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3 -Apos_GEOG_-EsFCEx_-2015

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Curso Preparatório Cidade - SCLN 113 Bloco C - Salas 207/210 Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 - www.iic.pro.br / cursocidade@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEOGRAFIA DO BRASIL 
 
 
 
 
2ª Edição - 2015
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório Cidade - SCLN 113 Bloco C - Salas 207/210 Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 - www.iic.pro.br / cursocidade@gmail.com 
 
Agradecimentos 
Em primeiro lugar, meu agradecimento especial e minha consideração a dois professores 
extraordinários – aqueles que me levaram a gostar de ensinar com excelência – Dometildes 
Tinoco e Euzébio Cidade. (Olá, Mamãe e Papai!) 
Um agradecimento sincero aos meus queridos alunos e a nossa excelente e dedicada equipe 
de professores da Cadeira de Geografia, liderada pelo Professor Drº Adriano Bittencourt 
Andrade, que ex-membro da Banca do Concurso da EsFCEx, profissional ímpar, e que reúne 
as qualidades de um verdadeiro líder, auxiliado pela Doutorando Janaina Mourão Freire que 
com seu extraordinário conhecimento da Geografia Brasileira, escreveu este Caderno de 
Estudos. Trabalho de incomensurável valor pedagógico que servirá de guia para a preparação 
dos nossos alunos candidatos a uma vaga na EsFCEx. 
 
Agradeço também ao prestativo colaborador de todas as horas e inestimável amigo Luan 
Maciel, que aliado à coordenação da equipe de TI e Chefe do Suporte, executou excelente 
trabalho de formatação e diagramação deste material. 
Nosso Caderno de Estudos apresenta varias questões por subtópico, além das que foram 
cobradas nos 12 últimos Concursos da EsFCEx. Questões necessárias e fundamentais para um 
adestramento simples, rápido e eficaz para o concurso da Escola de Formação Complementar 
do Exército. 
Esperamos que você utilize esta obra, exercitando com atenção cada questão apresentada e 
pesquisando na bibliografia àquelas que apresentarem maior grau de dificuldade. Traga para 
a aula as dúvidas dos itens cuja resposta não esteja de acordo com seu conhecimento ou 
poste sua dúvida no fórum na Plataforma de ensico di IIC para que o professor possa 
respondê-laE. 
Aceite nossa companhia nesta viagem de treinamento Rumo à EsFCEx. 
 
Bons Estudos!! 
Luiz Cidade 
Diretor 
Prezado aluno do Curso EsFCEx - Geografia do Brasil 
O conhecimento, o entendimento e o perfeito domínio da Geografia Brasileira, em suas 
muitas vertentes, são ferramentas essenciais para o sucesso em qualquer concurso – 
especialmente no âmbito da carreira militar, com provas cada dia mais seletivas, que 
abordam diversas particularidades e singularidades da nossa Geografia. 
Tendo em vista, essencial e prioritariamente, o sucesso de seus alunos, o Curso Cidade, por 
meio de sua equipe de Professores de Geografia, apresenta este Caderno de Estudos 
confeccionado a partir de um sólido embasamento teórico, a presente apostila apresenta um 
atualizado conteúdo e um arcabouço de exercícios realizados por inúmeras bancas 
examinadoras, com o intuito de fortalecer e solidificar a teoria aprendida em sala, ou nas 
aulas ao vivo, trabalhada na apostila e praticada nos exercícios. Há uma quantidade 
significativa de questões e de tópicos teóricos importantes, cujo objetivo é ajudar a pensar a 
Geografia do Brasil, sem recorrer a estratégias mnemônicas ineficazes e ideias generalizadas, 
desprovidas de lógica. 
Aproveite! O material é seu: faça um ótimo uso dele! 
Temos certeza de que aquele que se dedicar com afinco ao estudo da teoria e das questões 
aqui apresentadas irá melhorar sobremaneira o seu desempenho nos exames vindouros. 
Nosso principal objetivo, com este material, é contribuir para melhorar o desempenho de todo 
candidato que, de fato, queira aprender para resolver as questões de forma rápida e eficaz 
por ocasião do concurso. 
Estamos aqui torcendo e trabalhando pelo seu sucesso! 
Bom trabalho e bom estudo! 
Equipe de Geografia do Brasil 
Curso Cidade 
 
E Q U I P E 
 
Diretor Geral 
Luiz Alberto Tinoco Cidade 
 
Diretora Executiva 
Clara Marisa May 
 
Diretor de Artes 
Fabiano Rangel Cidade 
 
Coordenação Geral dos Cursos Preparatórios 
Profº Luiz Alberto Tinoco Cidade 
 
Coordenação dos Cursos de Idiomas EAD 
Profº Dr. Daniel Soares Filho 
 
Secretaria 
Evelin Drunoski Mache 
 
Suporte 
Luan Maciel Cruz 
 
Editoração Gráfica 
Edilva de Lima do Nascimento 
 
Fonoaudióloga e Psicopedagoga 
Mariana Ramos – CRFa 12482-RJ/T-DF 
 
Assessoria Jurídica 
Luiza May Schmitz – OAB/DF – 24.164 
 
Assessoria de Línguas Estrangeiras 
Cleide Thieves (Poliglota-EEUU) 
João Jorge Gonçalves (Poliglota-Europa) 
 
 
 
 
Equipe de Professores 
 
Professores dos Idiomas 
Luiz Cidade – Espanhol 
Cleide Thieves – Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão e Japonês 
Maristella Mattos Silva – Espanhol (EAD) 
Monike Cidade – Espanhol (EAD) 
Genildo da Silva – Espanhol 
Leonardo dos Santos – Espanhol 
Diego Fernandes – Espanhol 
João Jorge Gonçalves – Inglês, Francês Espanhol e Português 
Whang Pontes Teixeira – Espanhol 
Mariana Ramos – Inglês (EAD) 
Rita de Cássia de Deus Vindo 
Márcia Mattos da Silva – Francês (EAD) 
Marcos Henrique – Francês 
 
Professores dos Concursos 
Drº Adriano Andrade - Geografia do Brasil 
Drº Daniel Soares Filho – Espanhol (EAD) 
Drª Simone Tostes – Inglês (EAD) 
Ms Janaina Mourão Freire – Geografia do Brasil 
Ms Edson da Costa Rodrigues – Ciências Contábeis 
Ms Sandra Nascimento da Hora – Língua Portuguesa (EAD) 
Edson Antonio S. Gomes – Administração de Empresas 
Tomé de Souza – Administração de Empresas EAD 
Sormany Fernandes – História do Brasil 
Valber Freitas Santos – Gramática, Redação e Literatura 
Thiago Godoi – História do Brasil 
Felício Mourão Freire – História Geral 
Francisco Roges Madeiro – Geografia do Brasil 
Ivanaldo Silva de Carvalho – História do Brasil 
Djalma Augusto – História do Brasil 
Ronaldo de Castros Soares – História do Brasil 
Daniel Castro de Faria – Gramática, Redação e Literatura 
Albert Iglésias – Língua Portuguesa e Literatura 
Luiz Felipe - Geografia do Brasil 
 
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Conteúdo 
Conteúdo ................................................................................................................................... 6 
UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA .................................................................................... 8 
UM NORTE PARA O ESTUDO: ALGUMAS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS .......................................... 8 
MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO ..................................................................... 9 
CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL ......................................................... 9 
1.1 O processo de formação do território nacional .............................................................. 10 
1.2 Fases de ocupação do território e os ciclos econômicos ................................................ 12 
1.3 Coordenadas geográficas ............................................................................................ 13 
1.4 Fusos Horários ............................................................................................................ 14 
1.5 Fusos horários do brasil ............................................................................................... 15 
Resumo ................................................................................................................................ 19 
EXERCÍCIOS ......................................................................................................................... 20 
EXERCÍCIOS DE PROVA ......................................................................................................... 24 
CAPÍTULO 2: A INSERÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO DA 
ECONOMIA ...........................................................................................................................28 
2.1 Conceitos e temas: a globalização perversa .................................................................. 28 
2.2 A globalização na prática e seu histórico ...................................................................... 29 
2.3 A Regionalização e o MERCOSUL ................................................................................. 31 
Resumo ............................................................................................................................ 34 
EXERCÍCIOS ......................................................................................................................... 35 
EXERCÍCIOS DE PROVA ......................................................................................................... 41 
CAPÍTULO 3: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO E O ESPAÇO INDUSTRIAL BRASILEIRO .... 44 
3.1 Conceitos e temas: território usado e outros territórios ................................................. 44 
3.2 Compreendendo a indústria ......................................................................................... 44 
3.3. Modelos de produção: Taylorismo/Liberalismo, Fordismo/Keynesianismo e 
Toyotismo/Neoliberalismo ................................................................................................. 45 
3.4 Período pré vargas - o papel do estado na industrialização brasileira. ............................ 46 
3.5 Período vargas - O período desenvolvimentista e os PNDS. ........................................... 48 
3.6 Período pós-vargas - O tripé da industrialização: empresas multinacionais, nacionais e 
estatais ........................................................................................................................... 48 
3.7 Características atuais da industrialização brasileira ....................................................... 49 
3.8 Diversificação industrial brasileira ................................................................................ 50 
Resumo ............................................................................................................................... 54 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 55 
EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 60 
CAPÍTULO 4: URBANIZAÇÃO ................................................................................................ 66 
4.1 Conceitos e temas: urbanização e crescimento urbano ................................................. 66 
4.2 Hierarquia urbana ...................................................................................................... 66 
4.3 A urbanização brasileira .............................................................................................. 69 
4.4 Características atuais da urbanização brasileira ............................................................ 70 
4.5 Os problemas urbanos ................................................................................................ 71 
Resumo ............................................................................................................................... 73 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 74 
EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 77 
CAPÍTULO 5: A REDE DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÃO BRASILEIRA, SUA ESTRUTURA E 
EVOLUÇÃO........................................................................................................................... 81 
5.1 Conceitos e temas: ..................................................................................................... 81 
5.2 A história do transporte no Brasil ................................................................................ 82 
Resumo ............................................................................................................................... 90 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 91 
EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 93 
CAPÍTULO 6: O ESPAÇO RURAL ............................................................................................ 96 
6.1 Conceitos e temas: ..................................................................................................... 96 
6.2 Espaço rural brasileiro: histórico ................................................................................. 97 
6.3 Espaço rural brasileiro: O Agronegócio ........................................................................ 97 
6.4 Espaço rural brasileiro: Produção agroindustrial x fome................................................ 99 
6.5 Espaço rural brasileiro: Agricultura familiar .................................................................. 99 
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Resumo .............................................................................................................................. 101 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 102 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 105 
CAPÍTULO 7: A POPULAÇÃO BRASILEIRA ............................................................................. 108 
7.1 Conceitos e temas: ................................................................................................... 108 
7.2 Teorias demográficas ................................................................................................ 109 
7.3 Transição demográfica e pirâmide etária .................................................................... 109 
7.4 A Formação, estrutura e dinâmica da população brasileira .......................................... 111 
7.5 O Índice de desenvolvimento humano ....................................................................... 113 
7.6 Os Fluxos migratórios internos ................................................................................... 114 
7.7 O Imigrante na formação do Brasil ............................................................................ 115 
Resumo .............................................................................................................................. 116 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 117 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 122 
MÓDULO II - O ESPAÇO NATURAL .......................................................................................... 125 
CAPÍTULO 8: Estrutura e dinâmica do planeta + o espaço natural brasileiro .......................... 125 
8.1 Conceitos e Temas: O Planeta Terra .......................................................................... 125 
8.2 Teorias e o movimento de placas ............................................................................... 127 
8.3 Calendário geológicoe ciclos das rochas ..................................................................... 128 
8.4 Classificação do relevo brasileiro ................................................................................ 130 
8.5 Os domínios morfoclimáticos do Brasil ....................................................................... 133 
8.5 Imagens adicionais ...................................................................................................133 
Resumo .............................................................................................................................. 135 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 136 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 140 
CAPÍTULO 9: CLIMA E VIDA ................................................................................................ 145 
9.1 Conceitos e temas ..................................................................................................... 145 
9.2 Fatores e elementos do clima .................................................................................... 146 
9.3 O clima em escala nacional ........................................................................................ 149 
Resumo .............................................................................................................................. 150 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 151 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 154 
CAPÍTULO 10: FONTES DE ENERGIA .................................................................................... 158 
10.1 Conceitos e temas: As fontes de energia ................................................................. 158 
10.2 As políticas energéticas no Brasil .............................................................................. 160 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 162 
EXERCÍCIOS DE PROVA ...................................................................................................... 164 
Gabaritos ................................................................................................................................ 168 
Capítulo 1 ........................................................................................................................... 168 
Capítulo 2 ........................................................................................................................... 168 
Capítulo 3 ........................................................................................................................... 168 
Capítulo 4 ........................................................................................................................... 168 
Capítulo 5 ........................................................................................................................... 169 
Capítulo 6 ........................................................................................................................... 169 
Capítulo 7 ........................................................................................................................... 169 
Capítulo 8 ........................................................................................................................... 169 
Capítulo 9 ........................................................................................................................... 170 
Capítulo 10 ......................................................................................................................... 170 
 
 
 
 
 
8 UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA | Curso Preparatório Cidade 
 
UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA 
 
Vamos começar pessoal?! Antes de iniciar os capítulos traremos algumas conceituações que serão 
fundamentais ao longo de toda a apostila. 
A Geografia se interessa pelas relações estabelecidas entre a sociedade e a natureza. Para tanto, 
busca compreender quem é, a sociedade e o que é, a natureza. Os pesquisadores identificaram 
que, com a ação humana, o meio natural/intocado sofre uma artificialização e instrumentalização. 
A sociedade desenvolve técnicas para habitar e construir e, altera a configuração de um meio 
natural para um meio técnico. Com o processo histórico vivido pela sociedade ocidental e a 
aceleração proveniente da famosa globalização, chegamos na etapa do meio técnico-científico-
informacional. 
O meio natural não é destituído de técnica e por isso o geógrafo Milton Santos negou o uso do 
termo “pré-técnico”. O que as sociedades desenvolviam através da domesticação de plantas e 
animais, o uso do fogo, construção de mantimentos e outras atividades, são técnicas, mas optou-
se por definir o estágio da técnica a partir da mecanização, ou seja, do uso de máquinas. 
O espaço mecanizado passa a diferenciar as sociedades e os Estados em função da presença de 
objetos técnicos. O homem concede a si mesmo o status de poderoso a medida que avança sobre 
a natureza em dominação e concomitantemente se diferencia de outros homens pelas posses 
maquinizadas. 
 “Utilizando novos materiais e transgredindo a distância, o homemcomeça a fabricar um tempo novo, no trabalho, no intercâmbio, no lar” 
(SANTOS, 2006, p.158). 
O meio-técnico-científico-informacional, representa a união entre técnica e ciência na lógica 
mercantil (a ciência, a tecnologia e o mercado global caminham juntos atendendo aos interesses 
da propriedade privada). A informação é a energia de circulação das técnicas que se apresentam 
em toda parte (e a todo instante) como necessidades. Esse momento é temporalmente identificado 
a partir da Segunda Guerra Mundial mas se consolida após a década de 70. 
Essa primeira ideia que trazemos na apostila é fundamental para que percebam ao longo dos 
capítulos o que é, afinal, a Geografia e que passem a identifica-la em seu cotidiano.Vivemos em um 
meio técnico-científico-informacional e vocês verão, no decorrer do curso, que a Geografia está 
mais presente no dia-a-dia do que podiam imaginar. A Geografia está em toda parte. 
Biblioteca do Geógrafo: MILTON SANTOS Natureza do Espaço: Técnica e tempo. Razão e Emoção. 
 
UM NORTE PARA O ESTUDO: ALGUMAS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS 
 
Antes de iniciar o primeiro capítulo do primeiro módulo ainda se faz necessário refletir sobre 
algumas questões muito caras à Geografia: suas categorias. Elas serão imprescindíveis ao longo do 
estudo, ok?! O ESPAÇO GEOGRÁFICO é resultado da ação humana. Conhecendo o meio técnico-
científico-informacional, compreende-se como o homem se especializa e por sua vez, como o 
espaço se configura. O espaço é a totalidade, onde as técnicas atuam e intervém. O homem deixa 
marcas no espaço por meio dos objetos, dos monumentos, das construções e etc. É o chamado 
patrimônio que se configura na PAISAGENS urbanas e rurais. 
O espaço, enquanto totalidade, pode ser dividido em outras escalas como a Paisagem que é vista 
como um conjunto de formas e objetos existentes por uma construção transversal (passado e 
presente). No entanto, por mais que pertença ao presente (à história viva), é história congelada e 
praticamente imutável, possibilitando o desenvolvimento da ideia de patrimônio. Milton Santos 
discorre sobre as rugosidades que são o “passado como forma, espaço construído, a paisagem, o 
que resta do processo (...)” (SANTOS, 2006, p.92). As rugosidades são os testemunhos do passado 
que ainda existem/persistem na atualidade. 
Outra escala de análise do espaço geográfico é o TERRITÓRIO. Este é concebido por relações de 
poder, ou seja, é um recorte do espaço onde se pode identificar ações de poder. Além disso, um 
território sugere a existência de apropriação. Um sujeito que se insere em um território, possuiu 
um sentimento de pertencimento. Um território pode ser um Estado–nação, uma tribo indígena, um 
grupo de quilombolas, torcidas organizadas, funcionários de uma fábrica e outros. 
Para finalizar, a REGIÃO precisa ser mencionada. Ao longo da história da Geografa essa categoria 
já teve mais visibilidade e era entendida de uma forma diferenciada.Hoje ela se apresenta no 
processo de regionalização verificado juntamente com a mundialização. O tempo acelerado que 
diferencia os eventos, diferencia também os lugares e, desta forma, intensifica o fenômeno da 
região (da regionalização). 
Todas essas categorias estarão presentes ao longo do curso e poderão ser entendidas e aplicadas 
com maior precisão. 
Biblioteca do Geógrafo: MILTON SANTOS Brasil, território e sociedade no início do século XXI 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 9 
 
MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 
 
CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL 
 
Para compreender a formação do território nacional brasileiro é necessário entender o que é 
FRONTEIRA. A partir do avanço de fronteiras, os europeus chegaram na américa; com o 
rompimento de fronteiras, a colônia portuguesa tornou-se bem maior do que o previsto no Tratado 
de Tordesilhas; pelo fortalecimento de fronteiras, o Brasil manteve-se em sua unidade, enquanto a 
colônia espanhola fragmentou-se em diversos países; pela fronteira marítima, o Brasil se destaca 
internacionalmente na produção de petróleo. Esses são apenas exemplos da força da fronteira 
frente a um território. 
As fronteiras naturais são zonais, ou seja, modificam-se a partir de certa dinâmica temporal 
passível de previsão (na maioria dos casos). As marés são exemplos de modificação de fronteira 
movida por fases temporais, onde os limites entre a superfície terrestre e o oceano se alteram. As 
fronteiras imóveis e lineares são resultado da ação humana, principalmente no âmbito da político. 
O que é um mapa político se não a representação dos limites territoriais de um país? 
O Estado-nação é uma fronteira humana que se fundamenta na constituição de um território, no 
nosso caso, o Brasil. O território brasileiro não é uma fronteira natural, mas sim uma construção 
política e histórica que expressa uma apropriação realizada pelo homem. O Brasil foi descoberto? 
Não, o Brasil foi constituído pela posse do território e as relações de poder que se estabeleceram 
pelo uso da terra. O território nacional é um espaço com fronteiras onde o Estado brasileiro tem 
sua soberania legitimada pela CF/88. 
Mas afinal, você sabe onde acaba e onde começa o Brasil? A leste, com certeza no mar. A norte, 
sul e oeste o território brasileiro faz fronteira com outros países e não possuímos postos de 
fronteira rodeando toda essa extensão, ou seja, a exatidão do mapa pode não representar com 
precisão a vida nessas localidades fronteiriças. Os postos, por conseguinte, são fundamentais para 
que negócios ilegais não de efetuem com facilidade. O cuidado com essas zonas competem 
exclusivamente à União. 
Nosso mar territorial, a imensa Amazônia Azul que possuímos, é fundamental na economia 
brasileira. A ONU definiu em 1994 que uma faixa de 12 milhas náuticas (aproximadamente 22,2 
quilômetros) a partir da linha de base da costa, pertencem à nação. O Estado exerce seu poder 
com totalidade mas não possui autonomia de impedir o tráfego de embarcações internacionais. 
Além disso, o país pode ter como ZEE (Zona Econômica Exclusiva) uma faixa de exploração dos 
recursos naturais de 200 milhas náuticas, podendo ser estendida para 350 milhas náuticas caso 
comprove-se a presença de plataforma continental igualmente extensa. O governo ganha o 
direito ao uso e se compromete a zelar pela saúde da área explorada. O Brasil ganhou o direito de 
aumento da área de ZEE após pesquisas minuciosas realizadas pela Marinha e pela Petrobrás e 
hoje possui cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados de área. 
Mas o que é Plataforma Continental? Vamos compreender esse e outros conceitos. Veja a figura 
abaixo: 
 
Figura 1: Mar territorial e ZEE / Organização: Janaína Mourão Freire 
A plataforma continental é a extensão submersa do relevo terrestre que se dissipa na camada 
íngreme do talude. Após o talude, é alto-mar, onde a ausência de luz e a imensa profundidade faz 
do oceano algo ainda muito misterioso para os estudiosos da área. 
Dicionário do Geógrafo 
Amazônia Azul ... É um termo utilizado para designar a vasta área marítima que está sob a 
responsabilidade brasileira. O nome faz alusão a floresta amazônica (a Amazônia verde) que 
também é imensa e rica em recursos naturais como o oceano atlântico. 
 
 
10 MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO | Curso Preparatório Cidade 
 
1.1 O processo de formação do território nacional 
Para se chegar na atual configuração do território nacional foram necessários muitos litígios que, 
por um processo paulatino, constituíram a historiografia de cada localidade.Vale ressaltar que, por 
muito tempo, os brasileiros se estabeleceram no litoral com uma economia voltada ao mercado 
externo (e inicialmente à metrópole). Só a partir do século XX, com o processo de industrialização, 
que efetivamente ocorreu o desenvolvimento do centro do Brasil e do mercado interno. 
A formação da população brasileira deu-se a partir da concentração da propriedade de terra e a 
formação de elite (juntamente com a exclusão). O Tráfico negreiro pelo atlântico, o extermínio 
gradual de populações indígenas e a migração europeia (intensificada em meados do século XIX) 
foram fatores fundamentais no processo de consolidação do Estado brasileiro. 
Com a “descoberta” da América, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas (figura ao 
lado) que parcelava a América do sul em dois domínios. Inicialmente, os portugueses não se 
deslocaram para suas colônias americanas e apenas com a instituição do sistema de capitânias 
hereditárias é que o processo de colonização começou a acontecer (e se estendeu até o dia 7 de 
setembro de 1822). 
O limite estabelecido no tratado não foi cumprido na prática e o domínio português ampliou-se 
consideravelmente. Após a independência do Brasil e até recentemente, novos territórios foram 
inseridos, alguns foram renomeados, outros foram realocados e muitos foram criados (inclusive 
capitais como Palmas, Goiânia e Brasília). 
O conjunto de mapas abaixo fazem um histórico sucinto do processo de organização territorial do 
Brasil. Observe que o Acre, até o século XX não pertencia ao país e estados como Goiás, Mato 
Grosso e Santa Catarina tiveram suas áreas modificadas. A formação de Rondônia, Mato Grosso do 
Sul, Amapá e Tocantins fazem parte de processos bem recentes. 
Durante o processo de consolidação do Brasil foram criados alguns territórios federais que eram 
administrados pela União e, portanto, não tinham autonomia de um estado. O Objetivo era dar 
mais atenção as áreas de fronteira. O primeiro foi criado no Acre e posteriormente vieram os 
territórios do Rio Branco na atual Roraima; do Amapá; do Guaporé na atual Rondônia, de Ponta 
Porã que hoje pertence ao Mato Grosso do Sul e do Iguaçu hoje parte do Paraná e Santa Catarina. 
Com o tempo esses territórios foram elevados à condição de estado ou inseridos em algum estado 
já existente. Em 1977 o Mato Grosso se dividiu originando o Mato Grosso do Sul e em 1988 Goiás 
cedeu parte de seu território para a construção de Tocantins. 
O Brasil parou de se modificar? Chegamos na feição final do nosso território? Não é possível 
afirmar isso vivendo em um mundo tão dinâmico (o meio técnico-científico-informacional). 
 
Figura 2: Tratado de Tordesilhas 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 11 
 
 
Figura 3: Fases de formação do território nacional 
 
 
Canções do Geógrafo 
ANTONIO NÓBREGA ... Chegança 
Biblioteca do Geógrafo 
GILBERTO FREYRE ... Casa Grande e Senzala 
DARCY RIBEIRO ... O Povo brasileiro 
Cinema do Geógrafo 
 A MISSÃO ... RolandJoffé (1986) 
 
Atualmente o território brasileiro está dividido em cinco regiões com um total de 26 estados mais o 
Distrito Federal. Tem uma imensa fronteira marítima a leste e faz divisa com os países da América 
do Sul a oeste/norte/sul, exceto o Chile e Equador (o que o coloca em uma posição extremamente 
estratégica). Éo quinto maior país do mundo em extensão territorial, sendo muitas vezes 
qualificado como um território de proporções continentais. Em termos de área contínua, é o 4º 
maior do mundo (visto que os EUA contém o Alaska e o Hawaii em seus cálculos de área). De norte 
a sul são 4,394 km e de leste a oeste 4,319 km. Tem 5,7% das terras emersas do planeta e ocupa 
48% da América do Sul. Está localizado entre os paralelos 5º16’de latitude norte e 33º44’ de 
latitude sul, assim como entre os meridianos 34º47’ e 73º59’ de longitude oeste. 
 
 
 
12 MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO | Curso Preparatório Cidade 
 
 
Figura 4: Mapa Político 
 
Pela sua posição no globo, o Brasil tem fácil acesso à América do Norte e Central, assim como à 
África e à Europa. É um país com posição privilegiada. 
 
 
Figura 5: Pontos extremos e fronteiras 
 
1.2 Fases de ocupação do território e os ciclos econômicos 
O processo de ocupação do território brasileiro está totalmente interligado com a história do 
desenvolvimento econômico do país. Ao longo do século XVII, a cana de açúcar foi a matéria-prima 
de maior importância para o Brasil e teve sua produção localizada basicamente na região Nordeste. 
Entre as capitanias da Bahia e Pernambuco, as planícies e os tabuleiros litorâneos ocuparam-se da 
economia canavieira. As criações de gado foram realocadas para o centro do território para se 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 13 
 
afastarem das terras nobres e, por isso, a pecuária se estabeleceu mais no interior, próximo aos 
rios Parnaíba e São Francisco. Esses grupos formaram inúmeros povoados que ao longo do tempo 
possibilitaram a formação das cidades sertanejas. 
Ainda no final do mesmo século iniciou-se as primeiras ocorrências do ouro mas foi 
no século XVIII que ganhou força. O bandeirantismo representou a busca por metais 
preciosos principalmente nas áreas que hoje pertencem a Goiás, Minas Gerais e Mato 
Grosso. Juntamente com a atividade de extração, aprisionavam índios para 
escravização e o resultado foi um grande extermínio. Uma das cidades mais 
conhecidas de Minas Gerais se constituiu nesse período: Ouro Preto, a antiga Vila 
Rica. Eram como ilhas de povoamento no interior que foram, com o tempo, tornando-
se cada vez mais interligadas e iniciou-se um processo de despovoamento do litoral 
brasileiro. 
No século XIX muitos colonos chegaram ao sul do Brasil. Dentre eles destacam-se os 
alemães, italianos e eslavos. Eles ocuparam terras que até hoje são como verdadeiras 
viagens a outro Brasil, completamente diferente culturalmente. Eles desenvolveram a 
pecuária na região que até hoje é bem expressiva. Os japoneses chegaram no início 
do século XX e possuem grande representação na cultura brasileira, principalmente 
na cidade de São Paulo. 
O século XX é caracterizado por duas grandes produções embora segunda tenha sido 
mais curta e bem menos comentada: o café e a borracha. A borracha amazônica teve 
dois grandes ápices: final do século XIX e princípio do século XX (entre 1880 e 1913) 
e durante a Segunda Guerra Mundial. A Amazônia, por conseguinte, já vinha sendo 
habitada desde o empreendimento de colonização realizado pela Igreja católica no 
século XVII com as missões. Além do trabalho de catequização, buscavam os 
conhecimentos tradicionais de plantas medicinais e especiarias e tinham como 
objetivo a proteção do território com a construção de fortes. Muitas das populações 
ribeirinhas surgiram desse período. 
 
Dica Geográfica 
A mão-de-obra nordestina predominou nos seringais amazônicos. Quando chegavam, logo 
deveriam inteirar-se de uma atividade inexistente no sertão: a extração do látex. Na extração do 
Caucho da Castiolla que rendia uma borracha de pior qualidade o povoamento tendia a ser 
nômade pela técnica utilizada para a extração. Já “a exploração das hevea proporcionou uma 
ocupação de caráter permanente, a formação de núcleos populacionais estáveis e a fixação do ser 
humano na floresta [...]” (VALCUNDE, 2009). A espécie hevea foi a grande mantenedora da 
produção de borracha e possuía visibilidade internacional. O látex, extraído da seringueira (ou 
hevea), já era conhecido pelos índios que viviam na floresta amazônica e por povos pré-
colombianos da região do México e Haiti. Eles o utilizavam para atender a inúmeras demandas 
como a produção de bolas, sapatos, vasilhas, medicamentos, contra o frio e outros. A 
característica elástica e impermeável do material interessou muito os colonizadores europeus que 
apenas na metade do século XIX, com a vulcanização descoberta por Charles Goodyear e Thomas 
Hancock, iniciaram a produção industrial do material. 
De acordo com Joe Jackson (2011), o Brasil que produzia a maior parte da borracha internacional 
foi vítima de uma atitude desleal do governo inglês. Henry Wickham – botânico inglês - roubou 70 
mil sementes da espécie Hevea Brasiliensis possibilitando a produção em massa de látex 
principalmente na Malásia, antiga colônia inglesa. Contra a monocultura de seringa, nossos 
seringueiros não puderam competir. A Inglaterra desafiou a distância em que se encontrava a 
Amazônia produzindo um látex que além de mais barato, era de maior qualidade e não exigia dos 
trabalhadores tantos riscos na extração do material, como acontecia na floresta Amazônica. 
Nossos seringais entraram em crise e apenas na Segunda Guerra Mundial ganharam força 
novamente 
 
O Café, ou a Marcha do Café, se expandia do vale do Paraíba rumo ao Oeste Paulista. O complexo 
cafeeiro foi o grande facilitador do processo de industrialização do Sudeste. Muitos dos empresários 
de industrias deslocaram-se da economia cafeeira após a crise. Os funcionários de fazendas, 
principalmente migrantes, deslocaram-se para trabalhar nas fábricas e as ferrovias criadas para 
escoamento do café foram fundamentais para o deslocamento de matérias-primas industriais. Esse 
ciclo econômico foi fundamental na criação de muitas cidades, grande parte delas com grande 
visibilidade nos dias atuais. 
 
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Figura 6: Esplanadas dos Ministérios - Brasília DF 
Em meados do século XX, Getúlio Vargas iniciou a Marcha para o Oeste e o objetivo de 
interiorização do Brasil que já constava na Constituição Federal de 1988 (CF/88), ganhou força. 
Juscelino Kubistchek, enquanto realizava um comício na cidade de Jataí – GO, prometeu que 
construiria uma nova capital no interior do Brasil e da política dos “50 anos em 5”, nasceu Brasília. 
Nos finais do século XX, o fortalecimento da agroindústria e a expansão das tecnologias agrícolas 
no Centro-Oeste deu força ao interior do Brasil. 
 
Dicionário do Geógrafo 
Áreas Anecúmenas -> áreas desfavoráveis à habitação humana 
Áreas Ecúmenas -> áreas favoráveis à habitação humana 
Território Povoado -> Distribuição de grupos humanos na extensão total do território 
Território Populoso -> Grande quantidade de pessoas que habitam o território 
 
Canções do Geógrafo 
JACKSON DO PANDEIRO -> Rojão de Brasília 
DOMINGUINHOS -> Lamento Sertanejo 
CASA DE CABOCLO -> Nonô e Nana 
 
Cinema do Geógrafo 
AMAZONIA (Minissérie) -> Rede Globo 
 
Biblioteca do Geógrafo 
PEDRO MARTINELLO -> A Batalha da Borracha 
ALDO PAVIANI -> Brasília, controvérsias ambientais 
 
 
1.3 Coordenadas Geográficas 
As coordenadas geográficas foram desenvolvidas para facilitar o processo de organização 
cartográfica. Essas coordenadas são estruturadas em linhas horizontais (paralelos) e verticais 
(meridianos). A partir delas, é possível determinar qualquer ponto do planeta. É importante que 
você saiba que para localização de algo ou alguém, é necessário a combinação dos dois pontos: a 
latitude e a longitude. Se você possuir apenas um deles, a busca se torna pouco precisa e eficiente. 
 
A latitude é obtida pelas linhas horizontais � PARALELOS 
A longitude é obtida pelas linhas verticais � MERIDIANOS 
 
A linha horizontalprincipal é o Equador, que equivale ao paralelo 0º e divide a Terra em hemisfério 
Norte e Sul. A medida que alguém se desloca da Linha do Equador em direção ao Polo Norte ou em 
direção ao Polo Sul, a latitude aumenta. A latitude varia de 0º a 90º. 
A linha vertical principal é Greenwich, que equivale ao meridiano 0º e divide a Terra em hemisfério 
Leste e Oeste. À medida que alguém se desloca do meridiano de Greenwich para o oriente e o 
ocidente, a longitude aumenta. A longitude varia de 0º a 180º. 
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Veja a imagem abaixo: 
 
(Fonte: http://goo.gl/4TcbtP, acessado em abril de 2014) 
Podemos usar alguns nomes para definir os quatro hemisférios: 
 
Norte � Setentrional ou Boreal 
Sul � Austral ou Meridional 
Leste � Oriente ou Nascente 
Oeste � Ocidente ou Poente 
 
Pense um pouco sobre essa assertiva: 
 
Locais de latitudes mais baixas tendem a ser zonas mais quentes. 
Sim! Assim como as latitudes mais altas, ou seja, zonas mais próximas aos pólos, tendem a ser 
mais frias. 
E o que podemos compreender a partir da longitude? 
Os Fusos Horários!!! 
1.4 Fusos Horários 
Sabemos que a Terra executa o movimento de rotação, ou seja, ela gira em torno dela mesma. 
Esse processo dura 24h. 
Isso quer dizer que a Terra gira 360º em 24 horas. Se: 
 
360º - 24h 
Xº - 1h 
 
A partir de uma regra de três simples, podemos dizer que cada hora equivale a 15º de giro. 
 
1h = 15º = 1 fuso 
 
Portanto, se cada hora equivale a um fuso ou 15º, e a Terra demora 24h no movimento de 
rotação, chegamos a mais uma conclusão: 
 
24h = 360º = 24 fusos 
 
Temos, então, 24 fusos de 15º cada. 
O meridiano de Greenwich é o fuso 0º, conhecido como GMT – Greenwich Mean Time (linha 
internacional de hora). 
Se andarmos um fuso para a direita a partir do GMT, ou seja, 15º para o oriente, o fuso aumentará 
em uma hora. Se andarmos um fuso para a esquerda, ou seja, 15º para o ocidente, diminuirá em 
uma hora. 
 
 
 
 
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Veja abaixo: 
 
 
(Fonte: http://goo.gl/Z4Wgrw, acessado em abril de 2014) 
 
Veja que no canto direito há a frase Linha Internacional da Data. O que é isso? 
É também conhecido como o antimeridiano – LID. Esse meridiano é importante porque determina 
não apenas a mudança de hora, mas também a mudança de data. Corta a Terra no Estreito de 
Bering, no Oceano Pacífico sem atravessar áreas continentais. 
Observe a imagem ao lado e veja a explicação a seguir: 
“O horário na faixa de fuso em que a linha está situada é o mesmo, tanto de um lado como do 
outro da linha. No entanto, a parte leste da LID situada no hemisfério Oeste (ocidental), tem um 
dia a menos em relação à parte Oeste (o lado esquerdo), situada no hemisfério Leste (Oriental). 
Toda a embarcação que cruza a LID no sentido leste-oeste perde um dia: por exemplo, da tarde de 
sábado passa à tarde de domingo. Já uma embarcação que cruza no sentido Oeste-Leste ganha 
um dia, pois da manhã de Domingo, por exemplo, passa para a manhã de Sábado. Outra 
observação curiosa: se viajarmos para oeste e dermos uma volta completa 
ao redor da Terra, "perderemos" um dia, pois estaremos caminhando contra 
o sentido do movimento de rotação; nesse caso, os dias são mais longos. 
Na situação oposta, se circundarmos a Terra no sentido Leste "ganharemos" 
um dia, pois estaremos viajando no mesmo sentido do movimento de 
rotação da Terra: de Oeste para Leste.” 
(Fonte: http://goo.gl/r0Is8T, acessado em abril de 2014) 
 
Está Claro né?! 
Vamos analisar agora os fusos horários do Brasil. 
 
1.5 Fusos Horários Do Brasil 
O Brasil possui quatro fusos horários atrasados até cinco horas em relação 
ao GMT. 
Fuso 1 do Brasil � Abrange as ilhas oceânicas brasileiras como: Fernando 
de Noronha, Atol das Rocas, Trindade e Martin Vaz. É o fuso - 2. 
Fuso 2 do Brasil � Caracteriza a Hora Oficial do Brasil, abrangendo a Capital Federal e diversas 
áreas das cinco regiões. É o fuso - 3. 
Fuso 3 do Brasil � Abrange grande parcela da região Norte e parte do Centro Oeste. É o fuso - 4. 
Fuso 4 do Brasil � Abrange o estado do Acre e parcela da Amazônia ocidental. É o fuso - 5. 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja o mapa abaixo: 
 
 
(Fonte: http://goo.gl/M3GRmj) 
 
ATENÇÃO: O fuso - 5 já foi abolido e retomado no final de 2013. 
 
 
Horário de Verão� No Brasil temos a prática de adotar o Horário de Verão que como o próprio 
nome diz, refere-se a um horário novo, instaurado nos meses de verão. Como nessa época, pela 
inclinação da Terra, a amplitude da radiação solar é maior, aproveita-se mais o tempo de incidência 
solar sobre a Terra, adiantando uma hora no relógio. Assim, há uma grande economia de energia 
elétrica. 
 
Veja o infográfico abaixo utilizado para o horário de verão entre 2013 e 2014: 
 
 
(Fonte: http://goo.gl/goA33U) 
 
 
 
 
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Dica Gegráfica 
Leia o decreto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6558.htm 
 
Bom, agora que vocês já sabem tudo sobre Fusos horários, pratiquem nos exercícios. 
 
No próximo capítulo entenderemos como vem ocorrendo o processo de globalização. Animados?!

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