noite, onde eles foram o público escolhido para a realização 
deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
Jacy Silva Ferreira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Seu trabalho vai preencher uma parte grande de sua 
vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito 
é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E 
a única maneira de fazer um excelente trabalho é 
amar o que você faz”. 
“Steve Jobs”. 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar as contribuições da inclusão digital para 
alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual de Ensino Médio Inácio 
Moura, localizada em Santo Antônio do Tauá, estado do Pará. Para tanto, foi ministrada uma 
 
oficina para alunos desta modalidade onde estes utilizaram computadores para interagir 
pedagogicamente com o sistema operacional Linux, os programas básicos nele instalados e 
acesso à Internet. A decisão pelo formato de oficina ocorreu após a detecção, por meio de uma 
pesquisa informal, de que professores e alunos da EJA não possuíam ou possuíam pouco 
conhecimento sobre o sistema operacional Linux e os softwares nele instalados. Portanto, 
considera-se que este trabalho poderá contribuir com o aprimoramento dos conhecimentos e 
aprendizado dos alunos participantes da oficina. Além disso, espera-se também que este 
trabalho contribua para uma reflexão sobre a importância da inclusão digital na EJA e sobre 
os problemas existentes na educação do município de Santo Antônio do Tauá. Uma educação 
de qualidade somente será possível quando esses problemas forem enfrentados e solucionados. 
Palavras-chave: Inclusão digital, EJA, Linux, pacote Libre Office, Internet 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
This work aims to present the contributions of digital inclusion to students of Youth and Adult 
Education (EJA) of the State High School Inácio Moura, located in Santo Antônio do Tauá, 
state of Pará. Therefore, a workshop was held for students of this modality where they used 
computers to interact pedagogically with the Linux operating system, the basic programs 
installed in it and Internet access. The decision by the workshop format occurred after the 
discovery, through an informal survey, that teachers and students of the EJA did not have or 
had little knowledge about the Linux operating system and the software installed on it. Thus, 
 
we considered that this work can contribute with the improvement of the knowledge and 
learning of the students that participates of the workshop. In addition, it is expected that this 
work will contribute to a reflection on the importance of digital inclusion in the EJA and the 
problems in the education of Santo Antônio do Tauá. A good quality in education will only 
be possible when these problems are addressed and solved. 
 
 
Keywords: Digital inclusion, EJA, Linux Operating System, Libre Office suite, Internet.LISTA DE FIGURAS 
 
Páginas 
 
Figura 01 – E.E.E.M. “Inácio 
Moura”.....................................................................................31 
 
 
Figura 02 – Sala de Informática da E.E.E.M. “Inácio Moura”................................................31 
 
Figura 03 – Slide/ I Oficina de Inclusão Digital......................................................................32 
 
Figura 04 – Oficina de Inclusão Digital/ E.E.E.M. “Inácio Moura”.......................................33 
 
Figura 05 – Gráfico 1 do Questionário 1.................................................................................35 
 
Figura 06 – Gráfico 2 do Questionário 1.................................................................................36 
 
Figura 07 – Gráfico 3 do Questionário 1.................................................................................37 
 
Figura 08 – Gráfico 4 do Questionário 1.................................................................................38 
 
Figura 09 – Gráfico 5 do Questionário 1.................................................................................39 
 
Figura 10 – Gráfico 6 do Questionário 1.................................................................................40 
 
Figura 11 – Gráfico 7 do Questionário 1.................................................................................41 
 
Figura 12 – Gráfico 1 do Questionário 2.................................................................................42 
 
Figura 13 – Gráfico 2 do Questionário 2.................................................................................43 
 
Figura 14 – Gráfico 3 do Questionário 2.................................................................................44 
 
Figura 15 – Gráfico 4 do Questionário 2.................................................................................45 
 
Figura 16 – Gráfico 5 do Questionário 2.................................................................................46 
 
Figura 17 – Gráfico 6 do Questionário 2.................................................................................47 
 
Figura 18 – Gráfico 7 do Questionário 2.................................................................................48 
 
Figura 19 - Foto da Inscrição da I Oficina de Inclusão Digital/ APÊNDICE 05....................62 
 
Figura 20 - Foto da I Oficina de Inclusão Digital/ APÊNDICE 
06.........................................63 
 LISTA DE SIGLAS 
 
AMCO – Aprendizagem Móvel no Centro de Obra 
ABC – Ação Básica Cristã 
BSD – Berkley Software Distribution 
CEAA – Campanha de Educação de Adolescente e Adultos 
CNEA – Campanha Nacional Erradicação do Analfabetismo 
CNER – Campanha Nacional de Educação Rural 
 
CES – Centro de Estudos Supletivos 
CGPID – Comitê Gestor do Programa de Inclusão Educacional 
CETE – Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional 
CAIMP – Clube de Astronomia Itaocara Marcos Pontes 
EJA – Educação de Jovens e Adultos 
FSF – Free Software Foundtion 
FGV – Fundação Getúlio Vargas 
FNEP – Fundo Nacional de Ensino Primário 
FTP – Lile Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de Arquivos) 
GPL/GNU – Public Licence Geral (Licença Pública Geral)/ Sistema Operacional 
GIMP – Image Manipulation Program 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
IME – Instituto de Matemática e Estatística 
LE – Linux Educacional 
MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização 
MOVA – Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos 
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra 
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário 
MIT – Massachusetts Instituto of Technology 
MEC – Ministério de Educação e Cultura 
NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional 
PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
PAS – Programa Alfabetização Solidária 
PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional 
PALMA – Programa de Alfabetização em Língua Materna 
PIS – Programa de Integração Social 
PRONERA – Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária 
SEA – Serviço de Educação de Adultos 
SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento no Nordeste 
TIC’s – Tecnologias de Informação e Comunicação 
UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação de Adultos e Cultura 
USAID – United States Agency for Devellopment 
UNICS – Uniplexed Information ond Computing Services 
USP – Universidade de São Paulo 
 
UFPR – Universidade Federal do Paraná 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 
INTRODUÇÃO....................................................................................................................13 
1.1 
Problema............................................................................................................................14 
1.2 
Objetivos............................................................................................................................15 
1.2.1 Objetivo 
Geral.................................................................................................................15 
 
1.2.2 Objetivos 
Específicos......................................................................................................15 
1.3 
Metodologia.......................................................................................................................15 
1.4 Organização do 
Texto......................................................................................................16 2 EDUCAÇÃO 
DE JOVENS E ADULTOS (EJA).............................................................17 
2.1 A Ed. de Jovens e Adultos no Período do Estado Novo e República Populista..........17 
2.2 A Educação de Jovens e Adultos no Período do Governo Militar...............................18 
2.3 A Educação de Jovens e Adultos no Período da Nova República................................19 
3 A INCLUSÃO DIGITAL NA 
EDUCAÇÃO.....................................................................21 4 O SISTEMA 
OPERACIONAL LINUX............................................................................24 
4.1 O que é 
Linux?..................................................................................................................24 4.2 A 
História do Linux..........................................................................................................25 4.3 
O Linux na Educação Brasileira.....................................................................................26 
5 O USO DA INFORMÁTICA NA EJA..............................................................................28 
6 A OFICINA DE INCLUSÃO 
DIGITAL...........................................................................29 
6.1 A Aplicação da Oficina....................................................................................................30 
6.2 A Escola Estadual Inácio Moura....................................................................................30 
6.3 A Sala de 
Informática......................................................................................................30 6.4 
Aplicação da Pesquisa......................................................................................................31 
6.5 A Sequência 
Didática.......................................................................................................33 6.6 Resultados 
e Discussão.....................................................................................................34 6.7 
Resultados para o Questionário Aplicado Antes da Oficina........................................35 6.8 
Resultados para o Questionário Aplicado Depois da Oficina......................................41 6.9 
Discussão...........................................................................................................................48CONSIDERAÇÕES 
FINAIS.................................................................................................51 
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................5
2 
APÊNDICES...........................................................................................................................5
7 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
O surgimento e popularização das Tecnologias de Informação e Comunicação 
(TIC's) permitiram a produção e disseminação de diferentes tipos de informação. Além disso, 
tarefas do cotidiano, trabalho, estudos, entre outros, passaram a ser realizadas por meio de 
programas ou aplicativos. Com base no avanço e importância que a tecnologia passou a ter, 
(BEZERRA, 2014) relata que: 
 
“No campo educacional, rompem-se os limites impostos pelo ensino oral e 
escrito. Mais especificamente na década de 1990, essas mudanças se 
tornaram ainda mais marcantes graças ao advento da internet. A internet 
apesar de se popularizar a partir de meados da década de 90, existe desde a 
década de 1960 e foi criada pelos Estados Unidos no auge da Guerra Fria”. 
(BEZERRA, 
2014) 
As oficinas de inclusão digital têm por objetivo proporcionar, por meio de diferentes 
técnicas, um ambiente para discussão e utilização de recursos tecnológicos. Diante da grande 
importância das TIC's na sociedade e da pouca habilidade de alguns professores e alunos no 
uso destas tecnologias, foi realizada uma oficina de inclusão digital. O público-alvo foram os 
discentes da EJA/Noturno do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Inácio Moura 
que possuem pouco ou nenhum contato com computador e que desejavam obter este 
conhecimento para desenvolvimento pessoal, profissional e social. 
As oficinas proporcionam o acesso à informação e geração de conhecimentos. Sabese 
que alunos da EJA possuem características particulares, pois já possuem uma bagagem de 
vivência e, ao mesmo tempo, não puderam dar continuidade aos estudos na idade escolar. 
Como atualmente a tecnologia já está inserida na sociedade, ela também se tornou um fator 
importante na vida escolar. Assim, é de grande importância que estes alunos acompanhem 
esta transformação social para que possam fazer uso da tecnologia para ter acesso à 
informação, produzir conhecimento, obter crescimento pessoal e profissional, melhoria na 
qualidade de 
vida, etc. 
Dessa forma, este trabalho tem por objetivo apresentar a construção e resultados de 
uma oficina de inclusão digital para alunos da EJA. Esta oficina teve por conteúdo os assuntos 
básicos e iniciais do sistema operacional Linux, os programas pertencentes ao pacote Libre 
Office e o acesso à Internet para a realização de pesquisas, criação de conta de e-mail e 
ingresso em redes sociais. 
 
14 
 
 
 
 
1.1 Problema 
 A tecnologia já faz parte do cotidiano da sociedade atual e ter conhecimento sobre 
informática se tornou fundamental em diversos aspectos. Ela está presente na educação, 
cultura, saúde, mercado de trabalho, meios de acesso a informação, etc. A Internet já é uma 
realidade e um dos principais meios de comunicação e informação utilizados no mundo. 
 Entretanto, muitas pessoas ainda não estão inseridas neste mundo digital, ou seja, não 
possuem conhecimento ou domínio das ferramentas tecnológicas e/ou não possuem acesso à 
Internet. De acordo com dados de 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
(PNAD) publicados pelo IBGE, apenas 46,2% da população possuía computadores em seus 
domicílios. Essa taxa cai para 40,5% quando se trata de computadores com acesso à Internet. 
A região Norte possui as menores taxas com 26,7% de residências com computadores e 19,6% 
de computadores com acesso à Internet (PNAD, 2016). 
 A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade educacional formada 
majoritariamente por alunos adultos e adolescentes que não tiveram a oportunidade de dar 
continuidade nos estudos na época condizente com suas idades. Estes alunos costumam 
estudar a noite, pois trabalham durante o dia, e buscam nos estudos uma oportunidade de 
conseguir melhores oportunidades de emprego, independência financeira, se atualizar com 
relação a sociedade, se expressar melhor, etc. (CAMPOS, 2009). 
 Visto que o conhecimento da informática é condição de grande importância para dar 
continuidade nos estudos e alcançar uma melhor colocação no mercado de trabalho, é 
fundamental que as escolas acompanhem estas transformações da sociedade para formar 
cidadãos atualizados, críticos e capazes de contribuir positivamente com sua comunidade. 
Além disso, diante da alta taxa de pessoas que se encontram em situação de exclusão digital, 
é nas escolas que estas pessoas vão buscar os conhecimentos necessários para se incluírem 
digitalmente e socialmente na sociedade. 
 Muitas escolas da rede pública de ensino já possuem laboratórios de informática e, algumas, 
conexão com a Internet. Entretanto, ter computadores nas escolas não é suficiente para 
promover a inserção das tecnologias na educação. É necessário que os professores estejam 
devidamente capacitados para usar este recurso como meio de enriquecimento pedagógico. 
Dessa forma, os alunos se tornarão cidadãos capazes de utilizar a tecnologia para acessar e 
produzir informações, de forma independente, e gerar conhecimentos que poderão ser de 
15 
 
benefício individual ou comunitário. Além disso, é importante que professores e alunos se 
tornem pessoas capazes de se adaptarem as transformações tecnológicas futuras, visto que a 
tecnologia é dinâmica e está em constante transformação. 
A partir desta realidade, este trabalho visa contribuir com a solução deste problema 
social por meio de uma oficina de inclusão digital para alunos da EJA/Médio da Escola 
Estadual de Ensino Médio Inácio Moura, no município de Santo Antônio do Tauá, estado do 
Pará. Por meio desta oficina, alunos da EJA que não possuem afinidade com computador 
serão introduzidos ao sistema operacional Linux e aos programas básicos que nele estão 
instalados. Além disso, também será trabalhado com estes alunos o acesso à Internet como 
meio de pesquisa, acesso à informação e comunicação. 
 
1.2 Objetivos 
 1.2.1 Objetivo Geral 
Construir, aplicar e coletar os resultados de uma sequência didática, em formato de 
oficina, sobre o sistema Linux Educacional e suas ferramentas básicas para contribuir com a 
inclusão digital de alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). 
 
 1.2.2 Objetivos Específicos 
 
• Fazer o levantamento bibliográfico a respeito do referencial teórico desta pesquisa; 
• Definir e delimitar o conteúdo a ser ministrado na Oficina de Inclusão Digital; 
• Elaborar a sequência didática do conteúdo selecionado a ser aplicada na pesquisa; 
• Construir a oficina utilizando a sequência didática elaborada; 
• Aplicar a oficina de Inclusão Digital para alunos da EJA/Médio – Noturno;  
 Coletar e analisar os resultados obtidos com a realização da oficina. 
 
1.3 Metodologia 
 Este trabalho utilizou uma metodologia de caráter experimental, pois envolveu a 
construção, execução, observação e análises de dados coletados a priori e a posteriori em uma 
aula de informática (ALMOULOUD & COUTINHO, 2008). As etapas executadas neste 
trabalho foram: 
 
• Revisão bibliográfica do tema; 
• Levantamento dos assuntos a serem abordados na oficina de inclusão digital; 
• Elaboração de uma sequência didática para a realização da oficina; 
16 
 
• Elaboração dos questionários a serem utilizados como instrumento de pesquisa;  
 Execução da oficina, coleta e análise de dados. 
 A oficina de inclusão digital foi realizada com a turma 402 EJA/Médio – Noturno da Escola 
Estadual de Ensino Médio Inácio Moura, localizada no município de Santo Antônio do 
Tauá, no estado do Pará. Ela abordou conteúdos referentes ao sistemaoperacional Linux, as 
ferramentas do pacote Libre Office e acesso à Internet por meio de navegadores Web. 
Foram aplicados dois questionários aos discentes da turma 402: um antes e outro 
depois da realização da oficina. A oficina contou com um total de nove (09) participantes, que 
se inscreveram voluntariamente, e foi ministrada pelos autores deste trabalho. 
Os dados coletados das respostas dadas aos questionários aplicados foram analisados 
e discutidos de forma quantitativa, isto é, estatisticamente, e qualitativa, ou seja, interpretada 
textualmente durante a discussão dos resultados obtidos. 
 
1.4 Organização do Texto 
Este trabalho está organizado em sete capítulos, descritos a seguir: 
 
• O primeiro capítulo apresenta a introdução para este trabalho de conclusão de curso, 
problema, objetivos, metodologia; 
• O segundo capítulo apresenta uma revisão bibliográfica sobre a Educação de Jovens e 
Adultos (EJA) no Brasil; 
• O terceiro capítulo apresenta uma revisão bibliográfica sobre a Inclusão Digital no 
Brasil; 
• O quarto capítulo apresenta os principais conceitos e histórico relacionado ao sistema 
operacional GNU/Linux; 
• O quinto capítulo apresenta uma coletânea de referências bibliográficas relacionadas 
a aplicação da Informática na EJA; 
• O sexto capítulo apresenta a aplicação da Oficina de Inclusão Digital e uma discussão 
sobre os resultados obtidos; 
• O sétimo capítulo apresenta as considerações finais deste trabalho seguida das 
referências bibliográficas utilizadas. 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
2 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino voltada para 
pessoas a partir de 15 anos que não tiveram acesso aos ensinos fundamental e médio na idade 
apropriada ou que precisaram interromper os estudos antes de concluir o ensino médio. Surgiu 
a partir da necessidade de solucionar o problema do analfabetismo brasileiro (MEC/SEB, 
2001). Este capítulo abordará as principais contribuições dadas a educação de jovens e adultos 
ao longo da história da educação brasileira. 
 
2.1 A Educação de Jovens e Adultos no Período do Estado Novo e República Populista 
O Estado Novo, também conhecido como a Terceira República Brasileira, foi o período 
político que iniciou com o golpe de estado dado por Getúlio Vargas em 1937 e encerrou em 
1946, com a deposição de Vargas e a vitória de Eurico Gaspar Dutra nas eleições de 2 de 
dezembro de 1945. Em 1946, com o governo Dutra, tem início o período da República 
Populista, também conhecido como a Quarta República Brasileira. Compreende aos governos 
que antecederam o golpe militar de 1964. 
 É durante o Estado Novo que tem início os esforços para a realização de uma 
educação voltada para jovens e adultos. Em 1942 foi criado o Fundo Nacional do Ensino 
Primário (FNEP). Este fundo era destinado a fornecer recursos para a criação de programas 
voltados a educação primária incluindo jovens e adultos (VIEIRA, 2011). 
 A partir do governo Dutra vários programas voltados para a educação de jovens e 
adultos foram aprovados. Em 1947 surgiu o Serviço de Educação de Adultos (SEA), voltado 
especificamente a educação de jovens e adultos do então Departamento de Educação do 
Ministério da Educação e Saúde. Este serviço visava reorientar e coordenar os trabalhos 
realizados no ensino e alfabetização de adultos. 
 Uma forte pressão internacional feita pela UNESCO (A Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) levou o lançamento da Campanha de Educação 
de Adolescentes e Adultos (CEAA). A pressão acontecia para a erradicação do analfabetismo 
e formação de mão-de-obra alfabetizada para o desenvolvimento da nação (SILVA & LIMA, 
2017). O SEA durou até o final da década de 50. Um de seus frutos foi a Campanha de 
Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), com financiamento do FNEP. Esta foi a 
18 
 
primeira campanha governamental voltada especificamente para a educação de jovens e 
adultos do país. Tinha o professor Lourenço Filho como diretor geral e visava levar a educação 
de base para todos os brasileiros das áreas urbanas e rurais (COSTA & ARAUJO, 2011). 
 Apesar dos esforços, os resultados da CEAA não foram positivos. Três anos após a criação 
do CEAA mais da metade da população permanecia analfabeta. Para tentar contornar este 
problema, duas campanhas foram criadas: Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) 
em 1952 e a Campanha Nacional Erradicação do Analfabetismo (CNEA) em 1958. Estes 
programas também não retornaram bons resultados e receberam diversas críticas da 
sociedade. As críticas eram direcionadas ao curto tempo de realização dos programas e as 
suas abordagens pedagógicas que não levavam em consideração as particularidades de 
pessoas adultas e a diversidade regional na qual estavam inseridas (SILVA & LIMA, 2017). 
 Em 1958 foi realizado o II Congresso Nacional de Educação de Adultos no Rio de Janeiro e 
nele foram dados os primeiros passos na direção de um novo método pedagógico para a 
educação de adultos. Neste congresso vários pensadores levaram contribuições importantes. 
Dentre eles, destacou-se Paulo Freire, um dos maiores pedagogos do país. Freire chamava a 
atenção para o fato de que a educação deve estar voltada para as necessidades das pessoas que 
estão sendo educadas e que a sociedade deveria estar problematizando a situação de miséria 
que os não alfabetizados viviam e não o analfabetismo em si. Para Freire o analfabetismo 
“não como a causa da situação de pobreza, mas como efeito de uma sociedade injusta e 
nãoigualitária” (STEPHANOU & BASTOS apud STRELHOW, 2010). 
 As ideias de Freire ganharam repercussão e influenciaram fortemente os 
movimentos educacionais. Como consequência, CNEA foi encerrada e Paulo Freire foi 
convidado para elaborar o Plano Nacional de Alfabetização com o Ministério da Educação. 
Entretanto, em 31 de março de 1964 foi dado o Golpe Militar e o Plano Nacional de 
Alfabetização foi interrompido. 
 
2.2 A Educação de Jovens e Adultos no Período do Governo Militar 
A partir do golpe militar de 1964, os dirigentes dos movimentos educacionais e 
culturais que visavam transformação social tiveram seus ideais censurados, foram reprimidos, 
perseguidos, presos e forçados ao exílio. 
Durante o regime militar a educação foi utilizada como ferramenta de controle 
popular. Em 1967 foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) com o 
objetivo de eliminar o analfabetismo que era presente em grande parte da população. Para 
19 
 
tanto, esse movimento recrutou pessoas sem formação pedagógica para exercer a função de 
alfabetizadores. Assim, o programa ficou limitado ao ensino a leitura e escrita sem o 
desenvolvimento da compreensão do que se produzia. Em Soares e Galvão (2011) é relatado 
que: 
“Se a prática de alfabetização desenvolvida pelos movimentos de educação e 
cultura popular estava vinculada à problematização e conscientização da 
população sobre a realidade vivida e o educando era considerado participante 
ativo no processo de transformação dessa mesma realidade, com o Golpe 
Militar de 1964, a alfabetização se restringe, em muitos casos, a um exercício 
de aprender a “desenhar o nome”. (SOARES & GALVÃO, 2011) 
 
É também durante o regime militar que é implantado o ensino supletivo. Em 1974 
são criados os Centros de Estudos Supletivos (CES) que tinham como objetivo oferecer 
ensinos fundamental e médio de forma semipresencial para formar pessoas para o mercado. 
Os movimentos educacionais que permaneceram durante o regime militar foram 
aqueles que não enfrentavam o regime. Este foi o caso da Cruzada de Ação Básica Cristã 
(Cruzada ABC), que nasceu no estado do Pernambuco e preencheu as lacunas deixadas pelos 
movimentos extintos. A Cruzada ABC nasceu em 1965 e era um movimento protestante 
voltado para a alfabetização de jovens e adultos. Eramantido pela USAID (United States 
Agency for Devellopment), o Colégio Agnes Erskine (Recife) e a SUDENE 
(Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). A Cruzada ABC contestava o chamado 
o "Sistema Paulo Freire" e por isso recebeu apoio do governo militar, se tornando um 
programa semioficial de educação (SCOCUGLIA, 2002). 
 
2.3 A Educação de Jovens e Adultos no Período da Nova República 
 Em 1985 o regime militar chega ao fim e o período da Nova República tem início 
com a vitória de Tancredo Neves nas eleições indiretas. Com a morte de Tancredo, José 
Sarney, seu vice, assumiu a presidência e promulgou a Constituição de 1988. 
 Com o fim do governo militar o MOBRAL foi extinto e substituído pela Fundação Nacional 
para Educação de Jovens e Adultos, também conhecida como Projeto Educar, vinculada ao 
Ministério da Educação. Seu objetivo era fiscalizar se os recursos financeiros eram 
devidamente transferidos para a execução de programas educacionais, de acordo com a 
constituição recém promulgada. 
 A Fundação Educar foi extinta no início do governo Collor e nenhum outro projeto foi criado 
em seu lugar. Diante desta realidade, vários movimentos independentes relacionados a 
educação começaram a surgir. Destes, destaca-se o Movimento de Alfabetização de Jovens e 
20 
 
Adultos (MOVA), criado por Paulo Freire, que havia retornado do exílio em 1980. Criado em 
São Paulo, o MOVA foi um programa público de educação que buscava trabalhar a educação 
de jovens e adultos a partir do contexto sócio-econômico em que estavam inseridos (SANTOS 
& NASCIMENTO, 2014). 
É apenas em 1996, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, que surge um 
novo programa nacional voltado para a alfabetização de jovens e adultos, o Programa 
Alfabetização Solidária (PAS). Entretanto, o programa recebeu fortes críticas por repetir os 
erros cometidos por programas anteriores: 
 
“Além de se tratar de um programa aligeirado, com alfabetizadores 
semipreparados, reforçando a idéia de que qualquer um sabe ensinar, tinha 
como um de seus pressupostos a relação de submissão entre o Norte-Nordeste 
(subdesenvolvido) e o Sul-Sudeste (desenvolvido). Além disso, com a 
permanente campanha ‘Adote um Analfabeto’, o PAS contribuiu para 
reforçar a imagem que se faz de quem não sabe ler e escrever como uma 
pessoa incapaz, passível de adoção, de ajuda, de uma ação assistencialista” 
(STEPHANOU & BASTOS apud STRELHOW, 2010). 
 
 Em 1998 é criado o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária 
(PRONERA), com o principal objetivo de alfabetizar jovens e adultos do meio rural. O 
programa foi uma parceria entre universidades brasileiras, Movimento dos Trabalhadores 
Rurais Sem Terra (MST) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). 
De acordo com dados de 2016 publicados pelo INCRA, o programa já atendeu mais de 160 
mil jovens e adultos (INCRA, 2016). 
 Em 2003 um outro programa foi lançado pelo governo federal, o Programa Brasil 
Alfabetizado. Este programa tem por objetivo dar prioridade as regiões do país onde os índices 
de analfabetismo entre jovens, adultos e idosos são maiores. De acordo com dados publicados 
no portal do MEC, desde o seu lançamento até 2012, mais de 15 milhões de jovens e adultos 
já foram atendidos por este programa (MEC, 2014). 
 De acordo com dados do Censo de 2010 publicados pelo IBGE, o país possui mais de 13 
milhões de analfabetos. A região nordeste é a que possui a maior taxa de analfabetismo, com 
19,1% de sua população analfabeta. A região norte é a segunda, com aproximadamente 11,2% 
de sua população analfabeta (IBGE, 2010). No estado do Pará são quase 614 mil pessoas 
analfabetas (IBGE, 2010). 
Atualmente, a EJA é uma modalidade de ensino frequentada por pessoas que 
retomaram os estudos após a idade adulta. Algumas das pessoas que estão neste grupo são: 
trabalhadores rurais, domésticas, migrantes, aposentados, encarcerados, etc. A modalidade 
21 
 
busca fornecer a estas pessoas maiores oportunidades de acesso e permanência na escola. 
Além disso, a EJA é uma das modalidades de ensino que muito contribui para a diminuição 
da taxa de analfabetismo do país. 
 
 
3 A INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO 
 O grande crescimento e popularização das tecnologias da informação e comunicação 
(TIC) levaram para os grupos sociais a oportunidade de acesso ao conhecimento e, 
consequentemente, transformação social. Dessa forma, pode-se dizer que a inclusão digital é 
de grande importância para que cidadãos possam viver na atual sociedade. 
 A inclusão digital é definida em Silva et al. (2005) como ações que envolvem o acesso a 
informação digital e transformação dessa informação em um novo conhecimento. De posse 
do conhecimento, o cidadão poderá compartilhá-lo com outras pessoas e, assim, promover 
uma sociedade mais igualitária e com melhor qualidade de vida. Assim, pode-se dizer que a 
inclusão digital é fundamental para que se possa ter inclusão social. 
 Para Filho (2003), a inclusão digital possui três pilares fundamentais: TIC's, renda e 
educação. As TIC's provocaram mudanças de grande impacto na sociedade. Elas estão 
presentes em várias áreas da sociedade: educação, saúde, governo, comércio, etc. De acordo 
com Padilha (2014) as TIC's se tornaram uma das bases da sociedade, pois estes estão 
presentes nos modos como a sociedade opera, se relaciona e se sustenta. Assim, uma das 
condições para que um cidadão seja digitalmente incluído é ter acesso a TIC's e ser capaz de 
utilizá-las para gerar conhecimento e melhorar a sua qualidade de vida. 
 A renda é um fator fundamental para se ter acesso às TIC's. Ela é necessária para a aquisição 
de equipamentos tecnológicos como computadores, tabletes ou celulares conectados à 
Internet. Entretanto, mesmo com o barateamento destes equipamentos e avanço da banda 
larga, a baixa renda de uma grande parcela da população ainda é um grande empecilho para a 
aquisição ou acesso a estes recursos tecnológicos. De acordo com dados de 2015 da Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) publicados pelo IBGE, apenas 46,2% da 
população possuía computadores em seus domicílios. Essa taxa cai para 40,5% quando se 
trata de computadores com acesso à Internet. A região Norte possui as menores taxas com 
26,7% de residências com computadores e 19,6% de computadores com acesso à Internet 
(PNAD/IBGE, 2016). 
22 
 
 A aquisição e acesso aos equipamentos tecnológicos são condições necessárias para a 
inclusão digital, entretanto é necessário que haja educação para que a informação acessada 
seja transformada em conhecimento. A educação é o elemento chave para a transformação da 
informação acessada em conhecimento. Assim, as instituições de ensino serão os espaços 
responsáveis por desenvolver metodologias de ensino que permitam o uso apropriado das 
TIC's de modo que consigam enriquecer suas competências pessoais, relacionais e produtivas. 
(SOUSA, 2008). 
“O computador deve servir de apoio e para implantação de uma pedagogia 
que desenvolva no aluno as habilidades fundamentais exigidas pela sociedade 
atual. Entretanto, a simples inserção de computadores no ambiente escolar 
não é sinal de que esses objetivos serão alcançados, pois, não é ele que faz 
com que o aluno compreenda ou não um conceito, mas sim a forma de como 
é utilizado e pelos desafios gerados pelas atividades propostas. Tal situação 
acarreta grandes mudanças na escola que vão além de montagem de salas de 
informática e capacitação de corpo docente” (VALENTE, 2002). 
 
Assim, a escola deve estar em sintonia com as competências exigidas pela atual 
sociedade e mudar a sua forma de ensinar. A presença de laboratórios de informática e 
conexão com à Internet não garante a inclusão digital. A falta de capacitação de professores e 
a falta de políticas educacionais faz com que estes recursos não sejam utilizados e acabem 
sucateados dentro de uma sala fechada.A falta de iniciativas para a inclusão digital faz com que ocorra o problema da 
exclusão digital. Para Sousa (2008) os problemas existentes no país como baixo índice de 
escolaridade, evasão escolar, desemprego, má distribuição de renda, etc. podem fazer com 
que a introdução de novas tecnologias gere mais exclusão do que inclusão. Estas dificuldades 
sócio-econômicas impedem que as camadas mais pobres da sociedade tenham acesso as redes 
digitais. 
Um indivíduo é considerado digitalmente incluído quando consegue acessar e 
interagir livremente com os mais variados meios tecnológicos. A dimensão dessa inclusão é 
abordada por Teixeira: 
 
[...] Assim, propõe-se o alargamento do conceito de inclusão digital para uma 
dimensão reticular, caracterizando-o como um processo horizontal que deve 
acontecer a partir do interior dos grupos com vista ao desenvolvimento de 
cultura de rede, numa perspectiva que considere processos de interação, de 
construção de identidade, de ampliação da cultura e de valorização da 
diversidade, para a partir de uma postura de criação de conteúdos próprios e 
de exercício da cidadania, possibilitar a quebra do ciclo de produção, 
consumo e dependência tecnocultural. (TEIXEIRA, 2005). 
 
23 
 
As iniciativas governamentais para a inclusão social tiveram início apenas em 2003. 
Neste ano ocorreram ações iniciais, porém limitadas, de doação de kits e construção de 
telecentros pelo Ministério das Comunicações. Em 2005 foi criado o Programa de Inclusão 
Digital, que aplicou isenção de PIS/Confins em equipamentos tecnológicos, o que permitiu o 
barateamento destes produtos (DECRETO, 2005). 
Em 2008 foi criado o Programa Territórios Digitais, pelo Ministério do 
Desenvolvimento Agrário. Este programa visa oferecer acesso gratuito à Internet para as 
pessoas da área rural por meio de instalação de Casas Digitais (MDA, 2008). 
Em 2009 foi criado o Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital (CGPID), 
responsável por gerir os recursos financeiros do Programa de Inclusão Digital (DECRETO, 
2009). Este comitê lançou o Programa de Apoio à Inclusão Digital – Telecentros.BR. Este 
programa possuía dois objetivos principais: oferta de infraestrutura para todo o país e apoio 
financeiro para a formação e capacitação de pessoal (DIAS, 2011). 
No estado do Pará foi criado em 2007 o NAVEGAPARÁ, iniciativa do governo 
estadual para promover a inclusão digital e democratização do acesso à Internet 
(http://www.navegapara.pa.gov.br/o-que-e). Para tanto, foram implantados Pontos de Acesso 
Livre, onde wifi é disponibilizado em espaços públicos de grande movimentação, e 
Infocentros, onde são ofertados de informática básica para a população (NAVEGAPARÁ, 
2014). 
No contexto educacional, foram criados os Núcleos de Tecnologia Educacional 
(NTE), pelo Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo). Os NTE's são unidades 
que oferecem infraestrutura em termos de hardware e software para a realização de 
capacitação de professores e técnicos da área de educação, oferecimento de suporte às escolas 
e realização pesquisas educacionais (MEC, 2007). 
Apesar de vários trabalhos já terem sido publicados e iniciativas das esferas federais 
e estaduais terem sido realizadas, a inclusão digital ainda é um problema presente no país. Os 
excluídos digitais estão vivendo aquém da revolução causada pelas tecnologias digitais e, 
consequentemente, também estão excluídos da sociedade. Dessa forma, é necessário que 
políticas públicas sejam reforçadas para que este quadro mude e que estas pessoas possam ter 
acesso e direito a uma sociedade mais justa e igualitária. 
A informática a cada dia vem se destacando em vários segmentos da sociedade, e no 
cenário educacional não é diferente. Seu uso como meio de aprendizagem, bem como a sua 
ação no meio social vem aumentando rapidamente entre nós. Atrelado a esse contexto a 
24 
 
educação passa a sofrer mudanças estruturais e funcionais frente ao advento da tecnologia, 
surgindo com isso a necessidade de se adaptar ao ambiente escolar tecnologias que poderão 
auxiliar tanto os docentes como os discentes. Em suas palavras FREIRE diz que: 
 
“Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua 
própria produção ou sua construção. É importante que nós professores 
compreendamos que o aluno aprende em situações funcionais, quando ele vê 
sentido na atividade que realiza, proporcionando-lhe o estabelecimento de 
um sentido pessoal com aquilo que está prendendo” (FREIRE, 1996, p.52). 
 
 
 
 
4 O SISTEMA OPERACIONAL LINUX 
 O GNU/Linux, popularmente conhecido apenas por Linux, é um sistema operacional 
livre e de código aberto criado na década de 1990 pelo então estudante finlandês Linus 
Torvalds. O projeto de Torvalds, que era apenas um passatempo, ganhou força e se 
transformou em um dos sistemas mais importantes do mundo digital. Atualmente ele está 
presente não apenas em computadores pessoais, mas também em mainframes, videogames, 
celulares, televisores digitais, etc. Neste capítulo será abordada a definição, história do Linux 
e sua influência na educação brasileira. 
 
4.1 O que é Linux? 
Muitas pessoas falam do Linux como um sistema operacional, entretanto ele é de fato 
um código-fonte aberto chamado Kernel (ALENCAR, 2017). O Kernel é a parte central do 
sistema operacional que executa a ponte entre o hardware e o software para que os programas 
possam ser rodados pelo computador. Por meio dele, os usuários não precisam saber da 
existência do código-fonte ao utilizar o computador. Entretanto, a divulgação e aumento do 
uso deste sistema operacional fez com que o nome Linux se popularizasse e hoje ele também 
é utilizado para se referenciar ao sistema operacional como um todo. 
O sistema operacional é conhecido na área da computação pelo termo GNU/Linux, 
pois ele é formado pelo Kernel, Linux, e por um conjunto de ferramentas e bibliotecas 
chamadas GNU, do inglês GNU is not Unix (GNU não é Unix). GNU é um projeto criado por 
Richard Stallman formado por um conjunto de recursos para sistemas operacionais como 
compiladores, formatadores de texto, interface gráfica, shell, etc. 
25 
 
O Linux foi criado por Linus Torvalds na Universidade de Helsinki, Finlândia, e por 
vários colaboradores. Ele começou a desenvolver o Linux na década de 1990 como um projeto 
de passatempo, pois queria criar uma versão melhorada do Minix, sistema operacional 
semelhante ao Unix, porém gratuito e com código aberto criado pelo professor Andrew 
Tanenbaum para fins educacionais (BEZERRA, 2008). O Unix é considerado o pai dos 
sistemas operacionais e foi criado originalmente na década de 1960 por Ken Thompson, 
Dennis Ritchie, Douglas McIlroy e Peter Weine. 
O Linux é licenciado pela GNU General Public License, em português Licença 
Pública Geral, (GPL). Esta licença permite que o sistema operacional seja modificado, 
comercializado e distribuído. Entretanto todas as cópias devem ser lançadas também sob a 
licença GPL e com o código-fonte aberto (LICENÇAS, 2017). 
A primeira versão do Linux foi lançada oficialmente em 5 de outubro de 1991 
(ALENCAR, 2017). Atualmente, está na versão 4.13.7 e pode ser acessado pelo endereço 
eletrônico <https://www.kernel.org/>. Ele é disponibilizado para o público por meio das 
distribuições. Elas reunem o conjunto de programas mais o Kernel em um formato pronto 
para a instalação. Algumas das distribuições disponíveis atualmente são: Ubuntu, Linux Mint, 
Kali, Debian, Fedora, Red Hat, etc (DISTRIBUIÇÃO, 2016). Algumas distribuições 
brasileiras atuais são a Linuxfx, Metamorphose Linux, GoboLinux e Linux Educacional, que 
será abordada neste trabalho. 
 
 4.2 A História do Linux 
 A história do Linux tem suas origens nos sistemas operacionais Unix e Minix. O 
Unix surgiu em 1969 como um projeto de um sistema operacional de menor porte feitoem 
linguagem Assembly feito por Ken Thompson, Dennis Ritchie, Douglas McIlroy e Peter 
Weiner. Foi chamado de Uniplexed Information and Computing Services (Unics) (CONTI, 
2017). Dennis Ritchie alterou o nome de Unics para Unix (TIMM, 2010) e a partir de 1974 o 
Unix começou a ser distribuído sob uma licença livre e se popularizou em universidades, 
associações, entidades, órgãos públicos, etc. Isso permitiu o surgimento de novas variações 
de sistemas operacionais, como o Berkeley Software Distribution (BSD), Solaris, Minix e o 
Linux. 
Em 1987 Andrew S. Tanenbaum, professor e autor de diversos livros da área da 
computação, lançou a primeira versão do sistema operacional Minix (CONTI, 2017). 
Tanenbaum tinha por objetivo criar um sistema operacional inspirado no Unix para auxiliar 
26 
 
no ensino de computação. O Minix foi disponibilizado gratuitamente e com código aberto. 
Com isso, discentes da área de computação puderam desenvolver suas habilidades e criar 
novos projetos. Um desses estudantes foi Linus Torvalds, que entrou para a história da 
computação ao criar o Linux, a partir do Minix. 
O Linux já era um projeto conhecido no meio tecnológico na década de 1990, mas 
ainda não possuía um nome oficial. Em um primeiro momento, Torvalds adotou o nome Freax 
para o seu Kernel. A presença da letra 'x' era uma referência ao Unix. O nome Linux foi uma 
sugestão de Ari Lemmke, um programador que hospedou o projeto de Linus Torvald em um 
servidor FTP e que não gostou do nome Freax. O nome Linux surgiu da junção entre o nome 
de Linus e do Unix (ALENCAR, 2017). 
Inicialmente, Linux foi lançado sob uma licença que impedia o seu uso comercial. 
Posteriomente, Linus adotou a GPL, uma licença do projeto GNU. Ela foi criada para garantir 
e fortalecer o movimento software livre, do qual Richard Stallman também é criador e ativista. 
Stallman era programador do Massachusetts Instituto of Technology (MIT), mas se demitiu 
para se dedicar ao desenvolvimento do projeto GNU como um software livre. O resultado 
final foi o desenvolvimento de várias ferramentas e bibliotecas que passaram a ser utilizadas 
por outros sistemas, como o Linux, por exemplo. Os produtos GNU são livres e também são 
distribuídos de acordo com a GPL (HEXSEL, 2002). Além do movimento software livre, 
Stallman também fundou a Free Software Foundation (FSF), uma organização sem fins 
lucrativos criada para divulgar e incentivar o uso de software livre. O site oficial da FSF pode 
ser acessado pelo endereço eletrônico <https://www.fsf.org/pt-br>. 
 O GNU/Linux chegou no Brasil na década de 1990. A primeira instalação foi feita pelo 
professor Marco Dimas Gubitoso no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de 
São Paulo (IME – USP). Em 2001 o brasileiro Marcelo Tosatti foi selecionado por Linus 
Torvalds para ser o responsável pela versão 2.4 do Kernel do Linux (KON et al, 2011). 
 Obter o número de usuários que utilizam Linux é uma tarefa complicada. Entretanto, de 
acordo com o site Linux Counter, disponível em 
<https://www.linuxcounter.net/statistics/countries/30>, o Brasil possui mais de 10 mil 
usuários Linux cadastrados. De acordo com dados de 2014 do Censo do Setor de TI 
desenvolvido pela Assespro Nacional, o Linux era utilizado por 41% das empresas brasileiras 
de TI (LINUX, 2013). Além disso, este sistema operacional é utilizado em 16% dos servidores 
de acordo com a Pesquisa Anual do Uso de TI de 2017, promovida pela Fundação Getúlio 
Vargas (FGV) (MEIRELLES, 2017). 
27 
 
 
4.3 O Linux na Educação Brasileira 
Em 2003, durante o governo Lula, foi instituído que o software livre deveria ser 
adotado em todos os órgãos e instituições brasileiras. Com isso, o Ministério da Educação e 
Cultura (MEC) implantou diversos laboratórios de informática nas escolas públicas do país. 
Os computadores destas escolas possuíam o GNU/Linux como sistema operacional (KON et 
al, 2011). Em 2006 foi liberado para uso a primeira versão do Linux Educacional (LE), um 
projeto do Governo Federal desenvolvido pelo Centro de Experimentação em Tecnologia 
Educacional (CETE) do MEC e pelo Centro de Computação Científica e Software Livre 
(C3SL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O LE é uma distribuição GNU/Linux 
baseada o Debian, voltada para a educação e autorizada pelo PROINFO. 
O LE possui um conjunto de aplicativos que visam servir de ferramenta de apoio para 
os professores. Dessa forma, esta distribuição visa ser um ambiente para auxiliar e ampliar as 
possibilidades de ensino, oferecendo mais materiais didáticos para o professor e tornando as 
aulas mais interessantes. Alguns destes aplicativos são jogos educacionais, conteúdos 
multimídia, etc. voltados para o ensino fundamental e médio. Segundo dados do 
PROINFODATA, 99,2% dos computadores da rede pública brasileira de ensino utilizam o 
LE (PROINFODATA, 2017). 
Apesar de ser um rico recurso e presente nas escolas públicas, é necessário que se 
capacitem os profissionais da educação para que estes computadores não sejam utilizados 
apenas para acesso à Internet. De acordo com pesquisas feitas em Paschoal et al. (2013), 
menos de 8% dos profissionais da educação entrevistados sabiam utilizar o LE. Em uma outra 
pesquisa, foi constatado que 62% dos entrevistados possuíam interesse em realizar 
capacitações em LE para melhorarem a qualidade de suas aulas (FILGUEIRAS, 2016). 
O LE é desenvolvido e mantido por profissionais da C3SL – UFPR e do Núcleo de 
Tecnologia Educacional desta mesma universidade. Atualmente, esta distribuição está na 
versão 5.0. Existem outras distribuições educacionais de Linux como o Edubuntu, com 
endereço eletrônico em <https://www.edubuntu.org/> e o DebianEdu, disponível em 
<https://wiki.debian.org/DebianEdu>. Entretanto, apenas o LE é uma distribuição de origem 
brasileira e voltada para a educação (C3SL, 2017). 
A distribuição Linux Educacional possui diversas ferramentas. Destas, as utilizadas 
neste trabalho foram: Writer, Impress e Calc, pertencentes ao pacote Libre Office, e os 
navegadores Mozilla Firefox, Google Chrome e Internet Explorer para acesso à Internet. 
28 
 
O Libre Office é uma suite livre de programas de escritórios da fundação sem fins 
lucrativos The Document Foundation. Foi lançado em 2010 a partir de um fork do Open 
Office. Seus principais programas são o Writer, uma ferramenta de editor de texto, Impress, 
uma ferramenta para a criação de apresentações de slides e o Calc, ferramenta de planilha 
eletrônica (HISTÓRIA, 2017) 
Os navegadores são programas utilizados para acessar conteúdo disponível na 
Internet por meio de Websites. Atualmente, alguns dos navegadores mais comuns são o 
Firefox, Chrome e Internet Explorer. O Firefox é o navegador gratuito e oficial da Mozilla. 
Foi lançado em 1998 e, atualmente, possui versões para os principais sistemas operacionais 
(CONHEÇA, 2017). O Chrome é o navegador oficial do Google que pode ser baixado e 
utilizado gratuitamente nos principais sistemas operacionais disponíveis. Sua primeira versão 
foi lançada em 2008 (PICHAI, 2008). Atualmente é o navegador mais utilizado no mundo 
(STATCOUNTER, 2017). Por fim o Internet Explorer, navegador da Microsoft. Lançado em 
1995, este navegador está incluso no sistema operacional Windows (INTERNET, 2017). 
Atualmente se encontra em processo de substituição pelo Edge (NAVEGADOR, 2017). 
5 O USO DA INFORMÁTICA NA EJA 
Existem diversos trabalhos que apresentam os resultados positivos da utilização de 
informática na EJA. Alguns trabalhos considerados interessantes e diferenciais foram 
selecionados para apresentar neste capítulo. 
 Em Dias et al. (2013) os autores utilizaram a proposta de mobile learning para complementar 
um programa de alfabetização da EJA na Paraíba. Para tanto, utilizaram o software PALMA 
(Programa de Alfabetização em Língua Materna), que visa auxiliar o processo de 
aprendizagemda leitura por meio de atividades disponibilizadas em smartphones. Os 
resultados foram positivos e deram frutos a um novo programa chamado AMCO (Projeto 
Aprendizagem Móvel no Canteiro de Obra – AMCO), um projeto de extensão do Centro de 
Educação da Universidade Federal da Paraíba. 
 Os autores de Oliveira (2015) também trabalharam com a alfabetização para alunos da EJA. 
Neste trabalho, o recurso utilizado foi o Facebook. Por meio dele, os autores promoveram a 
inclusão dos alunos nas redes sociais e utilizaram recursos como mural, álbum e bate-papo 
para atividades de alfabetização. 
 Em Bernardes (2009) os autores desenvolveram um projeto para ensinar astronomia a alunos 
da EJA. Para tanto, criaram uma parceria entre o Clube de Astronomia de Itaocara Marcos 
Pontes (CAIMP) e o Colégio Estadual Jaime Queiroz de Souza, no Rio de Janeiro. Para tanto, 
29 
 
os alunos observaram o céu utilizando o telescópio do CAIMP, utilizaram o software de 
visualização do céu e estrelas Stellarium e realizaram diversas atividades práticas. O trabalho, 
chamado de alfabetização científica, também tinha por objetivo motivar o ensino de outras 
disciplinas como Química, Física e Biologia. 
 No trabalho de Pereira (2012) os autores utilizaram recursos de informática para ensinar arte 
a alunos da EJA/Médio do Paraná. Em um primeiro momento, os alunos tiveram orientações 
teóricas sobre a construção de autoretratos. Posteriormente, os alunos utilizaram câmeras 
digitais para tirar fotos dos rostos e transferir os arquivos para o computador. Por fim, 
realizaram o tratamento das imagens utilizando o software livre GIMP (Image Manipulation 
Program), com supervisão dos autores do trabalho. 
 Por fim, em Dias et al. (2011) os autores utilizaram planilhas eletrônicas para ensinar 
matemática a alunos do segundo ano do ensino fundamental da EJA. Para tanto, utilizaram o 
software livre Calc, pertencente ao pacote BrOffice. Foram desenvolvidas atividades práticas 
que envolviam operações aritméticas, cálculo de média aritmética, máximo, mínimo, 
intervalo, etc. Os alunos aprovaram a oficina e elogiaram a possibilidade de colocar em prática 
assuntos que só haviam estudado em sala de aula. 
6 A OFICINA DE INCLUSÃO DIGITAL 
 Uma pesquisa feita pelos autores deste trabalho com professores e alunos da 
EJA/Médio da escola E.E.E.M. Inácio Moura detectou que estes não possuíam ou possuíam 
pouco conhecimento e uso sobre o sistema operacional Linux e os programas básicos nele 
instalados. Esta pesquisa foi feita informalmente com cinco (05) professores do ensino médio, 
cinco (05) professores do ensino fundamental e alunos da EJA desta escola. Alguns docentes 
e alunos afirmaram que sentem dificuldades em utilizar o sistema operacional Linux, pois 
possuem apenas familiaridade com o sistema operacional Windows. Outros afirmam que não 
sabiam da existência do sistema operacional Linux. 
Os autores desta pesquisa também conversaram com a coordenadora da sala de 
informática da escola, a professora Soraia Barros. Ela afirmou: “De fato a maioria dos 
professores que trabalham no ensino médio não tem familiaridade com o Linux, que necessita 
por parte da secretaria de educação do estado qualificar esses profissionais”, segundo a mesma 
o acompanhamento pedagógico também necessita da interação entre professor e máquina 
dada a importância que essas tecnologias possuem atualmente na educação. 
Assim, diante da dificuldade constatada de professores e alunos da EJA, foi aplicada 
uma oficina de inclusão digital com o objetivo de ensinar os primeiros passos sobre o sistema 
30 
 
operacional Linux e os programas básicos nele instalado. Os autores deste trabalho optaram 
por ministrar a oficina para os alunos da EJA, pois neste grupo estava o maior número de 
pessoas que não haviam ainda tido ou possuíam pouco contato com computador. Optou-se 
pelo formato oficina devido a característica prática e de forte interação que ela possui e que 
pode despertar nos alunos o interesse de se apropriar de novos conhecimentos. 
Além disso, o fato da escola possuir uma sala de informática não utilizada despertou 
a atenção dos pesquisadores deste trabalho. Atualmente a tecnologia é utilizada como uma 
aliada da educação e a utilização desse espaço pode vir a contribuir para a melhoria da 
experiência de ensino e, consequentemente, a inclusão digital dos alunos. 
Neste capitulo será abordada a aplicação da oficina de inclusão digital utilizando o 
sistema operacional Linux Educacional e os programas nele instalados. Para tanto, foi 
construída uma sequência didática contendo as principais informações sobre a realização da 
oficina. Ao final, serão apresentados os resultados obtidos e uma discussão sobre como este 
sistema operacional pode contribuir para a inclusão digital de alunos da EJA. 
 
 
 
6.1 A Aplicação da Oficina 
A I Oficina de Inclusão Digital EJA/Médio – Noturno foi realizada para um grupo 
de alunos de uma turma da EJA/Médio do turno da noite da Escola Estadual de Ensino Médio 
“Inácio Moura” (E. E. E. M. Inácio Moura). Nesta sessão serão apresentadas informações 
sobre o locus da pesquisa, os alunos participantes, a aplicação da oficina, a sequência didática 
utilizada e os resultados obtidos. 
 
6.2 A Escola Estadual Inácio Moura 
A Escola Estadual de Ensino Médio “Inácio Moura” foi fundada em março de 1976. 
Está localizada na Av. Senador Lemos, nº. 1968, área urbana do município de Santo Antônio 
do Tauá – PA. Em 2016 a escola possuiu aproximadamente 1.200 alunos matriculados nos 1º, 
2º e 3º anos do ensino médio e EJA. Estes estão lotados em doze (12) salas de aula nos turnos 
da manhã e tarde e dez (10) no turno da noite. Além disso, a escola possui em seu espaço 
físico uma (01) biblioteca e uma (01) sala de informática. 
 
Figura 01 – E.E.E.M. “Inácio Moura”. 
31 
 
 
Fonte: Autores da Oficina, dezembro de 2016. 
 
6.3 A Sala de Informática 
A sala de informática da E.E.E.M. “Inácio Moura” possui dezessete (17) 
computadores, onde nem todos funcionavam. Após um processo de manutenção feito pelos 
autores desta pesquisa, doze (12) computadores voltaram a funcionar. Os computadores 
possuem o sistema operacional Linux Educacional instalado. 
A escola não possui professor oficialmente lotado na sala de informática da escola 
ou técnico de informática. Quando necessário, a escola solicita a presença de um técnico para 
solucionar os problemas existentes. Como esta demanda demora a ser solucionada, 
professores e alunos ficam sem utilizar os computadores. Este fato prejudica o andamento dos 
estudos, pois 
professores e alunos utilizam a sala de informática para realizar pesquisas, fazer trabalhos 
escolares, utilizar a Internet, etc. De acordo com relatos de profissionais da educação, estes 
problemas estão presentes em várias escolas de Santo Antônio do Tauá e demais municípios 
do estado do Pará. 
 
Figura 02 – Sala de Informática da E.E.E.M. “Inácio Moura”. 
 
Fonte: Autores da Oficina, dezembro de 2016. 
32 
 
 
 
6.4 Aplicação da Pesquisa 
 A I Oficina de Inclusão Digital EJA/Médio – Noturno foi realizada na Escola 
Estadual de Ensino Médio “Inácio Moura” no dia 27 de dezembro de 2016 no turno da noite. 
A oficina teve duração de duas horas e meia com início às 19:30h e término às 22:00h. Foi 
ofertada para os alunos da turma 402 EJA/Médio. 
 
Figura 03 – Slide/ I Oficina de Inclusão Digital 
 
Fonte: Autores da Oficina, dezembro de 2016. 
 
A oficina estava programada para acontecer no retorno das aulas do segundo 
semestre de 2016, em agosto. Entretanto, a ocorrência de uma greve fez com que o retorno 
das atividades 
escolares acontecesse apenas no final do ano. A turma 402 possuía, oficialmente, quarente 
(40) alunos matriculados. Após esta greve, apenas vinte e oito (28) retornaram as aulas. 
Para convidar os alunos, foi feita uma divulgação na escola,com uma semana de 
antecedência, sobre a realização da oficina. Fichas de inscrição foram distribuídas e um total 
de nove (09) alunos se inscreveram para participar. 
Antes da realização da oficina fez-se um levantamento acerca da quantidade de 
computadores disponíveis para serem utilizados assim como a disponibilidade de sinal de 
Internet. Foi detectado que algumas máquinas não funcionavam e que o sinal da Internet sofria 
com oscilações. Como não há um técnico de informática na escola, os autores desta pesquisa 
fizeram a manutenção dos computadores e fizeram doze (12) dos dezessete (17) computadores 
voltarem a funcionar. 
Buscou-se através da realização desta oficina incentivar a interação dos alunos da 
EJA/Médio com as máquinas e apresentar o quanto elas podem ser importantes para ensino e 
33 
 
a aprendizagem. O conteúdo ministrado abordou o uso básico do sistema operacional Linux 
Educacional, o pacote Libre Office, a utilização da Internet por meio de navegadores, a 
realização de pesquisas e criação de contas particulares em Redes Sociais e endereço 
eletrônico (e-mail). A oficina finalizou com uma roda de conversa sobre a opinião dos alunos 
sobre a informática e sua importância no contexto educacional e social. 
 
Figura 04 – Oficina de Inclusão Digital/ E.E.E.M. “Inácio Moura”. 
 
Fonte: Autores da Oficina, dezembro de 2016 
 
 
A pesquisa foi avaliada por meio de atividades realizadas durante a oficina e pela 
aplicação de dois questionários de opinião. Cada questionário possuía sete (07) perguntas e 
tinham por objetivo coletar a opinião dos alunos sobre a oficina. Os questionários estão 
disponíveis nos Apêndices 03 e 04. 
 6.5 A Sequência Didática 
Neste tópico é apresentada a sequência didática criada para a aplicação da pesquisa 
de inclusão digital concretizada por meio da I Oficina de Inclusão Digital EJA/Médio – 
Noturno. 
 
Título: I Oficina de Inclusão Digital EJA/Médio – Noturno 
 
Justificativa: Diante da ausência ou pouco conhecimento dos alunos da EJA/Médio sobre o 
sistema operacional Linux e seus programas básicos, assim como diante da falta de uso 
assídua da sala de informática desta escola, a I Oficina de Inclusão Digital EJA/Médio – 
Noturno foi realizada com o objetivo de introduzir os alunos nestes conhecimentos básicos de 
informática e contribuir para o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem bem 
como para que estes possam dar os primeiros passos dentro da inclusão digital. 
34 
 
 
Objetivo: Tornar os alunos aptos a manusear o sistema operacional Linux, os programas do 
pacote Libre Office, Navegadores, E-mail e Redes Sociais. 
 
Conteúdo: Sistema Operacional Linux Educacional, Pacote Libre Office (Editor de Texto – 
Writer, Planilha Eletrônica – Calc e Criador de Apresentações – Impress), Navegadores, 
Criação de conta de e-mail e Redes Sociais (Facebook e Twitter). 
 
Tempo estimado: A oficina teve duração de 2 horas e 30 minutos com início às 19hs30min 
e término às 21:00h. 
 
Público: Alunos da EJA/Médio – Noturno. 
 
Material Utilizado: Computador, datashow, quadro branco e caneta. 
 
Atividades Realizadas: 
• Editor de Texto (Writer): Digitação e formatação de textos, abrir e salvar documentos, 
copiar textos. 
• Planila Eletrônica (Calc): Inserção de números nas células de uma planilha, 
formatação de células, realização de operações básicas e salvar documentos. 
• Criador de Apresentações (Impress): Criação de slides utilizando recursos do criador 
de apresentações, formatação de texto, inserção de imagens e salvar documentos. 
• Internet: Como realizar pesquisas utilizando os três principais navegadores (Mozilla 
Firefox, Internet Explorer e Google Chrome), criar uma conta de endereço eletrônico 
(e-mail) e em Redes Sociais (Facebook e Twitter). 
Procedimento: 
O primeiro momento da oficina foi de apresentação. Os ministrantes, autores desta 
pesquisa, se apresentaram para os alunos e falaram sobre o porquê da realização da oficina e 
a importância dos meios tecnológicos dentro do contexto educacional. Em seguida, foi 
aplicado o primeiro questionário que teve por objetivo saber sobre a afinidade dos alunos com 
o computador e com o sistema operacional Linux, se os professores os levavam com 
frequência para a sala de informática, etc. 
O segundo momento foi voltado para a parte prática, isto é, ao ensino do conteúdo 
definido na sequência didática da oficina. A sequência dos assuntos ministrados foi: 01 – O 
Sistema Operacional Linux Educacional, 02 – Editor de Texto (Writer), 03 – Planilha 
35 
 
Eletrônica (Calc), 04 – Criador de Apresentações (Impress), 05 – Internet: Uso dos 
navegadores (Mozilla Firefox, Internet Explorer e Google Chrome), 06 – Como criar uma 
conta de endereço eletrônico (e-mail) e 07 – Como fazer pesquisas e criar conta nas redes 
sociais (Facebook e Twiter). Em todos os tópicos ministrados foram realizadas atividades, em 
que os alunos recebiam tarefas e tentavam resolver sozinhos. 
Trabalhou-se digitação e formatação de textos, abrir, salvar e copiar arquivos com o 
Editor de Texto (Writer), manipulação de números e formatação com a Planilha Eletrônica 
(Calc) e construção de apresentações artísticas com slides e formatação com o Criador de 
Apresentações (Impress). Por fim, foi ensinado aos alunos como usar a Internet por meio de 
navegadores e como conta de e-mail e em Redes Sociais. 
Por fim, no terceiro e último momento foi realizada uma roda de conversa para 
debater sobre a importância da tecnologia para a educação nos dias atuais, bem como saber 
dos alunos suas expectativas acerca da utilização das tecnologias em seu aprendizado. Neste 
mesmo momento aplicou-se o segundo questionário com perguntas sobre a opinião deles 
sobre a realização da oficina, se conseguiram desenvolver ou melhorar as habilidades no 
manuseio do computador, se conseguiram adquirir mais afinidade com o sistema operacional 
Linux, etc. 
 
6.6 Resultados e Discussão 
Para obter os resultados dessa pesquisa, foram aplicados questionários para coletar 
opiniões bem como realizadas atividades, durante a oficina, para observar a evolução dos 
alunos e coletar as observações que eram realizadas por eles. Nesta seção serão apresentados 
os resultados obtidos e realizada uma discussão sobre eles. 
 
6.7 Resultados para o Questionário Aplicado Antes da Oficina 
As perguntas contidas no questionário aplicado antes da oficina foram: 
 
1. Você enquanto aluno da EJA tem afinidade com o computador? 
2. O laboratório de informática de sua escola está contribuindo para o seu processo de 
ensino-aprendizagem? 
3. Você já utilizou o laboratório de informática como meio de pesquisa, esta sugerida 
pelo(os) professor(es) regentes das disciplinas de sala de aula? 
4. O professor regente da disciplina de sala de aula, bem como o professor do laboratório 
de informática utilizam softwares educativos como recurso didático? 
36 
 
5. Você demonstra interesse pelas aulas ministradas no laboratório de informática? 
6. Em sua opinião os professores regentes das disciplinas de sala de aula têm afinidade 
com o computador? 
7. Você acha importante ter conhecimentos educacionais utilizando o computador como 
ferramenta de ensino-aprendizagem? 
As respostas e análises para cada pergunta seguem a seguir: 
 
a) Análise das Respostas da Pergunta 1: 
 
Figura 05 – Gráfico 1 do Questionário 1 
 
Figura 1: Gráfico com as respostas para a Pergunta 1 do Questionário 1 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Com relação a pergunta sobre a afinidade dos alunos da EJA/Médio com o 
computador, 55,55% responderam que possuem afinidade e 44,45% responderam que não 
possuem. Com este dado foi possível saber que a maioria dos alunos que se inscreveram na 
oficina não possuíam afinidade com o computador. Além disso, alguns relataram que aquela 
seria a oportunidade para o primeiro contato comum computador. 
 
b) Análise das Respostas da Pergunta 2: 
 
Figura 06 – Gráfico 2 do Questionário 1 
55 ,55% 
44 ,45% 
Pergunta 1: Você enquanto aluno(a) da EJA tem afinidade 
com o computador? 
Sim: 5 = 55,55% Não: 4 = 44,45% 
37 
 
 
 Figura 2: Gráfico com as respostas para a Pergunta 2 do Questionário 1 
Fonte: Autoria Própria. 
 
Na pergunta relacionada a contribuição do laboratório de informática para o processo 
de ensino-aprendizagem, 33,33% dos alunos responderam que laboratório contribui 
positivamente. Entretanto, 66,67% responderam que o laboratório não contribui para o 
aprendizado. Acredita-se que isso se deve ao pouco uso do laboratório de informática e a falta 
de capacitação dos professores desta escola para inserir recursos tecnológicos em suas aulas. 
 
 
 
 
33 ,33% 
66 ,67% 
Pergunta 2: O laboratório de informática de sua escola 
está contribuindo para o seu processo de ensino - 
aprendizagem? 
Sim: 3 = 33,33% Não: 6 = 66,67% 
38 
 
 
Questionário 1 
c) Análise das Respostas da Pergunta 3: 
 
Figura 07 – Gráfico 3 do 
 
Figura 3: Gráfico com as respostas para a Pergunta 3 do Questionário 1 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Sobre a utilização do laboratório de informática para realização de pesquisas 
sugeridas pelo professor regente da disciplina de sala de aula, 66,67% dos alunos responderam 
que já usaram o laboratório para esta finalidade. Por outro lado, 33,33% responderam que 
nunca fizeram uso do laboratório de informática da escola para a realização de pesquisas. 
Saber que a maioria dos alunos utiliza o laboratório para a realização de pesquisas é um 
resultado otimista, entretanto deve-se observar que ainda há uma parcela significativa que não 
o utiliza. 
É importante ressaltar também que utilizar um laboratório de informática apenas para 
a realização de pesquisas é fazer um sub uso dele. Assim, ressalta-se novamente a importância 
da capacitação dos profissionais da educação para se tornarem aptos a explorar variadas 
possibilidades pedagógicas com este recurso tecnológico. 
 
 
d) Análise das Respostas da Pergunta 4: 
 
Figura 08 – Gráfico 4 do 
66 ,67% 
33 ,33% 
Pergunta 3: Você já utilizou o laboratório de informática 
como meio de pesquisa, esta sugerida pelo professor 
regente da disciplina de sala de aula? 
Sim: 6 = 66,67% Não: 3 = 33,33% 
39 
 
 
Questionário 1 
 
Figura 4: Gráfico com as respostas para a Pergunta 4 do Questionário 1 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Com relação a pergunta sobre o uso de software educativo por parte do professor 
regente de disciplinas de sala de aula ou de laboratório de informática, 100% dos alunos 
responderam que nenhum destes profissionais utiliza software educativo como um recurso 
didático. Este dado comprova que o laboratório de informática da escola é utilizado 
majoritariamente para pesquisas e escrita de trabalhos e que recursos diferencias, como 
software educativo, não são utilizados para enriquecer o ensino das disciplinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Análise das Respostas da Pergunta 5: 
 
Figura 09 – Gráfico 5 do 
0 ,00% 
100,00 % 
Pergunta 4: O professor regente da disciplina de sala de 
aula, bem como o professor do laboratório de informática 
utilizam softwares educativos como recursos didáticos? 
Sim: 0 = 0,00% Não: 9 = 100,00% 
40 
 
 
Questionário 1 
 
Figura 5: Gráfico com as respostas para a Pergunta 5 do Questionário 1 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Sobre o interesse dos alunos em aulas ministradas no laboratório de informática, 
100% dos alunos responderam que possuem este interesse. Este dado mostra a vontade e 
disposição dos alunos em explorar novas formas de aprendizado, utilizando tecnologia, assim 
como o interesse em desenvolver e melhorar suas habilidades no uso de computadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
f) Análise das Respostas da Pergunta 6: 
 
Figura 10 – Gráfico 6 do 
100,00 % 
0 ,00% 
Pergunta 5: Você demostra interesse pelas aulas 
ministradas no laboratório de informática? 
Sim: 9 = 100,00% Não: 0 = 0,00% 
41 
 
 
Questionário 1 
 
Figura 6: Gráfico com as respostas para a Pergunta 6 do Questionário 1 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Com relação a opinião dos alunos sobre a afinidade dos professores regentes de 
disciplinas de sala de aula, 100% respondeu que acredita que seus professores possuem 
afinidade com computadores. Este dado mostra que, para os alunos, os professores estão 
capacitados e podem ministrar suas aulas utilizando a informática como recurso pedagógico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100,00 % 
0 ,00% 
Pergunta 6: Em sua opinião, os professores regentes das 
disciplinas de sala de aula têm afinidade com o 
computador? 
Sim: 9 = 100,00% Não: 0 = 0,00% 
42 
 
 
Questionário 1 
 
 
 
g) Análise das Respostas da Pergunta 7: 
 
 Figura 11 – Gráfico 7 do 
 
Figura 7: Gráfico com as respostas para a Pergunta 7 do Questionário 1 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Quando perguntados sobre a importância do computador como ferramenta de 
ensinoaprendizagem, 100% dos alunos responderam que acreditam que o computador 
desempenha um papel importante no aprendizado de conteúdos educacionais. Este dado 
mostra que os alunos estão conscientes da importância e presença da informática nos diversos 
aspectos da sociedade atual. 
 
6.8 Resultados para o Questionário Aplicado Depois da Oficina 
As perguntas contidas no questionário aplicado depois da oficina foram: 
 
1. Você usa com frequência em seu dia-a-dia alguma tecnologia, qual? 
2. Você achou proveitoso a realização da oficina? Em que ela contribuiu para o seu 
conhecimento? 
3. Você tem afinidade com o Sistema Operacional Linux? 
100,00 % 
0 ,00% 
Pergunta 7: Você acha importante ter conhecimentos 
educacionais utilizando o computador como ferramenta 
de ensino - aprendizagem? 
Sim: 9 = 100,00% Não: 0 = 0,00% 
43 
 
 
Questionário 1 
4. Os softwares do Sistema Operacional Linux utilizados na oficina contribuirão para o 
seu ensino-aprendizagem? 
5. Em relação as redes sociais, você utiliza alguma? 
6. Antes do primeiro contato com as redes sociais você precisou de auxílio para se 
cadastrar e usar as redes sociais? 
44 
 
7. Após a realização da oficina você se sente capaz de cadastrar-se em outras redes 
sociais, sem auxílio? 
 As respostas e análises para cada pergunta seguem a seguir: 
 
a) Análise das Respostas da Pergunta 1: 
 
Figura 12 – Gráfico 1 do Questionário 2 
 
 Figura 8: Gráfico com as respostas para a Pergunta 1 do Questionário 2 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Com relação a frequência de uso de algum tipo de tecnologia no cotidiano dos alunos, 
100% dos alunos responderam que utilizam diariamente alguma tecnologia. Como 
apresentado anteriormente, alguns alunos tiveram o seu primeiro contato com um computador 
durante a oficina. Entretanto, todos os alunos inscritos na oficina possuíam telefones celulares 
e os utilizavam diariamente. Este dado mostra que, apesar da pouca interação com 
computadores, estes alunos não estão totalmente afastados da atual realidade tecnológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100,00 % 
0 ,00% 
Pergunta 1: Você usa com frequência em seu dia - a - dia 
alguma tecnologia? 
Sim: 9 = 100,00% Não: 0 = 0,00% 
45 
 
 
 Questionário 2 
 
 
 
b) Análise das Respostas da Pergunta 2: 
 
Figura 13 – Gráfico 2 do 
 
Figura 9: Gráfico com as respostas para a Pergunta 2 do Questionário 2 Fonte: 
Autoria Própria. 
 
Sobre a opinião dos alunos com relação a oficina, 100% afirmaram que gostaram da 
oficina e que esta foi bastante proveitosa. Durante a oficina os alunos se mostraram bastante 
participativos e interessados no conteúdo. Para eles, a oficina foi um momento de acréscimo 
e troca de conhecimentos tecnológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100,00 % 
0 ,00% 
Pergunta 2:

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